Logo image
Logo image

Excesso de higiene e resistência a antibióticos

3 minutos
Pesquisas recentes vincularam a limpeza excessiva ao aumento da resistência de vírus e bactérias a medicamentos. Saiba tudo sobre o tema a seguir.
Excesso de higiene e resistência a antibióticos
Última atualização: 27 maio, 2022

Você sabia que o número de pessoas que ficam gravemente doentes e até morrem devido à resistência a antibióticos está aumentando a cada ano em todo o mundo? Neste artigo, mostraremos como o excesso de higiene influencia essa circunstância.

Resistência a antibióticos e excesso de higiene

Some figure
O excesso de limpeza pessoal e no lar pode ter um impacto no nosso sistema imunológico.

Antes de mergulhar diretamente neste tópico, é importante concluirmos exatamente o que é higiene excessiva. Na verdade, esse termo é um pouco difícil de definir, mas, em geral, é considerado um excesso de higiene pessoal:

Essas circunstâncias podem fazer com que o sistema imunológico perca a sua funcionalidade; um exemplo é quando a pele perde sua barreira protetora e fica exposta a todos os tipos de bactérias.

E quanto à higiene do lar? A limpeza constante com os mesmos produtos poderia gerar um desgaste por parte dos patógenos e, portanto, eles poderiam desenvolver uma resistência a eles.

Talvez você possa se interessar: Antibióticos de amplo espectro: funções e resistência

O que é resistência a antibióticos?

Some figure
Consumir antibióticos sem receita médica pode aumentar nossa resistência a eles.

A resistência aos antibióticos ocorre quando eles param de agir contra os microrganismos, ou seja, os patógenos “se acostumam” aos medicamentos.

Geralmente, essa situação é causada pelo uso regular de antibióticos (e até abuso dos mesmos). De alguma forma, as bactérias perdem a sensibilidade e, para combatê-las, é necessário recorrer a substâncias cada vez mais agressivas.

Nos últimos anos, surgiram mutações de microrganismos que são cada vez mais resistentes aos antibióticos. Em 2016, o jornal El País publicou a história de uma mulher nos Estados Unidos que sofria da infecção de urina mais resistente a antibióticos já registrada.

O Departamento de Saúde do Reino Unido solicitou uma análise da situação de resistência a antibióticos. O mesmo, conhecido como Revisão da Resistência Antimicrobiana, durou dois anos e divulgou alguns dados interessantes:

  1. As infecções resistentes a medicamentos estão em ascensão.
  2. Cerca de 50.000 pessoas morrem a cada ano na Europa e nos Estados Unidos de infecções resistentes a antibióticos.
  3. Pelo menos 700.000 pessoas morrem em todo o mundo devido a infecções bacterianas, AIDS ou tuberculose devido a esse problema.
  4. A resistência aos medicamentos complica cirurgias de rotina e as infecções menores a longo prazo.

Estabelecemos que a resistência aos antibióticos é um problema grave que põe em risco a saúde pública em todo o mundo, mas como isso se relaciona ao excesso de higiene?

Não deixe de ler: Antibióticos para as infecções urinárias

Relação entre excesso de higiene e resistência a medicamentos

Some figure
Pesquisas sugerem que a limpeza exagerada aumenta a resistência dos patógenos aos antibióticos.

Um estudo realizado pela Universidade de Tecnologia de Graz (Áustria) comparou os microrganismos e a resistência a antibióticos existentes na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital da Universidade de Graz. As conclusões foram surpreendentes:

Embora a diversidade de micróbios tenha diminuído em áreas com fortes níveis e controles de higiene, a resistência aos antibióticos aumentou.

Dito de uma maneira mais compreensível, pode-se considerar que a higiene extrema pode sair pela culatra. A pesquisa mencionada acima aconselha a manutenção da diversidade microbiana estável para combater a propagação da resistência a antibióticos. Agora, como essa estabilidade pode ser alcançada?

Os especialistas sugerem que, em vez de usar um grande número de agentes de limpeza, seria interessante incluir plantas de interiores na decoração do lar e renovar regularmente o ar. Dessa maneira, a diversidade bacteriana seria melhorada, evitando o desenvolvimento de resistência aos produtos de limpeza.

Quanto aos antibióticos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda evitar consumir antibióticos não prescritos por um médico e evitar fazer uso de medicamentos quando não for necessário, além de lavar as mãos como a principal maneira de evitar infecções.

Por fim, vale ressaltar que você não deve exagerar na lavagem das mãos para, assim, evitar remover a proteção da pele e tornar-se mais vulnerável. O mesmo vale para limpar sua casa: mantenha-a limpa, mas sem exageros! A presença de algumas bactérias nos ajuda a manter nosso sistema imunológico forte e, a longo prazo, isso é mais saudável.

Você sabia que o número de pessoas que ficam gravemente doentes e até morrem devido à resistência a antibióticos está aumentando a cada ano em todo o mundo? Neste artigo, mostraremos como o excesso de higiene influencia essa circunstância.

Resistência a antibióticos e excesso de higiene

Some figure
O excesso de limpeza pessoal e no lar pode ter um impacto no nosso sistema imunológico.

Antes de mergulhar diretamente neste tópico, é importante concluirmos exatamente o que é higiene excessiva. Na verdade, esse termo é um pouco difícil de definir, mas, em geral, é considerado um excesso de higiene pessoal:

Essas circunstâncias podem fazer com que o sistema imunológico perca a sua funcionalidade; um exemplo é quando a pele perde sua barreira protetora e fica exposta a todos os tipos de bactérias.

E quanto à higiene do lar? A limpeza constante com os mesmos produtos poderia gerar um desgaste por parte dos patógenos e, portanto, eles poderiam desenvolver uma resistência a eles.

Talvez você possa se interessar: Antibióticos de amplo espectro: funções e resistência

O que é resistência a antibióticos?

Some figure
Consumir antibióticos sem receita médica pode aumentar nossa resistência a eles.

A resistência aos antibióticos ocorre quando eles param de agir contra os microrganismos, ou seja, os patógenos “se acostumam” aos medicamentos.

Geralmente, essa situação é causada pelo uso regular de antibióticos (e até abuso dos mesmos). De alguma forma, as bactérias perdem a sensibilidade e, para combatê-las, é necessário recorrer a substâncias cada vez mais agressivas.

Nos últimos anos, surgiram mutações de microrganismos que são cada vez mais resistentes aos antibióticos. Em 2016, o jornal El País publicou a história de uma mulher nos Estados Unidos que sofria da infecção de urina mais resistente a antibióticos já registrada.

O Departamento de Saúde do Reino Unido solicitou uma análise da situação de resistência a antibióticos. O mesmo, conhecido como Revisão da Resistência Antimicrobiana, durou dois anos e divulgou alguns dados interessantes:

  1. As infecções resistentes a medicamentos estão em ascensão.
  2. Cerca de 50.000 pessoas morrem a cada ano na Europa e nos Estados Unidos de infecções resistentes a antibióticos.
  3. Pelo menos 700.000 pessoas morrem em todo o mundo devido a infecções bacterianas, AIDS ou tuberculose devido a esse problema.
  4. A resistência aos medicamentos complica cirurgias de rotina e as infecções menores a longo prazo.

Estabelecemos que a resistência aos antibióticos é um problema grave que põe em risco a saúde pública em todo o mundo, mas como isso se relaciona ao excesso de higiene?

Não deixe de ler: Antibióticos para as infecções urinárias

Relação entre excesso de higiene e resistência a medicamentos

Some figure
Pesquisas sugerem que a limpeza exagerada aumenta a resistência dos patógenos aos antibióticos.

Um estudo realizado pela Universidade de Tecnologia de Graz (Áustria) comparou os microrganismos e a resistência a antibióticos existentes na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital da Universidade de Graz. As conclusões foram surpreendentes:

Embora a diversidade de micróbios tenha diminuído em áreas com fortes níveis e controles de higiene, a resistência aos antibióticos aumentou.

Dito de uma maneira mais compreensível, pode-se considerar que a higiene extrema pode sair pela culatra. A pesquisa mencionada acima aconselha a manutenção da diversidade microbiana estável para combater a propagação da resistência a antibióticos. Agora, como essa estabilidade pode ser alcançada?

Os especialistas sugerem que, em vez de usar um grande número de agentes de limpeza, seria interessante incluir plantas de interiores na decoração do lar e renovar regularmente o ar. Dessa maneira, a diversidade bacteriana seria melhorada, evitando o desenvolvimento de resistência aos produtos de limpeza.

Quanto aos antibióticos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda evitar consumir antibióticos não prescritos por um médico e evitar fazer uso de medicamentos quando não for necessário, além de lavar as mãos como a principal maneira de evitar infecções.

Por fim, vale ressaltar que você não deve exagerar na lavagem das mãos para, assim, evitar remover a proteção da pele e tornar-se mais vulnerável. O mesmo vale para limpar sua casa: mantenha-a limpa, mas sem exageros! A presença de algumas bactérias nos ajuda a manter nosso sistema imunológico forte e, a longo prazo, isso é mais saudável.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Review Antimicrobial Resistance. https://amr-review.org/
  • Alexander Mahnert, Christine Moissl-Eichinger, Markus Zojer, David Bogumil, Itzhak Mizrahi, Thomas Rattei, José Luis Martinez, Gabriele Berg. Man-made microbial resistances in built environments. Nature Communications, 2019; 10 (1) DOI: 10.1038/s41467-019-08864-0
  • Graz University of Technology. (2019, March 12). Excessive hygiene promotes resistance to antibiotics. ScienceDaily. Retrieved April 16, 2019 from www.sciencedaily.com/releases/2019/03/190312123701.htm
  • OMS. (2018). Resistencia a los antibióticos. https://www.who.int/es/news-room/fact-sheets/detail/resistencia-a-los-antibi%C3%B3ticos

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.