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Omeprazol

3 minutos
O omeprazol é o fármaco representante do grupo de inibidores da bomba de prótons usado para problemas gástricos.
Omeprazol
Franciele Rohor de Souza

Revisado e aprovado por a farmacêutica Franciele Rohor de Souza

Escrito por Equipe Editorial
Última atualização: 20 dezembro, 2022

omeprazol é o fármaco que representa o grupo de fármacos inibidores da bomba de prótons (IBP), utilizados para problemas estomacais como acidez e gastrite, dentre outros.

Neste artigo vamos explicar os seguintes aspectos referentes ao omeprazol:

  • Mecanismos de ação;
  • Farmacocinética;
  • Metabolismo;
  • Efeitos adversos;
  • Interações;
  • Indicações;

Mecanismos de ação

O estômago possui um pH ácido devido ao HCl que as células parietais da mucosa gástrica produzem. Este pH ácido característico do estômago é essencial para a digestão dos alimentos para conseguir:

  • Uma desnaturalização correta de proteínas;
  • Ativar o pepsinógeno e a peptina para que ocorra a proteólise, ou seja, a ruptura das ligações peptídicas das proteínas.
  • Prevenir as infecções bacterianas, já que as bactérias não costumam sobreviver em meios ácidos.

Uma excessiva secreção de ácido gástrico pode chegar a produzir danos na mucosa do trato gastrointestinal, produzindo úlceras de estômago e duodeno principalmente.

Some figure

A secreção do ácido gástrico ocorre vários passos:

  1. Segregação dos íons de H+ e Cl- separadamente nas células parietais;
  2. Sua combinação para formar HCl nos canalículos;
  3. Segregação do ácido desde os canalículos ao lúmen do estômago;

Os inibidores da bomba de prótons, como é o caso do omeprazol, atuam na etapa final da produção do ácido, se unindo irreversivelmente à bomba ATPase ou H+/K-, sendo uma união pH dependente de máxima a pH < 6.

Esta inibição tem lugar pela formação de uma ligação covalente S-S entre a sulfamida e um resíduo de cisteína acessível da bomba de prótons, em concreto, o omeprazol enlaça o resíduo Cys-813 e Ces-892.

Farmacocinética

O omeprazol, assim como os demais IBP, é administrado em sua forma neutra, que é inativa. Ao ser uma forma neutra vai ser lipofílica, ou seja, insolúvel em água, e vai ser capaz de atravessar facilmente as membranas celulares e chegar sem problema aos canalículos das células parietais.

Nestas células, como têm pH ácido, vão transformar a forma neutra do omeprazol em sua forma protonada ativa, sendo capaz assim de realizar seu mecanismo de ação e se unir irreversivelmente à bomba de prótons bloqueando sua ação.

  •  É lábil em meio ácido, por isso as receitas orais estão dotadas de uma cobertura entérica.
  • Sua união a proteínas plasmáticas é alta, maior do que 95%, o que aumenta sua possibilidade de interação com outros fármacos, já que pode sofrer um deslocamento da dose.
  • Se absorve no intestino delgado se completando normalmente às 3-6 horas.
  • A biodisponibilidade por via oral é de aproximadamente 35%, podendo aumentar até 60% com uma administração repetida uma vez por dia.
  • Seu volume de distribuição oscila em 0,3 L/kg.

Metabolismo

O omeprazol sofre metabolismo hepático pelo sistema CYP 450. A maior parte de seu metabolismo depende da isoenzima específica CYP2C19.

A maior parte da dose administrada oralmente se excreta como metabolitos inativos pela urina e o resto pelas fezes procedentes principalmente da secreção biliar.

Efeitos adversos

É preciso ter em conta que o omeprazol apresenta uma série de efeitos adversos, ainda que nem muitos devido a sua seletividade em sua ação que é preciso ter em conta se está administrando este fármaco. Dentre outros encontramos:

  • Em tratamentos prolongados pode produzir hipomagnesemia grave;
  • Aumenta o risco de fraturas ósseas;
  • Alterações dérmicas como erupções ou prurito;
  • Alterações gastrointestinais como diarreias, prisão de ventre, dor abdominal, náuseas ou vômitos;
Some figure
  • Neuropatia periférica;
  • Hipersensibilidade;
  • Anemia hemolítica;
  • Reduz a absorção da vitamina B12, por isso aumenta o risco de sofrermos anemia megaloblástica;
  • Risco de lúpus eritrematoso cutâneo subagudo;
  • Aumenta os níveis de cromogranina A, proteína que se encontra alta em certos tipos de câncer.

Interações do omeprazol

O omeprazol interage com muitos fármacos se se administram simultaneamente reduzindo ou potencializando sua ação.

  • Pode reduzir a ação de:
    • Clopidrogrel;
    • Antifúngicos;
    • Fenitoína;
    • Rifamicina;
    • Micofenolato;
    • Outros;
  • Pode aumentar a ação de:
    • Metrotexato;
    • Anfetaminas;
    • Benzodiazepinas;
    • Carvedilol;
    • Citalopram;
    • Escitalopram;
    • Ciclosporina;
    • Warfarina;
    • Outros;

Definitivamente, pode interagir com numerosos fármacos, assim, se você está tomando omeprazol com algum outro medicamento, deve consultar seu médico para a prevenção de possíveis complicações.

Indicações

Este fármaco é de escolha para:

  • Úlceras gástricas;
  • Úlcera duodenal;
  • Esofagite por refluxo;
  • Síndrome de Zollinger-Ellison;
  • Gastrite;
  • Dispepsia funcional;

omeprazol é o fármaco que representa o grupo de fármacos inibidores da bomba de prótons (IBP), utilizados para problemas estomacais como acidez e gastrite, dentre outros.

Neste artigo vamos explicar os seguintes aspectos referentes ao omeprazol:

  • Mecanismos de ação;
  • Farmacocinética;
  • Metabolismo;
  • Efeitos adversos;
  • Interações;
  • Indicações;

Mecanismos de ação

O estômago possui um pH ácido devido ao HCl que as células parietais da mucosa gástrica produzem. Este pH ácido característico do estômago é essencial para a digestão dos alimentos para conseguir:

  • Uma desnaturalização correta de proteínas;
  • Ativar o pepsinógeno e a peptina para que ocorra a proteólise, ou seja, a ruptura das ligações peptídicas das proteínas.
  • Prevenir as infecções bacterianas, já que as bactérias não costumam sobreviver em meios ácidos.

Uma excessiva secreção de ácido gástrico pode chegar a produzir danos na mucosa do trato gastrointestinal, produzindo úlceras de estômago e duodeno principalmente.

Some figure

A secreção do ácido gástrico ocorre vários passos:

  1. Segregação dos íons de H+ e Cl- separadamente nas células parietais;
  2. Sua combinação para formar HCl nos canalículos;
  3. Segregação do ácido desde os canalículos ao lúmen do estômago;

Os inibidores da bomba de prótons, como é o caso do omeprazol, atuam na etapa final da produção do ácido, se unindo irreversivelmente à bomba ATPase ou H+/K-, sendo uma união pH dependente de máxima a pH < 6.

Esta inibição tem lugar pela formação de uma ligação covalente S-S entre a sulfamida e um resíduo de cisteína acessível da bomba de prótons, em concreto, o omeprazol enlaça o resíduo Cys-813 e Ces-892.

Farmacocinética

O omeprazol, assim como os demais IBP, é administrado em sua forma neutra, que é inativa. Ao ser uma forma neutra vai ser lipofílica, ou seja, insolúvel em água, e vai ser capaz de atravessar facilmente as membranas celulares e chegar sem problema aos canalículos das células parietais.

Nestas células, como têm pH ácido, vão transformar a forma neutra do omeprazol em sua forma protonada ativa, sendo capaz assim de realizar seu mecanismo de ação e se unir irreversivelmente à bomba de prótons bloqueando sua ação.

  •  É lábil em meio ácido, por isso as receitas orais estão dotadas de uma cobertura entérica.
  • Sua união a proteínas plasmáticas é alta, maior do que 95%, o que aumenta sua possibilidade de interação com outros fármacos, já que pode sofrer um deslocamento da dose.
  • Se absorve no intestino delgado se completando normalmente às 3-6 horas.
  • A biodisponibilidade por via oral é de aproximadamente 35%, podendo aumentar até 60% com uma administração repetida uma vez por dia.
  • Seu volume de distribuição oscila em 0,3 L/kg.

Metabolismo

O omeprazol sofre metabolismo hepático pelo sistema CYP 450. A maior parte de seu metabolismo depende da isoenzima específica CYP2C19.

A maior parte da dose administrada oralmente se excreta como metabolitos inativos pela urina e o resto pelas fezes procedentes principalmente da secreção biliar.

Efeitos adversos

É preciso ter em conta que o omeprazol apresenta uma série de efeitos adversos, ainda que nem muitos devido a sua seletividade em sua ação que é preciso ter em conta se está administrando este fármaco. Dentre outros encontramos:

  • Em tratamentos prolongados pode produzir hipomagnesemia grave;
  • Aumenta o risco de fraturas ósseas;
  • Alterações dérmicas como erupções ou prurito;
  • Alterações gastrointestinais como diarreias, prisão de ventre, dor abdominal, náuseas ou vômitos;
Some figure
  • Neuropatia periférica;
  • Hipersensibilidade;
  • Anemia hemolítica;
  • Reduz a absorção da vitamina B12, por isso aumenta o risco de sofrermos anemia megaloblástica;
  • Risco de lúpus eritrematoso cutâneo subagudo;
  • Aumenta os níveis de cromogranina A, proteína que se encontra alta em certos tipos de câncer.

Interações do omeprazol

O omeprazol interage com muitos fármacos se se administram simultaneamente reduzindo ou potencializando sua ação.

  • Pode reduzir a ação de:
    • Clopidrogrel;
    • Antifúngicos;
    • Fenitoína;
    • Rifamicina;
    • Micofenolato;
    • Outros;
  • Pode aumentar a ação de:
    • Metrotexato;
    • Anfetaminas;
    • Benzodiazepinas;
    • Carvedilol;
    • Citalopram;
    • Escitalopram;
    • Ciclosporina;
    • Warfarina;
    • Outros;

Definitivamente, pode interagir com numerosos fármacos, assim, se você está tomando omeprazol com algum outro medicamento, deve consultar seu médico para a prevenção de possíveis complicações.

Indicações

Este fármaco é de escolha para:

  • Úlceras gástricas;
  • Úlcera duodenal;
  • Esofagite por refluxo;
  • Síndrome de Zollinger-Ellison;
  • Gastrite;
  • Dispepsia funcional;

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  • Ministerio, S. y C. (2012). Ficha técnica Omeprazol.
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