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Saúde intestinal das gestantes influencia o cérebro do futuro bebê

5 minutos
A gravidez é um período fundamental para o desenvolvimento do feto. Quais possíveis doenças relacionadas ao cérebro do futuro bebê podem ter seu risco minimizado durante estes nove meses?
Saúde intestinal das gestantes influencia o cérebro do futuro bebê
Raquel Marín

Escrito e verificado por a neurocientista Raquel Marín

Última atualização: 23 agosto, 2022

Todos sabem que a gravidez é um momento crítico para o desenvolvimento do feto e sua saúde. No entanto, o que muitos não sabem é que há doenças que podem aparecer na vida do bebê após o nascimento e que também podem estar relacionadas à alimentação e ao comportamento da mãe durante a gravidez. A saúde intestinal das gestantes influencia o cérebro do futuro bebê.

A saúde intestinal das gestantes influencia o cérebro do futuro bebê

A formação do cérebro do futuro bebê durante o seu desenvolvimento gera um alto custo metabólico. Desde o primeiro mês de gestação, os neurônios se proliferam freneticamente e estão localizados no que será o futuro cérebro, seguindo um programa perfeitamente definido. A taxa de divisão dos neurônios atinge o recorde de 250.000 células por minuto nesta fase!

O desenvolvimento do cérebro representa 60-70% da energia total que a mãe dedica à formação do feto. No final da gravidez, o custo total de energia para formar um novo cérebro é de cerca de 50.000 quilocalorias, o que representa mais da metade do custo total do custo de energia da gravidez.

Consequentemente, mesmo antes do nascimento, o cérebro do futuro bebê já é altamente dependente do que a mãe come e faz nesse estágio. Um dos grandes aliados do desenvolvimento do cérebro fetal é a saúde intestinal das gestantes.

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Infecções intestinais em gestantes

Embora ainda seja algo a ser ou não confirmado, acredita-se que as infecções intestinais durante os primeiros seis meses de gravidez aumentem o risco de disfunção cerebral no futuro bebê.

Se isso for confirmado, estratégias podem ser consideradas para reduzir o risco de infecção durante a gravidez através do controle das bactérias no intestino, com dietas controladas, prebióticos e probióticos (ou seja, alimentos que ajudam a manter a flora intestinal saudável).

Leia também: Os 15 melhores probióticos e prebióticos para cuidar da sua saúde

Diabetes na mãe

Outros estudos revelaram que o desenvolvimento de diabetes (tipo I ou tipo II) é um fator de risco para o autismo nos filhos.

No estudo, os pesquisadores coletaram dados de cerca de meio milhão de crianças que foram acompanhadas nos primeiros 7 anos de vida. Aqueles que desenvolveram autismo foram gerados por mães que tiveram diabetes tipo I ou tipo II durante a gravidez.

Os resultados mostraram que nas gestações de mães com diabetes, o risco de os filhos terem autismo aumentou em 62%. No entanto, as razões pelas quais a diabetes pode aumentar esse risco ainda são desconhecidas.

Embora existam casos inevitáveis de diabetes, como a tipo I, a diabetes tipo II aumenta sua incidência com dietas pouco saudáveis e junk food. Felizmente, é possível aliviar seus sintomas com exercícios físicos regulares (por exemplo, uma caminhada rápida por 30 minutos diariamente) e com uma dieta saudável (como a dieta mediterrânea).

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A nutrição saudável da mãe durante a gravidez é imprescindível para a saúde do futuro bebê.

Proporção adequada de gorduras ômega e risco de TDAH

Um estudo realizado por pesquisadores de entidades espanholas mostrou que a dieta na gravidez pode influenciar o risco de sintomas de TDAH (transtorno do déficit de atenção e hiperatividade) em crianças a partir dos 7 anos de idade.

A pesquisa analisou a proporção de ácidos graxos ômega-6 e ácidos graxos ômega-3 que as mães ingeriram durante a gravidez. Embora ambos os ácidos graxos sejam essenciais para o desenvolvimento e funcionamento do cérebro ao longo da vida, a quantidade adequada dessas gorduras é particularmente crucial durante a gravidez.

O ômega-6 e o ​​ômega-3 devem ser armazenados em uma proporção adequada (3 para 1 é aconselhável). Os ômega-6 são particularmente abundantes em óleos vegetais, sementes e grãos, além de cereais e carnes, enquanto os ômega-3 estão presentes em óleos de peixes e em fontes marinhas.

Os resultados indicaram que houve uma correlação entre a desproporção de ômega-6/ômega-3 e o aumento do risco de apresentar sintomas de TDAH a partir dos 7 anos de idade em crianças. Dessa forma, o surgimento de sintomas foi associado a uma maior desproporção dessas gorduras. No entanto, a correlação não existia com relação ao diagnóstico de TDAH, indicando que outros fatores também influenciam esse distúrbio.

Você pode se interessar: O que são os ácidos graxos ômega 3, ômega 6 e ômega 9?

Coma oleaginosas nos primeiros 3 meses de gestação

Um estudo recente mostrou que comer oleaginosas (nozes, amêndoas, avelãs, amendoins e pinhões) durante os primeiros 3 meses de gravidez melhora a atenção, a memória e o aprendizado das crianças.

Os benefícios das oleaginosas (incluindo outras como castanha de caju, macadâmia, pistache, etc.) são explicados pelo seu alto teor de ácidos graxos essenciais do tipo ômega-6 e ômega-3, alto teor de minerais e vitamina B9, que contribuem para o desenvolvimento do cérebro do feto quando ele mais precisa.

O curioso é que os mesmos efeitos benéficos no desenvolvimento neuropsicológico dos filhos não foram observados quando as mães consumiram as castanhas com frequência nos últimos 3 meses de gravidez.

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A cesariana não é a via de parto ideal para os recém-nascidos

Os bebês nascidos por cesariana têm a flora intestinal diferente dos bebês nascidos em trabalho de parto naturalNos nascidos por cesariana, os níveis de bactérias saudáveis ​​geralmente são mais baixos, enquanto o de bactérias potencialmente problemáticas aumenta. Esse fato aumenta o risco de algumas doenças posteriores. A colonização adequada de microrganismos durante os primeiros meses de vida é crucial para a saúde posterior.

Em uma investigação científica, foi demonstrado que os nascidos por cesariana tinham uma proporção menor de bactérias “boas”, que são importantes para a digestão do leite. Eles também tinham níveis mais altos de bactérias “ruins”.

Essas diferenças estão correlacionadas com um aumento nos problemas imunológicos subsequentes que afetam as vias aéreas. Os nascidos por cesariana apresentaram maior incidência de asma e alergias, e apresentam um risco maior de serem obesos.

Como sabemos, as mulheres costumam ter muito cuidado e cautela durante a gravidez para dar o melhor aos seus filhos. Não há dúvida de que a saúde intestinal das gestantes é fundamental nesse período. Vamos cuidar dela para que sejamos saudáveis a vida toda!

Todos sabem que a gravidez é um momento crítico para o desenvolvimento do feto e sua saúde. No entanto, o que muitos não sabem é que há doenças que podem aparecer na vida do bebê após o nascimento e que também podem estar relacionadas à alimentação e ao comportamento da mãe durante a gravidez. A saúde intestinal das gestantes influencia o cérebro do futuro bebê.

A saúde intestinal das gestantes influencia o cérebro do futuro bebê

A formação do cérebro do futuro bebê durante o seu desenvolvimento gera um alto custo metabólico. Desde o primeiro mês de gestação, os neurônios se proliferam freneticamente e estão localizados no que será o futuro cérebro, seguindo um programa perfeitamente definido. A taxa de divisão dos neurônios atinge o recorde de 250.000 células por minuto nesta fase!

O desenvolvimento do cérebro representa 60-70% da energia total que a mãe dedica à formação do feto. No final da gravidez, o custo total de energia para formar um novo cérebro é de cerca de 50.000 quilocalorias, o que representa mais da metade do custo total do custo de energia da gravidez.

Consequentemente, mesmo antes do nascimento, o cérebro do futuro bebê já é altamente dependente do que a mãe come e faz nesse estágio. Um dos grandes aliados do desenvolvimento do cérebro fetal é a saúde intestinal das gestantes.

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Infecções intestinais em gestantes

Embora ainda seja algo a ser ou não confirmado, acredita-se que as infecções intestinais durante os primeiros seis meses de gravidez aumentem o risco de disfunção cerebral no futuro bebê.

Se isso for confirmado, estratégias podem ser consideradas para reduzir o risco de infecção durante a gravidez através do controle das bactérias no intestino, com dietas controladas, prebióticos e probióticos (ou seja, alimentos que ajudam a manter a flora intestinal saudável).

Leia também: Os 15 melhores probióticos e prebióticos para cuidar da sua saúde

Diabetes na mãe

Outros estudos revelaram que o desenvolvimento de diabetes (tipo I ou tipo II) é um fator de risco para o autismo nos filhos.

No estudo, os pesquisadores coletaram dados de cerca de meio milhão de crianças que foram acompanhadas nos primeiros 7 anos de vida. Aqueles que desenvolveram autismo foram gerados por mães que tiveram diabetes tipo I ou tipo II durante a gravidez.

Os resultados mostraram que nas gestações de mães com diabetes, o risco de os filhos terem autismo aumentou em 62%. No entanto, as razões pelas quais a diabetes pode aumentar esse risco ainda são desconhecidas.

Embora existam casos inevitáveis de diabetes, como a tipo I, a diabetes tipo II aumenta sua incidência com dietas pouco saudáveis e junk food. Felizmente, é possível aliviar seus sintomas com exercícios físicos regulares (por exemplo, uma caminhada rápida por 30 minutos diariamente) e com uma dieta saudável (como a dieta mediterrânea).

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A nutrição saudável da mãe durante a gravidez é imprescindível para a saúde do futuro bebê.

Proporção adequada de gorduras ômega e risco de TDAH

Um estudo realizado por pesquisadores de entidades espanholas mostrou que a dieta na gravidez pode influenciar o risco de sintomas de TDAH (transtorno do déficit de atenção e hiperatividade) em crianças a partir dos 7 anos de idade.

A pesquisa analisou a proporção de ácidos graxos ômega-6 e ácidos graxos ômega-3 que as mães ingeriram durante a gravidez. Embora ambos os ácidos graxos sejam essenciais para o desenvolvimento e funcionamento do cérebro ao longo da vida, a quantidade adequada dessas gorduras é particularmente crucial durante a gravidez.

O ômega-6 e o ​​ômega-3 devem ser armazenados em uma proporção adequada (3 para 1 é aconselhável). Os ômega-6 são particularmente abundantes em óleos vegetais, sementes e grãos, além de cereais e carnes, enquanto os ômega-3 estão presentes em óleos de peixes e em fontes marinhas.

Os resultados indicaram que houve uma correlação entre a desproporção de ômega-6/ômega-3 e o aumento do risco de apresentar sintomas de TDAH a partir dos 7 anos de idade em crianças. Dessa forma, o surgimento de sintomas foi associado a uma maior desproporção dessas gorduras. No entanto, a correlação não existia com relação ao diagnóstico de TDAH, indicando que outros fatores também influenciam esse distúrbio.

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Coma oleaginosas nos primeiros 3 meses de gestação

Um estudo recente mostrou que comer oleaginosas (nozes, amêndoas, avelãs, amendoins e pinhões) durante os primeiros 3 meses de gravidez melhora a atenção, a memória e o aprendizado das crianças.

Os benefícios das oleaginosas (incluindo outras como castanha de caju, macadâmia, pistache, etc.) são explicados pelo seu alto teor de ácidos graxos essenciais do tipo ômega-6 e ômega-3, alto teor de minerais e vitamina B9, que contribuem para o desenvolvimento do cérebro do feto quando ele mais precisa.

O curioso é que os mesmos efeitos benéficos no desenvolvimento neuropsicológico dos filhos não foram observados quando as mães consumiram as castanhas com frequência nos últimos 3 meses de gravidez.

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A cesariana não é a via de parto ideal para os recém-nascidos

Os bebês nascidos por cesariana têm a flora intestinal diferente dos bebês nascidos em trabalho de parto naturalNos nascidos por cesariana, os níveis de bactérias saudáveis ​​geralmente são mais baixos, enquanto o de bactérias potencialmente problemáticas aumenta. Esse fato aumenta o risco de algumas doenças posteriores. A colonização adequada de microrganismos durante os primeiros meses de vida é crucial para a saúde posterior.

Em uma investigação científica, foi demonstrado que os nascidos por cesariana tinham uma proporção menor de bactérias “boas”, que são importantes para a digestão do leite. Eles também tinham níveis mais altos de bactérias “ruins”.

Essas diferenças estão correlacionadas com um aumento nos problemas imunológicos subsequentes que afetam as vias aéreas. Os nascidos por cesariana apresentaram maior incidência de asma e alergias, e apresentam um risco maior de serem obesos.

Como sabemos, as mulheres costumam ter muito cuidado e cautela durante a gravidez para dar o melhor aos seus filhos. Não há dúvida de que a saúde intestinal das gestantes é fundamental nesse período. Vamos cuidar dela para que sejamos saudáveis a vida toda!


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Crawford, M. A., Hassam, A. G., & Stevens, P. A. (1981). Essential fatty acid requirements in pregnancy and lactation with special reference to brain development. Progress in Lipid Research, 20, 31-40.
  • Edwards, S. M., Cunningham, S. A., Dunlop, A. L., & Corwin, E. J. (2017). The maternal gut microbiome during pregnancy. MCN. The American journal of maternal child nursing, 42(6), 310.
  • Xiang, A. H., Wang, X., Martinez, M. P., Page, K., Buchanan, T. A., & Feldman, R. K. (2018). Maternal type 1 diabetes and risk of autism in offspring. Jama, 320(1), 89-91.
  • López-Vicente, M., Fitó, N. R., Vilor-Tejedor, N., Garcia-Esteban, R., Fernández-Barrés, S., Dadvand, P., … & Fernández-Somoano, A. (2019). Prenatal omega-6: omega-3 ratio and attention deficit and hyperactivity disorder symptoms. The Journal of pediatrics, 209, 204-211.
  • Gignac, F., Romaguera, D., Fernández-Barrés, S., Phillipat, C., Esteban, R. G., López-Vicente, M., … & Lopez-Espinosa, M. J. (2019). Maternal nut intake in pregnancy and child neuropsychological development up to 8 years old: a population-based cohort study in Spain. European journal of epidemiology, 34(7), 661-673.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.