Como a ansiedade afeta o odor corporal?
Revisado e aprovado por o psicólogo Bernardo Peña
A ansiedade afeta o odor corporal, além de afetar o seu bem-estar, entre outros fatores. Se você quer saber o quanto esse problema afeta seu odor corporal, continue lendo. Talvez você possa evitá-lo.
Há quem não saiba que alguns de seus padecimentos são causados pela ansiedade. O primeiro passo no controle de sintomas secundários, tais como o odor corporal, é ser capaz de identificar tais sintomas: taquicardia, sudorese, aumento de temperatura, dificuldade para dormir, dores de estômago, etc.
Como a ansiedade afeta o odor corporal
Existe uma relação clara entre o suor e a ansiedade. Quando temos ansiedade, nosso corpo aumenta a frequência cardíaca, o que faz com que as pupilas se dilatem e possamos ter problemas para respirar. Nesse momento, nosso organismo fica em alerta.
É aí que o hipotálamo é ativado, dá um aviso para as glândulas suprarrenais e elas se encarregam de liberar adrenalina, epinefrina e cortisol, este último conhecido como o hormônio do estresse. Tudo isso nos faz com que transpiremos pelos poros de nossa pele.
Mas esse suor não é o mesmo que liberamos quando fazemos exercícios. É um tipo de suor que é composto de 80% de água e 20% de proteína e gordura.
Esta substância também é caracterizada pelo contato fácil com bactérias da pele, gerando o mau cheiro. Isso acaba sendo um círculo vicioso, porque quando vemos que transpiramos, ficamos mais nervosos e transpiramos ainda mais, aumentando esse odor desagradável.
Assim, a ansiedade é um fator chave para entender por que às vezes o odor do corpo é ruim. Para tentar lutar contra isso, a melhor maneira possível é tratar a ansiedade. Embora seja claro que o suor é uma reação natural do nosso corpo, pode nos causar desconforto.
Como lutar contra a ansiedade
A ansiedade faz com que a pessoa antecipe consequências negativas para uma situação, mas isso nem sempre tem motivo ou razão.
Portanto, o melhor que podemos fazer é interpretar os fatos da maneira menos séria possível, ser realista e não magnificar situações. É importante tentar argumentar se a possibilidade do pior acontecimento é alta ou não, além de ver quais serão as consequências no caso de realmente o pior acontecer.
Lembre-se: há muitos problemas que estão fora do seu alcance e você não pode fazer nada para resolvê-los, então é melhor enfrentá-los e se preparar para eles.
É importante saber como desviar a atenção do problema. Quando temos ansiedade, a atenção está constantemente focada na dificuldade que nos aborrece. Nesse sentido, é necessário aprender a relaxar e não concentrar sua atenção o tempo todo nesse problema que tanto o perturba.
Embora seja verdade que você precisa estar alerta, também deve descansar e economizar recursos, se distrair e pensar em outras coisas.
Além disso, se considerar necessário, não hesite em recorrer a técnicas de relaxamento. Estas técnicas podem ser musculares, progressivas, relacionadas à respiração, etc.
Graças a estes mecanismos, você reduzirá a ativação fisiológica. Está comprovado que, quando essas habilidades são treinadas, os problemas começam a ser resolvidos de forma mais efetiva.
O que fazer diante de um ataque de ansiedade
Se você sofrer um ataque de pânico ou ansiedade, perderá o controle e ficará ainda mais assustado. Isto acontece quando a frequência cardíaca aumenta, a respiração se torna difícil, há hiperventilação, aumento de temperatura e tremores.
Naquele momento, o mais importante é transmitir à pessoa que não existe um verdadeiro perigo, que não existe uma situação extrema e que o que aconteceu não é grave.
Se o foco de atenção for alterado e a importância dos sintomas de ataque de pânico for reduzida, ele diminuirá. A melhor maneira de conseguir isso é pensar em algo diferente, mudar o assunto da conversa, começar a trabalhar em alguma coisa, realizar alguma atividade que o mantenha ativo e distraído, tentar respirar mais devagar.
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