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Remoção dos ovários

4 minutos
A remoção prematura dos ovários é uma cirurgia feita preventivamente quando a mulher apresenta um risco elevado de câncer hormônio-dependente. Não é uma decisão que pode ser tomada impulsivamente.
Remoção dos ovários
Leonardo Biolatto

Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto

Escrito por Leonardo Biolatto
Última atualização: 27 maio, 2022

A remoção dos ovários, ou, como é tecnicamente chamada, ooforectomia, é um procedimento cirúrgico no qual os ovários são removidos. Pode ser uma ooforectomia bilateral, ou seja, dos dois ovários, ou unilateral.

Essa remoção dos ovários pode ser necessária quando eles são afetados por uma patologia oncológica. No entanto, também é uma modalidade preventiva quando uma mulher está em alto risco de desenvolver câncer de mama ou de ovário, mesmo antes de ter sintomas.

Os ovários são órgãos no final das tubas uterinas e pertencem ao sistema reprodutivo da mulher. Neles, encontramos os óvulos, que são liberados todos os meses para que possam ser fertilizados no útero.

Os ovários são a principal fonte de hormônios sexuais femininos. Eles produzem estrogênio e progesterona, então removê-los afeta claramente o equilíbrio hormonal da mulher.

Por que os ovários são removidos?

Durante a vida reprodutiva da mulher, os ovários são os órgãos que liberam estrogênio e progesterona. Esses hormônios sexuais, além de influenciar o aparelho sexual feminino, também afetam outras partes do corpo, como a mama.

A mama tem receptores de estrogênio e progesterona que mudam sua estrutura. Por exemplo, antes da menstruação, uma mulher pode sentir seus seios mais inchados. Isso se deve à preparação instintiva das glândulas mamárias para a lactação.

Uma série de mutações genéticas, conhecidas como BRCA1 e BRCA2, predispõem ao câncer de mama e ovárioPortadoras de qualquer uma dessas mutações têm um risco de 50 a 85% de desenvolver câncer de mama em algum momento de suas vidas. Aqueles com mutação BRCA1 têm um risco de 20% a 40% de desenvolver câncer de ovário.

A questão é que os hormônios sexuais, sintetizados no ovário, são grandes catalisadores para esses tumores. A remoção prematura dos ovários surge, então, como uma opção para impedir o desenvolvimento do câncer.

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Os ovários são portadores dos óvulos, mas também de glândulas que produzem estrogênio e progesterona.

Você pode estar interessada: Síndrome dos ovários policísticos. 6 sinais que permitem identificá-la

Remoção prematura dos ovários

A remoção ovariana é considerada prematura quando acontece antes da menopausa. Durante a vida reprodutiva, os ovários são necessários para regular o ciclo menstrual. Sem os ovários, a menopausa tem início porque a produção hormonal desaparece.

No entanto, apesar do efeito, essa remoção prematura dos ovários pode ser considerada essencial quando uma mulher está em alto risco de desenvolver câncer de mama ou de ovário no futuro.

Remoção preventiva dos ovários no câncer de mama

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, a remoção preventiva dos ovários reduziria em 50% o número de novos casos de câncer de mama em mulheres de alto risco. Também afirma-se que esse benefício só é obtido se a remoção ocorrer antes da menopausa.

Remover os ovários antes da menopausa reduz a produção de estrogênio no corpo. Então, os tumores que precisam de estrogênio para crescer não se desenvolveriam.

Remoção preventiva dos ovários contra o câncer de ovário

A remoção profilática dos ovários, antes ou depois da menopausa, pode reduzir o risco de câncer de ovário em até 90% em mulheres de alto risco. No entanto, deve-se ter em mente que a teoria da origem deste câncer mudou.

Anteriormente, supunha-se que o tumor ovariano era primário e original das células presentes neste local, mas agora sabe-se que ele pode ser secundário de outro local da pelve, como as fímbrias das tubas uterinas. A invasão do útero seria secundária, e isso envolveria não apenas a remoção dos ovários, mas também das tubas uterinas.

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Os genes BRCA são fundamentais no desenvolvimento dos casos de câncer de mama e de ovário.

Leia o artigo a seguir: Como o câncer de ovário é detectado?

Hormônios e remoção prematura dos ovários

A remoção prematura dos ovários resulta em uma menopausa precoce, porque as mulheres são desprovidas dos hormônios sexuais que regulam o ciclo sexual. Portanto, a menstruação e a fertilidade cessam.

Além disso, o estrogênio oferece uma proteção cardiovascular e óssea.

  • O estrogênio controla indiretamente o colesterol no sangue. Na ausência de estrogênio, o colesterol HDL diminui e aumenta o LDL, colesterol ruim.
  • Os hormônios sexuais previnem a perda óssea. Sem estrogênio, a perda óssea acelera e chegamos mais rápido à osteoporose, podendo sofrer fraturas.

O aconselhamento médico é indispensável

Antes de optar por uma remoção prematura dos ovário, você precisa pesar os prós e contras deste procedimento com o seu médico. Os efeitos a longo prazo são consideráveis e a decisão deve ser cientificamente fundamentada.

Se você tem um histórico de câncer de mama ou de ovário na família, não deixe de investigar esta questão. Faça as perguntas relevantes e certifique-se de que a equipe focada no tratamento tem experiência nestes casos.

A remoção dos ovários, ou, como é tecnicamente chamada, ooforectomia, é um procedimento cirúrgico no qual os ovários são removidos. Pode ser uma ooforectomia bilateral, ou seja, dos dois ovários, ou unilateral.

Essa remoção dos ovários pode ser necessária quando eles são afetados por uma patologia oncológica. No entanto, também é uma modalidade preventiva quando uma mulher está em alto risco de desenvolver câncer de mama ou de ovário, mesmo antes de ter sintomas.

Os ovários são órgãos no final das tubas uterinas e pertencem ao sistema reprodutivo da mulher. Neles, encontramos os óvulos, que são liberados todos os meses para que possam ser fertilizados no útero.

Os ovários são a principal fonte de hormônios sexuais femininos. Eles produzem estrogênio e progesterona, então removê-los afeta claramente o equilíbrio hormonal da mulher.

Por que os ovários são removidos?

Durante a vida reprodutiva da mulher, os ovários são os órgãos que liberam estrogênio e progesterona. Esses hormônios sexuais, além de influenciar o aparelho sexual feminino, também afetam outras partes do corpo, como a mama.

A mama tem receptores de estrogênio e progesterona que mudam sua estrutura. Por exemplo, antes da menstruação, uma mulher pode sentir seus seios mais inchados. Isso se deve à preparação instintiva das glândulas mamárias para a lactação.

Uma série de mutações genéticas, conhecidas como BRCA1 e BRCA2, predispõem ao câncer de mama e ovárioPortadoras de qualquer uma dessas mutações têm um risco de 50 a 85% de desenvolver câncer de mama em algum momento de suas vidas. Aqueles com mutação BRCA1 têm um risco de 20% a 40% de desenvolver câncer de ovário.

A questão é que os hormônios sexuais, sintetizados no ovário, são grandes catalisadores para esses tumores. A remoção prematura dos ovários surge, então, como uma opção para impedir o desenvolvimento do câncer.

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Os ovários são portadores dos óvulos, mas também de glândulas que produzem estrogênio e progesterona.

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Remoção prematura dos ovários

A remoção ovariana é considerada prematura quando acontece antes da menopausa. Durante a vida reprodutiva, os ovários são necessários para regular o ciclo menstrual. Sem os ovários, a menopausa tem início porque a produção hormonal desaparece.

No entanto, apesar do efeito, essa remoção prematura dos ovários pode ser considerada essencial quando uma mulher está em alto risco de desenvolver câncer de mama ou de ovário no futuro.

Remoção preventiva dos ovários no câncer de mama

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, a remoção preventiva dos ovários reduziria em 50% o número de novos casos de câncer de mama em mulheres de alto risco. Também afirma-se que esse benefício só é obtido se a remoção ocorrer antes da menopausa.

Remover os ovários antes da menopausa reduz a produção de estrogênio no corpo. Então, os tumores que precisam de estrogênio para crescer não se desenvolveriam.

Remoção preventiva dos ovários contra o câncer de ovário

A remoção profilática dos ovários, antes ou depois da menopausa, pode reduzir o risco de câncer de ovário em até 90% em mulheres de alto risco. No entanto, deve-se ter em mente que a teoria da origem deste câncer mudou.

Anteriormente, supunha-se que o tumor ovariano era primário e original das células presentes neste local, mas agora sabe-se que ele pode ser secundário de outro local da pelve, como as fímbrias das tubas uterinas. A invasão do útero seria secundária, e isso envolveria não apenas a remoção dos ovários, mas também das tubas uterinas.

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Os genes BRCA são fundamentais no desenvolvimento dos casos de câncer de mama e de ovário.

Leia o artigo a seguir: Como o câncer de ovário é detectado?

Hormônios e remoção prematura dos ovários

A remoção prematura dos ovários resulta em uma menopausa precoce, porque as mulheres são desprovidas dos hormônios sexuais que regulam o ciclo sexual. Portanto, a menstruação e a fertilidade cessam.

Além disso, o estrogênio oferece uma proteção cardiovascular e óssea.

  • O estrogênio controla indiretamente o colesterol no sangue. Na ausência de estrogênio, o colesterol HDL diminui e aumenta o LDL, colesterol ruim.
  • Os hormônios sexuais previnem a perda óssea. Sem estrogênio, a perda óssea acelera e chegamos mais rápido à osteoporose, podendo sofrer fraturas.

O aconselhamento médico é indispensável

Antes de optar por uma remoção prematura dos ovário, você precisa pesar os prós e contras deste procedimento com o seu médico. Os efeitos a longo prazo são consideráveis e a decisão deve ser cientificamente fundamentada.

Se você tem um histórico de câncer de mama ou de ovário na família, não deixe de investigar esta questão. Faça as perguntas relevantes e certifique-se de que a equipe focada no tratamento tem experiência nestes casos.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Sánchez, A. Redondo, et al. “Cáncer de ovario.” Medicine-Programa de Formación Médica Continuada Acreditado 12.34 (2017): 2024-2035.
  • Cassinello, N. Vidal, and Pedro Pérez Segura. “Consejo genético en cáncer de ovario.” Revisiones en cáncer 30.5 (2016): 223-231.
  • León, Rodrigo Domínguez. “Predisposición hereditaria al cáncer de mama y medidas profilácticas.” Zaragoza (2016).
  • Gunderson, Camille C., Robert S. Mannel, and Philip J. DiSaia. “Masas anexiales.” Oncología ginecológica clínica (2018).
  • BRUNO, BRUNA CHAGAS RODRIGUES, et al. “CÂNCER DE MAMA: É POSSÍVEL PREVENIR?.” REVISTA UNINGÁ REVIEW 28.1 (2016).

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