6 riscos de triturar medicamentos
Revisado e aprovado por a farmacêutica Franciele Rohor de Souza
Triturar medicamentos para facilitar a sua administração é uma prática comum que altera a integridade do medicamento e, portanto, a sua eficácia. Idealmente, todos os medicamentos devem ser administrados sem ser manipulados.
No entanto, a maioria dos medicamentos utilizados vem em forma de comprimidos, cápsulas ou drágeas. Por esse motivo, quando há dificuldade para engoli-los, é comum quebrá-los ou esmagá-los.
Por que não é bom triturar medicamentos?
Muitas pessoas costumam triturar os medicamentos para facilitar a sua ingestão. No entanto, conforme detalhado em uma publicação da revista Nursing, existem alguns formatos pensados para liberar seus ingredientes ativos por um determinado período de tempo.
Portanto, pode ser prejudicial triturá-los. Existem mais razões para evitar essa prática? Descubra a seguir.
1. Perda da estabilidade do medicamento
A dificuldade em engolir costuma ser comum na população idosa e em pessoas com distúrbios comportamentais.
Nestes casos, opta-se por triturar medicamentos ou abrir as cápsulas, o que pode provocar alterações significativas na estabilidade dos ingredientes ativos.
Isso leva a uma possível perda da eficácia do medicamento, e faz com que o paciente sinta sabores e cheiros desagradáveis que não seriam totalmente percebidos no formato original.
2. Erro de dosagem
Como regra geral, apenas os tabletes com marcação podem ser divididos. No entanto, esse nem sempre é o caso, pois não há precisão ao quebrá-los devido à sua forma, tamanho ou tipo de revestimento.
Se o que você deseja é dividir a dose, não é possível garantir que a distribuição do ingrediente ativo seja a mesma nas duas metades. Você pode tomar doses erradas e causar outros problemas de saúde.
Existem comprimidos muito pequenos e uma pequena diferença ao quebrá-los pode fazer com que você passe da dose necessária para uma que apresente risco à saúde. Você pode usar um divisor para tornar o corte mais preciso, embora ele também não esteja imune a erros.
Leia também: Dor de cabeça: como aliviá-la sem comprimidos
3. Alteração da liberação do ingrediente ativo
Triturar medicamentos pode levar a variações significativas na dose administrada. Isso pode afetar as características de liberação e absorção do ingrediente ativo da droga. Além disso, pode aumentar o risco de reações adversas, pode haver problemas na eficácia do medicamento ou, ainda, efeitos colaterais.
Existem medicamentos que possuem uma “capa” especial para que sejam absorvidos de uma certa maneira. Esse tipo de cobertura regula a taxa de liberação do ingrediente ativo e, portanto, a ação do medicamento. Assim, quando são triturados, a cobertura e o mecanismo que controla a liberação do ingrediente ativo são alterados.
Isso também leva a um suprimento não controlado do medicamento, que pode causar uma dose insuficiente ou uma overdose. Além disso, é possível alcançar concentrações tóxicas indesejadas e pode ocorrer um aumento da probabilidade de efeitos adversos.
4. Modificação da absorção
Existem comprimidos que têm um revestimento chamado de entérico. Seu objetivo é garantir que o medicamento passe pelo estômago intacto e libere o ingrediente ativo no intestino.
Dessa maneira, evita-se a irritação do revestimento estomacal e o efeito dos ácidos gástricos no ingrediente ativo. Os ácidos do estômago podem destruir a substância ativa ou atrasar o início da sua ação.
Ao esmagar o comprimido, o revestimento entérico é alterado e isso afeta negativamente a sua ação farmacológica. Além disso, pode causar irritação no estômago e provocar efeitos colaterais.
5. Mudança no efeito
Os comprimidos sublinguais são feitos para serem dissolvidos rapidamente e, portanto, ter uma absorção rápida. Esses medicamentos se dissolvem sob a língua para alcançar a corrente sanguínea em pouco tempo. Triturar um comprimido sublingual altera completamente a sua estabilidade e modifica o efeito do fármaco.
Talvez você possa se interessar: O que você deve saber sobre os medicamentos para emagrecer
6. Risco no manuseio
Outra desvantagem de triturar medicamentos é que eles podem se dispersar no ar e ser respirados pela pessoa que os manipula.
Essa pode ser uma situação arriscada para o manipulador do fármaco em questão, pois existem medicamentos que podem irritar as mucosas. Se uma mulher estiver grávida ou planejando engravidar, por exemplo, isso pode ser perigoso pois há componentes que podem ser teratogênicos.
É melhor não triturar os medicamentos
Uma boa opção para evitar triturar os medicamentos é procurar outras formas de dosagem. Essas alternativas podem facilitar o tratamento sem a necessidade de manipular os medicamentos. Dessa forma, você evitará os riscos mencionados. Em caso de dúvida, consulte sempre o seu médico ou farmacêutico.
Triturar medicamentos para facilitar a sua administração é uma prática comum que altera a integridade do medicamento e, portanto, a sua eficácia. Idealmente, todos os medicamentos devem ser administrados sem ser manipulados.
No entanto, a maioria dos medicamentos utilizados vem em forma de comprimidos, cápsulas ou drágeas. Por esse motivo, quando há dificuldade para engoli-los, é comum quebrá-los ou esmagá-los.
Por que não é bom triturar medicamentos?
Muitas pessoas costumam triturar os medicamentos para facilitar a sua ingestão. No entanto, conforme detalhado em uma publicação da revista Nursing, existem alguns formatos pensados para liberar seus ingredientes ativos por um determinado período de tempo.
Portanto, pode ser prejudicial triturá-los. Existem mais razões para evitar essa prática? Descubra a seguir.
1. Perda da estabilidade do medicamento
A dificuldade em engolir costuma ser comum na população idosa e em pessoas com distúrbios comportamentais.
Nestes casos, opta-se por triturar medicamentos ou abrir as cápsulas, o que pode provocar alterações significativas na estabilidade dos ingredientes ativos.
Isso leva a uma possível perda da eficácia do medicamento, e faz com que o paciente sinta sabores e cheiros desagradáveis que não seriam totalmente percebidos no formato original.
2. Erro de dosagem
Como regra geral, apenas os tabletes com marcação podem ser divididos. No entanto, esse nem sempre é o caso, pois não há precisão ao quebrá-los devido à sua forma, tamanho ou tipo de revestimento.
Se o que você deseja é dividir a dose, não é possível garantir que a distribuição do ingrediente ativo seja a mesma nas duas metades. Você pode tomar doses erradas e causar outros problemas de saúde.
Existem comprimidos muito pequenos e uma pequena diferença ao quebrá-los pode fazer com que você passe da dose necessária para uma que apresente risco à saúde. Você pode usar um divisor para tornar o corte mais preciso, embora ele também não esteja imune a erros.
Leia também: Dor de cabeça: como aliviá-la sem comprimidos
3. Alteração da liberação do ingrediente ativo
Triturar medicamentos pode levar a variações significativas na dose administrada. Isso pode afetar as características de liberação e absorção do ingrediente ativo da droga. Além disso, pode aumentar o risco de reações adversas, pode haver problemas na eficácia do medicamento ou, ainda, efeitos colaterais.
Existem medicamentos que possuem uma “capa” especial para que sejam absorvidos de uma certa maneira. Esse tipo de cobertura regula a taxa de liberação do ingrediente ativo e, portanto, a ação do medicamento. Assim, quando são triturados, a cobertura e o mecanismo que controla a liberação do ingrediente ativo são alterados.
Isso também leva a um suprimento não controlado do medicamento, que pode causar uma dose insuficiente ou uma overdose. Além disso, é possível alcançar concentrações tóxicas indesejadas e pode ocorrer um aumento da probabilidade de efeitos adversos.
4. Modificação da absorção
Existem comprimidos que têm um revestimento chamado de entérico. Seu objetivo é garantir que o medicamento passe pelo estômago intacto e libere o ingrediente ativo no intestino.
Dessa maneira, evita-se a irritação do revestimento estomacal e o efeito dos ácidos gástricos no ingrediente ativo. Os ácidos do estômago podem destruir a substância ativa ou atrasar o início da sua ação.
Ao esmagar o comprimido, o revestimento entérico é alterado e isso afeta negativamente a sua ação farmacológica. Além disso, pode causar irritação no estômago e provocar efeitos colaterais.
5. Mudança no efeito
Os comprimidos sublinguais são feitos para serem dissolvidos rapidamente e, portanto, ter uma absorção rápida. Esses medicamentos se dissolvem sob a língua para alcançar a corrente sanguínea em pouco tempo. Triturar um comprimido sublingual altera completamente a sua estabilidade e modifica o efeito do fármaco.
Talvez você possa se interessar: O que você deve saber sobre os medicamentos para emagrecer
6. Risco no manuseio
Outra desvantagem de triturar medicamentos é que eles podem se dispersar no ar e ser respirados pela pessoa que os manipula.
Essa pode ser uma situação arriscada para o manipulador do fármaco em questão, pois existem medicamentos que podem irritar as mucosas. Se uma mulher estiver grávida ou planejando engravidar, por exemplo, isso pode ser perigoso pois há componentes que podem ser teratogênicos.
É melhor não triturar os medicamentos
Uma boa opção para evitar triturar os medicamentos é procurar outras formas de dosagem. Essas alternativas podem facilitar o tratamento sem a necessidade de manipular os medicamentos. Dessa forma, você evitará os riscos mencionados. Em caso de dúvida, consulte sempre o seu médico ou farmacêutico.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Don’t Crush These Drugs. Nursing. 2004;34(10):64.
- Flores C, Romero A. Administración de medicación sublingual. Manual de Protocolos y Procedimientos Generales de Enfermería del Hospital Universitario Reina Sofía. 2010.
- García P, López E, Moya A, Ferriols F et al. Guía para la adaptación de las Buenas
Prácticas en la Preparación y Manipulación de Medicamentos en la Comunidad Valenciana. 2016. - Catalán E, Padilla F, Hervás F, Pérez M et al. Fármacos orales que no deben ser triturados. Enfermería Intensiva. 2001;12(3):146-150.
- Rua F. Administración de medicamentos: ¿se puede alterar la integridad de la forma farmacéutica?. Farm Com. 2011 Mar 30;3(1):16-22.
- Uttaro E, Pudipeddi M, Schweighardt A, Zhao F. To crush or not to crush: A brief review of novel tablets and capsules prepared from nanocrystal and amorphous solid dispersion technologies. Am J Health Syst Pharm. 2021 Feb 19;78(5):389-394.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.