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Retossigmoidoscopia: o que é e para que serve?

4 minutos
A retossigmoidoscopia é um procedimento minimamente invasivo e sem complicações que permite a detecção precoce de patologias malignas, como polipose familiar e câncer de cólon e reto. Saiba mais sobre esse estudo endoscópico.
Retossigmoidoscopia: o que é e para que serve?
Mariel Mendoza

Escrito e verificado por a médica Mariel Mendoza

Escrito por Mariel Mendoza
Última atualização: 04 maio, 2023

A retossigmoidoscopia é um procedimento médico minimamente invasivo que consiste em visualizar a parte final do intestino grosso através de um endoscópio. Dessa forma, é possível estudar patologias do ânus, do reto e da porção final do cólon.

O diagnóstico inicial das patologias do cólon é baseado no histórico clínico, exame físico e exames laboratoriais complementares. Este exame é bastante útil, pois permite fazer uma biópsia para estudo e tratamento de tecidos em condições específicas.

Em particular, é considerado de suma importância por seu papel no diagnóstico oportuno de doenças crônicas, como câncer colorretal e polipose familiar. Você está interessado em saber mais sobre isso? Contamos em detalhes sobre suas vantagens e usos.

Vantagens da retossigmoidoscopia sobre a colonoscopia

A colonoscopia é um estudo semelhante no qual —da mesma forma— se utiliza uma sonda endoscópica que é inserida através do canal anal. No entanto, este visa estudar o comprimento total do cólon.

E embora a retossigmoidoscopia permita visualizar apenas a parte final do intestino grosso, não requer lavagem intestinal completa prévia, dieta especial ou sedação.

Para que serve a retossigmoidoscopia?

Essa intervenção permite a visualização do ânus, reto e cólon sigmóide, que representam mais ou menos os últimos 30 cm do intestino grosso. É útil para o seguinte:

  • Determinar a presença de uma massa retal (pólipos ou tumores).
  • Definir a origem do sangramento digestivo inferior, especialmente quando há suspeita de patologia anal (como hemorróidas internas).
  • Observar a presença de divertículos.
  • Suspeita de retocolite ulcerativa (tipo de doença inflamatória intestinal).
  • Procurar causas de diarreia crônica com sangue oculto nas fezes e outras irregularidades no hábito intestinal.
  • Estudar a causa da anemia crônica não evidente.
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A retossigmoidoscopia consiste na introdução de uma sonda endoscópica para observar o ânus, o reto e o cólon sigmóide.

Veja: Adenocarcinoma: o câncer que afeta a cantora Preta Gil

Procedimento de retossigmoidoscopia

A retossigmoidoscopia é realizada em nível ambulatorial. Começa com a pessoa deitada na maca do lado esquerdo, com as pernas dobradas. Depois se realiza a inspeção da região perianal; em seguida, se continua com o exame retal. Finalmente, a sonda endoscópica é inserida.

Não é necessária sedação, mas pode ser um pouco desconfortável quando inserido pelo ânus. A sonda endoscópica tem aproximadamente 1 cm de diâmetro, pode ser flexível ou rígida e possui uma câmera e uma fonte de luz em sua ponta.

Durante o processo, o endoscópio permite evidenciar lesões erosivas, pólipos, tumores, focos hemorrágicos, entre outros. Além disso, funciona como um tratamento, permitindo a ressecção de lesões, biópsias ou cauterização de focos hemorrágicos. Depois disso, a pessoa pode continuar com suas atividades diárias sem nenhuma restrição.

Veja: Americano descobre câncer colorretal avançado após suspeitar de hemorroidas

Preparação pré-procedimento

Embora uma lavagem intestinal completa não seja necessária, antes de uma retossigmoidoscopia é recomendado esvaziar pelo menos a parte final do intestino grosso para facilitar a visualização.

Isso pode ser feito com o uso de um enema ou supositórios de glicerina. Recomenda-se colocar um 4 horas antes do procedimento e outro 2 horas antes. Você deve esperar pelo menos 10 minutos antes de evacuar.

Nenhum sólido ou líquido deve ser consumido durante as 6 horas anteriores. Em caso de uso de medicamentos para hipertensão, tireoide ou glicemia, recomenda-se até 2 horas antes.

Contraindicações do procedimento

O procedimento de retossigmoidoscopia é minimamente invasivo, seguro, com complicações raras e leves. Suas únicas contraindicações são as seguintes:

  • Presença de diverticulite aguda.
  • Infarto agudo do miocardio.
  • Primeiro trimestre da gravidez.

Cuidados especiais

Antes do procedimento, uma análise de coagulação sanguínea deve ter sido realizada para reduzir o risco de sangramento. Da mesma forma, o gastroenterologista deve saber se o paciente consome algum medicamento que possa alterar a coagulação do sangue, como aspirina ou anticoagulantes.

No caso de apresentar próteses ou alterações nas válvulas cardíacas, malformações congênitas do coração ou ter histórico de infecções, o tratamento antibiótico preventivo é usado para endocardite bacteriana.

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Antes da retossigmoidoscopia, o médico faz uma revisão e entrevista o paciente para determinar se há algum risco durante o procedimento.

Efeitos colaterais da retossigmoidoscopia

Este procedimento pode causar alguma dor, inchaço, cólicas abdominais e uma sensação de gás que geralmente desaparece em algumas horas.

A presença de complicações mais graves, como sangramento ou perfuração acidental do intestino com o endoscópio, é muito rara. O sangramento é mais comum nos casos em que um pólipo foi removido ou uma biópsia foi feita.

Importância preventiva

Nos casos com histórico de polipose familiar, o check-up deve ser feito após 10 anos para verificar se a pessoa é portadora da doença.

Para isso, se começa com  os testes genéticos. Se estes forem negativos, deve ser feito aos 18, 25 e 35 anos para evitar falsos negativos. Quando o teste genético é positivo, a retossigmoidoscopia preventiva é necessária desde a puberdade até o desenvolvimento de pólipos.

No entanto, no caso de adenomas e câncer retal, uma avaliação deve ser realizada a cada 5 anos em pessoas com mais de 50 anos.

Em suma, a retossigmoidoscopia é um procedimento minimamente invasivo que desempenha um papel importante no diagnóstico e tratamento de doenças do cólon. Ainda assim, é limitado porque não avalia todo o intestino, o que deixa de fora 30% dos cânceres.

A retossigmoidoscopia é um procedimento médico minimamente invasivo que consiste em visualizar a parte final do intestino grosso através de um endoscópio. Dessa forma, é possível estudar patologias do ânus, do reto e da porção final do cólon.

O diagnóstico inicial das patologias do cólon é baseado no histórico clínico, exame físico e exames laboratoriais complementares. Este exame é bastante útil, pois permite fazer uma biópsia para estudo e tratamento de tecidos em condições específicas.

Em particular, é considerado de suma importância por seu papel no diagnóstico oportuno de doenças crônicas, como câncer colorretal e polipose familiar. Você está interessado em saber mais sobre isso? Contamos em detalhes sobre suas vantagens e usos.

Vantagens da retossigmoidoscopia sobre a colonoscopia

A colonoscopia é um estudo semelhante no qual —da mesma forma— se utiliza uma sonda endoscópica que é inserida através do canal anal. No entanto, este visa estudar o comprimento total do cólon.

E embora a retossigmoidoscopia permita visualizar apenas a parte final do intestino grosso, não requer lavagem intestinal completa prévia, dieta especial ou sedação.

Para que serve a retossigmoidoscopia?

Essa intervenção permite a visualização do ânus, reto e cólon sigmóide, que representam mais ou menos os últimos 30 cm do intestino grosso. É útil para o seguinte:

  • Determinar a presença de uma massa retal (pólipos ou tumores).
  • Definir a origem do sangramento digestivo inferior, especialmente quando há suspeita de patologia anal (como hemorróidas internas).
  • Observar a presença de divertículos.
  • Suspeita de retocolite ulcerativa (tipo de doença inflamatória intestinal).
  • Procurar causas de diarreia crônica com sangue oculto nas fezes e outras irregularidades no hábito intestinal.
  • Estudar a causa da anemia crônica não evidente.
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A retossigmoidoscopia consiste na introdução de uma sonda endoscópica para observar o ânus, o reto e o cólon sigmóide.

Veja: Adenocarcinoma: o câncer que afeta a cantora Preta Gil

Procedimento de retossigmoidoscopia

A retossigmoidoscopia é realizada em nível ambulatorial. Começa com a pessoa deitada na maca do lado esquerdo, com as pernas dobradas. Depois se realiza a inspeção da região perianal; em seguida, se continua com o exame retal. Finalmente, a sonda endoscópica é inserida.

Não é necessária sedação, mas pode ser um pouco desconfortável quando inserido pelo ânus. A sonda endoscópica tem aproximadamente 1 cm de diâmetro, pode ser flexível ou rígida e possui uma câmera e uma fonte de luz em sua ponta.

Durante o processo, o endoscópio permite evidenciar lesões erosivas, pólipos, tumores, focos hemorrágicos, entre outros. Além disso, funciona como um tratamento, permitindo a ressecção de lesões, biópsias ou cauterização de focos hemorrágicos. Depois disso, a pessoa pode continuar com suas atividades diárias sem nenhuma restrição.

Veja: Americano descobre câncer colorretal avançado após suspeitar de hemorroidas

Preparação pré-procedimento

Embora uma lavagem intestinal completa não seja necessária, antes de uma retossigmoidoscopia é recomendado esvaziar pelo menos a parte final do intestino grosso para facilitar a visualização.

Isso pode ser feito com o uso de um enema ou supositórios de glicerina. Recomenda-se colocar um 4 horas antes do procedimento e outro 2 horas antes. Você deve esperar pelo menos 10 minutos antes de evacuar.

Nenhum sólido ou líquido deve ser consumido durante as 6 horas anteriores. Em caso de uso de medicamentos para hipertensão, tireoide ou glicemia, recomenda-se até 2 horas antes.

Contraindicações do procedimento

O procedimento de retossigmoidoscopia é minimamente invasivo, seguro, com complicações raras e leves. Suas únicas contraindicações são as seguintes:

  • Presença de diverticulite aguda.
  • Infarto agudo do miocardio.
  • Primeiro trimestre da gravidez.

Cuidados especiais

Antes do procedimento, uma análise de coagulação sanguínea deve ter sido realizada para reduzir o risco de sangramento. Da mesma forma, o gastroenterologista deve saber se o paciente consome algum medicamento que possa alterar a coagulação do sangue, como aspirina ou anticoagulantes.

No caso de apresentar próteses ou alterações nas válvulas cardíacas, malformações congênitas do coração ou ter histórico de infecções, o tratamento antibiótico preventivo é usado para endocardite bacteriana.

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Antes da retossigmoidoscopia, o médico faz uma revisão e entrevista o paciente para determinar se há algum risco durante o procedimento.

Efeitos colaterais da retossigmoidoscopia

Este procedimento pode causar alguma dor, inchaço, cólicas abdominais e uma sensação de gás que geralmente desaparece em algumas horas.

A presença de complicações mais graves, como sangramento ou perfuração acidental do intestino com o endoscópio, é muito rara. O sangramento é mais comum nos casos em que um pólipo foi removido ou uma biópsia foi feita.

Importância preventiva

Nos casos com histórico de polipose familiar, o check-up deve ser feito após 10 anos para verificar se a pessoa é portadora da doença.

Para isso, se começa com  os testes genéticos. Se estes forem negativos, deve ser feito aos 18, 25 e 35 anos para evitar falsos negativos. Quando o teste genético é positivo, a retossigmoidoscopia preventiva é necessária desde a puberdade até o desenvolvimento de pólipos.

No entanto, no caso de adenomas e câncer retal, uma avaliação deve ser realizada a cada 5 anos em pessoas com mais de 50 anos.

Em suma, a retossigmoidoscopia é um procedimento minimamente invasivo que desempenha um papel importante no diagnóstico e tratamento de doenças do cólon. Ainda assim, é limitado porque não avalia todo o intestino, o que deixa de fora 30% dos cânceres.


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  • Fuchs C, Giovannucci E, Colditz G, Hunter D, Speizer H, Willett W. A Prospective Study of Family History and the Risk of Colorectal Cáncer. N Engl J Med 1994;331. Disponible en https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199412223312501.
  • Montiel A, Zagal A, Varela M. Rectosigmoidoscopia rígida en el diagnóstico de la patología del anorrect. Cir Ciruj 2002;70.
  • Zeitz M. Polipos del colon. American College of Gastroenterology 2010. Disponible en https://gi.org/patients/recursos-en-espanol/polipos-del-colon/.

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