Câncer e gravidez

Câncer e gravidez são situações que ocasionalmente podem coincidir na mesma mulher ao mesmo tempo. A ciência avançou nos tratamentos para enfrentar a situação com a melhor esperança para a mãe e o feto.
Câncer e gravidez
Diego Pereira

Revisado e aprovado por o médico Diego Pereira.

Escrito por Equipe Editorial

Última atualização: 14 dezembro, 2022

A combinação de câncer e gravidez é um tema que preocupa muito essas pacientes. Vários aspectos devem ser avaliados antes de iniciar um tratamento.

O câncer associado à gravidez é qualquer doença cancerosa diagnosticada durante a gravidez ou até um ano após o parto. No entanto, alguns especialistas reduzem o período de um ano para 6 meses.

O diagnóstico de câncer na gestação é uma situação complexa de se lidar e repleta de sentimentos contraditórios. A gravidez é um processo com expectativa de vida. No entanto, a neoplasia representa uma ameaça real.

Devido à alta complicação do câncer durante a gravidez, é necessário avaliar uma série de fatores para saber como lidar com ele. Algumas das questões sobre as quais os pacientes devem ser informados incluem o seguinte:

  • O esquema diagnóstico e terapêutico a ser seguido.
  • A gravidez piora o prognóstico para a mãe?
  • É aconselhável interromper a gravidez?
  • Como o tumor afeta o feto.

Esquema terapêutico para câncer durante a gravidez

Quando essa situação ocorre, o principal objetivo terapêutico é curar o paciente sem afetar de forma alguma o feto. No entanto, este fim ideal é muitas vezes muito difícil de alcançar, por isso, em muitas ocasiões, devem ser tomadas iniciativas que causem males menores.

Nos casos em que o câncer foi diagnosticado durante o primeiro trimestre e início do segundo, a condição materna deve prevalecer e o tratamento não deve ser poupado, ainda que possa levar à morte do feto.

No entanto, é fundamental destacar a importância de avaliar o tipo de câncer, o estágio, o tratamento a ser aplicado e o estado da gravidez em cada caso para orientar a paciente. Desta forma, serão oferecidas informações detalhadas e claras para que, em última análise, seja ela quem possa tomar a decisão que considerar melhor, de acordo com suas crenças e valores.

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Efeito da gravidez na doença

Embora haja opiniões divididas sobre o assunto, ganha cada vez mais relevância a ideia de que a gravidez não altera a história natural da doença. O mecanismo pelo qual o organismo materno permite o crescimento de um corpo estranho pode levar a pensar em certa permissividade do sistema imunológico.

Essa maior facilidade para o desenvolvimento do tumor é constantemente estudada em pesquisas, pois seria fundamental para planejar tratamentos seguros. Entretanto, parece que enquanto na gravidez o crescimento ordenado da gestação é tolerado, esta facilidade não parece existir com crescimento desordenado como a neoplasia.

Efeitos do tumor na gravidez

Também não parece haver um efeito significativo no feto ou no curso da gravidez. A taxa de abortos e partos prematuros é semelhante em ambos os casos, e apenas em alguns cânceres específicos -leucemia, câncer do colo do útero- aumentam as complicações como infecções, hemorragias ou dificuldade no parto vaginal.

Portanto, é importante saber que o feto raramente é afetado. E, se ocorrer, as estatísticas indicam que as complicações fetais ocorrem em maior medida com os melanomas.

Noções básicas de tratamento do câncer na gravidez

O tratamento desta doença baseia-se em quatro opções principais:

  • Cirurgia: é a excisão do tumor.
  • Radioterapia: é contraindicada durante o primeiro trimestre. Pode causar alterações no desenvolvimento fetal, retardo mental, alterações esqueléticas.
  • Quimioterapia: também deve ser evitada durante o primeiro trimestre de gravidez, evitando principalmente medicamentos que alterem o metabolismo do folato, como metotrexato e aminoteptirina. O tratamento com um único tipo de quimioterapia, como vimblastina ou doxorrubicina, é recomendado.
  • Agentes biológicos.

Lactação e câncer

A maioria dos médicos recomenda que as mulheres que tiveram seus bebês e vão ser tratadas de câncer parem de amamentar. No caso do câncer de mama, se a cirurgia de mama for contemplada, interromper a amamentação ajudará a reduzir o fluxo sanguíneo para os seios, causando a diminuição do seu tamanho, o que pode ajudar na cirurgia.

Muitos dos medicamentos usados para tratar o câncer podem afetar o leite materno. Portanto, a amamentação não é recomendada se você estiver passando por quimioterapia, terapia hormonal ou terapia direcionada.

Conclusão

O câncer na gravidez é uma situação muito comprometida em que muitos aspectos devem ser avaliados. É possível superar o câncer apesar de estar grávida sem afetar negativamente o feto.

Porém, como estamos diante de uma situação delicada, devemos entender que não é fácil enfrentá-la. Consulte com seu médico todas as opções disponíveis ele ajudará a entender qual é a mais adequada para cada situação.


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