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A lecitina de girassol tem benefícios para o seu corpo, veja como usa-la

5 minutos
Tudo indica que a lecitina de girassol é um composto seguro com importantes benefícios para a saúde. No entanto, ainda não existem estudos científicos suficientes para corroborar as propriedades atribuídas a ela.
A lecitina de girassol tem benefícios para o seu corpo, veja como usa-la
Escrito por Edith Sánchez
Última atualização: 09 agosto, 2022

A lecitina de girassol está presente em inúmeros produtos alimentícios e cosméticos. Especula-se que esta substância pode trazer benefícios notáveis à saúde. Por esta razão, nos últimos anos ela também ganhou muito terreno no mundo dos suplementos.

Esta substância ajudaria a diminuir os níveis de colesterol, promover a saúde digestiva, reduzir as complicações da amamentação e obter uma pele mais lisa. Isso explica o aumento de sua popularidade.

É importante ressaltar que a lecitina de girassol não é uma poção mágica. Como tantos outros produtos, ela também tem alguns riscos potenciais.

O que é a lecitina de girassol?

Começaremos dizendo que a lecitina, em geral, é uma substância que está naturalmente presente nos tecidos do corpo. Ela é composta de ácidos graxos e funciona como um emulsificante. Isso significa que ela ajuda as gorduras e óleos a se misturarem com outras substâncias.

Algumas das lecitinas mais conhecidas são as de soja, gema de ovo e, claro, de girassol. Esta última é extraída das sementes de girassol.

Todas as lecitinas são amplamente utilizadas na indústria alimentícia, pois ajudam a misturar substâncias que se repelem, como água e óleo. O resultado é que elas garantem cremosidade. Elas também são usadas em cosméticos, pois proporcionam efeitos hidratantes.

Diferenças com outras lecitinas

Muito mais conhecida do que a lecitina de girassol é a de soja. A do ovo também é popular. No entanto, elas perderam terreno por várias razões; em particular, porque a lecitina de girassol é vegana, não alergênica e não transgênica. Por outro lado, a extração da lecitina da soja e da gema de ovo envolve um processo que utiliza produtos químicos poderosos.

Lecitina de soja

Esta lecitina é produzida a partir da soja. Por muito tempo o processo foi baseado em modificações genéticas.

Da mesma forma, a soja é um dos oito principais alérgenos. Embora a alergia nem sempre ocorra, esse fator deve ser considerado por pelas pessoas com predisposição.

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A soja passa por muitos processos de mudanças genéticas para que a lecitina seja obtida.

Lecitina de gema de ovo

Essa substância também tem como dificuldade o fato de haver um bom número de pessoas sensíveis ou alérgicas a ovos. Portanto, alimentos ou suplementos contendo este tipo de lecitina devem ser consumidos com cautela. Ela também não é indicada para pessoa que mantém uma dieta vegana.

Também pode te interessar: Qual é a diferença entre vegano, vegetariano e flexitariano?

Os benefícios da lecitina de girassol

A lecitina de girassol contém nutrientes importantes como fósforo, potássio, cálcio, colina, ácidos graxos ômega 3 e ômega 6, entre outros. Embora ainda não hajam pesquisas suficientes, os dados disponíveis indicam que ela pode ter efeitos medicinais.

Redução dos níveis de colesterol

Algumas pesquisas sugerem que a lecitina de girassol pode ajudar a diminuir os níveis de LDL ou colesterol ruim. Ao mesmo tempo, ela ajudaria a aumentar os níveis de colesterol bom ou HDL. Isso pode contribuir para a remoção do acúmulo de placas de gordura nas artérias.

Promoção da saúde digestiva

Existem alguns estudos que indicam que a lecitina de girassol melhora a condição de pessoas que sofrem de colite ulcerativa, síndrome do intestino irritável ou doença de Crohn. O alto teor de fosfolipídios desta lecitina ajuda a reconstruir a camada de muco intestinal, o que evita a invasão de bactérias nocivas.

Descubra: 10 conselhos para controlar a doença de Crohn

Facilita a amamentação

Muitas mulheres têm seus ductos lactíferos obstruídos durante a amamentação, o que causa diversos desconfortos e também aumenta o risco de mastite. A lecitina de girassol ajuda a reduzir a viscosidade do leite materno, o que ajuda a evitar esse entupimento.

Melhora a função cerebral

A lecitina de girassol é rica em dois componentes que promovem o bom funcionamento do cérebro: a colina e os ácidos graxos ômega 3 e 6. A colina facilita a produção de um neurotransmissor chamado acetilcolina, que está envolvido nas funções de aprendizado e memória.

Contribui para a saúde da pele

A maioria dos produtos cosméticos para a pele contém lecitina de girassol. Isso acontece porque esta substância tem o potencial de aliviar o ressecamento e a irritação.

Acredita-se que o uso tópico ajude a tratar condições como eczema e dermatite atópica. No entanto, não existem evidências científicas concretas para isso.

Como usá-la?

A lecitina de girassol está presente em muitos dos alimentos que são consumidos regularmente. Obviamente ela também é encontrada no óleo de girassol, mas seu alto teor calórico exige cautela.

Por outro lado, a lecitina de girassol pode ser encontrada em forma de suplemento. Por se tratar de um produto novo, ainda não foi estabelecida uma dose ou tempo de uso recomendados.

Em geral, as doses variam de 500 miligramas a 2 gramas por dia. O ideal é dividir essa quantidade e consumir cada porção junto às refeições.

Esse produto pode ser encontrado em várias apresentações:

  • Líquido: é vendido em gotas ou para tomar em colheradas.
  • Cápsulas: são comprimidos macios que podem ser engolidos ou aplicados na pele, se esse uso for necessário.
  • Pós ou granulados: este formato deve ser combinado com vitaminas ou iogurtes.
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A forma de apresentação em suplementos precisa ser indicada por um profissional para evitar efeitos adversos.

Possíveis riscos e efeitos colaterais da lecitina de girassol

A lecitina de girassol encontrada em alimentos comumente consumidos é segura e livre de efeitos colaterais na maioria dos casos. De fato, esta substância também costuma ser segura como suplemento.

No entanto, não é recomendável consumi-la caso as pessoas sejam:

  • Diabéticas.
  • Menores de idade.

Uma dose maior que a recomendada pode provocar efeitos colaterais como náusea, diarreia e dor de estômago. Pessoas com problemas cardíacos não devem consumir esta substância, pois há suspeita de que ela possa agravar a condição.

A lecitina de girassol não substitui nenhum tratamento médico. De fato, é recomendável consultar um médico antes de usar os suplementos.

Mais uma substância no contexto de uma vida saudável

Embora muitas pessoas ponderem sobre as propriedades da lecitina de girassol, a verdade é que não se trata de uma panaceia. É claro que ela pode contribuir para a saúde de diversas formas, mas não é verdade que seja o elixir da vida.

A melhor maneira de ter uma boa saúde é com um estilo de vida adequado. Nada compensa isso. A lecitina de girassol pode ser um bom suplemento, desde que seja usada corretamente e aprovada pelo seu médico.

A lecitina de girassol está presente em inúmeros produtos alimentícios e cosméticos. Especula-se que esta substância pode trazer benefícios notáveis à saúde. Por esta razão, nos últimos anos ela também ganhou muito terreno no mundo dos suplementos.

Esta substância ajudaria a diminuir os níveis de colesterol, promover a saúde digestiva, reduzir as complicações da amamentação e obter uma pele mais lisa. Isso explica o aumento de sua popularidade.

É importante ressaltar que a lecitina de girassol não é uma poção mágica. Como tantos outros produtos, ela também tem alguns riscos potenciais.

O que é a lecitina de girassol?

Começaremos dizendo que a lecitina, em geral, é uma substância que está naturalmente presente nos tecidos do corpo. Ela é composta de ácidos graxos e funciona como um emulsificante. Isso significa que ela ajuda as gorduras e óleos a se misturarem com outras substâncias.

Algumas das lecitinas mais conhecidas são as de soja, gema de ovo e, claro, de girassol. Esta última é extraída das sementes de girassol.

Todas as lecitinas são amplamente utilizadas na indústria alimentícia, pois ajudam a misturar substâncias que se repelem, como água e óleo. O resultado é que elas garantem cremosidade. Elas também são usadas em cosméticos, pois proporcionam efeitos hidratantes.

Diferenças com outras lecitinas

Muito mais conhecida do que a lecitina de girassol é a de soja. A do ovo também é popular. No entanto, elas perderam terreno por várias razões; em particular, porque a lecitina de girassol é vegana, não alergênica e não transgênica. Por outro lado, a extração da lecitina da soja e da gema de ovo envolve um processo que utiliza produtos químicos poderosos.

Lecitina de soja

Esta lecitina é produzida a partir da soja. Por muito tempo o processo foi baseado em modificações genéticas.

Da mesma forma, a soja é um dos oito principais alérgenos. Embora a alergia nem sempre ocorra, esse fator deve ser considerado por pelas pessoas com predisposição.

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A soja passa por muitos processos de mudanças genéticas para que a lecitina seja obtida.

Lecitina de gema de ovo

Essa substância também tem como dificuldade o fato de haver um bom número de pessoas sensíveis ou alérgicas a ovos. Portanto, alimentos ou suplementos contendo este tipo de lecitina devem ser consumidos com cautela. Ela também não é indicada para pessoa que mantém uma dieta vegana.

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Os benefícios da lecitina de girassol

A lecitina de girassol contém nutrientes importantes como fósforo, potássio, cálcio, colina, ácidos graxos ômega 3 e ômega 6, entre outros. Embora ainda não hajam pesquisas suficientes, os dados disponíveis indicam que ela pode ter efeitos medicinais.

Redução dos níveis de colesterol

Algumas pesquisas sugerem que a lecitina de girassol pode ajudar a diminuir os níveis de LDL ou colesterol ruim. Ao mesmo tempo, ela ajudaria a aumentar os níveis de colesterol bom ou HDL. Isso pode contribuir para a remoção do acúmulo de placas de gordura nas artérias.

Promoção da saúde digestiva

Existem alguns estudos que indicam que a lecitina de girassol melhora a condição de pessoas que sofrem de colite ulcerativa, síndrome do intestino irritável ou doença de Crohn. O alto teor de fosfolipídios desta lecitina ajuda a reconstruir a camada de muco intestinal, o que evita a invasão de bactérias nocivas.

Descubra: 10 conselhos para controlar a doença de Crohn

Facilita a amamentação

Muitas mulheres têm seus ductos lactíferos obstruídos durante a amamentação, o que causa diversos desconfortos e também aumenta o risco de mastite. A lecitina de girassol ajuda a reduzir a viscosidade do leite materno, o que ajuda a evitar esse entupimento.

Melhora a função cerebral

A lecitina de girassol é rica em dois componentes que promovem o bom funcionamento do cérebro: a colina e os ácidos graxos ômega 3 e 6. A colina facilita a produção de um neurotransmissor chamado acetilcolina, que está envolvido nas funções de aprendizado e memória.

Contribui para a saúde da pele

A maioria dos produtos cosméticos para a pele contém lecitina de girassol. Isso acontece porque esta substância tem o potencial de aliviar o ressecamento e a irritação.

Acredita-se que o uso tópico ajude a tratar condições como eczema e dermatite atópica. No entanto, não existem evidências científicas concretas para isso.

Como usá-la?

A lecitina de girassol está presente em muitos dos alimentos que são consumidos regularmente. Obviamente ela também é encontrada no óleo de girassol, mas seu alto teor calórico exige cautela.

Por outro lado, a lecitina de girassol pode ser encontrada em forma de suplemento. Por se tratar de um produto novo, ainda não foi estabelecida uma dose ou tempo de uso recomendados.

Em geral, as doses variam de 500 miligramas a 2 gramas por dia. O ideal é dividir essa quantidade e consumir cada porção junto às refeições.

Esse produto pode ser encontrado em várias apresentações:

  • Líquido: é vendido em gotas ou para tomar em colheradas.
  • Cápsulas: são comprimidos macios que podem ser engolidos ou aplicados na pele, se esse uso for necessário.
  • Pós ou granulados: este formato deve ser combinado com vitaminas ou iogurtes.
Some figure
A forma de apresentação em suplementos precisa ser indicada por um profissional para evitar efeitos adversos.

Possíveis riscos e efeitos colaterais da lecitina de girassol

A lecitina de girassol encontrada em alimentos comumente consumidos é segura e livre de efeitos colaterais na maioria dos casos. De fato, esta substância também costuma ser segura como suplemento.

No entanto, não é recomendável consumi-la caso as pessoas sejam:

  • Diabéticas.
  • Menores de idade.

Uma dose maior que a recomendada pode provocar efeitos colaterais como náusea, diarreia e dor de estômago. Pessoas com problemas cardíacos não devem consumir esta substância, pois há suspeita de que ela possa agravar a condição.

A lecitina de girassol não substitui nenhum tratamento médico. De fato, é recomendável consultar um médico antes de usar os suplementos.

Mais uma substância no contexto de uma vida saudável

Embora muitas pessoas ponderem sobre as propriedades da lecitina de girassol, a verdade é que não se trata de uma panaceia. É claro que ela pode contribuir para a saúde de diversas formas, mas não é verdade que seja o elixir da vida.

A melhor maneira de ter uma boa saúde é com um estilo de vida adequado. Nada compensa isso. A lecitina de girassol pode ser um bom suplemento, desde que seja usada corretamente e aprovada pelo seu médico.


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  • Butina Et. Al., E. (2017). Comparative Analysis of the Physiological Value of Lecithins Obtained From Different Types of Raw Materials. Journal of Pharmaceutical Sciences and Research. Recuperado 28 de noviembre de 2021, de https://www.jpsr.pharmainfo.in/Documents/Volumes/vol9Issue12/jpsr09121739.pdf.
  • Stremmel W, Gauss A. Lecithin as a therapeutic agent in ulcerative colitis. Dig Dis. 2013;31(3-4):388-90. doi: 10.1159/000354707. Epub 2013 Nov 14. PMID: 24246994.
  • Pan, L. G., Tomás, M. C., & Añón, M. C. (2004). Empleo de lecitinas de girasol como aditivos alimentarios naturales. In XII Jornadas de Jóvenes Investigadores AUGM (Curitiba, 2004).

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