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Probióticos para bebês

4 minutos
Os suplementos à base de bactérias trazem vários benefícios para o trato gastrointestinal dos adultos, mas você sabe se é saudável oferecer probióticos para bebês e recém-nascidos? Descubra a resposta a seguir.
Probióticos para bebês
Samuel Antonio Sánchez Amador

Escrito e verificado por biólogo Samuel Antonio Sánchez Amador

Última atualização: 07 outubro, 2022

É apropriado fornecer probióticos para bebês muito pequenos? Que riscos essa conduta pode trazer para a flora intestinal? Antes de tomar qualquer decisão relacionada à saúde pediátrica, é essencial esclarecer essas dúvidas.

Os probióticos são microrganismos vivos que são adicionados a certos componentes da dieta e permanecem ativos no intestino. Graças à sua atividade, eles modificam a microbiota do sistema digestivo da pessoa que os consome.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ingeridos em uma dose adequada, eles trazem diversos benefícios para a saúde. Os alimentos ricos em probióticos incluem iogurtes frescos, kefir, chucrute e muitos outros produtos lactofermentados.

A flora intestinal

Ter uma microbiota equilibrada no intestino é essencial para a saúde humana. A cooperação entre a pessoa e os microrganismos que a habitam determina o estado de saúde a curto e longo prazo.

De acordo com vários estudos, a flora bacteriana que habita o trato gastrointestinal proporciona diversos benefícios, tais como:

  • Ajuda na especialização do tecido linfoide associado à mucosa do intestino. Isso resulta em uma sinergia com o sistema imunológico, que aprende a reconhecer cepas bacterianas benéficas e a se preparar para futuros patógenos. Em suma, é um estímulo para as defesas.
  • As bactérias intestinais percebem e degradam certos polissacarídeos à base de plantas que nós não conseguimos digerir sozinhos. De acordo com publicações científicas, essa atividade representa 10% das calorias diárias de um ser humano.
  • Como o sistema digestivo está aberto ao “mundo” externo, sempre há o risco de que seja atacado por agentes externos. A flora bacteriana normal coloniza superfícies em contato com o mundo exterior, impedindo que organismos patogênicos se multipliquem nelas.

Estes são alguns dos muitos benefícios que as bactérias intestinais oferecem aos humanos. Esta é uma relação de simbiose, pois não existiríamos sem elas, nem elas sem nós.

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A flora bacteriana do sistema digestivo é fundamental para a sobrevivência humana.

Para saber mais: Que tipo de barriga você tem e como reduzi-la?

Probióticos para bebês

Os alimentos probióticos são aqueles que contêm bactérias que são benéficas para o funcionamento geral do microbioma intestinal. Algumas delas são as pertencentes aos gêneros Lactobacillus, Bifidobacterius e a espécie Saccharomyces boulardii.

Esses microrganismos são normalmente encontrados em uma microbiota saudável, mas aumentar sua presença pode ser uma boa ideia se não há patologias anteriores na pessoa que as consome. Agora, a situação muda se falarmos de recém-nascidos?

Estudos a favor do uso de probióticos para bebês

Uma pesquisa realizada em 2014 apresentou os seguintes resultados:

  • 589 crianças recém-nascidas foram monitoradas durante seus primeiros 90 dias de vida. Algumas receberam a bactéria probiótica Lactobacillus reuteri, e outras um placebo.
  • Os pais foram solicitados a acompanhar episódios diários de regurgitação, duração de choros inconsoláveis, número de consultas e internações pediátricas, entre outros parâmetros indicativos da saúde intestinal do bebê.
  • Observou-se uma notável diferença de vários parâmetros entre aqueles tratados com probióticos e aqueles não tratados, sugerindo que esses microrganismos protegiam os recém-nascidos de distúrbios intestinais.

Mas isso não é tudo, pois outros estudos como este também mostram o benefício da bactéria Lactobacillus reuteri no bom funcionamento do intestino. Neste caso, observou-se uma redução dos sintomas associados à cólica em bebês com a aplicação de gotas probióticas no leite materno.

Benefícios gerais dos probióticos

Como consenso clínico geral, estima-se que os probióticos ajudem adultos e crianças em várias frentes:

Riscos dos probióticos para bebês

O consumo de probióticos costuma ser seguro. Mesmo assim, certas fontes científicas alertam que eles podem causar complicações.

Pessoas com um sistema imunológico comprometido, com doença cardíaca valvular ou bebês prematuros são grupos de risco. Isso porque as bactérias teriam a tendência, em tais situações, de se multiplicarem exorbitantemente, gerando uma inflamação gastrointestinal, ativação excessiva do sistema imunológico e, na pior das hipóteses, uma bacteremia.

A extensão dessas patologias em recém-nascidos não é totalmente conhecida. Além disso, os efeitos do uso dessas bactérias a longo prazo no desenvolvimento infantil são difíceis de descobrir, pois isso exigiria um acompanhamento de vários anos em bebês que as consumiram.

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Em alguns estudos, a cólica pediátrica foi menos comum em crianças que consumiram probióticos.

Você pode estar interessado: Qual é a diferença entre prebióticos e probióticos?

O que lembrar sobre o uso de probióticos para bebês?

O uso de probióticos para bebês parece trazer diversos benefícios, mas é necessário que a ciência continue estudando as interações entre esses microrganismos e a saúde intestinal do recém-nascido. Possíveis riscos e efeitos colaterais também devem ser avaliados.

É por isso que a melhor escolha é sempre consultar o pediatra antes de oferecer qualquer coisa ao bebê, pois ele conhece o quadro clínico do recém-nascido melhor do que ninguém, e saberá o que é melhor para ele. Nem todos devem consumir probióticos. Além disso, deve-se avaliar a disponibilidade de probióticos no local onde os pais vivem.

É apropriado fornecer probióticos para bebês muito pequenos? Que riscos essa conduta pode trazer para a flora intestinal? Antes de tomar qualquer decisão relacionada à saúde pediátrica, é essencial esclarecer essas dúvidas.

Os probióticos são microrganismos vivos que são adicionados a certos componentes da dieta e permanecem ativos no intestino. Graças à sua atividade, eles modificam a microbiota do sistema digestivo da pessoa que os consome.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ingeridos em uma dose adequada, eles trazem diversos benefícios para a saúde. Os alimentos ricos em probióticos incluem iogurtes frescos, kefir, chucrute e muitos outros produtos lactofermentados.

A flora intestinal

Ter uma microbiota equilibrada no intestino é essencial para a saúde humana. A cooperação entre a pessoa e os microrganismos que a habitam determina o estado de saúde a curto e longo prazo.

De acordo com vários estudos, a flora bacteriana que habita o trato gastrointestinal proporciona diversos benefícios, tais como:

  • Ajuda na especialização do tecido linfoide associado à mucosa do intestino. Isso resulta em uma sinergia com o sistema imunológico, que aprende a reconhecer cepas bacterianas benéficas e a se preparar para futuros patógenos. Em suma, é um estímulo para as defesas.
  • As bactérias intestinais percebem e degradam certos polissacarídeos à base de plantas que nós não conseguimos digerir sozinhos. De acordo com publicações científicas, essa atividade representa 10% das calorias diárias de um ser humano.
  • Como o sistema digestivo está aberto ao “mundo” externo, sempre há o risco de que seja atacado por agentes externos. A flora bacteriana normal coloniza superfícies em contato com o mundo exterior, impedindo que organismos patogênicos se multipliquem nelas.

Estes são alguns dos muitos benefícios que as bactérias intestinais oferecem aos humanos. Esta é uma relação de simbiose, pois não existiríamos sem elas, nem elas sem nós.

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A flora bacteriana do sistema digestivo é fundamental para a sobrevivência humana.

Para saber mais: Que tipo de barriga você tem e como reduzi-la?

Probióticos para bebês

Os alimentos probióticos são aqueles que contêm bactérias que são benéficas para o funcionamento geral do microbioma intestinal. Algumas delas são as pertencentes aos gêneros Lactobacillus, Bifidobacterius e a espécie Saccharomyces boulardii.

Esses microrganismos são normalmente encontrados em uma microbiota saudável, mas aumentar sua presença pode ser uma boa ideia se não há patologias anteriores na pessoa que as consome. Agora, a situação muda se falarmos de recém-nascidos?

Estudos a favor do uso de probióticos para bebês

Uma pesquisa realizada em 2014 apresentou os seguintes resultados:

  • 589 crianças recém-nascidas foram monitoradas durante seus primeiros 90 dias de vida. Algumas receberam a bactéria probiótica Lactobacillus reuteri, e outras um placebo.
  • Os pais foram solicitados a acompanhar episódios diários de regurgitação, duração de choros inconsoláveis, número de consultas e internações pediátricas, entre outros parâmetros indicativos da saúde intestinal do bebê.
  • Observou-se uma notável diferença de vários parâmetros entre aqueles tratados com probióticos e aqueles não tratados, sugerindo que esses microrganismos protegiam os recém-nascidos de distúrbios intestinais.

Mas isso não é tudo, pois outros estudos como este também mostram o benefício da bactéria Lactobacillus reuteri no bom funcionamento do intestino. Neste caso, observou-se uma redução dos sintomas associados à cólica em bebês com a aplicação de gotas probióticas no leite materno.

Benefícios gerais dos probióticos

Como consenso clínico geral, estima-se que os probióticos ajudem adultos e crianças em várias frentes:

Riscos dos probióticos para bebês

O consumo de probióticos costuma ser seguro. Mesmo assim, certas fontes científicas alertam que eles podem causar complicações.

Pessoas com um sistema imunológico comprometido, com doença cardíaca valvular ou bebês prematuros são grupos de risco. Isso porque as bactérias teriam a tendência, em tais situações, de se multiplicarem exorbitantemente, gerando uma inflamação gastrointestinal, ativação excessiva do sistema imunológico e, na pior das hipóteses, uma bacteremia.

A extensão dessas patologias em recém-nascidos não é totalmente conhecida. Além disso, os efeitos do uso dessas bactérias a longo prazo no desenvolvimento infantil são difíceis de descobrir, pois isso exigiria um acompanhamento de vários anos em bebês que as consumiram.

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Em alguns estudos, a cólica pediátrica foi menos comum em crianças que consumiram probióticos.

Você pode estar interessado: Qual é a diferença entre prebióticos e probióticos?

O que lembrar sobre o uso de probióticos para bebês?

O uso de probióticos para bebês parece trazer diversos benefícios, mas é necessário que a ciência continue estudando as interações entre esses microrganismos e a saúde intestinal do recém-nascido. Possíveis riscos e efeitos colaterais também devem ser avaliados.

É por isso que a melhor escolha é sempre consultar o pediatra antes de oferecer qualquer coisa ao bebê, pois ele conhece o quadro clínico do recém-nascido melhor do que ninguém, e saberá o que é melhor para ele. Nem todos devem consumir probióticos. Além disso, deve-se avaliar a disponibilidade de probióticos no local onde os pais vivem.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Guideline for evaluation of probiotics in food. Recogido a 27 de junio en https://www.who.int/foodsafety/fs_management/en/probiotic_guidelines.pdf.
  • Maynard, C. L., Elson, C. O., Hatton, R. D., & Weaver, C. T. (2012). Reciprocal interactions of the intestinal microbiota and immune system. Nature489(7415), 231-241.
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  • Indrio, F., Di Mauro, A., Riezzo, G., Civardi, E., Intini, C., Corvaglia, L., … & Del Vecchio, A. (2014). Prophylactic use of a probiotic in the prevention of colic, regurgitation, and functional constipation: a randomized clinical trial. JAMA pediatrics168(3), 228-233.
  • Koonce, T., Mounsey, A., & Rowland, K. (2011). Colicky baby? Here’sa surprising remedy. The Journal of Family Practice60(1), 34.
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  • Merino, A. Barrio. “Probióticos, prebióticos y simbióticos. Definición, funciones y aplicación clínica en pediatría.” Revista Pediatría de Atención Primaria 8.Suplemento 1 (2006).
  • Román Riechmann, E., and G. Álvarez Calatayud. “Empleo de probióticos y prebióticos en pediatría.” Nutrición Hospitalaria 28 (2013): 42-45.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.