Enfermeira adotou bebê que foi rejeitado por ter Síndrome de Down

Os pais rejeitaram o bebê assim que souberam que ele nasceu com Síndrome de Down.
Enfermeira adotou bebê que foi rejeitado por ter Síndrome de Down

Última atualização: 24 novembro, 2022

O ano de 2012 marcou para sempre a vida da enfermeira Marcela Casal Sanches. Ela recebeu um pequeno paciente para cuidar no Sanatorio Mater Dei em Buenos Aires, na Argentina: um recém-nascido com Síndrome de Down. Ele havia sido rejeitado pelos pais e Marcela se encantou pelo bebê.

Assim que souberam que o bebê nasceu com síndrome de Down, os pais pediram que o berço fosse retirado do quarto da mãe. Além disso, devolveram a certidão de nascimento ao hospital e ainda contaram aos parentes que o menino havia morrido.

Como é que duas pessoas podem ter uma atitude tão cruelMarcela e seus colegas de trabalho ficaram muito chocados com a situação, pois nunca tinham visto nada parecido. Achavam que era questão de tempo, mas os pais estavam determinados a manter a decisão como se nada tivesse acontecido.

síndrome de down
Imagem: Reprodução Arquivo Pessoal

Enquanto os advogados do hospital e um tribunal trabalhavam no assunto, o bebê foi para a UTI neonatal para ficar em observação, onde também recebeu alimentação, cuidados, atenção e muito amor.

“Naquela época ele ficava nos braços de todos. Nós o trouxemos da UTI neonatal. Nós o tiramos. Colocamos ele no berço, no ovinho, ele passou de braço em braço, como eu digo, com todas as tias. Vieram também colegas de outros setores para vê-lo”, disse a enfermeira.

O tempo foi passando e nenhum parente apareceu para buscar o bebê. Além disso, o menino ganhou um nome novo, passando de Franco para Santiago.

Síndrome de Down: uma mãe de verdade

Nesses casos, o bebê é enviado para um lar temporário e foi o que aconteceu com Santiago. Marcela então decidiu reunir toda a papelada necessária para entrar na fila de adoção e ser selecionada.

Finalmente, a juíza María del Carmen Bacigalupo de Girard convocou Marcela e seu companheiro e lhes deu a boa notícia de que seriam os pais de Santiago.

“E caímos em lágrimas. O juiz estava chorando, os presentes estavam chorando, foi muito, muito emocionante”, contou.

Depois de um tempo, Marcela e seu companheiro se separaram. Ele decidiu seguir outro caminho, mas ela se sente feliz por ter o filho e toda a família do hospital que esteve sempre presente quando a criança precisou. Marcela não precisava mais se preocupar com o destino de Santiago porque sabia que tudo ia ficar bem.

Hoje, Santiago está com 10 anos. É um menino feliz e vive cercado por pessoas que o amam e o aceitam como ele é.

“Ele é tudo para mim e meus pais. Santiago é uma criança extraordinária, muito carinhosa e extremamente sociável. Ele ama a natureza e ama seus animais de estimação: tem cachorros e gatos”, concluiu Marcela.

Fonte: Razões para Acreditar/UPSOCL


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