Mãe de aluno com autismo diz que escola excluiu seu filho de festa de formatura
Ana Luiza, mãe de um aluno com autismo, garante que não foi comunicada pelo colégio sobre a festa de formatura do filho e diz que Roberto teve uma crise de ansiedade ao descobrir que não tinha sido convidado.
“Nós ficamos sabendo pelo Instagram. O Robertinho estava olhando o celular e brincando quando falou que teve uma formatura da escola dele”, contou a mãe. “Ele está muito triste e deprimido”.
Ana Luiza Cabral postou no Instagram uma série de stories contando que seu filho foi excluído da festa de formatura do colégio em que estuda. Os posts logo se espalharam pela rede social e abriram uma discussão sobre exclusão de crianças autistas nas escolas.
Ana Luiza questionou a escola sobre o motivo de não ter sido informada sobre a festa de formatura. Segundo ela, a resposta foi de que tudo foi um “mal-entendido” e um “problema de comunicação”. Ela diz que nunca foi procurada pela escola para falar sobre a festa.
“Nunca me falaram nada e eu também não perguntei. Como ainda estamos em um momento de pandemia, eu pensei que nem teria festa. Nunca imaginei que se tivesse alguma eu não ficaria sabendo. Fiquei esperando eles entrarem em contato, mas nunca aconteceu. Quando você tem uma criança com qualquer necessidade, a conversa é diferenciada e mais próxima, e por isso sempre tive uma boa comunicação com a escola por WhatsApp, mas nunca me falaram nada”.
Colégio Sigma
Roberto Silva Naziozeno Filho de 15 anos, estudava no colégio Sigma Águas Claras, no Distrito Federal, e só soube da festa depois que ela já tinha acontecido.
O colégio afirmou que o evento foi amplamente divulgado nos canais de comunicação do colégio, pelo aplicativo institucional, perfis nas redes sociais e por e-mail. E disse que ainda está apurando por que Ana Luiza não recebeu as mensagens.
Segundo a instituição, a cerimônia de formatura não é organizada pela escola, mas por uma comissão de estudantes que contratam uma empresa terceirizada para fazer o evento.
O colégio reafirmou que é contrário a qualquer tipo de discriminação e disse que outros estudantes com deficiência participaram da cerimônia, que é aberta a todos os alunos, sem distinção.
Aluno com autismo: discriminação
Apesar da justificativa da escola, Ana Luiza não está convencida de que o caso tenha sido uma “falha de comunicação”, como foi dito a ela pelas coordenadoras da escola.
Além disso, a mãe ainda afirmou que não recebeu o apoio de nenhuma outra mãe do colégio, inclusive, foi excluída de um grupo específico para as mães no WhatsApp.
“Fiquei sabendo que elas têm um grupo e nunca me colocaram. Pedi, inclusive, várias vezes para me passarem os números, mas nunca aconteceu. Elas não foram inclusivas comigo e com meu filho, e se os pais não são [inclusivos], os filhos também não seriam”.
Ana Luiza diz ainda que o filho acabava sendo excluído pelos colegas de classe em muitos momentos. “Os colegas não eram acolhedores, tinham duas ou três colegas que o acolhiam e protegiam, mas o restante não tinha paciência”.
A mãe disse também que irá mudar seu filho de escola a partir do próximo ano. Ela afirmou que a situação se tornou insustentável e que não enxerga o local como inclusivo.
“Ficou inviável ficar lá. Ele vai para outra escola porque o relacionamento ficou insustentável. Fui ontem em uma reunião e mostrei a falha deles, pedindo para se retratarem. A única coisa que eu quero é um pedido de desculpas”.
Ela também garante que já está em contato com advogados para tomar todas as medidas legais cabíveis.
A festa de formatura no colégio Marista
A direção do colégio Marista, também do Distrito Federal, convidou e recebeu na festa de formatura do colégio o aluno Roberto Silva Naziozeno Filho. Longe da polêmica, Roberto se divertiu muito na festa, que teve música e brinquedos eletrônicos.
Ele foi bem recebido pelos colegas, pelos professores e ainda foi aplaudido no palco depois de um discurso emocionante de uma das educadoras. Veja no Instagram de Ana Luiza a alegria do menino ao ser incluído e participar de uma festa de formatura.
Destaques Psicologias do Brasil, com informações do UOL.
Foto destacada: Reprodução.
Ana Luiza, mãe de um aluno com autismo, garante que não foi comunicada pelo colégio sobre a festa de formatura do filho e diz que Roberto teve uma crise de ansiedade ao descobrir que não tinha sido convidado.
“Nós ficamos sabendo pelo Instagram. O Robertinho estava olhando o celular e brincando quando falou que teve uma formatura da escola dele”, contou a mãe. “Ele está muito triste e deprimido”.
Ana Luiza Cabral postou no Instagram uma série de stories contando que seu filho foi excluído da festa de formatura do colégio em que estuda. Os posts logo se espalharam pela rede social e abriram uma discussão sobre exclusão de crianças autistas nas escolas.
Ana Luiza questionou a escola sobre o motivo de não ter sido informada sobre a festa de formatura. Segundo ela, a resposta foi de que tudo foi um “mal-entendido” e um “problema de comunicação”. Ela diz que nunca foi procurada pela escola para falar sobre a festa.
“Nunca me falaram nada e eu também não perguntei. Como ainda estamos em um momento de pandemia, eu pensei que nem teria festa. Nunca imaginei que se tivesse alguma eu não ficaria sabendo. Fiquei esperando eles entrarem em contato, mas nunca aconteceu. Quando você tem uma criança com qualquer necessidade, a conversa é diferenciada e mais próxima, e por isso sempre tive uma boa comunicação com a escola por WhatsApp, mas nunca me falaram nada”.
Colégio Sigma
Roberto Silva Naziozeno Filho de 15 anos, estudava no colégio Sigma Águas Claras, no Distrito Federal, e só soube da festa depois que ela já tinha acontecido.
O colégio afirmou que o evento foi amplamente divulgado nos canais de comunicação do colégio, pelo aplicativo institucional, perfis nas redes sociais e por e-mail. E disse que ainda está apurando por que Ana Luiza não recebeu as mensagens.
Segundo a instituição, a cerimônia de formatura não é organizada pela escola, mas por uma comissão de estudantes que contratam uma empresa terceirizada para fazer o evento.
O colégio reafirmou que é contrário a qualquer tipo de discriminação e disse que outros estudantes com deficiência participaram da cerimônia, que é aberta a todos os alunos, sem distinção.
Aluno com autismo: discriminação
Apesar da justificativa da escola, Ana Luiza não está convencida de que o caso tenha sido uma “falha de comunicação”, como foi dito a ela pelas coordenadoras da escola.
Além disso, a mãe ainda afirmou que não recebeu o apoio de nenhuma outra mãe do colégio, inclusive, foi excluída de um grupo específico para as mães no WhatsApp.
“Fiquei sabendo que elas têm um grupo e nunca me colocaram. Pedi, inclusive, várias vezes para me passarem os números, mas nunca aconteceu. Elas não foram inclusivas comigo e com meu filho, e se os pais não são [inclusivos], os filhos também não seriam”.
Ana Luiza diz ainda que o filho acabava sendo excluído pelos colegas de classe em muitos momentos. “Os colegas não eram acolhedores, tinham duas ou três colegas que o acolhiam e protegiam, mas o restante não tinha paciência”.
A mãe disse também que irá mudar seu filho de escola a partir do próximo ano. Ela afirmou que a situação se tornou insustentável e que não enxerga o local como inclusivo.
“Ficou inviável ficar lá. Ele vai para outra escola porque o relacionamento ficou insustentável. Fui ontem em uma reunião e mostrei a falha deles, pedindo para se retratarem. A única coisa que eu quero é um pedido de desculpas”.
Ela também garante que já está em contato com advogados para tomar todas as medidas legais cabíveis.
A festa de formatura no colégio Marista
A direção do colégio Marista, também do Distrito Federal, convidou e recebeu na festa de formatura do colégio o aluno Roberto Silva Naziozeno Filho. Longe da polêmica, Roberto se divertiu muito na festa, que teve música e brinquedos eletrônicos.
Ele foi bem recebido pelos colegas, pelos professores e ainda foi aplaudido no palco depois de um discurso emocionante de uma das educadoras. Veja no Instagram de Ana Luiza a alegria do menino ao ser incluído e participar de uma festa de formatura.
Destaques Psicologias do Brasil, com informações do UOL.
Foto destacada: Reprodução.
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