Causas e remédios para a endometriose
A endometriose é uma doença que não apenas pode culminar em problemas de fertilidade, como também pode impedir seriamente as relações sexuais. Assim como produzir dores pélvicas, dores com as evacuações e menstruações muito dolorosas.
Sintomas que podem chegar a ocasionar sérios problemas às mulheres que sofrem com a doença.
Hoje em dia há uma série de problemas sócio-econômicos que produzem desequilíbrios temporários para quem deseja ter filhos. Por exemplo:
- As dificuldades econômicas;
- A necessidade da colaboração financeira entre ambos parceiros;
- A demora em conseguir um local ideal para a educação dos filhos
Entre outros fatores, levam ao retardamento da chegada dos filhos. Visto que este desejo chega em idades nas quais a fisiologia feminina não está em seus melhores momentos e mesmo conservando-se a fertilidade, as dificuldades são cada vez maiores até o ponto de não ser possível a reprodução.
Entre todas estas adversidades, esta doença também tem um papel determinante, agravando ainda mais as dificuldades mencionadas anteriormente.
Definição médica da endometriose
Do ponto de vista médico, a endometriose se define como um conjunto de sintomas produzido quando um tipo de célula específica: as células de revestimento do útero, crescem fora da matriz. Isto é, existe um crescimento das células uterinas em outras áreas do corpo que não são o útero.
Por serem células preparadas para responderem a determinados estímulos hormonais, aparecem sintomas como dor, sangramento irregular e dificuldades para engravidar, entre outros.
É lógico, portanto, que o ciclo menstrual afeta profundamente este crescimento celular “fora do seu lugar”.
Causas da endometriose
Mesmo que pareça difícil de acreditar, uma das causas desta doença está precisamente no ciclo menstrual regular da mulher. Por que isso ocorre? Lembremos que o útero é como uma espécie de bolsa ou copo invertido, ele vai engrossando sua parede à medida que o ciclo menstrual avança, para o que o corpo feminino se prepare para alojar o embrião.
Isto acontece graças ao influxo de alguns hormônios específicos (hormônios esteroides). Quando chega o momento e não ocorre a concepção, então o corpo detecta que tudo o que foi preparado já não serve. Assim, elimina o excesso de parede. Em outras palavras, ocorre o sangramento da menstruação que limpa toda esta camada de células formadas.
Mas, o que ocorre se parte destas células endometriais descartadas não são expulsas corretamente e algumas ficam no corpo?
Esse é o caso da endometriose. Existe uma implantação deste tipo de células fora da cavidade normal (o útero). Em áreas muito variadas como, por exemplo, o interior da pélvis, nos próprios ovários. Mas também podem implantar-se nos intestinos, no reto ou na bexiga, ou em outras áreas do corpo.
Além disso, estas células reimplantadas fora do seu lugar continuam a seguir “as ordens” dos influxos hormonais, pois não são células mortas. Isto faz com que, às vezes, sangrem quando o ciclo ovariano termina porque tentam “obedecer a ordem de se desprender”, mas não conseguem fazê-lo de fato.
Da mesma forma, como seu crescimento é às vezes estimulado e às vezes não (dependendo do momento do ciclo); produz os típicos sintomas que dependem, além disso, da área do corpo onde tenham se implantado.
No entanto, a causa real ainda é desconhecida. Já que este crescimento celular fora do lugar não ocorre por aparição ou formação de tais células nesses lugares estranhos, mas parece ser sim uma “recolocação” de células que originalmente se formaram corretamente.
Acredita-se que se deve a algum tipo de refluxo produzido durante o desprendimento. Por algum tipo de fluxo menstrual retrógrado. Isto pode ocorrer devido a existência de algumas alterações anatômicas, como veremos adiante.
Porém, há quem pense que as mulheres com endometriose têm algum tipo de transtorno imunológico ainda não descoberto. E na verdade é que o problema ocorre com mais frequência naquelas mulheres cujas mães ou irmãs tenham sofrido.
Normalmente se diagnostica entre os 25 e os 35 anos, mas acredita-se que começa por volta do início da menstruação de forma regular.
Fatores que podem tornar mais favorável a aparição da endometriose
Há uma série de fatores que podem fazer com que tenhamos mais possibilidades de desenvolver esta disfunção, tais como:
- Surgimento da menarca de modo precoce. Isto é, o começo do ciclo menstrual (a primeira menstruação) ocorre muito cedo.
- Uma duração do sangramento menstrual muito longa. Ou seja, a duração média dos períodos menstruais seja igual ou superior a 7 dias.
- Qualquer dificuldade física que impeça ou apresente problemas para a saída do sangue menstrual como, por exemplo, a existência ou persistência do hímen fechado.
- A mulher que não teve filhos.
Sintomas da endometriose
O sintoma mais característico da endometriose é a dor. Ainda que não apareça sempre. Geralmente se localiza na região abdominal, antes e durante a menstruação.
Contudo, é frequente também a aparição de dor em qualquer momento do ciclo. Da mesma maneira, a manutenção das relações sexuais pode provocar dores, bem como o ato de defecar.
Também podem aparecer câimbras uma ou duas semanas antes ou durante o ciclo hormonal. Sua intensidade varia muito, podendo ser apenas levemente perceptíveis ou muito intensas.
Exames para o diagnóstico da endometriose
O mais complicado em detectar uma endometriose é quando não são observados sintomas. Isso pode ocorrer, pelo que observamos. Porém, caso a dor apareça, que é o sintoma mais característico e, sobretudo, relacionado com o ciclo menstrual, é necessário consultar um ginecologista para que seja realizada uma série de exames.
Estes exames podem ser mais ou menos específicos. Com eles será possível diagnosticar a endometriose e, ainda, quais são os lugares de implantação das células. Em suma, onde se instalaram as células endometriais. Desta maneira, será possível determinar os possíveis tratamentos.
Geralmente são realizados exames pélvicos – são realizados durante a revisão ginecológica periódica das mulheres. É uma maneira com a qual os ginecologistas comprovam a integridade e a saúde dos órgãos genitais femininos, e mediante estes exames são examinados:
- A vulva;
- A vagina;
- O útero;
- Bem como o colo do útero;
- As tubas uterinas;
- Os ovários;
- A bexiga;
- E o reto.
Inclui, ainda, a exploração das genitálias de forma manual, e a introdução do espéculo para a realização do papanicolau.
Assim como são realizadas ultrassonografias transvaginais – por meio desta técnica, realizada com um aparelho de ultrassonografia – examinam-se os órgãos genitais, incluindo o útero, os ovários e o colo uterino.
Igualmente pode ser solicitada a laparoscopia pélvica – técnica cirúrgica mediante a qual podemos examinar os órgãos pélvicos, por meio de um instrumental de visualização chamado laparoscópio. Realiza-se com anestesia geral e o médico faz uma incisão cirúrgica de alguns centímetros na pele, por debaixo do umbigo.
Em seguida, é inserido o dióxido de carbono na cavidade abdominal para ajudar o médico cirurgião a ver os órgãos mais facilmente. Depois, se insere o laparoscópio, um instrumento similar a um pequeno telescópio em um tubo flexível, de maneira que o médico possa observar a região.
Tratamento da endometriose
O tratamento que a medicina poderá propor depende de uma série de fatores:
- A idade da paciente;
- A gravidade ou intensidade dos sintomas (caso haja muita dor ou não, câimbras etc.) e da doença. Isto é, o quanto ela está desenvolvida e o que ocasiona fisicamente sua implantação desregular;
- Se há o desejo de ter filhos no futuro ou não;
- Se a paciente está na menopausa. Neste ponto e do ponto de vista médico oficial, há uma série de medidas que podem ser tomadas que poderão ser mais radicais, e que de nossa parte não aconselhamos nunca esta medida, como veremos mais adiante;
Entre as medidas comuns para controlar as dores como as cólicas, são usados os anti-inflamatórios conhecidos como ibuprofeno ou naproxeno e outros anti-inflamatórios não esteroidais. Caso seja necessário podem ser empregados analgésicos mais fortes.
Tratamentos oficiais
Tratamento hormonal
É comum usar o tratamento hormonal na medicina oficial. O tratamento hormonal oficial normalmente contempla o uso de pílulas anticoncepcionais, pois elas detêm o ciclo menstrual e sua influência hormonal na endometriose. É simplesmente um alívio sintomático, não cura a doença.
Um tratamento hormonal mais específico está relacionado com a produção de estrogêneos por parte dos ovários, produzindo um estado similar à menopausa. Contudo, tem o inconveniente de produzir sintomas semelhantes aos da menopausa.
Os tratamentos hormonais com anticonceptivos podem ser agressivos e com muitos efeitos colaterais prejudiciais. Ainda, não curam a doença. No entanto, estes tratamentos podem aliviar parcial ou totalmente os sintomas em muitas pacientes durantes anos. A decisão final, evidentemente, estará sempre em suas mãos.
Cirurgia
E, finalmente, como último recurso, a medicina oficial costuma empregar a cirurgia para extirpar as áreas onde existe a endometriose. Este tratamento geralmente é recomendado em casos de dor intensa que não melhora com outros tratamentos e pode abranger:
- A laparotomia ou laparoscopia pélvica: método comentado para diagnosticar a endometriose e ao mesmo tempo extirpar todos os implantes e tecido cicatricial (aderências).
- Histerectomia para extirpar o útero (a matriz) e, inclusive, a histerectomia total (matriz, ovários e tubas uterinas, inclusive): a medicina oficial propõe a retirada de vários órgãos genitais quando são observados sintomas graves e sempre que não se deseje ter filhos no futuro. Podem ser retirados um ou ambos ovários, mas a política atual de caráter preventivo da medicina oficial indicará que se não sejam retirados ambos os ovários no momento da histerectomia, seus sintomas poderão reaparecer.
De qualquer forma, entendemos que a cirurgia radical deve ser considerada em casos extremos, já que existem grandes opções terapêuticas alternativas.
Além disso, há numerosos estudos que estão focados em explicar como a retirada total dos órgãos genitores pressupõe um enorme desequilíbrio orgânico de consequências irreversíveis. As quais, ademais, terão de ser tratadas para adaptar o corpo a esta carência definitiva.
Possíveis complicações da endometriose
A endometriose pode causar problemas para engravidar. Nem todas as mulheres, principalmente aquelas com endometriose leve, sofrem esterilidade. A laparoscopia para eliminar a cicatrização relacionada com a afecção pode ajudar a melhorar as possibilidades de engravidar. Caso isso não seja feito, deve-se analisar a possibilidade de realizar tratamentos contra a esterilidade.
Outras complicações que a endometriose pode provocar:
- Dor pélvica crônica ou prolongada que interfere nas atividades sociais e profissionais.
- Cistos grandes na pélvis (chamados endometriomas) que podem romper.
Em alguns casos, o surgimento da endometriose pode causar obstrução nos tratos gastrointestinal ou urinário, mas é incomum.
Em raras ocasiões, pode-se desenvolver câncer nas áreas de endometriose, depois da menopausa.
Remédios populares
Angelica sinensis
Comumente conhecida como “dong quai”, “dang gui” ou ginseng-chinês: é uma planta utilizada durante séculos na medicina tradicional chinesa para aliviar e combater os transtornos ginecológicos, como a endometriose. Contém fitoestrogênios naturais que atuam como reguladores hormonais femininos.
- Pode ser encontrada em pó, cápsulas, tinturas e, inclusive, porém raramente, em pedaços (que devem ser cozidos antes de serem consumidos).
- No geral, costuma-se reparti-los e consumi-los duas vezes ao dia, preferencialmente em jejum. Geralmente se recomenda também um descanso do tratamento de uma semana a cada 30 dias de consumo.
- Caso tome-a em cápsulas, o habitual é ingerir ao dia no mínimo duas e no máximo quatro cápsulas (de 500 mg cada uma), No caso de ser em pó, dissolver uma colher de sobremesa rasa (1 grama aproximadamente) em água ou suco e tomar esta dose duas vezes ao dia.
Infusões de camomila (Chamaemelum nobile)
Outro remédio popular e de mais fácil acesso que o ginseng-chinês são as infusões de camomila. Ademais é um remédio um tanto mais suave.
Prepare uma infusão com duas colheres da flor de camomila em uma xícara de água. Beba uma xícara toda vez que a dor aparecer.
Gengibre (Zingiber officinale)
Tome uma xícara de infusão de gengibre quando surgirem náuseas como sintoma da endometriose. A infusão é preparada com 3 colheres de gengibre para cada xícara de água que deixaremos fervendo durante cinco minutos.
Acupuntura
A técnica de acupuntura também é útil. É realizada aplicando-se pressão a cinco centímetros do osso do tornozelo e na base onde estão os ossos do seu polegar e dedo indicador. Pressiona-se o mais forte possível até que a pele fique rosada e bastante quente. Sempre faça este procedimento com um profissional qualificado.
A endometriose é uma doença que não apenas pode culminar em problemas de fertilidade, como também pode impedir seriamente as relações sexuais. Assim como produzir dores pélvicas, dores com as evacuações e menstruações muito dolorosas.
Sintomas que podem chegar a ocasionar sérios problemas às mulheres que sofrem com a doença.
Hoje em dia há uma série de problemas sócio-econômicos que produzem desequilíbrios temporários para quem deseja ter filhos. Por exemplo:
- As dificuldades econômicas;
- A necessidade da colaboração financeira entre ambos parceiros;
- A demora em conseguir um local ideal para a educação dos filhos
Entre outros fatores, levam ao retardamento da chegada dos filhos. Visto que este desejo chega em idades nas quais a fisiologia feminina não está em seus melhores momentos e mesmo conservando-se a fertilidade, as dificuldades são cada vez maiores até o ponto de não ser possível a reprodução.
Entre todas estas adversidades, esta doença também tem um papel determinante, agravando ainda mais as dificuldades mencionadas anteriormente.
Definição médica da endometriose
Do ponto de vista médico, a endometriose se define como um conjunto de sintomas produzido quando um tipo de célula específica: as células de revestimento do útero, crescem fora da matriz. Isto é, existe um crescimento das células uterinas em outras áreas do corpo que não são o útero.
Por serem células preparadas para responderem a determinados estímulos hormonais, aparecem sintomas como dor, sangramento irregular e dificuldades para engravidar, entre outros.
É lógico, portanto, que o ciclo menstrual afeta profundamente este crescimento celular “fora do seu lugar”.
Causas da endometriose
Mesmo que pareça difícil de acreditar, uma das causas desta doença está precisamente no ciclo menstrual regular da mulher. Por que isso ocorre? Lembremos que o útero é como uma espécie de bolsa ou copo invertido, ele vai engrossando sua parede à medida que o ciclo menstrual avança, para o que o corpo feminino se prepare para alojar o embrião.
Isto acontece graças ao influxo de alguns hormônios específicos (hormônios esteroides). Quando chega o momento e não ocorre a concepção, então o corpo detecta que tudo o que foi preparado já não serve. Assim, elimina o excesso de parede. Em outras palavras, ocorre o sangramento da menstruação que limpa toda esta camada de células formadas.
Mas, o que ocorre se parte destas células endometriais descartadas não são expulsas corretamente e algumas ficam no corpo?
Esse é o caso da endometriose. Existe uma implantação deste tipo de células fora da cavidade normal (o útero). Em áreas muito variadas como, por exemplo, o interior da pélvis, nos próprios ovários. Mas também podem implantar-se nos intestinos, no reto ou na bexiga, ou em outras áreas do corpo.
Além disso, estas células reimplantadas fora do seu lugar continuam a seguir “as ordens” dos influxos hormonais, pois não são células mortas. Isto faz com que, às vezes, sangrem quando o ciclo ovariano termina porque tentam “obedecer a ordem de se desprender”, mas não conseguem fazê-lo de fato.
Da mesma forma, como seu crescimento é às vezes estimulado e às vezes não (dependendo do momento do ciclo); produz os típicos sintomas que dependem, além disso, da área do corpo onde tenham se implantado.
No entanto, a causa real ainda é desconhecida. Já que este crescimento celular fora do lugar não ocorre por aparição ou formação de tais células nesses lugares estranhos, mas parece ser sim uma “recolocação” de células que originalmente se formaram corretamente.
Acredita-se que se deve a algum tipo de refluxo produzido durante o desprendimento. Por algum tipo de fluxo menstrual retrógrado. Isto pode ocorrer devido a existência de algumas alterações anatômicas, como veremos adiante.
Porém, há quem pense que as mulheres com endometriose têm algum tipo de transtorno imunológico ainda não descoberto. E na verdade é que o problema ocorre com mais frequência naquelas mulheres cujas mães ou irmãs tenham sofrido.
Normalmente se diagnostica entre os 25 e os 35 anos, mas acredita-se que começa por volta do início da menstruação de forma regular.
Fatores que podem tornar mais favorável a aparição da endometriose
Há uma série de fatores que podem fazer com que tenhamos mais possibilidades de desenvolver esta disfunção, tais como:
- Surgimento da menarca de modo precoce. Isto é, o começo do ciclo menstrual (a primeira menstruação) ocorre muito cedo.
- Uma duração do sangramento menstrual muito longa. Ou seja, a duração média dos períodos menstruais seja igual ou superior a 7 dias.
- Qualquer dificuldade física que impeça ou apresente problemas para a saída do sangue menstrual como, por exemplo, a existência ou persistência do hímen fechado.
- A mulher que não teve filhos.
Sintomas da endometriose
O sintoma mais característico da endometriose é a dor. Ainda que não apareça sempre. Geralmente se localiza na região abdominal, antes e durante a menstruação.
Contudo, é frequente também a aparição de dor em qualquer momento do ciclo. Da mesma maneira, a manutenção das relações sexuais pode provocar dores, bem como o ato de defecar.
Também podem aparecer câimbras uma ou duas semanas antes ou durante o ciclo hormonal. Sua intensidade varia muito, podendo ser apenas levemente perceptíveis ou muito intensas.
Exames para o diagnóstico da endometriose
O mais complicado em detectar uma endometriose é quando não são observados sintomas. Isso pode ocorrer, pelo que observamos. Porém, caso a dor apareça, que é o sintoma mais característico e, sobretudo, relacionado com o ciclo menstrual, é necessário consultar um ginecologista para que seja realizada uma série de exames.
Estes exames podem ser mais ou menos específicos. Com eles será possível diagnosticar a endometriose e, ainda, quais são os lugares de implantação das células. Em suma, onde se instalaram as células endometriais. Desta maneira, será possível determinar os possíveis tratamentos.
Geralmente são realizados exames pélvicos – são realizados durante a revisão ginecológica periódica das mulheres. É uma maneira com a qual os ginecologistas comprovam a integridade e a saúde dos órgãos genitais femininos, e mediante estes exames são examinados:
- A vulva;
- A vagina;
- O útero;
- Bem como o colo do útero;
- As tubas uterinas;
- Os ovários;
- A bexiga;
- E o reto.
Inclui, ainda, a exploração das genitálias de forma manual, e a introdução do espéculo para a realização do papanicolau.
Assim como são realizadas ultrassonografias transvaginais – por meio desta técnica, realizada com um aparelho de ultrassonografia – examinam-se os órgãos genitais, incluindo o útero, os ovários e o colo uterino.
Igualmente pode ser solicitada a laparoscopia pélvica – técnica cirúrgica mediante a qual podemos examinar os órgãos pélvicos, por meio de um instrumental de visualização chamado laparoscópio. Realiza-se com anestesia geral e o médico faz uma incisão cirúrgica de alguns centímetros na pele, por debaixo do umbigo.
Em seguida, é inserido o dióxido de carbono na cavidade abdominal para ajudar o médico cirurgião a ver os órgãos mais facilmente. Depois, se insere o laparoscópio, um instrumento similar a um pequeno telescópio em um tubo flexível, de maneira que o médico possa observar a região.
Tratamento da endometriose
O tratamento que a medicina poderá propor depende de uma série de fatores:
- A idade da paciente;
- A gravidade ou intensidade dos sintomas (caso haja muita dor ou não, câimbras etc.) e da doença. Isto é, o quanto ela está desenvolvida e o que ocasiona fisicamente sua implantação desregular;
- Se há o desejo de ter filhos no futuro ou não;
- Se a paciente está na menopausa. Neste ponto e do ponto de vista médico oficial, há uma série de medidas que podem ser tomadas que poderão ser mais radicais, e que de nossa parte não aconselhamos nunca esta medida, como veremos mais adiante;
Entre as medidas comuns para controlar as dores como as cólicas, são usados os anti-inflamatórios conhecidos como ibuprofeno ou naproxeno e outros anti-inflamatórios não esteroidais. Caso seja necessário podem ser empregados analgésicos mais fortes.
Tratamentos oficiais
Tratamento hormonal
É comum usar o tratamento hormonal na medicina oficial. O tratamento hormonal oficial normalmente contempla o uso de pílulas anticoncepcionais, pois elas detêm o ciclo menstrual e sua influência hormonal na endometriose. É simplesmente um alívio sintomático, não cura a doença.
Um tratamento hormonal mais específico está relacionado com a produção de estrogêneos por parte dos ovários, produzindo um estado similar à menopausa. Contudo, tem o inconveniente de produzir sintomas semelhantes aos da menopausa.
Os tratamentos hormonais com anticonceptivos podem ser agressivos e com muitos efeitos colaterais prejudiciais. Ainda, não curam a doença. No entanto, estes tratamentos podem aliviar parcial ou totalmente os sintomas em muitas pacientes durantes anos. A decisão final, evidentemente, estará sempre em suas mãos.
Cirurgia
E, finalmente, como último recurso, a medicina oficial costuma empregar a cirurgia para extirpar as áreas onde existe a endometriose. Este tratamento geralmente é recomendado em casos de dor intensa que não melhora com outros tratamentos e pode abranger:
- A laparotomia ou laparoscopia pélvica: método comentado para diagnosticar a endometriose e ao mesmo tempo extirpar todos os implantes e tecido cicatricial (aderências).
- Histerectomia para extirpar o útero (a matriz) e, inclusive, a histerectomia total (matriz, ovários e tubas uterinas, inclusive): a medicina oficial propõe a retirada de vários órgãos genitais quando são observados sintomas graves e sempre que não se deseje ter filhos no futuro. Podem ser retirados um ou ambos ovários, mas a política atual de caráter preventivo da medicina oficial indicará que se não sejam retirados ambos os ovários no momento da histerectomia, seus sintomas poderão reaparecer.
De qualquer forma, entendemos que a cirurgia radical deve ser considerada em casos extremos, já que existem grandes opções terapêuticas alternativas.
Além disso, há numerosos estudos que estão focados em explicar como a retirada total dos órgãos genitores pressupõe um enorme desequilíbrio orgânico de consequências irreversíveis. As quais, ademais, terão de ser tratadas para adaptar o corpo a esta carência definitiva.
Possíveis complicações da endometriose
A endometriose pode causar problemas para engravidar. Nem todas as mulheres, principalmente aquelas com endometriose leve, sofrem esterilidade. A laparoscopia para eliminar a cicatrização relacionada com a afecção pode ajudar a melhorar as possibilidades de engravidar. Caso isso não seja feito, deve-se analisar a possibilidade de realizar tratamentos contra a esterilidade.
Outras complicações que a endometriose pode provocar:
- Dor pélvica crônica ou prolongada que interfere nas atividades sociais e profissionais.
- Cistos grandes na pélvis (chamados endometriomas) que podem romper.
Em alguns casos, o surgimento da endometriose pode causar obstrução nos tratos gastrointestinal ou urinário, mas é incomum.
Em raras ocasiões, pode-se desenvolver câncer nas áreas de endometriose, depois da menopausa.
Remédios populares
Angelica sinensis
Comumente conhecida como “dong quai”, “dang gui” ou ginseng-chinês: é uma planta utilizada durante séculos na medicina tradicional chinesa para aliviar e combater os transtornos ginecológicos, como a endometriose. Contém fitoestrogênios naturais que atuam como reguladores hormonais femininos.
- Pode ser encontrada em pó, cápsulas, tinturas e, inclusive, porém raramente, em pedaços (que devem ser cozidos antes de serem consumidos).
- No geral, costuma-se reparti-los e consumi-los duas vezes ao dia, preferencialmente em jejum. Geralmente se recomenda também um descanso do tratamento de uma semana a cada 30 dias de consumo.
- Caso tome-a em cápsulas, o habitual é ingerir ao dia no mínimo duas e no máximo quatro cápsulas (de 500 mg cada uma), No caso de ser em pó, dissolver uma colher de sobremesa rasa (1 grama aproximadamente) em água ou suco e tomar esta dose duas vezes ao dia.
Infusões de camomila (Chamaemelum nobile)
Outro remédio popular e de mais fácil acesso que o ginseng-chinês são as infusões de camomila. Ademais é um remédio um tanto mais suave.
Prepare uma infusão com duas colheres da flor de camomila em uma xícara de água. Beba uma xícara toda vez que a dor aparecer.
Gengibre (Zingiber officinale)
Tome uma xícara de infusão de gengibre quando surgirem náuseas como sintoma da endometriose. A infusão é preparada com 3 colheres de gengibre para cada xícara de água que deixaremos fervendo durante cinco minutos.
Acupuntura
A técnica de acupuntura também é útil. É realizada aplicando-se pressão a cinco centímetros do osso do tornozelo e na base onde estão os ossos do seu polegar e dedo indicador. Pressiona-se o mais forte possível até que a pele fique rosada e bastante quente. Sempre faça este procedimento com um profissional qualificado.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.