Dieta sem glúten: as consequências para a saúde
Escrito e verificado por a pedagoga em educação física e nutricionista Elisa Morales Lupayante
A dieta sem glúten pode prometer importantes benefícios para a saúde, mas isso nem sempre é certo.
Neste sentido, existe um grande debate em torno de se essa dieta tem efeitos positivos reais ou não é mais do que uma moda nova.
A dieta sem glúten em pessoas não celíacas
Hoje em dia, a dieta sem glúten se estendeu devido à crença cada vez mais generalizada de que este tipo de alimentação pode ajudar na perda de peso.
Porém, isso não é certo, e ainda que o glúten não seja uma proteína essencial para o nosso organismo, eliminá-lo de nossa dieta não é recomendável se não for indicado por um especialista.
Primeiramente, é importante levar em conta que as pessoas podem ter uma certa sensibilidade ao glúten, chegando inclusive a uma intolerância.
Claro, este tipo de transtornos deve ser diagnosticado por meio de uma análise clara, em cujo caso será importante eliminar o glúten da dieta diária.
Por isso, é importante ter em conta que seguir uma dieta sem glúten deve ser encarado como um tratamento especializado para pessoas com intolerância.
Eliminar este componente sem necessidade é, porém, algo pouco recomendável e que só obedece a uma crença generalizada e baseada em mitos falsos.
Além disso, essa dieta é recomendável para pessoas que sofrem de doenças inflamatórias no intestino ou doenças autoimunes. Também o são para pessoas que sofrem alterações hormonais ou inclusive neurológicas.
Portanto, entrar nesta moda não deve ser de uma hora para a outra. Sempre deve ser acompanhado pelas recomendações de um profissional da nutrição.
Definitivamente, o mais importante é seguir uma dieta equilibrada.
Nela, terão espaço os alimentos de origem tanto vegetal quanto animal, assim como os cereais integrais ou os lácteos.
Sempre que não for por necessidade especial, devemos evitar cair na crença de que uma dieta sem glúten nos oferecerá benefícios.
Leia este artigo: Intolerâncias alimentares: tudo o que você precisa saber
A intolerância real ao glúten: doença celíaca
Para começar, os sintomas por meio dos quais se pode detectar as intolerâncias ao glúten costumam se relacionar com problemas digestivos.
Neste sentido, podem surgir gases, se sentir pesado, dores no abdômen, diarreias ou prisão de ventre. Além disso, podem se manifestar problemas na pele, fadiga ou transtornos do sono.
O principal problema da doença celíaca é que se trata de uma intolerância permanente de origem desconhecida.
Esta patologia costuma causar uma inflamação crônica na mucosa do intestino delgado e uma progressiva atrofia dos velos internos deste órgão.
É nestes casos em que será especialmente importante adotar esta dieta.
Uma das principais características das pessoas que sofrem de doença celíaca é que têm grandes dificuldades para engordar.
Isso se deve ao fato de que os velos do intestino delgado não são capazes de absorver os nutrientes dos produtos derivados do trigo.
Logicamente, eliminar estes produtos da dieta sem necessidade pode fazer com que percamos o controle de nosso peso. Assim, engordamos mais do que quando os consumimos.
Descubra: Como detectar a sensibilidade ao glúten
A sensibilidade ao glúten não celíaca
Este tipo de transtorno pode parecer similar à doença celíaca, no entanto tem algumas diferenças e afeta a uma porcentagem da população entre 1% e 6%.
Porém, trata-se de outro tipo de problema, ainda que também esteja relacionada com o teor de glúten dos alimentos.
O diagnóstico destas patologias é feito por meio da exclusão do glúten da dieta, como acontece com a doença celíaca.
Entre os problemas relacionados com uma sensibilidade ao glúten não celíaca pode se encontrar a síndrome do cólon irritável, um incômodo muito comum.
Em geral, afeta ao redor de 15% da população. Este problema se caracteriza pelo surgimento de dor abdominal, diarreia ou flatulências.
Nesse caso, a dieta sem glúten pode ajudar a reduzir os sintomas.
Por outro lado, também existe a alergia a algumas proteínas do trigo. A manifestação deste problema pode variar entre as crianças e os adultos. Neste sentido, as crianças costumam ser afetadas por uma alergia mais clássica que frequentemente desaparece durante a infância.
Além disso, estes tipos de alergias apresentam sintomas muito variados, desde uma típica coceira até incômodos no intestino.
A única opção terapêutica é eliminar o trigo e seus derivados. Assim, adote uma dieta sem glúten quando seja realmente necessário fazê-la.
A dieta sem glúten pode prometer importantes benefícios para a saúde, mas isso nem sempre é certo.
Neste sentido, existe um grande debate em torno de se essa dieta tem efeitos positivos reais ou não é mais do que uma moda nova.
A dieta sem glúten em pessoas não celíacas
Hoje em dia, a dieta sem glúten se estendeu devido à crença cada vez mais generalizada de que este tipo de alimentação pode ajudar na perda de peso.
Porém, isso não é certo, e ainda que o glúten não seja uma proteína essencial para o nosso organismo, eliminá-lo de nossa dieta não é recomendável se não for indicado por um especialista.
Primeiramente, é importante levar em conta que as pessoas podem ter uma certa sensibilidade ao glúten, chegando inclusive a uma intolerância.
Claro, este tipo de transtornos deve ser diagnosticado por meio de uma análise clara, em cujo caso será importante eliminar o glúten da dieta diária.
Por isso, é importante ter em conta que seguir uma dieta sem glúten deve ser encarado como um tratamento especializado para pessoas com intolerância.
Eliminar este componente sem necessidade é, porém, algo pouco recomendável e que só obedece a uma crença generalizada e baseada em mitos falsos.
Além disso, essa dieta é recomendável para pessoas que sofrem de doenças inflamatórias no intestino ou doenças autoimunes. Também o são para pessoas que sofrem alterações hormonais ou inclusive neurológicas.
Portanto, entrar nesta moda não deve ser de uma hora para a outra. Sempre deve ser acompanhado pelas recomendações de um profissional da nutrição.
Definitivamente, o mais importante é seguir uma dieta equilibrada.
Nela, terão espaço os alimentos de origem tanto vegetal quanto animal, assim como os cereais integrais ou os lácteos.
Sempre que não for por necessidade especial, devemos evitar cair na crença de que uma dieta sem glúten nos oferecerá benefícios.
Leia este artigo: Intolerâncias alimentares: tudo o que você precisa saber
A intolerância real ao glúten: doença celíaca
Para começar, os sintomas por meio dos quais se pode detectar as intolerâncias ao glúten costumam se relacionar com problemas digestivos.
Neste sentido, podem surgir gases, se sentir pesado, dores no abdômen, diarreias ou prisão de ventre. Além disso, podem se manifestar problemas na pele, fadiga ou transtornos do sono.
O principal problema da doença celíaca é que se trata de uma intolerância permanente de origem desconhecida.
Esta patologia costuma causar uma inflamação crônica na mucosa do intestino delgado e uma progressiva atrofia dos velos internos deste órgão.
É nestes casos em que será especialmente importante adotar esta dieta.
Uma das principais características das pessoas que sofrem de doença celíaca é que têm grandes dificuldades para engordar.
Isso se deve ao fato de que os velos do intestino delgado não são capazes de absorver os nutrientes dos produtos derivados do trigo.
Logicamente, eliminar estes produtos da dieta sem necessidade pode fazer com que percamos o controle de nosso peso. Assim, engordamos mais do que quando os consumimos.
Descubra: Como detectar a sensibilidade ao glúten
A sensibilidade ao glúten não celíaca
Este tipo de transtorno pode parecer similar à doença celíaca, no entanto tem algumas diferenças e afeta a uma porcentagem da população entre 1% e 6%.
Porém, trata-se de outro tipo de problema, ainda que também esteja relacionada com o teor de glúten dos alimentos.
O diagnóstico destas patologias é feito por meio da exclusão do glúten da dieta, como acontece com a doença celíaca.
Entre os problemas relacionados com uma sensibilidade ao glúten não celíaca pode se encontrar a síndrome do cólon irritável, um incômodo muito comum.
Em geral, afeta ao redor de 15% da população. Este problema se caracteriza pelo surgimento de dor abdominal, diarreia ou flatulências.
Nesse caso, a dieta sem glúten pode ajudar a reduzir os sintomas.
Por outro lado, também existe a alergia a algumas proteínas do trigo. A manifestação deste problema pode variar entre as crianças e os adultos. Neste sentido, as crianças costumam ser afetadas por uma alergia mais clássica que frequentemente desaparece durante a infância.
Além disso, estes tipos de alergias apresentam sintomas muito variados, desde uma típica coceira até incômodos no intestino.
A única opção terapêutica é eliminar o trigo e seus derivados. Assim, adote uma dieta sem glúten quando seja realmente necessário fazê-la.
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- Niewinski, M. M. (2008). Advances in Celiac Disease and Gluten-Free Diet. Journal of the American Dietetic Association.
- Saturni, L., Ferretti, G., & Bacchetti, T. (2010). The gluten-free diet: Safety and nutritional quality. Nutrients.
- Caio, G., Volta, U., Tovoli, F., & De Giorgio, R. (2014). Effect of gluten free diet on immune response to gliadin in patients with non-celiac gluten sensitivity. BMC Gastroenterology.
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