“RG do autista”: conheça os benefícios do documento para pessoas com TEA
A Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea), conhecida como “RG do autista”, ganha cada vez mais importância e os governos estaduais têm facilitado o acesso ao documento.
A estimativa é que existam cerca de dois milhões de pessoas com diagnóstico de Transtorno do Espetro Autista (TEA) no Brasil entre crianças, jovens e adultos.
Assegurada pela lei 13.977, de 8 de janeiro de 2020, a Ciptea tem o objetivo de garantir que pessoas com TEA tenham um documento de identificação que não cause constrangimentos e proporcionem qualidade de vida.
Recentemente, foi estabelecido em São Paulo um Plano Estadual Integrado para alinhar, articular e ampliar os serviços de atendimento às pessoas com TEA no estado. O “RG do autista” entrou para esse plano como uma forma de garantir a atenção e os cuidados especiais.
A iniciativa ganhou a adesão de muitos adultos que têm o diagnóstico e desempenham atividades no dia a dia.
“Vejo esse documento como uma forma de combater o preconceito”, afirmou Leonard Ribeiro Jacinto, autista e professor de parkour.
“Nós temos um público estimado pela Organização das Nações Unidas (ONU) de 1% da população com TEA, o que representa para São Paulo algo em torno 470 mil pessoas. E, desde a primeira emissão da carteira no dia 6 de abril, nós já temos 7 mil pedidos”, detalha o secretário estadual dos direitos da pessoa com deficiência Marcos da Costa.
Daniela Sales, administradora de empresas de 47 anos, que possui TEA e compartilha a experiência como autista nas redes sociais, destaca a utilidade desse documento em diversos lugares.
“Principalmente em filas e atendimentos em hospitais, pois ajuda no diagnóstico, já que o TEA está associado a comorbidades, e também nos momentos de lazer, como teatros e cinemas, para usufruir dos benefícios da meia-entrada”, conta.
Para Daniela, a Ciptea é “fantástica”, pois a protege de “desconfortos” de lugares lotados, por exemplo.
“No autismo, especialmente nos graus 1 e 2, as deficiências são ‘invisíveis’. Muitas vezes, não conseguimos ficar em filas de supermercado, por exemplo, devido a questões sensoriais, como barulho, temperatura e exposição prolongada, o que pode desencadear uma crise sensorial e desregular completamente a pessoa”, detalhou.
Leonard, de 38 anos, que é body piercer, enxerga a Ciptea de forma positiva.
“Quando você tem a oportunidade de ter um registro governamental como esse, é muito importante para garantir os direitos das pessoas com deficiência. Além disso, esse documento também garante um atendimento especializado”, opinou Leonard.
Como obter a Ciptea
O processo de obtenção dessa identificação é gratuito, simples e pode ser realizado totalmente on-line. Para aqueles que preferem realizar o processo de forma presencial, é possível fazer a solicitação do documento em diversas instituições diferentes em cada região.
Basta acessar o site da Ciptea de cada estado, realizar o cadastro, enviar o laudo médico comprovando a condição e uma foto própria.
Quem desejar, pode buscar informações na prefeitura da própria cidade para saber onde solicitar a carteira de identidade.
No caso da cidade de São Paulo, é possível fazer a solicitação do documento no Poupatempo do Canindé, na zona norte da capital paulista. O procedimento é feito pelo atendente e o documento é impresso e entregue na hora ao beneficiário.
Além disso, 25 outros Poupatempos do interior de São Paulo passarão a oferecer o serviço de forma gradativa. Vale lembrar que se o beneficiário, ou seja, quem precisa da carteira de identificação, for menor de idade, um responsável deve acompanhá-lo durante o processo.
A Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea), conhecida como “RG do autista”, ganha cada vez mais importância e os governos estaduais têm facilitado o acesso ao documento.
A estimativa é que existam cerca de dois milhões de pessoas com diagnóstico de Transtorno do Espetro Autista (TEA) no Brasil entre crianças, jovens e adultos.
Assegurada pela lei 13.977, de 8 de janeiro de 2020, a Ciptea tem o objetivo de garantir que pessoas com TEA tenham um documento de identificação que não cause constrangimentos e proporcionem qualidade de vida.
Recentemente, foi estabelecido em São Paulo um Plano Estadual Integrado para alinhar, articular e ampliar os serviços de atendimento às pessoas com TEA no estado. O “RG do autista” entrou para esse plano como uma forma de garantir a atenção e os cuidados especiais.
A iniciativa ganhou a adesão de muitos adultos que têm o diagnóstico e desempenham atividades no dia a dia.
“Vejo esse documento como uma forma de combater o preconceito”, afirmou Leonard Ribeiro Jacinto, autista e professor de parkour.
“Nós temos um público estimado pela Organização das Nações Unidas (ONU) de 1% da população com TEA, o que representa para São Paulo algo em torno 470 mil pessoas. E, desde a primeira emissão da carteira no dia 6 de abril, nós já temos 7 mil pedidos”, detalha o secretário estadual dos direitos da pessoa com deficiência Marcos da Costa.
Daniela Sales, administradora de empresas de 47 anos, que possui TEA e compartilha a experiência como autista nas redes sociais, destaca a utilidade desse documento em diversos lugares.
“Principalmente em filas e atendimentos em hospitais, pois ajuda no diagnóstico, já que o TEA está associado a comorbidades, e também nos momentos de lazer, como teatros e cinemas, para usufruir dos benefícios da meia-entrada”, conta.
Para Daniela, a Ciptea é “fantástica”, pois a protege de “desconfortos” de lugares lotados, por exemplo.
“No autismo, especialmente nos graus 1 e 2, as deficiências são ‘invisíveis’. Muitas vezes, não conseguimos ficar em filas de supermercado, por exemplo, devido a questões sensoriais, como barulho, temperatura e exposição prolongada, o que pode desencadear uma crise sensorial e desregular completamente a pessoa”, detalhou.
Leonard, de 38 anos, que é body piercer, enxerga a Ciptea de forma positiva.
“Quando você tem a oportunidade de ter um registro governamental como esse, é muito importante para garantir os direitos das pessoas com deficiência. Além disso, esse documento também garante um atendimento especializado”, opinou Leonard.
Como obter a Ciptea
O processo de obtenção dessa identificação é gratuito, simples e pode ser realizado totalmente on-line. Para aqueles que preferem realizar o processo de forma presencial, é possível fazer a solicitação do documento em diversas instituições diferentes em cada região.
Basta acessar o site da Ciptea de cada estado, realizar o cadastro, enviar o laudo médico comprovando a condição e uma foto própria.
Quem desejar, pode buscar informações na prefeitura da própria cidade para saber onde solicitar a carteira de identidade.
No caso da cidade de São Paulo, é possível fazer a solicitação do documento no Poupatempo do Canindé, na zona norte da capital paulista. O procedimento é feito pelo atendente e o documento é impresso e entregue na hora ao beneficiário.
Além disso, 25 outros Poupatempos do interior de São Paulo passarão a oferecer o serviço de forma gradativa. Vale lembrar que se o beneficiário, ou seja, quem precisa da carteira de identificação, for menor de idade, um responsável deve acompanhá-lo durante o processo.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.