Logo image
Logo image

Modelo teve a perna amputada por causa de um absorvente interno

4 minutos
Para minimizar o risco dessa síndrome, é fundamental não usar absorventes internos por mais de 8 horas seguidas e, pelo menos uma vez ao dia, combiná-los com o uso de absorventes externos.
Modelo teve a perna amputada por causa de um absorvente interno
Última atualização: 23 agosto, 2022

Os absorventes internos são um elemento de higiene feminina que se popularizou nos últimos anos por sua facilidade de uso e comodidade para nos sentirmos melhor “naqueles dias”.

No entanto, uma das advertências que aparecem em todas as embalagens é que eles podem causar a síndrome do choque tóxico, um tipo de doença bacteriana que ocorre em condições estranhas, e que pode chegar a ser letal quando não recebe a atenção devida.

Um caso recente dessa doença foi o que ocorreu com uma modelo estadunidense de sucesso chamada Lauren Wasser, que ao final teve que fazer uma cirurgia que acabou lhe custando uma das pernas.

O que é a síndrome do choque tóxico?

Essa estranha doença é um dos principais riscos de usar absorventes internos sem precaução, e é causada por uma bactéria chamada Staphylococcus aureus, que se encontra de forma natural em nossa pele, axila, vagina, períneo e faringe, sem que isso signifique que irá necessariamente causar uma infecção.

De fato, estima-se que um terço da população mundial tenha esta bactéria em seu corpo. Mas isso não quer dizer que essas pessoas sofram de problemas de saúde por sua ação.

Leia também: Como aumentar as defesas de nosso organismo

Some figure

O problema com essa bactéria ocorre quando seu ambiente se altera e é criado um meio quente que favorece a sua proliferação, momento no qual ela pode liberar toxinas que afetam de forma direta o organismo.

Esse ambiente é criado com o uso de absorventes internos que, ao concentrar tantos fluídos por tanto tempo, possibilitam que essa bactéria se desenvolva.

Esse tema não é inventado e também não é uma campanha contra os fabricantes desses produtos. De fato, todas as marcas de produtos de higiene feminina fazem essa advertência, mas a fazem com uma letra tão pequena que quase nunca lemos.

Desconhecer a doença e os sintomas pode causar um verdadeiro caos no corpo, já que a mulher não sabe o que tem exatamente e, muitas vezes, não age antes de que seja tarde demais.

Isso foi o que aconteceu com Lauren Wasser que, depois de sofrer as consequências da doença, compartilhou seu caso com todo o mundo para que as mulheres sejam mais precavidas ao utilizar esse produto.

A história…

Some figure

A triste história de Lauren começou em 3 de outubro de 2012, quando começou a sentir enfraquecimento, como se tivesse uma gripe. Por acaso esse momento coincidiu com o período menstrual, no qual ela estava usando seus absorventes internos habituais, os quais preferia por serem menos incômodos.

Ela já estava lidando com seu período menstrual há 11 anos e, desde sempre, os absorventes internos foram sua opção preferida para se cuidar e se sentir bem “naqueles dias“.

Como costuma ocorrer com todas as meninas, ao chegar a uma certa idade, suas mães explicam como devem usar os absorventes, advertindo que ele deve ser trocado a cada 3 ou 4 horas, pois deixá-lo por mais tempo pode ser um risco para a saúde.

Naquele dia, Lauren trocou seu absorvente nas horas de sempre, seguindo a recomendação de sua mãe. Mas à noite, durante uma festa de aniversário, seu mal-estar foi aumentando.

Eu agi com normalidade, embora naquele momento estivesse lutando para me manter em pé. Todo mundo dizia: menina, você não parece bem. Quando não consegui mais ficar lá, voltei para casa, me deitei e fechei os olhos. A única coisa que eu queria fazer era dormir.

Nesse mesmo dia, Lauren não foi ao hospital e ficou dormindo, depois de comentar com sua mãe por telefone que somente queria dormir.

Na manhã seguinte, preocupada, a mãe enviou um amigo até a casa da modelo com um policial, e ambos a encontraram no chão de seu quarto.

Sua vida é considerada um milagre, pois os médicos disseram que ela esteve a 10 minutos de morrer. Ela chegou ao hospital com 42° de febre, seus órgãos falhavam e todos temiam que ela sofresse com um ataque cardíaco.

Mais tarde, depois da intervenção para salvar sua vida, Lauren foi diagnosticada com a síndrome do choque tóxico e, para sua desgraça, a infecção já havia provocado gangrena.

Some figure

Depois de perder a perna, ela pensou que sua vida como modelo havia acabado e que nada mais faria sentido. No entanto, com o tempo, ela conseguiu se recuperar e entendeu que ainda tinha muito pela frente, além de ganhar forças para começar a lutar para tornar essa doença conhecida.

Leia também: Período menstrual: 8 coisas sobre ele que você provavelmente desconhece

Seu advogado confirmou que ela iria processar a marca (Kotex Natural Balance) pela pouca informação que existe sobre os perigos de usar absorventes internos.

Agora, depois de três anos, a modelo está melhor e voltou a trabalhar graças ao apoio daqueles que ainda acreditam nela.

Na última sessão de fotos, ela decidiu mostrar todo o seu corpo, pela primeira vez desde a tragédia, em imagens que exibem a sua prótese.

Os absorventes internos são um elemento de higiene feminina que se popularizou nos últimos anos por sua facilidade de uso e comodidade para nos sentirmos melhor “naqueles dias”.

No entanto, uma das advertências que aparecem em todas as embalagens é que eles podem causar a síndrome do choque tóxico, um tipo de doença bacteriana que ocorre em condições estranhas, e que pode chegar a ser letal quando não recebe a atenção devida.

Um caso recente dessa doença foi o que ocorreu com uma modelo estadunidense de sucesso chamada Lauren Wasser, que ao final teve que fazer uma cirurgia que acabou lhe custando uma das pernas.

O que é a síndrome do choque tóxico?

Essa estranha doença é um dos principais riscos de usar absorventes internos sem precaução, e é causada por uma bactéria chamada Staphylococcus aureus, que se encontra de forma natural em nossa pele, axila, vagina, períneo e faringe, sem que isso signifique que irá necessariamente causar uma infecção.

De fato, estima-se que um terço da população mundial tenha esta bactéria em seu corpo. Mas isso não quer dizer que essas pessoas sofram de problemas de saúde por sua ação.

Leia também: Como aumentar as defesas de nosso organismo

Some figure

O problema com essa bactéria ocorre quando seu ambiente se altera e é criado um meio quente que favorece a sua proliferação, momento no qual ela pode liberar toxinas que afetam de forma direta o organismo.

Esse ambiente é criado com o uso de absorventes internos que, ao concentrar tantos fluídos por tanto tempo, possibilitam que essa bactéria se desenvolva.

Esse tema não é inventado e também não é uma campanha contra os fabricantes desses produtos. De fato, todas as marcas de produtos de higiene feminina fazem essa advertência, mas a fazem com uma letra tão pequena que quase nunca lemos.

Desconhecer a doença e os sintomas pode causar um verdadeiro caos no corpo, já que a mulher não sabe o que tem exatamente e, muitas vezes, não age antes de que seja tarde demais.

Isso foi o que aconteceu com Lauren Wasser que, depois de sofrer as consequências da doença, compartilhou seu caso com todo o mundo para que as mulheres sejam mais precavidas ao utilizar esse produto.

A história…

Some figure

A triste história de Lauren começou em 3 de outubro de 2012, quando começou a sentir enfraquecimento, como se tivesse uma gripe. Por acaso esse momento coincidiu com o período menstrual, no qual ela estava usando seus absorventes internos habituais, os quais preferia por serem menos incômodos.

Ela já estava lidando com seu período menstrual há 11 anos e, desde sempre, os absorventes internos foram sua opção preferida para se cuidar e se sentir bem “naqueles dias“.

Como costuma ocorrer com todas as meninas, ao chegar a uma certa idade, suas mães explicam como devem usar os absorventes, advertindo que ele deve ser trocado a cada 3 ou 4 horas, pois deixá-lo por mais tempo pode ser um risco para a saúde.

Naquele dia, Lauren trocou seu absorvente nas horas de sempre, seguindo a recomendação de sua mãe. Mas à noite, durante uma festa de aniversário, seu mal-estar foi aumentando.

Eu agi com normalidade, embora naquele momento estivesse lutando para me manter em pé. Todo mundo dizia: menina, você não parece bem. Quando não consegui mais ficar lá, voltei para casa, me deitei e fechei os olhos. A única coisa que eu queria fazer era dormir.

Nesse mesmo dia, Lauren não foi ao hospital e ficou dormindo, depois de comentar com sua mãe por telefone que somente queria dormir.

Na manhã seguinte, preocupada, a mãe enviou um amigo até a casa da modelo com um policial, e ambos a encontraram no chão de seu quarto.

Sua vida é considerada um milagre, pois os médicos disseram que ela esteve a 10 minutos de morrer. Ela chegou ao hospital com 42° de febre, seus órgãos falhavam e todos temiam que ela sofresse com um ataque cardíaco.

Mais tarde, depois da intervenção para salvar sua vida, Lauren foi diagnosticada com a síndrome do choque tóxico e, para sua desgraça, a infecção já havia provocado gangrena.

Some figure

Depois de perder a perna, ela pensou que sua vida como modelo havia acabado e que nada mais faria sentido. No entanto, com o tempo, ela conseguiu se recuperar e entendeu que ainda tinha muito pela frente, além de ganhar forças para começar a lutar para tornar essa doença conhecida.

Leia também: Período menstrual: 8 coisas sobre ele que você provavelmente desconhece

Seu advogado confirmou que ela iria processar a marca (Kotex Natural Balance) pela pouca informação que existe sobre os perigos de usar absorventes internos.

Agora, depois de três anos, a modelo está melhor e voltou a trabalhar graças ao apoio daqueles que ainda acreditam nela.

Na última sessão de fotos, ela decidiu mostrar todo o seu corpo, pela primeira vez desde a tragédia, em imagens que exibem a sua prótese.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Rai, S. P., Neog, L. S., Bhattacharyya, D., & Ganguli, M. (2008). Symmetrical Peripheral Gangrene complicating Staphylococcal Toxic Shock Syndrome. Medical journal, Armed Forces India64(2), 181.
  • Spiva, M. Tampon Usage and TSS Allied Health 4060 Research in Allied Health East Tennessee State University.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.