Logo image
Logo image

Como saber se o seu filho está consumindo drogas?

6 minutos
Como pais, é importante aprender a identificar se as mudanças de comportamento dos filhos correspondem ao seu desenvolvimento ou correspondem a alguma outra coisa, como o uso de drogas, por exemplo. Aprenda a reconhecer esse comportamento.
Como saber se o seu filho está consumindo drogas?
Mario Benedetti Arzuza

Escrito e verificado por o médico Mario Benedetti Arzuza

Última atualização: 10 dezembro, 2022

O uso de drogas continua sendo uma das principais preocupações dos pais em todo o mundo e, infelizmente, os números anuais continuam sendo alarmantes. Portanto, é normal que você se pergunte como saber se seu filho está consumindo drogas?

Os pais de jovens com algum tipo de vício dizem que reconhecer o problema cedo não é fácil, porque os sinais são pouco claros. Hoje vamos falar sobre alguns dos possíveis sinais que podem indicar que seu filho está consumindo drogas.

A desenfreada adolescência e as drogas

Some figure

A adolescência é uma fase na qual os jovens se sentem ousados ​​e rebeldes. Nos âmbitos, orgânico, fisiológico, psicológico e social, eles experimentam todo tipo de mudanças que podem ser difíceis de enfrentar. Por causa desse e de outros fatores, eles podem ser mais vulneráveis ​​aos vícios.

Para saber se seu filho usa drogas, é fundamental que você preste atenção a alguns sinais e, na medida do possível, não se precipite. Existem algumas questões a serem consideradas antes de tirar qualquer conclusão.

  • A adolescência é um período de rebeldia em que o jovem pode se comportar de forma incomum e não estar consumindo nenhum tipo de droga.
  • Os jovens entre 11 e 21 anos costumam ter uma percepção distorcida do risco. Isso explica porque é possível que tendam a assumir comportamentos dos quais, mais tarde, poderão se arrepender.

O Instituto Nacional de Abuso de Drogas dos Estados Unidos identifica 5 fatores que convidam os adolescentes a entrar no mundo das drogas:

  • Encaixar-se em um grupo, tentar ficar “na mesma onda” que seus amigos.
  • Sentir-se bem. As drogas produzem sensações de prazer no cérebro.
  • Sentir-se melhor. A adolescência está ligada a momentos de depressão e estresse, que são aliviados pelas drogas.
  • Competir melhor. Certas drogas estimulantes podem fazer com que eles sintam que estão se saindo melhor socialmente, nas atividades esportivas e até mesmo academicamente.
  • Experimentar. Os adolescentes buscam novas sensações, ainda mais se envolverem certos riscos.

Se não existir um canal de comunicação familiar saudável, através do qual todos os tipos de assuntos sejam discutidos abertamente, pode ser mais difícil agir a tempo e ajudar o jovem.

Descubra: 10 sintomas que nos alertam sobre a depressão em adolescentes

Drogas: um inimigo subestimado

Muitos adolescentes e pais veem o consumo de drogas como uma prática passageira, sem muita importância. No entanto, minimizar os riscos envolvidos pode ser algo contraproducente no futuro. Nenhum pai deve “normalizar” o fato de um jovem usar drogas, mesmo se for de forma pontual.

Por outro lado, considerar que o filho está isento de vivenciar experiências que levem ao uso de drogas também é uma atitude que pode ser prejudicial no futuro.

É fundamental informar bem os jovens e refletir com eles sobre as consequências de experimentar drogas.

Por sua vez, os pais também devem procurar estar bem informados e abertos ao diálogo. Ao mesmo tempo, eles devem evitar “proibir” drogas para seus filhos “porque sim”. Quanto mais e melhor preparadas ambas as partes estiverem, menor será o risco.

Agora, se você suspeita que seu filho está consumindo drogas, a primeira coisa que você deve fazer é verificar se as atitudes irreverentes do jovem se devem a alterações hormonais típicas de sua idade ou não.

É fundamental enxergar um pouco além do estágio difícil em que ele se encontra e verificar se o comportamento estranho se deve ao uso de drogas antes de tirar conclusões.

Possíveis comportamentos associados às drogas

Quando um jovem está consumindo drogas, o mais comum é que tente disfarçar. Dessa forma, seu comportamento pode parecer ligeiramente diferente. Portanto, é fundamental que você preste atenção ao seu comportamento e, especificamente, às mudanças que possam ocorrer.

No entanto, se você não tiver provas, é melhor evitar o confronto. Em vez disso, tente entrar em contato de forma amigável para descobrir o que está acontecendo. Se você recorrer à denúncia e culpá-lo, poderá promover uma situação de violência.

1. O cheiro nas roupas

Some figure
A fumaça do cigarro é o veículo para as substâncias tóxicas que surgem da combustão.

É verdade que se alguém fumar um cigarro perto de você, suas roupas podem ficar cheirando mal. Portanto, mesmo que você não tenha fumado, suas roupas podem cheirar a cigarro. Porém, se o odor for muito penetrante e persistir nas roupas com o tempo, é necessário conversar com o jovem para saber o que está acontecendo.

Por outro lado, devemos estar atentos ao uso de produtos de higiene pessoal. A questão é que uma das estratégias que se costuma usar para evitar ser descoberto é aplicar repetidamente perfume, mascar chiclete e lavar as mãos de forma exagerada, para evitar emanar o cheiro do que se consome, seja tabaco, maconha ou qualquer outra substância.

2. Saúde ocular

Os olhos são indicadores muito claros dos vícios. Cada droga em particular tem efeitos diversos. Por exemplo, a cannabis causa vermelhidão nos olhos e olhar sonolento. Por outro lado, a cocaína e o ecstasy produzem dilatação das pupilas, deixando os olhos muito abertos.

Descubra: Quais as drogas mais perigosas do mundo?

3. Excesso de irritabilidade

Some figure

Na adolescência, as alterações hormonais podem causar mudanças repentinas de humor, mas quando se consome drogas as reações costumam ser ainda mais intensas e, em comparação, exageradas.

Existem adolescentes que ficam irritados e agressivos, principalmente quando não consumiram, porque o corpo pede a droga. Outros, por outro lado, tornam-se solitários e tendem a se afastar, principalmente dos pais, pois dessa forma podem consumir sem dar explicações.

4. Tiram medicamentos do seu armário de remédios

Quando começam a consumir drogas, eles geralmente experimentam várias drogas, por ser “apenas um teste”. O kit de primeiros socorros da família é geralmente uma fonte de drogas de fácil acesso para eles

O diazepam ou os populares xaropes para a tosse são os mais recomendados por quem já experimentou e tenta induzir os outros. Portanto, se alguns medicamentos desaparecerem, é hora de conversar com seu filho.

5. Ele se tornou irresponsável

Um dos efeitos mais devastadores do vício é o mau hábito de abandonar qualquer responsabilidade e se deixar levar pelo ócio.

O jovem consumidor deixa de lado seus estudos e tudo o que requer comprometimento. Seu desempenho escolar diminui e ele evita ocupar-se de tarefas que antes gostavam.

Por si só, os pontos levantados até agora não são indicadores de que um jovem seja viciado. Portanto, é necessário informar-se muito bem e não tirar conclusões precipitadas.

Avaliação geral

Some figure

As mudanças no comportamento de um filho que usa drogas é muito óbvio para os pais que os conhecem, que suspeitam disso na mesma hora. 

No entanto, é importante lembrar que, dependendo do tipo da droga, ou seja, estimulante ou relaxante, uma pessoa pode apresentar comportamentos e sinais diferentes.

Portanto, é aconselhável estar bem informado sobre as características de cada uma delas e suas manifestações.

Caso você considere que confirmou as suspeitas de que seu filho está consumindo drogas, procure ajuda profissional. Dessa forma, você poderá gerenciar o problema da melhor maneira possível.

O importante é estar alerta, estar muito atento aos seus filhos, estar atento ao que eles fazem, aonde vão, quem são seus amigos e com quem eles se relacionam.

Por fim, mas não menos importante, lembre-se de que manter uma boa comunicação e relacionamento com seus filhos é uma base fundamental para ter um ambiente familiar saudável e prevenir problemas como o desenvolvimento de vícios.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.



Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.