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Hiperfosfatemia: altos níveis de fosfato no sangue

4 minutos
O aumento dos valores de fósforo no sangue é uma situação pouco frequente; costuma aparecer associada a outras doenças. Neste artigo detalharemos quais são suas causas e como é tratada.
Hiperfosfatemia: altos níveis de fosfato no sangue
Leonardo Biolatto

Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto

Escrito por Leonardo Biolatto
Última atualização: 27 maio, 2022

A hiperfosfatemia é a situação em que são registrados níveis de fósforo no sangue mais elevados do que o normal. De fato, não é qualquer fósforo levado em consideração para a medição, mas especificamente o fósforo inorgânico.

Ainda que dependa do laboratório, são considerados como valores normais de fósforo os que oscilam entre 2,5 e 4,5 mg/dl. Quando o exame sanguíneo informa medições maiores do que 4,5, é possível diagnosticar a hiperfosfatemia.

De todo o fósforo que possuímos no organismo, mais de dois terços se encontram nos ossos. O restante se localiza nas células dos tecidos para gerar energia de funcionamento.

Como pode ver, de acordo com sua distribuição corporal, são os ossos e dentes que mais serão afetados pelas situações de deficiência ou de excesso de fósforo. Por outro lado, o fósforo é aliado do cálcio, o que provoca alterações renais.

Além disso, obtemos o fósforo dos alimentos, geralmente em grande quantidade quando a dieta é variada. Em condições normais, o fósforo excedente que o corpo não precisa é eliminado pela urina e pelas fezes.

Os alimentos mais ricos em fósforo são as carnes vermelhas e brancas, assim como os frutos secos, como as amêndoas e as nozes. Também existe uma boa disponibilidade do elemento nos lácteos, como o leite, o iogurte e o queijo. Alguns países possuem legislações alimentares que obrigam as indústrias a adicionar fósforo a certos produtos como uma forma de enriquecimento.

Causas da hiperfosfatemia

A hiperfosfatemia se torna mais frequente com o passar dos anos, pois sua principal causa é a insuficiência renal. Esta situação em que os rins se tornam incapazes de concentrar a urina é muito mais prevalente entre os idosos. No entanto, além da insuficiência renal, existem outras causas dessa afecção:

  • Hipoparatireoidismo: o hormônio paratireoide regula o metabolismo do fósforo e do cálcio. Por isso, no hipoparatireoidismo existe uma baixa ou nula produção do hormônio e isso pode resultar em uma redução do cálcio, com um aumento do fósforo no sangue.
  • Hipervitaminose D: junto com as regulações do cálcio e do fósforo, está a vitamina D. Seja porque uma disfunção nas glândulas paratireoides altera a vitamina D ou porque esta se encontra elevada no sangue devido a outra causa, é possível que tenda a aumentar o fósforo sanguíneo.
  • Consumo elevado de fósforo: a hiperfosfatemia por ingestão em excesso é rara. Se o organismo está funcionado corretamente, eliminará o excedente pela urina ou pelas fezes para que o fósforo não acumule.
  • Exercício prolongado: os exercícios extenuantes e de longa duração que danificam os músculos liberam o fósforo das células musculares para o sangue.
  • Quimioterapia: quando por alguma doença oncológica os pacientes recebem drogas quimioterápicas, as células que vão morrendo rapidamente também liberam seu fósforo interno no sangue, provocando níveis elevados de fosfato. Em suma, isso é conhecido como síndrome da lise tumoral, juntamente com outros sintomas também produzidos pela quimioterapia.
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Não deixe de saber sobre: Hipocalcemia: sintomas dessa doença silenciosa

Sintomas

O fosfato elevado no sangue pode ser encontrado mais como um achado incidental do que em razão dos sintomas. Na maioria dos casos, o dado aparece porque foi solicitado um exame de sangue geral para avaliar outras doenças na pessoa.

Nesse sentido, quem sofre com essa doença raramente manifesta sintomas. No entanto, podem sim chegar a consultar um médico por problemas renais derivados de sua hiperfosfatemia, ou mesmo por sinais musculares.

Quando o fósforo aumenta sua concentração sanguínea, costuma reduzir os níveis de cálcio, produzindo hipocalcemia. Nesse estado, os músculos sofrem câimbras com frequência, inclusive com o aparecimento de espasmos.

Outra consequência a longo prazo é a alteração das paredes arteriais. O fósforo em excesso pode se depositar nas paredes dos vasos sanguíneos, juntamente com o cálcio, contribuindo para a arteriosclerose, o que aumenta o risco de episódios graves cardiovasculares.

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Descubra: Os melhores remédios para a insuficiência renal

Tratamento da hiperfosfatemia

Quando essa doença é gerada por uma doença de base, como a insuficiência renal ou o hipoparatireoidismo, então o tratamento será a correção da doença. Por outro lado, para tratar o excesso de fósforo sozinho existem três alternativas:

  • Dieta pobre em fosfatos: com a ajuda de um profissional da nutrição, é preparada uma dieta que não supere os 1000 miligramas diários de fósforo.
  • Diálise: filtrando o sangue artificialmente se supre o funcionamento do rim quando este não está em sua máxima capacidade.
  • Quelantes: existem medicamentos capazes de se unir ao fósforo que ingressa com os alimentos para evitar que o intestino o absorva. Dessa forma, elimina-se o fósforo sem este chegar ao sangue.

É claro que será o médico quem decidirá qual tratamento será melhor em cada caso. Regularmente, não são necessárias medidas extremas, assim que, caso tenha recebido um resultado de hiperfosfatemia, não se alarme. É bom consultar um profissional para avaliar quais passos serão tomados.

A hiperfosfatemia é a situação em que são registrados níveis de fósforo no sangue mais elevados do que o normal. De fato, não é qualquer fósforo levado em consideração para a medição, mas especificamente o fósforo inorgânico.

Ainda que dependa do laboratório, são considerados como valores normais de fósforo os que oscilam entre 2,5 e 4,5 mg/dl. Quando o exame sanguíneo informa medições maiores do que 4,5, é possível diagnosticar a hiperfosfatemia.

De todo o fósforo que possuímos no organismo, mais de dois terços se encontram nos ossos. O restante se localiza nas células dos tecidos para gerar energia de funcionamento.

Como pode ver, de acordo com sua distribuição corporal, são os ossos e dentes que mais serão afetados pelas situações de deficiência ou de excesso de fósforo. Por outro lado, o fósforo é aliado do cálcio, o que provoca alterações renais.

Além disso, obtemos o fósforo dos alimentos, geralmente em grande quantidade quando a dieta é variada. Em condições normais, o fósforo excedente que o corpo não precisa é eliminado pela urina e pelas fezes.

Os alimentos mais ricos em fósforo são as carnes vermelhas e brancas, assim como os frutos secos, como as amêndoas e as nozes. Também existe uma boa disponibilidade do elemento nos lácteos, como o leite, o iogurte e o queijo. Alguns países possuem legislações alimentares que obrigam as indústrias a adicionar fósforo a certos produtos como uma forma de enriquecimento.

Causas da hiperfosfatemia

A hiperfosfatemia se torna mais frequente com o passar dos anos, pois sua principal causa é a insuficiência renal. Esta situação em que os rins se tornam incapazes de concentrar a urina é muito mais prevalente entre os idosos. No entanto, além da insuficiência renal, existem outras causas dessa afecção:

  • Hipoparatireoidismo: o hormônio paratireoide regula o metabolismo do fósforo e do cálcio. Por isso, no hipoparatireoidismo existe uma baixa ou nula produção do hormônio e isso pode resultar em uma redução do cálcio, com um aumento do fósforo no sangue.
  • Hipervitaminose D: junto com as regulações do cálcio e do fósforo, está a vitamina D. Seja porque uma disfunção nas glândulas paratireoides altera a vitamina D ou porque esta se encontra elevada no sangue devido a outra causa, é possível que tenda a aumentar o fósforo sanguíneo.
  • Consumo elevado de fósforo: a hiperfosfatemia por ingestão em excesso é rara. Se o organismo está funcionado corretamente, eliminará o excedente pela urina ou pelas fezes para que o fósforo não acumule.
  • Exercício prolongado: os exercícios extenuantes e de longa duração que danificam os músculos liberam o fósforo das células musculares para o sangue.
  • Quimioterapia: quando por alguma doença oncológica os pacientes recebem drogas quimioterápicas, as células que vão morrendo rapidamente também liberam seu fósforo interno no sangue, provocando níveis elevados de fosfato. Em suma, isso é conhecido como síndrome da lise tumoral, juntamente com outros sintomas também produzidos pela quimioterapia.
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Não deixe de saber sobre: Hipocalcemia: sintomas dessa doença silenciosa

Sintomas

O fosfato elevado no sangue pode ser encontrado mais como um achado incidental do que em razão dos sintomas. Na maioria dos casos, o dado aparece porque foi solicitado um exame de sangue geral para avaliar outras doenças na pessoa.

Nesse sentido, quem sofre com essa doença raramente manifesta sintomas. No entanto, podem sim chegar a consultar um médico por problemas renais derivados de sua hiperfosfatemia, ou mesmo por sinais musculares.

Quando o fósforo aumenta sua concentração sanguínea, costuma reduzir os níveis de cálcio, produzindo hipocalcemia. Nesse estado, os músculos sofrem câimbras com frequência, inclusive com o aparecimento de espasmos.

Outra consequência a longo prazo é a alteração das paredes arteriais. O fósforo em excesso pode se depositar nas paredes dos vasos sanguíneos, juntamente com o cálcio, contribuindo para a arteriosclerose, o que aumenta o risco de episódios graves cardiovasculares.

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Tratamento da hiperfosfatemia

Quando essa doença é gerada por uma doença de base, como a insuficiência renal ou o hipoparatireoidismo, então o tratamento será a correção da doença. Por outro lado, para tratar o excesso de fósforo sozinho existem três alternativas:

  • Dieta pobre em fosfatos: com a ajuda de um profissional da nutrição, é preparada uma dieta que não supere os 1000 miligramas diários de fósforo.
  • Diálise: filtrando o sangue artificialmente se supre o funcionamento do rim quando este não está em sua máxima capacidade.
  • Quelantes: existem medicamentos capazes de se unir ao fósforo que ingressa com os alimentos para evitar que o intestino o absorva. Dessa forma, elimina-se o fósforo sem este chegar ao sangue.

É claro que será o médico quem decidirá qual tratamento será melhor em cada caso. Regularmente, não são necessárias medidas extremas, assim que, caso tenha recebido um resultado de hiperfosfatemia, não se alarme. É bom consultar um profissional para avaliar quais passos serão tomados.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Sellares, V. Lorenzo. “El reto del control de la hiperfosfatemia en la enfermedad renal crónica.” Nefrología 28 (2008): 3-6.
  • Ospina, Camila Andrea Garcia, et al. “Importancia de la hiperfosfatemia en la enfermedad renal crónica, como evitarla y tratarla por medidas nutricionales.” Revista Colombiana de Nefrología 4.1 (2017): 38-56.
  • Martín, Antonia García, et al. “Trastornos del fosfato y actitud clínica ante situaciones de hipofosfatemia e hiperfosfatemia.” Endocrinología, Diabetes y Nutrición (2019).

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.