Logo image
Logo image

Posso beber álcool se estiver tomando remédios?

4 minutos
Beber álcool se você estiver tomando medicamentos é um risco. O álcool e os fármacos compartilham a mesma via metabólica no corpo humano. Portanto, é importante saber quais são os possíveis efeitos adversos que podem ocorrer.
Posso beber álcool se estiver tomando remédios?
Leonardo Biolatto

Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto

Escrito por Leonardo Biolatto
Última atualização: 27 maio, 2022

A pergunta sobre a possibilidade de beber álcool se estiver tomando remédios já foi feita por muitos. É uma pergunta válida quando estamos em tratamento e somos chamados, por exemplo, para uma festa.

Devemos entender que o álcool é uma droga, assim com os medicamentos. Se assimilarmos essas informações, perceberemos que eles têm um ponto em comum fundamental. Esse ponto é a forma como o corpo humano os processa e elimina.

O álcool e vários medicamentos entram no corpo pela boca, são absorvidos no trato digestivo e são distribuídos através do sangue para os órgãos. Assim que o efeito for concluído, eles devem ser eliminados. Para fazer isso, eles primeiro passam pelo fígado, que os metaboliza.

Ao beber álcool tomando remédios, cria-se um conflito para o fígado. As enzimas do metabolismo devem dividir seu trabalho entre duas ou mais substâncias, tornando-se menos eficientes.

O fato de serem menos eficientes significa que o medicamento é metabolizado mais lentamente, aumentando o tempo de permanência do ativo no sangue e seu efeitoEsse metabolismo lento aparece na ingestão aguda de álcool, ou seja, na bebida consumida em uma festa, por exemplo.

Outro caso é o de alcoolismo crônico. Nele, o efeito é paradoxal porque os danos que o fígado vem sofrendo alteraram o metabolismo de forma inversa. Os medicamentos ingeridos pelo viciado em álcool não aumentam seu efeito, mas tendem a diminuí-lo.

Fatores de risco

Nem todas as pessoas têm a mesma reação ao combinar álcool e medicamentos. Existem outros fatores de influência que podem determinar um efeito maior ou menor. Entre eles, estão:

  • Sexo feminino: as mulheres, em geral, têm um metabolismo do álcool mais lento. As As mulheres tendem a ter uma porcentagem menor de água corporal do que os homens e menos quantidade de enzimas hepáticas que metabolizam o álcool. Portanto, as mulheres estão mais sujeitas aos efeitos adversos da combinação de medicamentos e álcool.
  • Hereditariedade: a genética também desempenha um papel nesses casos. Existem grupos familiares que são mais propensos aos efeitos adversos dos medicamentos por herança.
  • Polifarmácia: beber álcool se estiver tomando remédios é mais perigoso quando vários medicamentos são tomados ao mesmo tempo. As reações cruzadas entre eles e com o álcool aumentam as chances de causar efeitos adversos.
Some figure

Não deixe de ler: Consumo de álcool durante a gravidez

Possíveis efeitos de beber álcool se estiver tomando medicamentos

Vejamos alguns exemplos específicos do que pode acontecer ao beber álcool quando estiver tomando remédios. A medicina identificou efeitos adversos exclusivos dessa combinação.

Os benzodiazepínicos, como o diazepam e o alprazolam, representam um grande risco. O álcool potencializa seu efeito depressor no sistema nervoso central, aumentando a sonolência e a desatenção. A combinação pode causar acidentes de trânsito, por exemplo.

Entre os analgésicos mais usados, a complicação mais comum é a digestiva. O paracetamol combinado com o álcool torna-se mais tóxico para o fígado do que tomado isoladamente. O ibuprofeno, no mesmo sentido, torna-se mais agressivo com o estômago.

Quando se trata de antibióticos, existem alguns mitos que não têm respaldo científico. Alguns antibióticos são conhecidos por interagirem perigosamente com o álcool, como o metronidazol e a isoniazida. O restante não provoca efeitos adversos extremamente graves, em princípio.

Some figure

Leia também: 6 dietas para cuidar da saúde do fígado

O que fazer antes de uma festa

Voltamos, então, à questão principal: posso beber álcool se estiver tomando remédios? Essa é a pergunta que nos surpreende quando lembramos que temos uma festa ou um evento e estamos tomando alguma medicação. A resposta é complicada porque não se trata de poder ou não poder, mas do que deve ser feito. E, mais especificamente, do que é recomendado evitar ou não evitar.

Ao tomar algumas doses de álcool, sua permanência no sangue será de cerca de seis horas. Durante esse tempo, o metabolismo do fígado distribuirá energia entre os medicamentos e o álcool. Nesse momento, o medicamento pode manifestar efeitos adversos.

No entanto, o metabolismo lento também vai depender da quantidade de álcool ingerida. Em geral, uma taça de vinho ou um copo de cerveja não devem causar grandes problemas. No entanto, é importante avaliar o medicamento específico que está sendo ingerido em conjunto.

Uma pessoa medicada com anticoagulantes ou anticonvulsivantes não deve arriscar nem mesmo uma dose. Estes são medicamentos que não podem ser temporariamente suspensos para ir a uma festa, nem é aconselhável arriscar que o corpo os metabolize mais lentamente.

Portanto, o ideal é adiar o consumo de álcool se estiver fazendo um tratamento. No caso de medicamentos de uso crônico, o médico que acompanha o paciente deve ser consultado para determinar a quantidade aceitável, de forma a não alterar os efeitos benéficos. Além disso, não se deve dirigir nem realizar trabalhos perigosos após a ingestão.

A pergunta sobre a possibilidade de beber álcool se estiver tomando remédios já foi feita por muitos. É uma pergunta válida quando estamos em tratamento e somos chamados, por exemplo, para uma festa.

Devemos entender que o álcool é uma droga, assim com os medicamentos. Se assimilarmos essas informações, perceberemos que eles têm um ponto em comum fundamental. Esse ponto é a forma como o corpo humano os processa e elimina.

O álcool e vários medicamentos entram no corpo pela boca, são absorvidos no trato digestivo e são distribuídos através do sangue para os órgãos. Assim que o efeito for concluído, eles devem ser eliminados. Para fazer isso, eles primeiro passam pelo fígado, que os metaboliza.

Ao beber álcool tomando remédios, cria-se um conflito para o fígado. As enzimas do metabolismo devem dividir seu trabalho entre duas ou mais substâncias, tornando-se menos eficientes.

O fato de serem menos eficientes significa que o medicamento é metabolizado mais lentamente, aumentando o tempo de permanência do ativo no sangue e seu efeitoEsse metabolismo lento aparece na ingestão aguda de álcool, ou seja, na bebida consumida em uma festa, por exemplo.

Outro caso é o de alcoolismo crônico. Nele, o efeito é paradoxal porque os danos que o fígado vem sofrendo alteraram o metabolismo de forma inversa. Os medicamentos ingeridos pelo viciado em álcool não aumentam seu efeito, mas tendem a diminuí-lo.

Fatores de risco

Nem todas as pessoas têm a mesma reação ao combinar álcool e medicamentos. Existem outros fatores de influência que podem determinar um efeito maior ou menor. Entre eles, estão:

  • Sexo feminino: as mulheres, em geral, têm um metabolismo do álcool mais lento. As As mulheres tendem a ter uma porcentagem menor de água corporal do que os homens e menos quantidade de enzimas hepáticas que metabolizam o álcool. Portanto, as mulheres estão mais sujeitas aos efeitos adversos da combinação de medicamentos e álcool.
  • Hereditariedade: a genética também desempenha um papel nesses casos. Existem grupos familiares que são mais propensos aos efeitos adversos dos medicamentos por herança.
  • Polifarmácia: beber álcool se estiver tomando remédios é mais perigoso quando vários medicamentos são tomados ao mesmo tempo. As reações cruzadas entre eles e com o álcool aumentam as chances de causar efeitos adversos.
Some figure

Não deixe de ler: Consumo de álcool durante a gravidez

Possíveis efeitos de beber álcool se estiver tomando medicamentos

Vejamos alguns exemplos específicos do que pode acontecer ao beber álcool quando estiver tomando remédios. A medicina identificou efeitos adversos exclusivos dessa combinação.

Os benzodiazepínicos, como o diazepam e o alprazolam, representam um grande risco. O álcool potencializa seu efeito depressor no sistema nervoso central, aumentando a sonolência e a desatenção. A combinação pode causar acidentes de trânsito, por exemplo.

Entre os analgésicos mais usados, a complicação mais comum é a digestiva. O paracetamol combinado com o álcool torna-se mais tóxico para o fígado do que tomado isoladamente. O ibuprofeno, no mesmo sentido, torna-se mais agressivo com o estômago.

Quando se trata de antibióticos, existem alguns mitos que não têm respaldo científico. Alguns antibióticos são conhecidos por interagirem perigosamente com o álcool, como o metronidazol e a isoniazida. O restante não provoca efeitos adversos extremamente graves, em princípio.

Some figure

Leia também: 6 dietas para cuidar da saúde do fígado

O que fazer antes de uma festa

Voltamos, então, à questão principal: posso beber álcool se estiver tomando remédios? Essa é a pergunta que nos surpreende quando lembramos que temos uma festa ou um evento e estamos tomando alguma medicação. A resposta é complicada porque não se trata de poder ou não poder, mas do que deve ser feito. E, mais especificamente, do que é recomendado evitar ou não evitar.

Ao tomar algumas doses de álcool, sua permanência no sangue será de cerca de seis horas. Durante esse tempo, o metabolismo do fígado distribuirá energia entre os medicamentos e o álcool. Nesse momento, o medicamento pode manifestar efeitos adversos.

No entanto, o metabolismo lento também vai depender da quantidade de álcool ingerida. Em geral, uma taça de vinho ou um copo de cerveja não devem causar grandes problemas. No entanto, é importante avaliar o medicamento específico que está sendo ingerido em conjunto.

Uma pessoa medicada com anticoagulantes ou anticonvulsivantes não deve arriscar nem mesmo uma dose. Estes são medicamentos que não podem ser temporariamente suspensos para ir a uma festa, nem é aconselhável arriscar que o corpo os metabolize mais lentamente.

Portanto, o ideal é adiar o consumo de álcool se estiver fazendo um tratamento. No caso de medicamentos de uso crônico, o médico que acompanha o paciente deve ser consultado para determinar a quantidade aceitável, de forma a não alterar os efeitos benéficos. Além disso, não se deve dirigir nem realizar trabalhos perigosos após a ingestão.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Comité de Consenso. Segundo Consenso de Granada sobre Problemas Relacionados con Medicamentos. Ars Pharmaceutica 2002;43(3-4):175-184.
  • Talamoni M, Szurpik J. Antidiabéticos orales. En: Talamoni M, Crapanzano G, López Sarmiento C. En: Guía de diagnóstico y tratamiento en Toxicología. Buenos Aires: Eudeba; 2004. Págs. 183-185.
  • Rocha, Rebeca Silveira, et al. “Consumo de medicamentos, álcool e fumo na gestação e avaliação dos riscos teratogênicos.” Revista Gaúcha de Enfermagem 34.2 (2013): 37-45.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.