Por que a automedicação com antibióticos é perigosa?
Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto
A primeira coisa a dizer é que a automedicação com antibióticos é perigosa. Enfatizamos a palavra perigosa porque este hábito não é apenas inconveniente e contrário ao senso comum, mas altamente arriscado para a saúde por várias razões.
Ao se automedicar com antibióticos, você não está apenas colocando a sua saúde em risco pelos efeitos colaterais que podem surgir; com esse comportamento, você provoca resistência das bactérias a essa droga. Ou seja, se você precisar desse antibiótico posteriormente, ele poderá não ter mais efeito sobre o seu organismo.
A questão não se limita aos efeitos que isso pode ter sobre a sua saúde e a sua vida, mas, eventualmente, isso pode ter um alcance coletivo e até mundial. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a resistência aos antibióticos é:
Uma das maiores ameaças à saúde mundial
Automedicação com antibióticos?
Falamos de automedicação quando uma pessoa decide usar um medicamento sem ter um diagnóstico, prescrição ou acompanhamento médico. Essa é uma prática comum em muitos lugares, onde a regulamentação de medicamentos não é muito rigorosa.
Existem vários medicamentos de venda livre, o que significa que você pode comprá-los sem receita médica. São medicamentos para tratar sintomas menores, como dor de cabeça, tosse ou azia. No entanto, todos esses medicamentos trazem advertências sobre seu uso que você não deve ignorar.
Os antibióticos, em particular, nunca devem ser tomados sem receita médica. No entanto, algumas farmácias os vendem sem esse requisito. Também existem pessoas que usam o que resta de uma receita anterior quando apresentavam sintomas semelhantes. Isso é totalmente desaconselhável, e veremos o porquê a seguir.
Leia também: Antibióticos de amplo espectro: para que servem
Principais riscos
O principal risco do uso inadequado de antibióticos é a resistência a eles. Quando um médico os prescreve, isso significa que encontrou uma infecção bacteriana – não viral – e considera que esse tipo de droga irá ajudar a eliminá-la.
Em relação aos antibióticos, a dose e a duração do tratamento são muito importantes. Isso é determinado pelo médico, com base em seus conhecimentos e no estado de saúde do paciente. Entretanto, para que o tratamento seja eficaz e você não corra riscos, esses medicamentos devem ser tomados de acordo com as doses e as indicações do profissional que os prescreveu.
Se você não tomar os antibióticos corretamente, o resultado pode ser que as bactérias agressoras desenvolvam mutações, especificamente uma mutação para resistir ao medicamento. A consequência é que, se você tiver uma infecção bacteriana novamente, esse antibiótico não servirá mais a você e os médicos terão menos opções para ajudá-lo a superar a doença.
Outros efeitos da automedicação com antibióticos
A automedicação não apenas coloca você em risco de desenvolver resistência, mas também pode ter outros efeitos sobre sua saúde, que em alguns casos podem ser graves. Os mais importantes são os seguintes:
- Efeitos colaterais: qualquer medicamento pode gerar efeitos secundários, que variam de dor de cabeça, tontura e diarreia a convulsões ou choque anafilático.
- Características individuais: se você tiver outra doença ou se sua saúde tem algumas peculiaridades, o antibiótico pode agravar o problema e, inclusive, levar a uma emergência hospitalar.
- Intoxicação: uma dose inadequada pode levar a uma overdose e consequente intoxicação.
- Interação inapropriada: se você estiver tomando outros medicamentos, os antibióticos podem reduzir ou aumentar o efeito das outras drogas.
Mais informação? Então leia: Antibióticos: é necessário tomar um protetor gástrico?
As consequências para a sociedade
Uma das consequências mais graves da automedicação com antibióticos é que você ajuda a criar as condições para o desenvolvimento das superbactérias que atormentam o mundo nos últimos anos. O uso excessivo ou inadequado de antibióticos é uma das principais causas desse problema.
De acordo com a Sociedade de Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (IDSA), as doenças causadas por micro-organismos como os estafilococos tornaram-se extremamente resistentes, mesmo aos antibióticos mais poderosos. Tais doenças matam mais pessoas no país citado do que a AIDS, a doença de Parkinson e os homicídios.
Outro caso alarmante no mundo é a tuberculose, que é cada vez mais resistente a todos os tipos de antibióticos e atualmente mata quase dois milhões de pessoas a cada ano. A pneumonia e a sepse são outros dois bons exemplos.
A Organização Mundial da Saúde afirma que, se esses medicamentos continuarem a ser usados de forma inadequada, dentro de 10 anos, várias infecções que hoje são completamente tratáveis serão mortais. Por todos esses motivos, é fundamental evitar a automedicação com antibióticos.
A primeira coisa a dizer é que a automedicação com antibióticos é perigosa. Enfatizamos a palavra perigosa porque este hábito não é apenas inconveniente e contrário ao senso comum, mas altamente arriscado para a saúde por várias razões.
Ao se automedicar com antibióticos, você não está apenas colocando a sua saúde em risco pelos efeitos colaterais que podem surgir; com esse comportamento, você provoca resistência das bactérias a essa droga. Ou seja, se você precisar desse antibiótico posteriormente, ele poderá não ter mais efeito sobre o seu organismo.
A questão não se limita aos efeitos que isso pode ter sobre a sua saúde e a sua vida, mas, eventualmente, isso pode ter um alcance coletivo e até mundial. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a resistência aos antibióticos é:
Uma das maiores ameaças à saúde mundial
Automedicação com antibióticos?
Falamos de automedicação quando uma pessoa decide usar um medicamento sem ter um diagnóstico, prescrição ou acompanhamento médico. Essa é uma prática comum em muitos lugares, onde a regulamentação de medicamentos não é muito rigorosa.
Existem vários medicamentos de venda livre, o que significa que você pode comprá-los sem receita médica. São medicamentos para tratar sintomas menores, como dor de cabeça, tosse ou azia. No entanto, todos esses medicamentos trazem advertências sobre seu uso que você não deve ignorar.
Os antibióticos, em particular, nunca devem ser tomados sem receita médica. No entanto, algumas farmácias os vendem sem esse requisito. Também existem pessoas que usam o que resta de uma receita anterior quando apresentavam sintomas semelhantes. Isso é totalmente desaconselhável, e veremos o porquê a seguir.
Leia também: Antibióticos de amplo espectro: para que servem
Principais riscos
O principal risco do uso inadequado de antibióticos é a resistência a eles. Quando um médico os prescreve, isso significa que encontrou uma infecção bacteriana – não viral – e considera que esse tipo de droga irá ajudar a eliminá-la.
Em relação aos antibióticos, a dose e a duração do tratamento são muito importantes. Isso é determinado pelo médico, com base em seus conhecimentos e no estado de saúde do paciente. Entretanto, para que o tratamento seja eficaz e você não corra riscos, esses medicamentos devem ser tomados de acordo com as doses e as indicações do profissional que os prescreveu.
Se você não tomar os antibióticos corretamente, o resultado pode ser que as bactérias agressoras desenvolvam mutações, especificamente uma mutação para resistir ao medicamento. A consequência é que, se você tiver uma infecção bacteriana novamente, esse antibiótico não servirá mais a você e os médicos terão menos opções para ajudá-lo a superar a doença.
Outros efeitos da automedicação com antibióticos
A automedicação não apenas coloca você em risco de desenvolver resistência, mas também pode ter outros efeitos sobre sua saúde, que em alguns casos podem ser graves. Os mais importantes são os seguintes:
- Efeitos colaterais: qualquer medicamento pode gerar efeitos secundários, que variam de dor de cabeça, tontura e diarreia a convulsões ou choque anafilático.
- Características individuais: se você tiver outra doença ou se sua saúde tem algumas peculiaridades, o antibiótico pode agravar o problema e, inclusive, levar a uma emergência hospitalar.
- Intoxicação: uma dose inadequada pode levar a uma overdose e consequente intoxicação.
- Interação inapropriada: se você estiver tomando outros medicamentos, os antibióticos podem reduzir ou aumentar o efeito das outras drogas.
Mais informação? Então leia: Antibióticos: é necessário tomar um protetor gástrico?
As consequências para a sociedade
Uma das consequências mais graves da automedicação com antibióticos é que você ajuda a criar as condições para o desenvolvimento das superbactérias que atormentam o mundo nos últimos anos. O uso excessivo ou inadequado de antibióticos é uma das principais causas desse problema.
De acordo com a Sociedade de Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (IDSA), as doenças causadas por micro-organismos como os estafilococos tornaram-se extremamente resistentes, mesmo aos antibióticos mais poderosos. Tais doenças matam mais pessoas no país citado do que a AIDS, a doença de Parkinson e os homicídios.
Outro caso alarmante no mundo é a tuberculose, que é cada vez mais resistente a todos os tipos de antibióticos e atualmente mata quase dois milhões de pessoas a cada ano. A pneumonia e a sepse são outros dois bons exemplos.
A Organização Mundial da Saúde afirma que, se esses medicamentos continuarem a ser usados de forma inadequada, dentro de 10 anos, várias infecções que hoje são completamente tratáveis serão mortais. Por todos esses motivos, é fundamental evitar a automedicação com antibióticos.
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Fajardo Zapata, A. L. (2013). La automedicación de antibióticos: un problema de salud pública. Revista Científica Salud Uninorte, 29(2).
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