Os produtos de higiene íntima feminina são realmente seguros?
Existem várias marcas que produzem e comercializam produtos de higiene íntima feminina. Os mais conhecidos são os absorventes externos e internos e os sabonetes de higiene íntima, mas existem outros.
Sabe-se que esses produtos facilitam muito a vida das mulheres. Eles permitem evitar os resíduos e o cheiro forte provocados pela menstruação, por exemplo.
No entanto, ao longo da história, surgiram vários problemas relacionados a estes produtos, e estas questões ainda podem estar presentes. Neste artigo, vamos falar sobre alguns incidentes e os diferentes métodos de higiene íntima.
Um pouco de história
A Food and Drug Administration (FDA) e a indústria de higiene feminina descobriram que, entre o final dos anos 1970 e o início dos anos 1980, mais de 50 mulheres americanas morreram de infecções associadas ao uso de absorventes internos.
Naquela época, muitos esforços foram feitos para encobrir os incidentes e as empresas fizeram todo o possível para evitar que os alarmes fossem acionados. Os tampões ultra-absorventes Rely da Procter and Gamble causaram a maioria dos problemas.
Por volta do ano de 1975, a P&G aceitou por meio de declaração pública que alguns produtos poderiam conter agentes prejudiciais à saúde e que seu uso poderia alterar a composição química da genitália feminina, levando a infecções e outros problemas.
Após anos de luta para bani-los, eles foram finalmente retirados do mercado na década de 1980. No entanto, eles deixaram uma longa lista de mulheres com histerectomias, infertilidade, etc.
Não se esqueça de ler: As 6 causas mais comuns de infertilidade em mulheres
Esclarecimento
Hoje sabemos que a composição dos absorventes internos daquela época era a causa mais provável desses problemas. Algumas fibras que os formavam pareciam favorecer o crescimento de bactérias com mais facilidade e rapidez. Sem perceber, diversas mulheres contraíram doenças que, em alguns casos, acabaram sendo fatais.
Porém, a composição dos produtos evoluiu muito ao longo do tempo, e atualmente esses materiais “favoráveis” a bactérias não são mais utilizados.
No entanto, aproveitamos para lembrar que os produtos de higiene íntima devem ser trocados com frequência. Não é aconselhável usar um absorvente interno por mais de 4 horas seguidas, especialmente se o fluxo for intenso. A mesma recomendação vale para os absorventes externos, embora neste caso o tempo possa ser um pouco alongado.
A explicação é muito simples. A vagina da mulher é coberta por mucosa, e não por pele, o que facilita a disseminação de microrganismos para o restante do corpo. Os absorventes são corpos estranhos que colocamos em contato com essa área vulnerável.
Quanto mais tempo deixarmos o produto, mais bactérias e outros seres se proliferarão. Este é um fato inevitável; o importante é ter cuidado e trocá-los com frequência.
Ainda há preocupação
A preocupação atual de alguns grupos está centrada principalmente nos Estados Unidos. Sabe-se que mais de 38.000 toneladas de pesticidas são pulverizadas em 14,4 milhões de acres de algodão convencional a cada ano.
O algodão é o principal componente desses produtos, daí a preocupação. Em seguida, ele é submetido a um processo de branqueamento com cloro. A dúvida aqui é levantada por grupos que afirmam que este processo cria compostos químicos tóxicos como os hidrocarbonetos clorados. Isso incluiria uma parte das dioxinas, substâncias muito tóxicas.
No entanto, os produtos de higiene íntima, assim como os remédios, são submetidos a rígidos controles de qualidade. Esses tipos de testes são realizados por entidades externas à empresa que financia o produto, de forma que os resultados não podem ser falsificados.
Portanto, destacamos que os problemas causados pelo branqueamento com cloro vêm de grupos que são contra esses produtos, não de demonstrações reais.
Glifosato em produtos de higiene íntima feminina
O glifosato é um herbicida classificado pela Organização Mundial da Saúde como “provavelmente cancerígeno para humanos”.
Uma equipe de pesquisa da Universidade Nacional de La Plata liderada por Damián Marino constatou que 85% dos produtos de higiene íntima feminina e outros usados em hospitais podem estar contaminados por este produto.
A Argentina é um dos países com maiores problemas de contaminação de produtos que deveriam ser estéreis, no caso dos hospitais, ou livres de compostos nocivos, como os de higiene íntima.
“O relatório nos surpreendeu”, disse o Dr. Medardo Ávila Vázquez, um dos responsáveis pelo estudo.
Havíamos focado nossa atenção na presença do glifosato nos alimentos, mas não achei que os produtos que usamos em todos os hospitais e postos de saúde do país para curar pacientes estivessem contaminados com um composto cancerígeno. As autoridades devem dar uma resposta imediata a esta situação.
Se você está preocupado com esse tipo de publicação, tente obter produtos de higiene íntima que você saiba que são fabricados fora de áreas de risco como a deste estudo.
O objetivo não é causar polêmica. Como comentamos acima, os produtos passam por inúmeros controles antes de chegar ao público. Claro que, quanto maior e mais conhecida a marca, mais garantias sanitárias ela terá.
Você quer saber mais? Leia: Excesso de higiene e resistência a antibióticos
Existem alternativas de higiene íntima feminina?
Já comentamos que, no momento, não é preciso abandonar estes produtos. É interessante optar por marcas que ofereçam as melhores garantias.
No entanto, se você não quer mais usá-los, existem algumas alternativas. Não usar nada nunca deve ser uma opção, pois nos dias de menstruação é fundamental manter a higiene, e isso só se consegue com algum tipo de ajuda.
- Produtos feitos de algodão orgânico, coletores menstruais e absorventes de pano podem ser algumas opções. Se você usar este último, deve ter muito cuidado e trocá-lo com muita frequência.
O mais básico para o cuidado da região íntima é manter a flora bacteriana natural que protege a vagina. Para isso, o ideal é lavar pelo menos uma vez ao dia com água. Isso pode ajudá-la a manter o pH estável e garantir que a flora o proteja contra microrganismos infecciosos.
Conclusão
Assim como os medicamentos, os produtos de higiene íntima melhoraram com o tempo. O importante é usá-los corretamente para proteger a nossa saúde. Se você desconfia deles, pode experimentar qualquer uma das alternativas que mencionamos.
Existem várias marcas que produzem e comercializam produtos de higiene íntima feminina. Os mais conhecidos são os absorventes externos e internos e os sabonetes de higiene íntima, mas existem outros.
Sabe-se que esses produtos facilitam muito a vida das mulheres. Eles permitem evitar os resíduos e o cheiro forte provocados pela menstruação, por exemplo.
No entanto, ao longo da história, surgiram vários problemas relacionados a estes produtos, e estas questões ainda podem estar presentes. Neste artigo, vamos falar sobre alguns incidentes e os diferentes métodos de higiene íntima.
Um pouco de história
A Food and Drug Administration (FDA) e a indústria de higiene feminina descobriram que, entre o final dos anos 1970 e o início dos anos 1980, mais de 50 mulheres americanas morreram de infecções associadas ao uso de absorventes internos.
Naquela época, muitos esforços foram feitos para encobrir os incidentes e as empresas fizeram todo o possível para evitar que os alarmes fossem acionados. Os tampões ultra-absorventes Rely da Procter and Gamble causaram a maioria dos problemas.
Por volta do ano de 1975, a P&G aceitou por meio de declaração pública que alguns produtos poderiam conter agentes prejudiciais à saúde e que seu uso poderia alterar a composição química da genitália feminina, levando a infecções e outros problemas.
Após anos de luta para bani-los, eles foram finalmente retirados do mercado na década de 1980. No entanto, eles deixaram uma longa lista de mulheres com histerectomias, infertilidade, etc.
Não se esqueça de ler: As 6 causas mais comuns de infertilidade em mulheres
Esclarecimento
Hoje sabemos que a composição dos absorventes internos daquela época era a causa mais provável desses problemas. Algumas fibras que os formavam pareciam favorecer o crescimento de bactérias com mais facilidade e rapidez. Sem perceber, diversas mulheres contraíram doenças que, em alguns casos, acabaram sendo fatais.
Porém, a composição dos produtos evoluiu muito ao longo do tempo, e atualmente esses materiais “favoráveis” a bactérias não são mais utilizados.
No entanto, aproveitamos para lembrar que os produtos de higiene íntima devem ser trocados com frequência. Não é aconselhável usar um absorvente interno por mais de 4 horas seguidas, especialmente se o fluxo for intenso. A mesma recomendação vale para os absorventes externos, embora neste caso o tempo possa ser um pouco alongado.
A explicação é muito simples. A vagina da mulher é coberta por mucosa, e não por pele, o que facilita a disseminação de microrganismos para o restante do corpo. Os absorventes são corpos estranhos que colocamos em contato com essa área vulnerável.
Quanto mais tempo deixarmos o produto, mais bactérias e outros seres se proliferarão. Este é um fato inevitável; o importante é ter cuidado e trocá-los com frequência.
Ainda há preocupação
A preocupação atual de alguns grupos está centrada principalmente nos Estados Unidos. Sabe-se que mais de 38.000 toneladas de pesticidas são pulverizadas em 14,4 milhões de acres de algodão convencional a cada ano.
O algodão é o principal componente desses produtos, daí a preocupação. Em seguida, ele é submetido a um processo de branqueamento com cloro. A dúvida aqui é levantada por grupos que afirmam que este processo cria compostos químicos tóxicos como os hidrocarbonetos clorados. Isso incluiria uma parte das dioxinas, substâncias muito tóxicas.
No entanto, os produtos de higiene íntima, assim como os remédios, são submetidos a rígidos controles de qualidade. Esses tipos de testes são realizados por entidades externas à empresa que financia o produto, de forma que os resultados não podem ser falsificados.
Portanto, destacamos que os problemas causados pelo branqueamento com cloro vêm de grupos que são contra esses produtos, não de demonstrações reais.
Glifosato em produtos de higiene íntima feminina
O glifosato é um herbicida classificado pela Organização Mundial da Saúde como “provavelmente cancerígeno para humanos”.
Uma equipe de pesquisa da Universidade Nacional de La Plata liderada por Damián Marino constatou que 85% dos produtos de higiene íntima feminina e outros usados em hospitais podem estar contaminados por este produto.
A Argentina é um dos países com maiores problemas de contaminação de produtos que deveriam ser estéreis, no caso dos hospitais, ou livres de compostos nocivos, como os de higiene íntima.
“O relatório nos surpreendeu”, disse o Dr. Medardo Ávila Vázquez, um dos responsáveis pelo estudo.
Havíamos focado nossa atenção na presença do glifosato nos alimentos, mas não achei que os produtos que usamos em todos os hospitais e postos de saúde do país para curar pacientes estivessem contaminados com um composto cancerígeno. As autoridades devem dar uma resposta imediata a esta situação.
Se você está preocupado com esse tipo de publicação, tente obter produtos de higiene íntima que você saiba que são fabricados fora de áreas de risco como a deste estudo.
O objetivo não é causar polêmica. Como comentamos acima, os produtos passam por inúmeros controles antes de chegar ao público. Claro que, quanto maior e mais conhecida a marca, mais garantias sanitárias ela terá.
Você quer saber mais? Leia: Excesso de higiene e resistência a antibióticos
Existem alternativas de higiene íntima feminina?
Já comentamos que, no momento, não é preciso abandonar estes produtos. É interessante optar por marcas que ofereçam as melhores garantias.
No entanto, se você não quer mais usá-los, existem algumas alternativas. Não usar nada nunca deve ser uma opção, pois nos dias de menstruação é fundamental manter a higiene, e isso só se consegue com algum tipo de ajuda.
- Produtos feitos de algodão orgânico, coletores menstruais e absorventes de pano podem ser algumas opções. Se você usar este último, deve ter muito cuidado e trocá-lo com muita frequência.
O mais básico para o cuidado da região íntima é manter a flora bacteriana natural que protege a vagina. Para isso, o ideal é lavar pelo menos uma vez ao dia com água. Isso pode ajudá-la a manter o pH estável e garantir que a flora o proteja contra microrganismos infecciosos.
Conclusão
Assim como os medicamentos, os produtos de higiene íntima melhoraram com o tempo. O importante é usá-los corretamente para proteger a nossa saúde. Se você desconfia deles, pode experimentar qualquer uma das alternativas que mencionamos.
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Shehin, S. E., Jones, M. B., Hochwalt, A. E., Sarbaugh, F. C., & Nunn, S. (2003). Clinical safety-in-use study of a new tampon design. Infectious Disease in Obstetrics and Gynecology. https://doi.org/10.1080/10647440300025504
Schlievert, P. M., Nemeth, K. A., Davis, C. C., Peterson, M. L., & Jones, B. E. (2010). Staphylococcus aureus exotoxins are present In Vivo in tampons. Clinical and Vaccine Immunology. https://doi.org/10.1128/CVI.00483-09
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