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As dificuldades da obesidade na gravidez

5 minutos
Além das complicações na gravidez, a obesidade pode causar problemas futuros no bebê. Descubra seus efeitos nocivos e como evitá-los.
As dificuldades da obesidade na gravidez
Leonardo Biolatto

Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto

Escrito por Leonardo Biolatto
Última atualização: 27 maio, 2022

A obesidade na gravidez é uma condição comum, assim como na população geral. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é um problema que atinge quase 302 milhões de pessoas no mundo.

Muitas mulheres começam a gravidez com um peso maior do que o desejado. O que ocorre é que a obesidade na gravidez altera não só a saúde da mãe, mas pode causar complicações no bebê e em seu desenvolvimento. Por isso, a seguir explicamos tudo que você precisa saber sobre o assunto.

O que é considerado obesidade na gravidez?

A obesidade na gravidez, como em qualquer momento da vida da mulher, define-se como um excesso de gordura corporal. Em geral, para classificar os problemas de sobrepeso e obesidade, calcula-se o índice de massa corporal (IMC).

O índice de massa corporal é calculado dividindo o peso pela altura ao quadrado. Dessa forma, o IMC maior que 30 indica obesidade. Baseados nestes dados, pode-se distinguir vários graus de obesidade:

  • Obesidade classe I: quando o IMC está entre 30 e 34,9.
  • Classe II: quando o índice de massa corporal está entre 35 e 39,9.
  • Obesidade extrema ou classe III: o valor ultrapassa 40.

É importante saber que este parâmetro é, na verdade, uma medida de aproximação. Em alguns casos, como em pessoas com muita massa muscular, o IMC pode ser alto, mas esse índice não indica gordura. Portanto, deve ser usado apenas como um guia de orientação.

O problema é que a obesidade tem um grande impacto em todas as áreas da saúde. Aumenta o risco cardiovascular e também prejudica a fertilidade.

Segundo um estudo publicado na Revista Peruana de Ginecología y Obstetricia, essa condição provoca alterações hormonais que acabam reduzindo a fertilidade feminina. Na verdade, não apenas altera a fertilidade por métodos naturais, mas também pode reduzir o sucesso de técnicas como a fertilização in vitro.

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A dieta anterior à gestação e a alimentação durante essa fase são elementos-chave da obesidade na gravidez.

Quais são as consequências da obesidade na gravidez?

A obesidade na gravidez é um fator de risco para a mãe e também para o feto. No que diz respeito ao processo de gestação, constatou-se que essa condição aumenta significativamente a possibilidade de complicações.

Em primeiro lugar, como explica a Clínica Mayo, o risco de aborto espontâneo aumenta. Isso consiste na morte do bebê dentro do útero durante as primeiras 20 semanas de gestação. Da mesma forma, associa-se essa condição a abortos recorrentes e natimortos.

A mulher com obesidade na gravidez muitas vezes precisa se submeter a uma cesariana. Isso, por sua vez, significa uma recuperação pós-parto mais lenta e possíveis infecções na ferida.

A pré-eclâmpsia é uma das complicações mais graves durante a gravidez e está fortemente associada à obesidade. Ela aumenta a pressão arterial da mãe e pode danificar a placenta, comprometendo o fluxo sanguíneo para o feto.

Não deixe de ler também: Pré-eclâmpsia e suas complicações na gravidez

Riscos para a saúde da mãe

Para a gestante, a obesidade na gravidez representa um risco muito importante para a saúde. De acordo com o estudo Dorica, a obesidade aumenta a possibilidade de sofrer um evento cardiovascular. Por exemplo, está relacionada à aterosclerose e às doenças coronárias.

Da mesma forma, aumenta a pressão arterial e o risco de diabetes gestacional. Esse distúrbio consiste em um aumento nos valores de glicose no sangue da mãe durante a gravidez. Pode fazer com que o feto cresça mais do que o normal (uma condição chamada macrossomia) e tenha problemas relacionados à hipoglicemia ao nascer.

Descubra: Dieta para prevenir a diabetes gestacional

A obesidade na gravidez e os riscos ao bebê

A obesidade na gravidez, como apontamos na seção anterior, pode fazer com que o bebê tenha um peso maior do que o normal. Isso não apenas complica o parto, mas também torna a criança mais propensa à obesidade infantil e à diabetes ao longo da vida.

Uma pesquisa realizada pelo National Institute of Child Health concluiu que a obesidade na gravidez pode causar defeitos no tubo neural do bebê. O tubo neural é a estrutura pela qual o cérebro e a medula espinhal são formados. Por outro lado, essa situação também tem sido associada a alterações cardíacas e lesões durante o parto.

Qual deve ser o ganho de peso durante a gravidez?

A verdade é que o peso durante a gravidez aumenta, e é claro que deve ser assim. Os médicos estimam quanto ele deve aumentar nos limites saudáveis, dependendo da situação inicial da mãe. Ou seja, antes da gravidez, dependendo do IMC materno, recomendam o número de quilos que devem ser adicionados.

Caso já haja obesidade e a gravidez seja de um único bebê, geralmente o profissional indica que o ganho de peso seja limitado a 9 quilos. Entretanto, se a gravidez for múltipla, o aumento pode ser de 11 a 19 kg.

Tentar perder peso nesta fase pode causar ansiedade na mãe. Pode até levar ao parto prematuro ou ao nascimento do bebê com peso menor do que o recomendado. No entanto, cada caso deve ser analisado especificamente pelo especialista.

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A pressão arterial pode aumentar nas mães obesas, levando ao desenvolvimento de pré-eclâmpsia.

Dicas para uma gravidez saudável

Para ter uma gravidez saudável, é melhor planejá-la. Desta forma, pode-se adotar hábitos de alimentação e de estilo de vida especiais. Por exemplo, você pode tentar perder peso para reduzir a incidência de obesidade na gravidez.

O ideal é manter uma dieta saudável e equilibrada. Deve-se reduzir o consumo de alimentos processados ​​e com alto teor de gordura, bem como eliminar a ingestão de álcool ou qualquer outra droga. Além disso, recomenda-se o consumo de alimentos ricos em ácido fólico e ferro.

Da mesma forma, é importante tentar fazer atividade física moderada. Adotando bons hábitos de exercícios, estes poderão continuar durante toda a gravidez, o que trará muitos benefícios para o bebê e para a mãe. Caminhar ou nadar são bons exemplos.

Se você já estiver grávida e seu peso for excessivo, ou se está pensando em engravidar, o mais importante é consultar o seu médico. O profissional fará uma série de recomendações específicas para o seu caso, que aumentarão a probabilidade de uma gravidez e um bebê saudável.

A obesidade na gravidez é uma condição comum, assim como na população geral. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é um problema que atinge quase 302 milhões de pessoas no mundo.

Muitas mulheres começam a gravidez com um peso maior do que o desejado. O que ocorre é que a obesidade na gravidez altera não só a saúde da mãe, mas pode causar complicações no bebê e em seu desenvolvimento. Por isso, a seguir explicamos tudo que você precisa saber sobre o assunto.

O que é considerado obesidade na gravidez?

A obesidade na gravidez, como em qualquer momento da vida da mulher, define-se como um excesso de gordura corporal. Em geral, para classificar os problemas de sobrepeso e obesidade, calcula-se o índice de massa corporal (IMC).

O índice de massa corporal é calculado dividindo o peso pela altura ao quadrado. Dessa forma, o IMC maior que 30 indica obesidade. Baseados nestes dados, pode-se distinguir vários graus de obesidade:

  • Obesidade classe I: quando o IMC está entre 30 e 34,9.
  • Classe II: quando o índice de massa corporal está entre 35 e 39,9.
  • Obesidade extrema ou classe III: o valor ultrapassa 40.

É importante saber que este parâmetro é, na verdade, uma medida de aproximação. Em alguns casos, como em pessoas com muita massa muscular, o IMC pode ser alto, mas esse índice não indica gordura. Portanto, deve ser usado apenas como um guia de orientação.

O problema é que a obesidade tem um grande impacto em todas as áreas da saúde. Aumenta o risco cardiovascular e também prejudica a fertilidade.

Segundo um estudo publicado na Revista Peruana de Ginecología y Obstetricia, essa condição provoca alterações hormonais que acabam reduzindo a fertilidade feminina. Na verdade, não apenas altera a fertilidade por métodos naturais, mas também pode reduzir o sucesso de técnicas como a fertilização in vitro.

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A dieta anterior à gestação e a alimentação durante essa fase são elementos-chave da obesidade na gravidez.

Quais são as consequências da obesidade na gravidez?

A obesidade na gravidez é um fator de risco para a mãe e também para o feto. No que diz respeito ao processo de gestação, constatou-se que essa condição aumenta significativamente a possibilidade de complicações.

Em primeiro lugar, como explica a Clínica Mayo, o risco de aborto espontâneo aumenta. Isso consiste na morte do bebê dentro do útero durante as primeiras 20 semanas de gestação. Da mesma forma, associa-se essa condição a abortos recorrentes e natimortos.

A mulher com obesidade na gravidez muitas vezes precisa se submeter a uma cesariana. Isso, por sua vez, significa uma recuperação pós-parto mais lenta e possíveis infecções na ferida.

A pré-eclâmpsia é uma das complicações mais graves durante a gravidez e está fortemente associada à obesidade. Ela aumenta a pressão arterial da mãe e pode danificar a placenta, comprometendo o fluxo sanguíneo para o feto.

Não deixe de ler também: Pré-eclâmpsia e suas complicações na gravidez

Riscos para a saúde da mãe

Para a gestante, a obesidade na gravidez representa um risco muito importante para a saúde. De acordo com o estudo Dorica, a obesidade aumenta a possibilidade de sofrer um evento cardiovascular. Por exemplo, está relacionada à aterosclerose e às doenças coronárias.

Da mesma forma, aumenta a pressão arterial e o risco de diabetes gestacional. Esse distúrbio consiste em um aumento nos valores de glicose no sangue da mãe durante a gravidez. Pode fazer com que o feto cresça mais do que o normal (uma condição chamada macrossomia) e tenha problemas relacionados à hipoglicemia ao nascer.

Descubra: Dieta para prevenir a diabetes gestacional

A obesidade na gravidez e os riscos ao bebê

A obesidade na gravidez, como apontamos na seção anterior, pode fazer com que o bebê tenha um peso maior do que o normal. Isso não apenas complica o parto, mas também torna a criança mais propensa à obesidade infantil e à diabetes ao longo da vida.

Uma pesquisa realizada pelo National Institute of Child Health concluiu que a obesidade na gravidez pode causar defeitos no tubo neural do bebê. O tubo neural é a estrutura pela qual o cérebro e a medula espinhal são formados. Por outro lado, essa situação também tem sido associada a alterações cardíacas e lesões durante o parto.

Qual deve ser o ganho de peso durante a gravidez?

A verdade é que o peso durante a gravidez aumenta, e é claro que deve ser assim. Os médicos estimam quanto ele deve aumentar nos limites saudáveis, dependendo da situação inicial da mãe. Ou seja, antes da gravidez, dependendo do IMC materno, recomendam o número de quilos que devem ser adicionados.

Caso já haja obesidade e a gravidez seja de um único bebê, geralmente o profissional indica que o ganho de peso seja limitado a 9 quilos. Entretanto, se a gravidez for múltipla, o aumento pode ser de 11 a 19 kg.

Tentar perder peso nesta fase pode causar ansiedade na mãe. Pode até levar ao parto prematuro ou ao nascimento do bebê com peso menor do que o recomendado. No entanto, cada caso deve ser analisado especificamente pelo especialista.

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A pressão arterial pode aumentar nas mães obesas, levando ao desenvolvimento de pré-eclâmpsia.

Dicas para uma gravidez saudável

Para ter uma gravidez saudável, é melhor planejá-la. Desta forma, pode-se adotar hábitos de alimentação e de estilo de vida especiais. Por exemplo, você pode tentar perder peso para reduzir a incidência de obesidade na gravidez.

O ideal é manter uma dieta saudável e equilibrada. Deve-se reduzir o consumo de alimentos processados ​​e com alto teor de gordura, bem como eliminar a ingestão de álcool ou qualquer outra droga. Além disso, recomenda-se o consumo de alimentos ricos em ácido fólico e ferro.

Da mesma forma, é importante tentar fazer atividade física moderada. Adotando bons hábitos de exercícios, estes poderão continuar durante toda a gravidez, o que trará muitos benefícios para o bebê e para a mãe. Caminhar ou nadar são bons exemplos.

Se você já estiver grávida e seu peso for excessivo, ou se está pensando em engravidar, o mais importante é consultar o seu médico. O profissional fará uma série de recomendações específicas para o seu caso, que aumentarão a probabilidade de uma gravidez e um bebê saudável.


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Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.