O que é um estímulo discriminativo?
Escrito e verificado por a psicóloga Elena Sanz
Quando um radar é anunciado na estrada você sabe que precisa diminuir a velocidade. Se você vir uma placa que diz “WC”, sabe que que se trata do banheiro, e se o semáforo estiver verde você sabe que pode atravessar. Todos os itens acima são exemplos do estímulo discriminativo que, como podemos ver, estão muito presentes no nosso dia a dia.
Esses estímulos são sinais encontrados no ambiente que nos ajudam a regular a nossa conduta. Eles nos dizem quando proceder com um determinado comportamento para obter as consequências desejadas. Se você quiser saber mais sobre esse assunto, te convidamos a continuar lendo.
O estímulo discriminativo
Para entender o que é um estímulo discriminativo é necessário primeiro falar sobre psicologia comportamental. Essa corrente estuda o comportamento humano e o entende como resultado da relação entre estímulos e respostas.
Isso quer dizer que todo comportamento é precedido por um estímulo e seguido por consequências. A partir dessas associações é criado um condicionamento que modifica a nossa maneira de nos comportar.
Por exemplo, se após emitir uma determinada resposta recebermos uma recompensa ou evitarmos uma punição, aprenderemos a repetir essa resposta. Caso contrário (ao agir de uma determinada maneira obtemos consequências negativas) reduziremos a frequência de emissão dessa resposta. Isso é o que se chama de condicionamento operante, fenômeno estudado por autores como Skinner ou Thorndike.
Saiba mais: Premiar uma criança: saiba quando fazê-lo
Mas que papel o estímulo discriminativo desempenha em toda essa estrutura? Bem, ele é o sinal que nos indica quando podemos agir porque nesse momento ou lugar as consequências positivas estão disponíveis.
Por exemplo, uma placa de “padaria” nos indica que este é o estabelecimento onde devemos comprar pão. Em qualquer outro lugar (por exemplo uma loja de roupas), a nossa solicitação não teria a resposta desejada.
Assim, o estímulo discriminativo não faz com que emitamos ou não um determinado comportamento; isso depende das consequências. Ele nos sinaliza quando as condições são adequadas para uma determinada atitude.
Características e exemplos
O estímulo discriminativo é o sinal que indica a oportunidade de resposta. Mas ele pode ser de natureza muito diversa: desde símbolos, sons ou luzes até pessoas, objetos ou ambientes.
A seguir mostraremos alguns exemplos disso que você possa entender com mais clareza:
- Um rato é colocado em uma gaiola com uma lâmpada e uma alavanca. Se quando a luz estiver verde ele pressionar a alavanca, receberá comida. Se ele fizer isso quando a luz estiver apagada, nada acontece. A luz verde é o estímulo discriminativo neste caso.
- Quando uma criança chora e a mãe dela sempre a atende e a conforta, mas o pai não. A presença da mãe se tornará um estímulo discriminativo que indicará que o comportamento de choro tem a consequência desejada naquele momento.
- Um radar nos indica que reduzir a velocidade nesse momento trará uma consequência positiva (evitar uma multa).
- Ver o nosso parceiro de bom humor nos indica que, se contarmos uma piada ou fizermos uma brincadeira naquele momento, ele irá rir e ficar feliz. Em outras circunstâncias (por exemplo quando ele está irritado ou com raiva), o nosso comportamento não seria reforçado.
Continue lendo: Cuidado, o mau humor é um vírus muito contagioso
Em última análise, esse estímulo nos ajuda a discriminar em que momentos ou diante de quais elementos o reforçador está disponível. E aprendemos isso porque um determinado comportamento foi previamente reforçado na presença desse estímulo.
O estímulo discriminativo e sua relação com o estímulo delta
Se o estímulo discriminativo nos diz que o reforçador está disponível, o estímulo delta age da forma exatamente contrária: ele nos indica que o nosso comportamento provavelmente não terá a consequência esperada.
Por exemplo: estamos acostumados ao fato de que quando pressionamos o interruptor, a luz acende. Mas se não houver corrente, por mais que pressionemos nada acontecerá. Assim, a falta de fornecimento elétrico atua como um estímulo delta.
Outro exemplo pode ser o de uma criança que, ao guardar os brinquedos na presença da professora, recebe elogios e reconhecimento; mas se ela o faz na presença de seus companheiros, esse comportamento não é reforçado. Assim, a professora seria o estímulo discriminativo (que indica a oportunidade de agir para obter uma recompensa) e os colegas o estímulo delta (na presença deles a consequência positiva não ocorre).
O controle dos estímulos está presente no nosso dia a dia
Esses conceitos (que parecem muito teóricos e pouco aplicáveis à realidade) certamente regem o nosso comportamento cotidiano. Se não aprendêssemos a detectar e responder aos estímulos discriminativos, passaríamos o nosso tempo emitindo comportamentos inúteis e inadequados, por exemplo, tentar comprar comida em uma papelaria ou contar piadas em uma reunião séria de trabalho.
Saber diferenciar quando obteremos consequências positivas e quando não orienta o nosso comportamento e o torna mais eficiente e adaptado. Além disso, esses métodos comportamentais são muito úteis na educação infantil e na psicoterapia para modificar comportamentos inadequados e estabelecer outras condutas mais aceitas.
Quando um radar é anunciado na estrada você sabe que precisa diminuir a velocidade. Se você vir uma placa que diz “WC”, sabe que que se trata do banheiro, e se o semáforo estiver verde você sabe que pode atravessar. Todos os itens acima são exemplos do estímulo discriminativo que, como podemos ver, estão muito presentes no nosso dia a dia.
Esses estímulos são sinais encontrados no ambiente que nos ajudam a regular a nossa conduta. Eles nos dizem quando proceder com um determinado comportamento para obter as consequências desejadas. Se você quiser saber mais sobre esse assunto, te convidamos a continuar lendo.
O estímulo discriminativo
Para entender o que é um estímulo discriminativo é necessário primeiro falar sobre psicologia comportamental. Essa corrente estuda o comportamento humano e o entende como resultado da relação entre estímulos e respostas.
Isso quer dizer que todo comportamento é precedido por um estímulo e seguido por consequências. A partir dessas associações é criado um condicionamento que modifica a nossa maneira de nos comportar.
Por exemplo, se após emitir uma determinada resposta recebermos uma recompensa ou evitarmos uma punição, aprenderemos a repetir essa resposta. Caso contrário (ao agir de uma determinada maneira obtemos consequências negativas) reduziremos a frequência de emissão dessa resposta. Isso é o que se chama de condicionamento operante, fenômeno estudado por autores como Skinner ou Thorndike.
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Mas que papel o estímulo discriminativo desempenha em toda essa estrutura? Bem, ele é o sinal que nos indica quando podemos agir porque nesse momento ou lugar as consequências positivas estão disponíveis.
Por exemplo, uma placa de “padaria” nos indica que este é o estabelecimento onde devemos comprar pão. Em qualquer outro lugar (por exemplo uma loja de roupas), a nossa solicitação não teria a resposta desejada.
Assim, o estímulo discriminativo não faz com que emitamos ou não um determinado comportamento; isso depende das consequências. Ele nos sinaliza quando as condições são adequadas para uma determinada atitude.
Características e exemplos
O estímulo discriminativo é o sinal que indica a oportunidade de resposta. Mas ele pode ser de natureza muito diversa: desde símbolos, sons ou luzes até pessoas, objetos ou ambientes.
A seguir mostraremos alguns exemplos disso que você possa entender com mais clareza:
- Um rato é colocado em uma gaiola com uma lâmpada e uma alavanca. Se quando a luz estiver verde ele pressionar a alavanca, receberá comida. Se ele fizer isso quando a luz estiver apagada, nada acontece. A luz verde é o estímulo discriminativo neste caso.
- Quando uma criança chora e a mãe dela sempre a atende e a conforta, mas o pai não. A presença da mãe se tornará um estímulo discriminativo que indicará que o comportamento de choro tem a consequência desejada naquele momento.
- Um radar nos indica que reduzir a velocidade nesse momento trará uma consequência positiva (evitar uma multa).
- Ver o nosso parceiro de bom humor nos indica que, se contarmos uma piada ou fizermos uma brincadeira naquele momento, ele irá rir e ficar feliz. Em outras circunstâncias (por exemplo quando ele está irritado ou com raiva), o nosso comportamento não seria reforçado.
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Em última análise, esse estímulo nos ajuda a discriminar em que momentos ou diante de quais elementos o reforçador está disponível. E aprendemos isso porque um determinado comportamento foi previamente reforçado na presença desse estímulo.
O estímulo discriminativo e sua relação com o estímulo delta
Se o estímulo discriminativo nos diz que o reforçador está disponível, o estímulo delta age da forma exatamente contrária: ele nos indica que o nosso comportamento provavelmente não terá a consequência esperada.
Por exemplo: estamos acostumados ao fato de que quando pressionamos o interruptor, a luz acende. Mas se não houver corrente, por mais que pressionemos nada acontecerá. Assim, a falta de fornecimento elétrico atua como um estímulo delta.
Outro exemplo pode ser o de uma criança que, ao guardar os brinquedos na presença da professora, recebe elogios e reconhecimento; mas se ela o faz na presença de seus companheiros, esse comportamento não é reforçado. Assim, a professora seria o estímulo discriminativo (que indica a oportunidade de agir para obter uma recompensa) e os colegas o estímulo delta (na presença deles a consequência positiva não ocorre).
O controle dos estímulos está presente no nosso dia a dia
Esses conceitos (que parecem muito teóricos e pouco aplicáveis à realidade) certamente regem o nosso comportamento cotidiano. Se não aprendêssemos a detectar e responder aos estímulos discriminativos, passaríamos o nosso tempo emitindo comportamentos inúteis e inadequados, por exemplo, tentar comprar comida em uma papelaria ou contar piadas em uma reunião séria de trabalho.
Saber diferenciar quando obteremos consequências positivas e quando não orienta o nosso comportamento e o torna mais eficiente e adaptado. Além disso, esses métodos comportamentais são muito úteis na educação infantil e na psicoterapia para modificar comportamentos inadequados e estabelecer outras condutas mais aceitas.
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- Figueroba, A. (2014). Condicionamiento operante: conceptos y técnicas principales. Revista electrónica Psicología y Mente. Disponible en: http://psicología. com/psicología/condicionamiento_operante.
- García, C. H. (2001). El refuerzo y el estímulo discriminativo en la teoría del comportamiento. Un análisis crítico histórico-conceptual. Revista latinoamericana de psicología, 33(1), 45-52.
- McLeod, S. A. (2007). Bf skinner: Operant conditioning. Retrieved September, 9(2009), 115-144.
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