Benefícios das oleaginosas na gravidez
Escrito e verificado por a nutricionista Anna Vilarrasa
Em todo o mundo, entre 20% e 30% das gestantes têm algum déficit nutricional. As oleaginosas proporcionam diversos benefícios na gravidez, fornecendo energia, proteína, fibras e minerais que as futuras mães nem sempre assimilam em quantidades ideais.
Há evidências que indicam que os efeitos da nutrição do feto podem durar até a idade adulta. Portanto, vale a pena focar na alimentação das gestantes para evitar possíveis danos futuros. Como as oleaginosas podem ajudar nesse processo?
O papel da dieta na gravidez
Antes de discutir os benefícios das oleaginosas na gravidez, é importante rever brevemente o papel da dieta nesse período. Segundo um artigo publicado no Medical Clinics of North America, o estado nutricional determina, em grande parte, a saúde da mãe e do feto.
Como resultado, é aconselhável saber quais alimentos as gestantes devem comer, quanto e com que frequência, para garantir o desenvolvimento ideal da gravidez. Dadas as condições nesta fase, as necessidades de nutrientes variam em comparação com as de uma pessoa normal.
Portanto, uma escolha adequada de alimentos torna-se essencial. Produtos frescos, ricos em nutrientes essenciais e que não causam efeitos negativos são os ideais.
Uma revisão de estudos publicados na revista Nutrients indicou que alimentos vegetais, oleaginosas e sementes contribuem para melhorar os resultados de alguns problemas comuns durante a gravidez. Isso inclui o seguinte:
- Menor risco de hipertensão e pré-eclâmpsia.
- Menor incidência de diabetes gestacional.
- Melhor condição psicológica, que poderia ajudar a prevenir o aparecimento de sintomas de tristeza e depressão durante a gravidez e o pós-parto.
- Melhor crescimento e desenvolvimento do feto e menor probabilidade de nascimento prematuro.
Descubra: Como prevenir defeitos congênitos antes da gravidez?
As oleaginosas e o desenvolvimento neuropsicológico
O desenvolvimento do sistema nervoso e cerebral do feto é crítico nos primeiros três meses de gravidez. Embora muitos não saibam disso, o consumo de oleaginosas durante esse período pode contribuir para a sua formação adequada.
Isso foi relatado por um estudo da IGS Global, que analisou dados de 2200 pares: mães e bebês. Eles monitoraram a dieta e a quantidade de oleaginosas ingerida, e foram realizados testes para medir o desenvolvimento neuropsicológico dos bebês até que eles completassem 8 anos de idade.
Os resultados revelaram que as crianças cujas mães consumiram mais oleaginosas em sua dieta obtiveram melhores resultados. Os testes mediram suas habilidades cognitivas, memória e concentração.
Neste estudo, as mulheres consumiram 30 gramas de oleaginosas 3 vezes por semana. No entanto, as recomendações oficiais geralmente são mais altas, de 3 a 7 vezes por semana.
Portanto, os próprios pesquisadores acreditam que os benefícios das oleaginosas na gravidez poderiam ser maiores, especialmente devido à sua contribuição de ácidos graxos e folatos, que são fundamentais no desenvolvimento da parte frontal do cérebro.
Outros benefícios das oleaginosas na gravidez
As oleaginosas têm uma composição nutricional que inclui vitaminas, minerais, fibras e ácidos graxos poli-insaturados. Alguns desses componentes nutricionais são fundamentais durante a gravidez para o desenvolvimento ideal do feto.
Malformações do tubo neural e ácido fólico
O ácido fólico é uma vitamina B e desempenha um papel importante no desenvolvimento do feto, pois é essencial para a formação de novas células. Além disso, nos estágios iniciais da gravidez, contribui para a formação do tubo neural e reduz o risco de problemas como espinha bífida e anencefalia.
Esse nutriente está presente em alguns alimentos, como grãos integrais e vegetais verdes. Também está contido nas oleaginosas, especialmente avelãs e amendoins. É por isso que é interessante que as gestantes os incluam na dieta.
No entanto, dada a dificuldade de atingir níveis desejáveis através da alimentação, suplementos dessa vitamina costumam ser recomendados a todas as gestantes. Eles são indicados até mesmo para aquelas que estão apenas planejando engravidar.
Leia mais: 5 maneiras de aumentar a ingestão de ácido fólico na gravidez
Ácidos graxos poli-insaturados e ômega 3
Ácidos graxos essenciais, como o ômega 3, devem ser incluídos na dieta porque o corpo não pode sintetizá-los. Durante a gravidez eles são muito necessários, pois afetam o desenvolvimento da visão e do sistema nervoso.
A fonte mais conhecida de ômega 3 são os peixes oleosos. Apesar das possíveis dúvidas sobre o acúmulo de mercúrio nessas espécies, mais benefícios do que riscos são observados.
As oleaginosas também devem ser incluídas na dieta regular, especialmente variedades como as nozes, pois também contribuem para um aporte ideal dessas gorduras saudáveis.
Aumento das necessidades de cálcio
O cálcio é um nutriente essencial em todas as fases da vida. As exigências desse mineral são maiores durante a gravidez, especialmente no terceiro trimestre.
Estudos mostram que a baixa ingestão pode causar osteopenia, cólicas ou parestesia na mãe; também aumenta o risco de hipertensão. Além disso, causa atrofia no feto.
Quando há uma maior demanda por cálcio, o corpo também se prepara para ser mais eficiente. Assim, aumenta a absorção estimulada por hormônios e a retenção de cálcio nos túbulos renais.
Essas mesmas revisões científicas concluem que é possível suprir essas necessidades extras de cálcio por meio da alimentação. Amêndoas, castanhas-do-pará e avelãs são as oleaginosas com o maior percentual desse mineral.
O que lembrar sobre o consumo de oleaginosas na gravidez?
Incluir uma porção de oleaginosas na dieta durante a gravidez é positivo. Esse alimento, além de energético, fornece nutrientes essenciais para esse período, como ácido fólico, gorduras saudáveis e cálcio.
O melhor de tudo é que este é um ingrediente versátil, ideal para combinar com outros alimentos saudáveis como frutas, aveia, iogurte, entre outros. O que você acha de consumi-las?
Em todo o mundo, entre 20% e 30% das gestantes têm algum déficit nutricional. As oleaginosas proporcionam diversos benefícios na gravidez, fornecendo energia, proteína, fibras e minerais que as futuras mães nem sempre assimilam em quantidades ideais.
Há evidências que indicam que os efeitos da nutrição do feto podem durar até a idade adulta. Portanto, vale a pena focar na alimentação das gestantes para evitar possíveis danos futuros. Como as oleaginosas podem ajudar nesse processo?
O papel da dieta na gravidez
Antes de discutir os benefícios das oleaginosas na gravidez, é importante rever brevemente o papel da dieta nesse período. Segundo um artigo publicado no Medical Clinics of North America, o estado nutricional determina, em grande parte, a saúde da mãe e do feto.
Como resultado, é aconselhável saber quais alimentos as gestantes devem comer, quanto e com que frequência, para garantir o desenvolvimento ideal da gravidez. Dadas as condições nesta fase, as necessidades de nutrientes variam em comparação com as de uma pessoa normal.
Portanto, uma escolha adequada de alimentos torna-se essencial. Produtos frescos, ricos em nutrientes essenciais e que não causam efeitos negativos são os ideais.
Uma revisão de estudos publicados na revista Nutrients indicou que alimentos vegetais, oleaginosas e sementes contribuem para melhorar os resultados de alguns problemas comuns durante a gravidez. Isso inclui o seguinte:
- Menor risco de hipertensão e pré-eclâmpsia.
- Menor incidência de diabetes gestacional.
- Melhor condição psicológica, que poderia ajudar a prevenir o aparecimento de sintomas de tristeza e depressão durante a gravidez e o pós-parto.
- Melhor crescimento e desenvolvimento do feto e menor probabilidade de nascimento prematuro.
Descubra: Como prevenir defeitos congênitos antes da gravidez?
As oleaginosas e o desenvolvimento neuropsicológico
O desenvolvimento do sistema nervoso e cerebral do feto é crítico nos primeiros três meses de gravidez. Embora muitos não saibam disso, o consumo de oleaginosas durante esse período pode contribuir para a sua formação adequada.
Isso foi relatado por um estudo da IGS Global, que analisou dados de 2200 pares: mães e bebês. Eles monitoraram a dieta e a quantidade de oleaginosas ingerida, e foram realizados testes para medir o desenvolvimento neuropsicológico dos bebês até que eles completassem 8 anos de idade.
Os resultados revelaram que as crianças cujas mães consumiram mais oleaginosas em sua dieta obtiveram melhores resultados. Os testes mediram suas habilidades cognitivas, memória e concentração.
Neste estudo, as mulheres consumiram 30 gramas de oleaginosas 3 vezes por semana. No entanto, as recomendações oficiais geralmente são mais altas, de 3 a 7 vezes por semana.
Portanto, os próprios pesquisadores acreditam que os benefícios das oleaginosas na gravidez poderiam ser maiores, especialmente devido à sua contribuição de ácidos graxos e folatos, que são fundamentais no desenvolvimento da parte frontal do cérebro.
Outros benefícios das oleaginosas na gravidez
As oleaginosas têm uma composição nutricional que inclui vitaminas, minerais, fibras e ácidos graxos poli-insaturados. Alguns desses componentes nutricionais são fundamentais durante a gravidez para o desenvolvimento ideal do feto.
Malformações do tubo neural e ácido fólico
O ácido fólico é uma vitamina B e desempenha um papel importante no desenvolvimento do feto, pois é essencial para a formação de novas células. Além disso, nos estágios iniciais da gravidez, contribui para a formação do tubo neural e reduz o risco de problemas como espinha bífida e anencefalia.
Esse nutriente está presente em alguns alimentos, como grãos integrais e vegetais verdes. Também está contido nas oleaginosas, especialmente avelãs e amendoins. É por isso que é interessante que as gestantes os incluam na dieta.
No entanto, dada a dificuldade de atingir níveis desejáveis através da alimentação, suplementos dessa vitamina costumam ser recomendados a todas as gestantes. Eles são indicados até mesmo para aquelas que estão apenas planejando engravidar.
Leia mais: 5 maneiras de aumentar a ingestão de ácido fólico na gravidez
Ácidos graxos poli-insaturados e ômega 3
Ácidos graxos essenciais, como o ômega 3, devem ser incluídos na dieta porque o corpo não pode sintetizá-los. Durante a gravidez eles são muito necessários, pois afetam o desenvolvimento da visão e do sistema nervoso.
A fonte mais conhecida de ômega 3 são os peixes oleosos. Apesar das possíveis dúvidas sobre o acúmulo de mercúrio nessas espécies, mais benefícios do que riscos são observados.
As oleaginosas também devem ser incluídas na dieta regular, especialmente variedades como as nozes, pois também contribuem para um aporte ideal dessas gorduras saudáveis.
Aumento das necessidades de cálcio
O cálcio é um nutriente essencial em todas as fases da vida. As exigências desse mineral são maiores durante a gravidez, especialmente no terceiro trimestre.
Estudos mostram que a baixa ingestão pode causar osteopenia, cólicas ou parestesia na mãe; também aumenta o risco de hipertensão. Além disso, causa atrofia no feto.
Quando há uma maior demanda por cálcio, o corpo também se prepara para ser mais eficiente. Assim, aumenta a absorção estimulada por hormônios e a retenção de cálcio nos túbulos renais.
Essas mesmas revisões científicas concluem que é possível suprir essas necessidades extras de cálcio por meio da alimentação. Amêndoas, castanhas-do-pará e avelãs são as oleaginosas com o maior percentual desse mineral.
O que lembrar sobre o consumo de oleaginosas na gravidez?
Incluir uma porção de oleaginosas na dieta durante a gravidez é positivo. Esse alimento, além de energético, fornece nutrientes essenciais para esse período, como ácido fólico, gorduras saudáveis e cálcio.
O melhor de tudo é que este é um ingrediente versátil, ideal para combinar com outros alimentos saudáveis como frutas, aveia, iogurte, entre outros. O que você acha de consumi-las?
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