Logo image
Logo image

É possível ser alérgico à eletricidade?

4 minutos
Alguém que é alérgico à eletricidade apresenta mal-estar diante da exposição a campos eletromagnéticos. No entanto, a ciência ainda não estabeleceu se isso pode ser classificado como uma alergia ou outra patologia semelhante.
É possível ser alérgico à eletricidade?
Escrito por Edith Sánchez
Última atualização: 09 agosto, 2022

Ser alérgico à eletricidade não é um assunto muito discutido. No entanto, há muitos relatos dessa condição, embora até o momento ela não tenha embasamento científico e o diagnóstico formal também não seja reconhecido.

Se alguém é alérgico à eletricidade, isso significa que, diante da exposição a campos eletromagnéticos, a pessoa apresenta reações adversas que envolvem sintomas visíveis. Eles incluem desde desconforto nos olhos até condições mais graves.

Esse problema também é conhecido como hipersensibilidade eletromagnética. A ciência ainda não chegou a um consenso sobre o assunto, pois existem evidências contraditórias a respeito.

O que é a hipersensibilidade eletromagnética?

Some figure

Ser alérgico à eletricidade ou sofrer de hipersensibilidade eletromagnética é algo definido, a princípio, como uma intolerância a campos eletromagnéticos. Se uma pessoa com essa condição aparente for exposta a eles, terá uma série de sintomas que coincidem amplamente com os de uma alergia.

Os campos eletromagnéticos são formados a partir da radiação emanada por linhas de alta tensão, telefones celulares, eletrodomésticos e redes Wi-Fi. Em tese, se alguém é alérgico à eletricidade e fica exposto a tais campos, apresentará desconforto físico ou emocional.

Não há evidências científicas que corroborem a existência desse mal. Algumas pesquisas têm mostrado que pessoas que se sentem afetadas por esse problema apresentam os sintomas diante de campos eletromagnéticos reais, mas também diante de campos simulados.

Entretanto, a Comissão Europeia publicou um relatório sobre o assunto em 2015. Nele, aponta que não há evidências de que alguém possa ser alérgico à eletricidade, ou de que exista a hipersensibilidade eletromagnética. No entanto, também esclarece que são necessárias mais pesquisas sobre o assunto.

Ser alérgico à eletricidade: principais sintomas

Uma parte significativa dos médicos e cientistas pensa que em casos como este, deve ser aplicado o princípio da precaução. Este indica que, em situações nas quais não há provas conclusivas, nem a favor e nem contra, o mais indicado é admitir a existência da condição e agir em conformidade.

De acordo com dados disponíveis e não corroborados, a hipersensibilidade eletromagnética causa fadiga crônica, dor de cabeça recorrente, tontura, nervosismo, taquicardia, concentração reduzida, insônia e outros sintomas semelhantes.

Além disso, ressalta-se que a sintomatologia de quem é alérgico à eletricidade compreende três fases:

  • Primeira fase. É basicamente de natureza neurológica. Inclui manifestações como dor de cabeça, zumbido nos ouvidos, dormência e formigamento, tontura, dificuldade de concentração, distúrbios digestivos, taquicardia e outros.
  • Segunda fase. Esta fase é caracterizada pela presença usual de três sintomas: fadiga crônica, insônia e depressão. Também pode haver irritabilidade, agressividade verbal e transtornos de humor.
  • Terceira fase. Em crianças, pode haver hiperatividade e perda de interesse por brincadeiras e pelo estudo. Os adolescentes podem apresentar alterações mentais e comportamentais; os adultos, confusão mental e, às vezes, pseudodemência.

Um aspecto importante que deve ser levado em consideração é que os sintomas pioram quando há a exposição a campos eletromagnéticos, mas se tornam mais leves se ela for limitada. Aparentemente, essa condição se agrava gradualmente. Tem mais efeitos psíquicos em crianças e mais efeitos neurodegenerativos em adultos.

Você também pode se interessar: Problemas de saúde causados pelo uso do celular

Existe tratamento para a hipersensibilidade eletromagnética?

Como a hipersensibilidade eletromagnética não é uma patologia formalmente reconhecida, também não há um tratamento para ela. Os especialistas que admitem o fato de que é possível ser alérgico à eletricidade apontam que isso pode ser causado por uma fraqueza do sistema imunológico ou uma vulnerabilidade especial ao eletromagnetismo.

Relatos de casos indicam que essa condição se agrava progressivamente. Diante disso, as recomendações a seguir incluem algumas mudanças de hábitos:

  • Ventilar a casa durante 15 minutos todos os dias.
  • Substituir as redes Wi-Fi por conexões com fio.
  • Substituir telefones sem fio por telefones fixos.
  • Contratar os serviços de um especialista para detectar quais são as principais fontes de radiação na casa. Isso permitiria que mudanças fossem feitas para reduzir a exposição da pessoa afetada.
  • Usar roupas de fibra natural, tais como algodão ou lã genuína. Os materiais sintéticos favorecem a eletricidade estática e, portanto, não são recomendados.
  • Usar o celular apenas para o essencial. Usá-lo em áreas abertas e com o alto-falante ativado para não precisar aproximá-lo da cabeça.
  • Retirar os aparelhos elétricos ou qualquer dispositivo semelhante do quarto. O melhor é deixá-los desligados enquanto não estiverem sendo utilizados.

Em última análise, o que se busca é que os alérgicos à eletricidade se exponham o mínimo possível aos campos eletromagnéticos. Dessa forma, os sintomas podem diminuir em vez de piorar.

Some figure

Leia também: 8 formas de proteger os olhos dos danos causados por dispositivos eletrônicos

Recomendações finais

Atualmente, existem campos eletromagnéticos em toda parte. Eles vêm não apenas dos dispositivos elétricos ou eletrônicos, mas de todo o universo. A Terra tem o seu próprio campo magnético. Da mesma forma, a radiação que chega do Sol todos os dias é muito maior do que a emitida por qualquer antena de telefonia móvel.

Assim, considerando o exposto, é virtualmente impossível criar “espaços livres de radiação eletromagnética”. De qualquer forma, exista ou não esta alergia ao eletromagnetismo, o mais saudável é se desconectar dos aparelhos de vez em quando. Melhor ainda se for para visitar espaços repletos de natureza.

Ser alérgico à eletricidade não é um assunto muito discutido. No entanto, há muitos relatos dessa condição, embora até o momento ela não tenha embasamento científico e o diagnóstico formal também não seja reconhecido.

Se alguém é alérgico à eletricidade, isso significa que, diante da exposição a campos eletromagnéticos, a pessoa apresenta reações adversas que envolvem sintomas visíveis. Eles incluem desde desconforto nos olhos até condições mais graves.

Esse problema também é conhecido como hipersensibilidade eletromagnética. A ciência ainda não chegou a um consenso sobre o assunto, pois existem evidências contraditórias a respeito.

O que é a hipersensibilidade eletromagnética?

Some figure

Ser alérgico à eletricidade ou sofrer de hipersensibilidade eletromagnética é algo definido, a princípio, como uma intolerância a campos eletromagnéticos. Se uma pessoa com essa condição aparente for exposta a eles, terá uma série de sintomas que coincidem amplamente com os de uma alergia.

Os campos eletromagnéticos são formados a partir da radiação emanada por linhas de alta tensão, telefones celulares, eletrodomésticos e redes Wi-Fi. Em tese, se alguém é alérgico à eletricidade e fica exposto a tais campos, apresentará desconforto físico ou emocional.

Não há evidências científicas que corroborem a existência desse mal. Algumas pesquisas têm mostrado que pessoas que se sentem afetadas por esse problema apresentam os sintomas diante de campos eletromagnéticos reais, mas também diante de campos simulados.

Entretanto, a Comissão Europeia publicou um relatório sobre o assunto em 2015. Nele, aponta que não há evidências de que alguém possa ser alérgico à eletricidade, ou de que exista a hipersensibilidade eletromagnética. No entanto, também esclarece que são necessárias mais pesquisas sobre o assunto.

Ser alérgico à eletricidade: principais sintomas

Uma parte significativa dos médicos e cientistas pensa que em casos como este, deve ser aplicado o princípio da precaução. Este indica que, em situações nas quais não há provas conclusivas, nem a favor e nem contra, o mais indicado é admitir a existência da condição e agir em conformidade.

De acordo com dados disponíveis e não corroborados, a hipersensibilidade eletromagnética causa fadiga crônica, dor de cabeça recorrente, tontura, nervosismo, taquicardia, concentração reduzida, insônia e outros sintomas semelhantes.

Além disso, ressalta-se que a sintomatologia de quem é alérgico à eletricidade compreende três fases:

  • Primeira fase. É basicamente de natureza neurológica. Inclui manifestações como dor de cabeça, zumbido nos ouvidos, dormência e formigamento, tontura, dificuldade de concentração, distúrbios digestivos, taquicardia e outros.
  • Segunda fase. Esta fase é caracterizada pela presença usual de três sintomas: fadiga crônica, insônia e depressão. Também pode haver irritabilidade, agressividade verbal e transtornos de humor.
  • Terceira fase. Em crianças, pode haver hiperatividade e perda de interesse por brincadeiras e pelo estudo. Os adolescentes podem apresentar alterações mentais e comportamentais; os adultos, confusão mental e, às vezes, pseudodemência.

Um aspecto importante que deve ser levado em consideração é que os sintomas pioram quando há a exposição a campos eletromagnéticos, mas se tornam mais leves se ela for limitada. Aparentemente, essa condição se agrava gradualmente. Tem mais efeitos psíquicos em crianças e mais efeitos neurodegenerativos em adultos.

Você também pode se interessar: Problemas de saúde causados pelo uso do celular

Existe tratamento para a hipersensibilidade eletromagnética?

Como a hipersensibilidade eletromagnética não é uma patologia formalmente reconhecida, também não há um tratamento para ela. Os especialistas que admitem o fato de que é possível ser alérgico à eletricidade apontam que isso pode ser causado por uma fraqueza do sistema imunológico ou uma vulnerabilidade especial ao eletromagnetismo.

Relatos de casos indicam que essa condição se agrava progressivamente. Diante disso, as recomendações a seguir incluem algumas mudanças de hábitos:

  • Ventilar a casa durante 15 minutos todos os dias.
  • Substituir as redes Wi-Fi por conexões com fio.
  • Substituir telefones sem fio por telefones fixos.
  • Contratar os serviços de um especialista para detectar quais são as principais fontes de radiação na casa. Isso permitiria que mudanças fossem feitas para reduzir a exposição da pessoa afetada.
  • Usar roupas de fibra natural, tais como algodão ou lã genuína. Os materiais sintéticos favorecem a eletricidade estática e, portanto, não são recomendados.
  • Usar o celular apenas para o essencial. Usá-lo em áreas abertas e com o alto-falante ativado para não precisar aproximá-lo da cabeça.
  • Retirar os aparelhos elétricos ou qualquer dispositivo semelhante do quarto. O melhor é deixá-los desligados enquanto não estiverem sendo utilizados.

Em última análise, o que se busca é que os alérgicos à eletricidade se exponham o mínimo possível aos campos eletromagnéticos. Dessa forma, os sintomas podem diminuir em vez de piorar.

Some figure

Leia também: 8 formas de proteger os olhos dos danos causados por dispositivos eletrônicos

Recomendações finais

Atualmente, existem campos eletromagnéticos em toda parte. Eles vêm não apenas dos dispositivos elétricos ou eletrônicos, mas de todo o universo. A Terra tem o seu próprio campo magnético. Da mesma forma, a radiação que chega do Sol todos os dias é muito maior do que a emitida por qualquer antena de telefonia móvel.

Assim, considerando o exposto, é virtualmente impossível criar “espaços livres de radiação eletromagnética”. De qualquer forma, exista ou não esta alergia ao eletromagnetismo, o mais saudável é se desconectar dos aparelhos de vez em quando. Melhor ainda se for para visitar espaços repletos de natureza.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Comisión Europea. (2014, noviembre). Guía no vinculante de buenas prácticas para la aplicación de la Directiva 2013/35/UE sobre campos electromagnéticos. INSST. https://www.insst.es/documents/94886/203536/Gu%C3%ADa+no+vinculante+de+buenas+pr%C3%A1cticas+para+la+aplicaci%C3%B3n+de+la+Directiva+2013+35+UE+sobre+campos+electromagn%C3%A9ticos+Pymes/f151483f-9ee4-4867-bed6-872f6b387464
  • Sánchez, E. (2002). El principio de precaución: implicaciones para la salud pública.
  • JOHANSSON, O. (2006). Electrohipersensibilidad: Conocimiento actualizado de una discapacidad funcional. Electromagnetic Biology and Medicine, 25, 245-258.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.