Aos 60 anos, mulher inspira ao largar trabalho para viajar o mundo de bicicleta
Para muitas pessoas, a idade é um fator limitante quando se trata de realizar certos sonhos, como viajar o mundo. Muitas vezes, a sociedade costuma estabelecer comportamentos esperados para uma pessoa que entra na famosa terceira idade.
Sem se importar com isso, a argentina Mónica Romero deixou seu emprego na área de design de interiores e planejamento de eventos para cair na estrada completamente sozinha, apenas acompanhada de sua amiga e fiel bicicleta. Esposa, mãe de quatro filhos e avó, ela começou essa aventura aos 55 anos, quando fez sua primeira viagem de bicicleta pelo Oriente Médio.
Mônica, que é esposa, mãe e avó, se tornou inspiração para mulheres que pensam ser tarde demais para começar uma mudança radical na vida.
“Claro que sempre me perguntam como, sendo esposa, mãe e avó, me permito essas aventuras e respondo que estou na melhor idade, meus filhos estão crescidos e meu corpo ainda responde perfeitamente”, contou Mônica.
Ela simplesmente resolveu que estava na hora de aproveitar a vida de um jeito diferente e que aquele era o momento certo.
“Devo admitir que tenho uma família muito especial, meu marido é militar e também passou muito tempo viajando e fazendo campanhas na Antártica, que é o que ele adora fazer”.
Sonho adiado
Ela explicou que a vontade de viajar pelo mundo vem desde pequena, sob a influência do pai, que a levava junto para se aventurar em vários lugares diferentes. E, hoje, ela tem conseguido sustentar esse sonho graças também ao apoio da família.
Como Mónica se casou muito nova, aos 24 anos ela já tinha três filhos. Cuidar da família se tornou prioridade e o sonho de viajar numa bike infelizmente foi adiado.
Ela achava que não poderia mais realizar esse sonho, até que, mesmo já tendo passado dos 50 anos, decidiu trabalhar sua condição física para escalar uma montanha e então comprou uma mountain bike.
“Que surpresa minha! No meu primeiro passeio pedalei 36 km com absoluta facilidade e em três horas”, disse com orgulho.
“Fiz meus cálculos e disse a mim mesma: se em um dia posso pedalar 60 km, em dez dias posso fazer 600 km, e em um mês 1.800 km”.
“Viajando sozinho, nunca se está sozinho, porque se viaja totalmente receptivo a tudo que aparece pelo caminho. Novos amigos, novos professores, novas lições. Viajar para conhecer e conviver com outras culturas nos dá a oportunidade de nos olharmos no espelho de outros, tão diferentes e tão iguais a nós”, concluiu.
Mónica conheceu a Europa em sua bicicleta, foram seis países, seis capitais e 2.800 km. Em 2017, ela percorreu alguns países muçulmanos por três meses, onde pôde apreciar sua própria cultura ocidental de outra perspectiva e colocar em prática valores tão importantes como respeito, tolerância e empatia.
Novas aventuras
Atualmente, para Mónica, de 60 anos, as aventuras continuam e as lições de vida nunca cessam. Os planos dela são visitar os países mais desfavorecidos e seus próximos destinos serão Cuba, Venezuela, Tailândia, Vietnã, Marrocos, Tanzânia e Madagascar.
Através de suas palestras e grupos, ela também dá coragem a todos aqueles que, independentemente da idade, também querem honrar seus sonhos.
Com informações de Awebic.
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