Retossigmoidoscopia: o que é e para que serve?
Escrito e verificado por a médica Mariel Mendoza
A retossigmoidoscopia é um procedimento médico minimamente invasivo que consiste em visualizar a parte final do intestino grosso através de um endoscópio. Dessa forma, é possível estudar patologias do ânus, do reto e da porção final do cólon.
O diagnóstico inicial das patologias do cólon é baseado no histórico clínico, exame físico e exames laboratoriais complementares. Este exame é bastante útil, pois permite fazer uma biópsia para estudo e tratamento de tecidos em condições específicas.
Em particular, é considerado de suma importância por seu papel no diagnóstico oportuno de doenças crônicas, como câncer colorretal e polipose familiar. Você está interessado em saber mais sobre isso? Contamos em detalhes sobre suas vantagens e usos.
Vantagens da retossigmoidoscopia sobre a colonoscopia
A colonoscopia é um estudo semelhante no qual —da mesma forma— se utiliza uma sonda endoscópica que é inserida através do canal anal. No entanto, este visa estudar o comprimento total do cólon.
E embora a retossigmoidoscopia permita visualizar apenas a parte final do intestino grosso, não requer lavagem intestinal completa prévia, dieta especial ou sedação.
Para que serve a retossigmoidoscopia?
Essa intervenção permite a visualização do ânus, reto e cólon sigmóide, que representam mais ou menos os últimos 30 cm do intestino grosso. É útil para o seguinte:
- Determinar a presença de uma massa retal (pólipos ou tumores).
- Definir a origem do sangramento digestivo inferior, especialmente quando há suspeita de patologia anal (como hemorróidas internas).
- Observar a presença de divertículos.
- Suspeita de retocolite ulcerativa (tipo de doença inflamatória intestinal).
- Procurar causas de diarreia crônica com sangue oculto nas fezes e outras irregularidades no hábito intestinal.
- Estudar a causa da anemia crônica não evidente.
Veja: Adenocarcinoma: o câncer que afeta a cantora Preta Gil
Procedimento de retossigmoidoscopia
A retossigmoidoscopia é realizada em nível ambulatorial. Começa com a pessoa deitada na maca do lado esquerdo, com as pernas dobradas. Depois se realiza a inspeção da região perianal; em seguida, se continua com o exame retal. Finalmente, a sonda endoscópica é inserida.
Não é necessária sedação, mas pode ser um pouco desconfortável quando inserido pelo ânus. A sonda endoscópica tem aproximadamente 1 cm de diâmetro, pode ser flexível ou rígida e possui uma câmera e uma fonte de luz em sua ponta.
Durante o processo, o endoscópio permite evidenciar lesões erosivas, pólipos, tumores, focos hemorrágicos, entre outros. Além disso, funciona como um tratamento, permitindo a ressecção de lesões, biópsias ou cauterização de focos hemorrágicos. Depois disso, a pessoa pode continuar com suas atividades diárias sem nenhuma restrição.
Veja: Americano descobre câncer colorretal avançado após suspeitar de hemorroidas
Preparação pré-procedimento
Embora uma lavagem intestinal completa não seja necessária, antes de uma retossigmoidoscopia é recomendado esvaziar pelo menos a parte final do intestino grosso para facilitar a visualização.
Isso pode ser feito com o uso de um enema ou supositórios de glicerina. Recomenda-se colocar um 4 horas antes do procedimento e outro 2 horas antes. Você deve esperar pelo menos 10 minutos antes de evacuar.
Nenhum sólido ou líquido deve ser consumido durante as 6 horas anteriores. Em caso de uso de medicamentos para hipertensão, tireoide ou glicemia, recomenda-se até 2 horas antes.
Contraindicações do procedimento
O procedimento de retossigmoidoscopia é minimamente invasivo, seguro, com complicações raras e leves. Suas únicas contraindicações são as seguintes:
- Presença de diverticulite aguda.
- Infarto agudo do miocardio.
- Primeiro trimestre da gravidez.
Cuidados especiais
Antes do procedimento, uma análise de coagulação sanguínea deve ter sido realizada para reduzir o risco de sangramento. Da mesma forma, o gastroenterologista deve saber se o paciente consome algum medicamento que possa alterar a coagulação do sangue, como aspirina ou anticoagulantes.
No caso de apresentar próteses ou alterações nas válvulas cardíacas, malformações congênitas do coração ou ter histórico de infecções, o tratamento antibiótico preventivo é usado para endocardite bacteriana.
Efeitos colaterais da retossigmoidoscopia
Este procedimento pode causar alguma dor, inchaço, cólicas abdominais e uma sensação de gás que geralmente desaparece em algumas horas.
A presença de complicações mais graves, como sangramento ou perfuração acidental do intestino com o endoscópio, é muito rara. O sangramento é mais comum nos casos em que um pólipo foi removido ou uma biópsia foi feita.
Importância preventiva
Nos casos com histórico de polipose familiar, o check-up deve ser feito após 10 anos para verificar se a pessoa é portadora da doença.
Para isso, se começa com os testes genéticos. Se estes forem negativos, deve ser feito aos 18, 25 e 35 anos para evitar falsos negativos. Quando o teste genético é positivo, a retossigmoidoscopia preventiva é necessária desde a puberdade até o desenvolvimento de pólipos.
No entanto, no caso de adenomas e câncer retal, uma avaliação deve ser realizada a cada 5 anos em pessoas com mais de 50 anos.
Em suma, a retossigmoidoscopia é um procedimento minimamente invasivo que desempenha um papel importante no diagnóstico e tratamento de doenças do cólon. Ainda assim, é limitado porque não avalia todo o intestino, o que deixa de fora 30% dos cânceres.
A retossigmoidoscopia é um procedimento médico minimamente invasivo que consiste em visualizar a parte final do intestino grosso através de um endoscópio. Dessa forma, é possível estudar patologias do ânus, do reto e da porção final do cólon.
O diagnóstico inicial das patologias do cólon é baseado no histórico clínico, exame físico e exames laboratoriais complementares. Este exame é bastante útil, pois permite fazer uma biópsia para estudo e tratamento de tecidos em condições específicas.
Em particular, é considerado de suma importância por seu papel no diagnóstico oportuno de doenças crônicas, como câncer colorretal e polipose familiar. Você está interessado em saber mais sobre isso? Contamos em detalhes sobre suas vantagens e usos.
Vantagens da retossigmoidoscopia sobre a colonoscopia
A colonoscopia é um estudo semelhante no qual —da mesma forma— se utiliza uma sonda endoscópica que é inserida através do canal anal. No entanto, este visa estudar o comprimento total do cólon.
E embora a retossigmoidoscopia permita visualizar apenas a parte final do intestino grosso, não requer lavagem intestinal completa prévia, dieta especial ou sedação.
Para que serve a retossigmoidoscopia?
Essa intervenção permite a visualização do ânus, reto e cólon sigmóide, que representam mais ou menos os últimos 30 cm do intestino grosso. É útil para o seguinte:
- Determinar a presença de uma massa retal (pólipos ou tumores).
- Definir a origem do sangramento digestivo inferior, especialmente quando há suspeita de patologia anal (como hemorróidas internas).
- Observar a presença de divertículos.
- Suspeita de retocolite ulcerativa (tipo de doença inflamatória intestinal).
- Procurar causas de diarreia crônica com sangue oculto nas fezes e outras irregularidades no hábito intestinal.
- Estudar a causa da anemia crônica não evidente.
Veja: Adenocarcinoma: o câncer que afeta a cantora Preta Gil
Procedimento de retossigmoidoscopia
A retossigmoidoscopia é realizada em nível ambulatorial. Começa com a pessoa deitada na maca do lado esquerdo, com as pernas dobradas. Depois se realiza a inspeção da região perianal; em seguida, se continua com o exame retal. Finalmente, a sonda endoscópica é inserida.
Não é necessária sedação, mas pode ser um pouco desconfortável quando inserido pelo ânus. A sonda endoscópica tem aproximadamente 1 cm de diâmetro, pode ser flexível ou rígida e possui uma câmera e uma fonte de luz em sua ponta.
Durante o processo, o endoscópio permite evidenciar lesões erosivas, pólipos, tumores, focos hemorrágicos, entre outros. Além disso, funciona como um tratamento, permitindo a ressecção de lesões, biópsias ou cauterização de focos hemorrágicos. Depois disso, a pessoa pode continuar com suas atividades diárias sem nenhuma restrição.
Veja: Americano descobre câncer colorretal avançado após suspeitar de hemorroidas
Preparação pré-procedimento
Embora uma lavagem intestinal completa não seja necessária, antes de uma retossigmoidoscopia é recomendado esvaziar pelo menos a parte final do intestino grosso para facilitar a visualização.
Isso pode ser feito com o uso de um enema ou supositórios de glicerina. Recomenda-se colocar um 4 horas antes do procedimento e outro 2 horas antes. Você deve esperar pelo menos 10 minutos antes de evacuar.
Nenhum sólido ou líquido deve ser consumido durante as 6 horas anteriores. Em caso de uso de medicamentos para hipertensão, tireoide ou glicemia, recomenda-se até 2 horas antes.
Contraindicações do procedimento
O procedimento de retossigmoidoscopia é minimamente invasivo, seguro, com complicações raras e leves. Suas únicas contraindicações são as seguintes:
- Presença de diverticulite aguda.
- Infarto agudo do miocardio.
- Primeiro trimestre da gravidez.
Cuidados especiais
Antes do procedimento, uma análise de coagulação sanguínea deve ter sido realizada para reduzir o risco de sangramento. Da mesma forma, o gastroenterologista deve saber se o paciente consome algum medicamento que possa alterar a coagulação do sangue, como aspirina ou anticoagulantes.
No caso de apresentar próteses ou alterações nas válvulas cardíacas, malformações congênitas do coração ou ter histórico de infecções, o tratamento antibiótico preventivo é usado para endocardite bacteriana.
Efeitos colaterais da retossigmoidoscopia
Este procedimento pode causar alguma dor, inchaço, cólicas abdominais e uma sensação de gás que geralmente desaparece em algumas horas.
A presença de complicações mais graves, como sangramento ou perfuração acidental do intestino com o endoscópio, é muito rara. O sangramento é mais comum nos casos em que um pólipo foi removido ou uma biópsia foi feita.
Importância preventiva
Nos casos com histórico de polipose familiar, o check-up deve ser feito após 10 anos para verificar se a pessoa é portadora da doença.
Para isso, se começa com os testes genéticos. Se estes forem negativos, deve ser feito aos 18, 25 e 35 anos para evitar falsos negativos. Quando o teste genético é positivo, a retossigmoidoscopia preventiva é necessária desde a puberdade até o desenvolvimento de pólipos.
No entanto, no caso de adenomas e câncer retal, uma avaliação deve ser realizada a cada 5 anos em pessoas com mais de 50 anos.
Em suma, a retossigmoidoscopia é um procedimento minimamente invasivo que desempenha um papel importante no diagnóstico e tratamento de doenças do cólon. Ainda assim, é limitado porque não avalia todo o intestino, o que deixa de fora 30% dos cânceres.
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- Fuchs C, Giovannucci E, Colditz G, Hunter D, Speizer H, Willett W. A Prospective Study of Family History and the Risk of Colorectal Cáncer. N Engl J Med 1994;331. Disponible en https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199412223312501.
- Montiel A, Zagal A, Varela M. Rectosigmoidoscopia rígida en el diagnóstico de la patología del anorrect. Cir Ciruj 2002;70.
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