Ageísmo: saiba mais sobre a triste forma de discriminação contra idosos
Ageísmo é o termo que define a discriminação contra pessoas acima dos 60 anos de idade. Ele foi cunhado pelo gerontologista Robert Neil Butler em 1969.
Butler escreveu um artigo sobre os abusos a que os idosos são submetidos que foi publicado no The Gerontologist. Nele estão identificadas três práticas principais que configuram o ageísmo:
- Preconceito contra os idosos e contra o processo de envelhecimento propriamente dito.
- Prática de discriminação contra pessoas com base na idade.
- Políticas e práticas institucionais que visam manter um estereótipo nocivo das pessoas maiores de 60 anos.
Como o ageísmo acontece na vida cotidiana
Esse tipo de preconceito infelizmente está presente em nosso cotidiano de diversas formas. São inúmeros os exemplos de situações discriminatórias contra os idosos, principalmente no Brasil. A seguir citamos alguns bastante comuns:
- Políticas empresariais de não contratar pessoas acima de certa idade ou cobrança excessiva a essas pessoas, com a alegação de que o ritmo delas é inferior ao dos funcionários mais jovens.
- Pessoas que se recusam a ceder o lugar reservado (por direito) aos idosos no transporte público.
- Prática de maus-tratos contra idosos em casas de repouso ou até mesmo dentro do lar, pelos próprios familiares ou cuidadores.
- Pessoas que utilizam vagas e filas específicas para idosos sem se encaixar no perfil que tem direito a estes benefícios.
- Prática de julgar os idosos, dizendo que eles precisam ter comportamentos “adequados” para a idade.
As consequências do ageísmo na vida das pessoas
O impacto na saúde física e mental dos idosos é devastador, assim como acontece com quem sofre qualquer tipo de preconceito de forma constante.
Muitos idosos submetidos a esse tipo de situação acabam desenvolvendo transtornos psicológicos como ansiedade e depressão. Por mais que a pessoa saiba lidar com o fato de forma paciente e resignada, sofrer preconceito constantemente destrói a autoestima e mina a felicidade pouco a pouco.
A situação é ainda pior quando essas pessoas são submetidas a violência física e/ou maus-tratos. Não são poucos os relatos de idosos vivendo em condições sub-humanas com o conhecimento das famílias e das instituições de saúde.
Como lutar contra o ageísmo?
A principal arma que temos é a educação. Esse assunto precisa ser colocado em evidência e discutido mundialmente. Dessa forma, mais e mais pessoas perceberão que estão agindo de forma equivocada, e serão convidadas a mudar sua maneira de enxergar e tratar os idosos. Mesmo porque, em ultima análise, todos nós envelhecemos.
Quando esse problema não é discutido e principalmente combatido, perpetua-se o preconceito e todas as consequências negativas relacionadas a ele.
A transformação da sociedade é alcançada no momento em que escolhemos nos posicionar contra esse tipo de prática, denunciando e colocando os problemas aos olhos da população como um todo.
Muitas vezes os próprios idosos não são capazes de impor seus direitos, por motivos diversos. É nossa obrigação proteger e cuidar de qualquer pessoa que sofre preconceito ou qualquer tipo de violência.
É essencial que esse tipo de caso não “passe em branco”, pois apenas denunciando e trazendo consequências reais às pessoas que comentem esse tipo de atrocidade evitamos que mais casos aconteçam, educando a nossa sociedade de forma gradativa.
Conforme o artigo 96, do Estatuto do Idoso (brasileiro), prescrito sob a lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, a discriminação mediante a idade, com atos de humilhação, desdém, menosprezo, intimidação, ou impedimento e dificultação do acesso a operações bancárias, meio de transporte, entre outras coisas, constitui-se como crime com pena de reclusão de 6 meses a 1 ano e multa.
A principal forma de denunciar a prática de ageísmo é procurando uma delegacia de polícia para fazer um Boletim de Ocorrência, além de buscar órgãos como a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania da região. Não deixe de denunciar essa prática caso ela aconteça com você ou alguém próximo.
Ageísmo é o termo que define a discriminação contra pessoas acima dos 60 anos de idade. Ele foi cunhado pelo gerontologista Robert Neil Butler em 1969.
Butler escreveu um artigo sobre os abusos a que os idosos são submetidos que foi publicado no The Gerontologist. Nele estão identificadas três práticas principais que configuram o ageísmo:
- Preconceito contra os idosos e contra o processo de envelhecimento propriamente dito.
- Prática de discriminação contra pessoas com base na idade.
- Políticas e práticas institucionais que visam manter um estereótipo nocivo das pessoas maiores de 60 anos.
Como o ageísmo acontece na vida cotidiana
Esse tipo de preconceito infelizmente está presente em nosso cotidiano de diversas formas. São inúmeros os exemplos de situações discriminatórias contra os idosos, principalmente no Brasil. A seguir citamos alguns bastante comuns:
- Políticas empresariais de não contratar pessoas acima de certa idade ou cobrança excessiva a essas pessoas, com a alegação de que o ritmo delas é inferior ao dos funcionários mais jovens.
- Pessoas que se recusam a ceder o lugar reservado (por direito) aos idosos no transporte público.
- Prática de maus-tratos contra idosos em casas de repouso ou até mesmo dentro do lar, pelos próprios familiares ou cuidadores.
- Pessoas que utilizam vagas e filas específicas para idosos sem se encaixar no perfil que tem direito a estes benefícios.
- Prática de julgar os idosos, dizendo que eles precisam ter comportamentos “adequados” para a idade.
As consequências do ageísmo na vida das pessoas
O impacto na saúde física e mental dos idosos é devastador, assim como acontece com quem sofre qualquer tipo de preconceito de forma constante.
Muitos idosos submetidos a esse tipo de situação acabam desenvolvendo transtornos psicológicos como ansiedade e depressão. Por mais que a pessoa saiba lidar com o fato de forma paciente e resignada, sofrer preconceito constantemente destrói a autoestima e mina a felicidade pouco a pouco.
A situação é ainda pior quando essas pessoas são submetidas a violência física e/ou maus-tratos. Não são poucos os relatos de idosos vivendo em condições sub-humanas com o conhecimento das famílias e das instituições de saúde.
Como lutar contra o ageísmo?
A principal arma que temos é a educação. Esse assunto precisa ser colocado em evidência e discutido mundialmente. Dessa forma, mais e mais pessoas perceberão que estão agindo de forma equivocada, e serão convidadas a mudar sua maneira de enxergar e tratar os idosos. Mesmo porque, em ultima análise, todos nós envelhecemos.
Quando esse problema não é discutido e principalmente combatido, perpetua-se o preconceito e todas as consequências negativas relacionadas a ele.
A transformação da sociedade é alcançada no momento em que escolhemos nos posicionar contra esse tipo de prática, denunciando e colocando os problemas aos olhos da população como um todo.
Muitas vezes os próprios idosos não são capazes de impor seus direitos, por motivos diversos. É nossa obrigação proteger e cuidar de qualquer pessoa que sofre preconceito ou qualquer tipo de violência.
É essencial que esse tipo de caso não “passe em branco”, pois apenas denunciando e trazendo consequências reais às pessoas que comentem esse tipo de atrocidade evitamos que mais casos aconteçam, educando a nossa sociedade de forma gradativa.
Conforme o artigo 96, do Estatuto do Idoso (brasileiro), prescrito sob a lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, a discriminação mediante a idade, com atos de humilhação, desdém, menosprezo, intimidação, ou impedimento e dificultação do acesso a operações bancárias, meio de transporte, entre outras coisas, constitui-se como crime com pena de reclusão de 6 meses a 1 ano e multa.
A principal forma de denunciar a prática de ageísmo é procurando uma delegacia de polícia para fazer um Boletim de Ocorrência, além de buscar órgãos como a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania da região. Não deixe de denunciar essa prática caso ela aconteça com você ou alguém próximo.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.