O medo de fazer uma cesariana
Revisado e aprovado por médico Nelton Abdon Ramos Rojas
O medo de uma cesariana é algo muito frequente entre as grávidas, especialmente entre as de primeira viagem. No geral, isso tem como base preconceitos e falta de informação. No entanto, deve-se levar em consideração que, em alguns casos, essa intervenção cirúrgica pode ser a forma mais segura de dar à luz sem colocar em risco a saúde da mãe ou do bebê.
Os índices de cesáreas no Brasil
Atualmente, calcula-se que 84% dos bebês que nascem no Brasil vêm ao mundo através de uma cesárea. Essa porcentagem é superior ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde, conforme indica essas informações em seu site, que deve estar entre 10% e 15% aproximadamente.
Isso não é um fenômeno isolado ou característico do Brasil. Na verdade, na maioria dos países ocidentais, os índices de cesáreas dispararam, principalmente entre as décadas de 80 e 90. As causas foram diversas, mas entre elas encontra-se também o medo do parto normal.
A mulher pode escolher
Cada mulher tem o direito de escolher o parto que mais lhe convém, desde que sempre com a orientação do seu obstetra. Porém, é importante mencionar que a cesárea não deve ser vista como um procedimento de rotina.
É uma intervenção cirúrgica que foi desenvolvida para casos específicos em que o parto normal representa um risco para a vida da futura mãe e do bebê, conforme indica esta informação do Ministério da Saúde do Governo de Valência.
O corpo da mulher saudável está preparado para resistir e se recuperar do processo natural do parto, ou seja, pela vagina. Portanto, embora exista o medo dessa experiência, é preciso superá-la. Para isso, é preciso ter em mente que, se o corpo tem uma saúde favorável, não há motivo para temer.
Se, durante os exames periódicos de gravidez, o médico detectar uma condição que pode ser desfavorável ao parto natural, ele pode recomendar uma cesariana. Além disso, esse procedimento deve ter um determinado cronograma para ser totalmente bem-sucedido.
Como superar o medo da cesariana
Naturalmente, os seres humanos têm um caráter neofóbico, ou seja, tememos aquilo que não conhecemos. Para uma mulher grávida que nunca teve a experiência de passar por uma sala de parto, a cirurgia pode representar uma grande incerteza. É mais que compreensível sentir medo e querer evitar esta experiência.
A primeira coisa que devemos entender é que essa prática, assim como toda intervenção cirúrgica, requer preparação. Isso não significa apenas escolher um bom profissional para realizar o parto, embora este seja um aspecto essencial.
No entanto, preparar-se para uma cesariana requer também o compromisso da grávida e de todo o seu entorno. É essencial proporcionar um ambiente positivo e as condições adequadas para a boa saúde da mamãe e do bebê.
Além disso, é fundamental não carregar essa decisão com o peso de uma frustração. Muitas mulheres podem se sentir tristes ou incapazes por não poderem ter um parto normal, como desejavam. E o estado de ânimo negativo pode prejudicar sua preparação e aumentar o medo da cesariana.
Quando o médico descarta o procedimento natural, é para proteger a vida da grávida e do seu bebê. Nesses casos, a cesariana é um procedimento indispensável para garantir um parto seguro.
Conhecer melhor a cesariana: antes, durante e depois
O conhecimento é nosso melhor aliado para combater qualquer medo. Por isso, é necessário que a mulher tome uma atitude proativa e busque informações sobre o tema que a preocupa e conversar a respeito disso com seu médico de confiança. Dessa forma, poderá abordar melhor o tema da cesariana.
É imprescindível esclarecer com o médico todas as dúvidas para deixar de dar importância aos preconceitos e aos mitos que impedem a mulher de ter uma gravidez tranquila e segura, epecialmente durante seu último trimestre.
1. Prepare-se para a sala de parto: o antes da cesariana
Antes de entrar na sala de parto, a grávida deverá dar entrada no hospital para se preparar para o procedimento. Em alguns casos, isso pode acontecer com urgência. Mas, na maioria dos casos, as cesáreas são programadas.
- Recomenda-se que a gestante inicie seu jejum entre 7 e 8 horas antes da cesárea.
- Também é importante não beber líquidos durante as 2 horas prévias ao procedimento.
- Recomenda-se procurar se distrair com algum passatempo para não acumular tensão desnecessária e ter um melhor estado de ânimo. Nesse sentido, é importante ter uma boa disposição.
2. A entrada na sala de cirurgia: a própria cesariana
Quando se entra na sala de parto, a primeira parte da cesárea é a anestesia, que se aplica na lombar. Atualmente, tem se utilizado anestesias raquidianas, que agem rapidamente e “adormecem” apenas a metade inferior do corpo. Isso garante que a cesariana seja um procedimento indolor.
O parto propriamente dito costuma ser o procedimento mais rápido da cesárea. A retirada do bebê costuma ser realizada em um tempo aproximado de 10 a 15 minutos.
De forma contrária, a parte mais longa do procedimento corresponde à sutura da incisão no abdômen e do útero da mulher. Essa parte do processo pode durar até 60 minutos.
Leia também: Câncer de colo de útero: origem e prevenção
3. Recuperar-se de uma cesárea: o pós-parto
Todo parto requer um tempo de recuperação. Se tudo tiver saído bem, a mulher terá alta do hospital depois de 24 ou 48h. Portanto, o repouso inicial é no próprio hospital e a grávida é mantida sob supervisão por um período de aproximadamente 4 a 6 dias.
No entanto, é em casa que acontece a maior parte da sua recuperação. Por isso, é fundamental evitar esforços físicos, contar com um ambiente positivo e manter uma boa alimentação.
Leia também: 8 dicas para uma alimentação adequada durante a gravidez
Embora o medo de cesariana seja comum, lembre-se de que a cesárea não é tão terrível quanto você pode imaginar simplesmente por mencioná-la. Na verdade, é um procedimento que pode ser mais do que recomendado em muitos casos, pois ajuda a cuidar da saúde tanto da mãe quanto do bebê.
No que diz respeito ao momento do parto, trata-se de estar bem informada, ter uma boa atitude, manter uma boa comunicação e confiar tanto no médico obstetra/ginecologista como nas pessoas mais próximas de você, ou seja, família, parceiro e amigos.
O medo de uma cesariana é algo muito frequente entre as grávidas, especialmente entre as de primeira viagem. No geral, isso tem como base preconceitos e falta de informação. No entanto, deve-se levar em consideração que, em alguns casos, essa intervenção cirúrgica pode ser a forma mais segura de dar à luz sem colocar em risco a saúde da mãe ou do bebê.
Os índices de cesáreas no Brasil
Atualmente, calcula-se que 84% dos bebês que nascem no Brasil vêm ao mundo através de uma cesárea. Essa porcentagem é superior ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde, conforme indica essas informações em seu site, que deve estar entre 10% e 15% aproximadamente.
Isso não é um fenômeno isolado ou característico do Brasil. Na verdade, na maioria dos países ocidentais, os índices de cesáreas dispararam, principalmente entre as décadas de 80 e 90. As causas foram diversas, mas entre elas encontra-se também o medo do parto normal.
A mulher pode escolher
Cada mulher tem o direito de escolher o parto que mais lhe convém, desde que sempre com a orientação do seu obstetra. Porém, é importante mencionar que a cesárea não deve ser vista como um procedimento de rotina.
É uma intervenção cirúrgica que foi desenvolvida para casos específicos em que o parto normal representa um risco para a vida da futura mãe e do bebê, conforme indica esta informação do Ministério da Saúde do Governo de Valência.
O corpo da mulher saudável está preparado para resistir e se recuperar do processo natural do parto, ou seja, pela vagina. Portanto, embora exista o medo dessa experiência, é preciso superá-la. Para isso, é preciso ter em mente que, se o corpo tem uma saúde favorável, não há motivo para temer.
Se, durante os exames periódicos de gravidez, o médico detectar uma condição que pode ser desfavorável ao parto natural, ele pode recomendar uma cesariana. Além disso, esse procedimento deve ter um determinado cronograma para ser totalmente bem-sucedido.
Como superar o medo da cesariana
Naturalmente, os seres humanos têm um caráter neofóbico, ou seja, tememos aquilo que não conhecemos. Para uma mulher grávida que nunca teve a experiência de passar por uma sala de parto, a cirurgia pode representar uma grande incerteza. É mais que compreensível sentir medo e querer evitar esta experiência.
A primeira coisa que devemos entender é que essa prática, assim como toda intervenção cirúrgica, requer preparação. Isso não significa apenas escolher um bom profissional para realizar o parto, embora este seja um aspecto essencial.
No entanto, preparar-se para uma cesariana requer também o compromisso da grávida e de todo o seu entorno. É essencial proporcionar um ambiente positivo e as condições adequadas para a boa saúde da mamãe e do bebê.
Além disso, é fundamental não carregar essa decisão com o peso de uma frustração. Muitas mulheres podem se sentir tristes ou incapazes por não poderem ter um parto normal, como desejavam. E o estado de ânimo negativo pode prejudicar sua preparação e aumentar o medo da cesariana.
Quando o médico descarta o procedimento natural, é para proteger a vida da grávida e do seu bebê. Nesses casos, a cesariana é um procedimento indispensável para garantir um parto seguro.
Conhecer melhor a cesariana: antes, durante e depois
O conhecimento é nosso melhor aliado para combater qualquer medo. Por isso, é necessário que a mulher tome uma atitude proativa e busque informações sobre o tema que a preocupa e conversar a respeito disso com seu médico de confiança. Dessa forma, poderá abordar melhor o tema da cesariana.
É imprescindível esclarecer com o médico todas as dúvidas para deixar de dar importância aos preconceitos e aos mitos que impedem a mulher de ter uma gravidez tranquila e segura, epecialmente durante seu último trimestre.
1. Prepare-se para a sala de parto: o antes da cesariana
Antes de entrar na sala de parto, a grávida deverá dar entrada no hospital para se preparar para o procedimento. Em alguns casos, isso pode acontecer com urgência. Mas, na maioria dos casos, as cesáreas são programadas.
- Recomenda-se que a gestante inicie seu jejum entre 7 e 8 horas antes da cesárea.
- Também é importante não beber líquidos durante as 2 horas prévias ao procedimento.
- Recomenda-se procurar se distrair com algum passatempo para não acumular tensão desnecessária e ter um melhor estado de ânimo. Nesse sentido, é importante ter uma boa disposição.
2. A entrada na sala de cirurgia: a própria cesariana
Quando se entra na sala de parto, a primeira parte da cesárea é a anestesia, que se aplica na lombar. Atualmente, tem se utilizado anestesias raquidianas, que agem rapidamente e “adormecem” apenas a metade inferior do corpo. Isso garante que a cesariana seja um procedimento indolor.
O parto propriamente dito costuma ser o procedimento mais rápido da cesárea. A retirada do bebê costuma ser realizada em um tempo aproximado de 10 a 15 minutos.
De forma contrária, a parte mais longa do procedimento corresponde à sutura da incisão no abdômen e do útero da mulher. Essa parte do processo pode durar até 60 minutos.
Leia também: Câncer de colo de útero: origem e prevenção
3. Recuperar-se de uma cesárea: o pós-parto
Todo parto requer um tempo de recuperação. Se tudo tiver saído bem, a mulher terá alta do hospital depois de 24 ou 48h. Portanto, o repouso inicial é no próprio hospital e a grávida é mantida sob supervisão por um período de aproximadamente 4 a 6 dias.
No entanto, é em casa que acontece a maior parte da sua recuperação. Por isso, é fundamental evitar esforços físicos, contar com um ambiente positivo e manter uma boa alimentação.
Leia também: 8 dicas para uma alimentação adequada durante a gravidez
Embora o medo de cesariana seja comum, lembre-se de que a cesárea não é tão terrível quanto você pode imaginar simplesmente por mencioná-la. Na verdade, é um procedimento que pode ser mais do que recomendado em muitos casos, pois ajuda a cuidar da saúde tanto da mãe quanto do bebê.
No que diz respeito ao momento do parto, trata-se de estar bem informada, ter uma boa atitude, manter uma boa comunicação e confiar tanto no médico obstetra/ginecologista como nas pessoas mais próximas de você, ou seja, família, parceiro e amigos.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Consellería de Sanitat de la Comunitat Valenciana. (n.d.). Cesárea. http://www.san.gva.es/documents/151744/512074/Cesarea.pdf.
- Flores, J. C., Álvarez, J., García, P., Rojas, M., Nemer, C., & Estiú, M. C. (2007). Parto vaginal después de una cesárea. Revista del Hospital Materno Infantil Ramón Sardá, 26(1), 15-20. https://www.redalyc.org/pdf/912/91226103.pdf.
- Organización Mundial de la Salud. (2015). Declaración de la OMS sobre tasas de cesárea. Organización Mundial de la Salud. [En línea] Disponible en: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/161444/WHO_RHR_15.02_spa.pdf;jsessionid=BB03ADED4990CF55D363299C62039992?sequence=1.
- Salvador Simón, C. L. (2021). Parto después de una cesárea previa, para disminución de morbilidad y mortalidad materno-infantil. https://repositorioinstitucional.buap.mx/handle/20.500.12371/13505.
- MedlinePlus. VIH, sida y el embarazo. Disponible en: https://medlineplus.gov/spanish/hivaidsandpregnancy.html.
- Moldenhauer J. Distocia fetal. Disponible en: https://www.msdmanuals.com/es/professional/ginecolog%C3%ADa-y-obstetricia/anomal%C3%ADas-y-complicaciones-del-trabajo-de-parto-y-el-parto/distocia-fetal.
- Clínica Mayo. Insuficiencia del cuello uterino. Disponible en: https://www.mayoclinic.org/es-es/diseases-conditions/incompetent-cervix/symptoms-causes/syc-20373836.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.