Adenocarcinoma: o câncer que afeta a cantora Preta Gil
Preta Gil usou suas redes sociais, na noite desta terça-feira (10), para revelar que está com um câncer no intestino. Com um breve texto, a cantora, de 48 anos, contou ter passado a última semana fazendo exames para conseguir um diagnóstico após um “desconforto”.
Confira o comunicado da artista:
“Estive nos últimos seis dias internada na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, por conta de um desconforto que vinha sentindo e graças a Deus, hoje recebi um diagnóstico definitivo. Tenho um adenocarcinoma na porção final do intestino. Inicio meu tratamento já na próxima segunda-feira e conto com a energia de todos para seguir tranquila e confiante.”
Nos comentários, diversos famosos demonstraram apoio à cantora. “Mandando as melhores energias”, escreveu Lázaro Ramos. “Vai ficar bem em nome de Jesus, te amo”, disse Tatá Werneck. “Orando por você”, declarou Claudia Leitte.
Nomes como Ana Furtado, Fernanda Paes Leme, Marcus Majella, Deborah Secco, Fernanda Gentil, Juliana Silveira, Paloma Bernardi, Beth Goulart, Paula Burlamaqui e outros também deixaram seus bons desejos.
O que é o adenocarcinoma?
O adenocarcinoma é um tumor maligno (câncer) que pode acometer vários segmentos do trato digestivo, incluindo o intestino grosso (cólon). Ele costuma surgir como um pequeno pólipo (adenoma – tumor benigno semelhante a uma verruga), que em cerca de 10 anos cresce de tamanho e evolui para o adenocarcinoma.
Os sintomas
Nas fases iniciais o câncer de intestino não costuma causar sintomas, por isso é tão importante a realização da colonoscopia de rotina para se identificar a doença no início.
Já nas fases mais avançadas pode causar sintomas como dor ou desconforto abdominal, alteração do hábito intestinal (sangramento ou alteração no formato das fezes, sensação de evacuação incompleta), dor anal, emagrecimento sem causa (sem dieta ou atividade física), anemia, fraqueza.
O adenocarcinoma de intestino é um dos tipos de câncer mais comuns na população. Geralmente, este tipo de tumor responde bem ao tratamento, principalmente se for descoberto precocemente e não tiver atingido outros órgãos do corpo.
Por isso, é muito importante fazer os exames de rastreio recomendados pelos médicos, sobretudo para pessoas com histórico na família, fatores de risco ou idade maior que 50 anos, como pesquisa de sangue oculto ou colonoscopia, por exemplo.
Classificação do adenocarcinoma
Uma das formas de classificar o adenocarcinoma é pelo seu tipo de crescimento, podendo ser:
- Adenocarcinoma in situ: é o primeiro estágio, em que o câncer ainda está localizado na camada de tecido onde se desenvolveu e não houve invasão para camadas mais profundas e, por isso, é mais facilmente curável.
- Adenocarcinoma invasivo: surge quando as células do câncer atingem outras camadas do tecido, podendo alcançar órgãos vizinhos ou se disseminar pela corrente sanguínea ou linfática, provocando metástases.
- Adenocarcinoma bem diferenciado: quando o câncer recebe esta classificação, indica que são células cancerígenas que ainda se parecem com o tecido original e têm crescimento mais lento.
- Adenocarcinoma pouco diferenciado: indica que as células do tumor têm características bastante diferentes do tecido original, o que pode indicar maior potencial de malignidade e dificuldade para o tratamento.
- Adenocarcinoma moderadamente diferenciado: estão em um patamar intermediário entre o bem e o pouco diferenciado.
De fato, para classificar o adenocarcinoma, é necessário que seja realizada a biópsia do tecido tumoral, pois assim é possível que o tecido seja avaliado microscopicamente para avaliar com mais detalhes suas características. Entenda melhor as diferenças entre tumor e câncer e como identificar.
Como é feito o tratamento
O tratamento para adenocarcinoma varia conforme a localização, o tipo e a classificação do tumor, mas, geralmente, as opções de tratamentos incluem radioterapia, quimioterapia, imunoterapia, terapia-alvo ou hormonal e a retirada do tumor através de cirurgia.
O tratamento e o prognóstico dos adenocarcinomas pode variar muito, sendo sempre individualizado. Por isso, é muito importante conversar com o médico sobre as opções, suas consequências e seus benefícios antes de iniciar o tratamento.
Informações: Tua Saúde, Gshow, Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.