Tuberculose renal: diagnóstico e tratamento
Revisado e aprovado por o médico Diego Pereira
A tuberculose renal é uma infecção de evolução crônica, produzida principalmente pela bactéria Mycobacterium tuberculosis. Pode comprometer ambos os rins, causando insuficiência renal e a morte do paciente.
Em primeiro lugar, você deve saber que a origem é, frequentemente, pulmonar e ocorre em muitos pacientes com tuberculose pulmonar. Mycobacterium tuberculosis chega aos rins pelo sangue, por contiguidade e por via linfática. A tuberculose renal é a segunda forma extrapulmonar mais frequente.
As localizações iniciais da tuberculose renal são o rim, o epidídimo e a próstata. No entanto, o resto dos órgãos geniturinários também podem ser afetados.
Sintomas da tuberculose renal
Alguns dos sintomas mais frequentes da tuberculose renal são:
- Dor na região do rim.
- Micção frequente e dolorosa.
- Sangue na urina.
A maioria dos pacientes apresenta uma reação positiva à tuberculina e ao cultivo para bacilo de Koch na urina. Por exemplo, no homem é frequente que se associe a uma epididimite e, menos frequentemente, a uma prostatite.
Diagnóstico de tuberculose renal
O diagnóstico da tuberculose renal é microbiológico. Portanto requer do isolamento e do cultivo de Mycobacterium tuberculosis em amostras biológicas.
O diagnóstico microbiológico
O diagnóstico microbiológico é estabelecido em três etapas sucessivas:
- Demonstração de bacilos ácido-álcool resistentes.
- Isolamento de M. tuberculosis em cultivo puro.
- Em determinados casos, estudo de sensibilidade in vitro a fármacos antituberculosos.
Por outro lado, em relação às micobactérias, é preciso considerar que exigem técnicas de coloração específicas para sua identificação devido à alta quantidade de lipídios que a parede celular possui. Além disso, são de crescimento lento e os cultivos em meios sólidos devem ser incubados durante 8 semanas.
Certamente, a coloração e o exame microscópico direto é o procedimento mais fácil e rápido, e pode dar uma confirmação preliminar do diagnóstico.
Leia também: Antibióticos de amplo espectro: funções e resistência
Cultivo e identificação de micobactérias
Existem distintos meios de cultivo: sólidos, líquidos radiométricos, líquidos não radiométricos e bifásicos. Atualmente, o emprego da combinação de um meio sólido e um meio líquido é considerado um dos de maior sensibilidade e rapidez.
As técnicas mais eficazes são a de lise-centrifugação e técnicas radiométricas. Seu uso é indicado para pacientes com HIV gravemente imunodeprimidos e nos casos de febre de origem desconhecida.
Novas técnicas de diagnóstico: amplificação gênica do DNA ou RNA.
Essas técnicas, que geram milhões de cópias de ácido nucleico específico do complexo M. tuberculosis, permitem estabelecer diagnósticos rápidos.
Estudos de sensibilidade in vitro (antibiograma)
Além disso, dispõe-se de distintos métodos radiométricos e não radiométricos para o estudo da sensibilidade in vitro.
Diagnóstico anatomopatológico
O diagnóstico anatomopatológico consiste no estudo histológico de amostras obtidas por punção e aspiração com agulha fina e biopsia.
Tratamento da tuberculose renal
Primeiramente, para o tratamento da tuberculose renal, é preciso associar vários fármacos a fim de prevenir o aparecimento de resistências. Sem dúvida alguma, a má administração ou o abandono do tratamento também favorecem o aparecimento de resistências.
Além disso, o tratamento tem que ser prolongado para evitar a recidiva. Certamente, o melhor método para o acompanhamento da resposta ao tratamento é a avaliação bacteriológica.
Os fármacos para o tratamento da tuberculose são classificados em dois grupos em função de sua eficácia, potência e efeitos tóxicos:
- Fármacos de escolha para o tratamento de casos iniciais:
- Bactericidas: isoniazida, rifampicina , pirazinamida e estreptomicina.
- Bacteriostáticos: etambutol.
- Fármacos de segunda escolha: são menos ativos e com mais efeitos secundários. São usados para as formas resistentes ou em situações clínicas especiais. Alguns são difíceis de conseguir e apenas devem ser manuseados por pessoas especialistas. Entre esses fármacos estão:
- Canamicina.
- Amicacina.
- Claritromicina.
- Ciprofloxacino.
Também pode te interessar: Os riscos inerentes aos antibióticos
Efeitos adversos do tratamento da tuberculose renal
Sem dúvida alguma, o efeito adverso mais frequente é a hepatotoxicidade que pode ser produzida tanto pela isoniazida como pela rifampicina.
Por outro lado, os efeitos secundários leves são relativamente frequentes e não requerem a retirada da medicação. As formas graves obrigam a retirar fármacos ou modificar o esquema de tratamento, mas ocorrem apenas em 3-5% dos pacientes com tratamento de curta duração.
Finalmente, queremos destacar que a situação real da tuberculose renal no mundo todo não é bem conhecida. As diferenças entre os pacientes dos países desenvolvidos e em desenvolvimento não estão bem estabelecidas. Essa relação, portanto, tem que ser estudada com mais profundidade.
A tuberculose renal é uma infecção de evolução crônica, produzida principalmente pela bactéria Mycobacterium tuberculosis. Pode comprometer ambos os rins, causando insuficiência renal e a morte do paciente.
Em primeiro lugar, você deve saber que a origem é, frequentemente, pulmonar e ocorre em muitos pacientes com tuberculose pulmonar. Mycobacterium tuberculosis chega aos rins pelo sangue, por contiguidade e por via linfática. A tuberculose renal é a segunda forma extrapulmonar mais frequente.
As localizações iniciais da tuberculose renal são o rim, o epidídimo e a próstata. No entanto, o resto dos órgãos geniturinários também podem ser afetados.
Sintomas da tuberculose renal
Alguns dos sintomas mais frequentes da tuberculose renal são:
- Dor na região do rim.
- Micção frequente e dolorosa.
- Sangue na urina.
A maioria dos pacientes apresenta uma reação positiva à tuberculina e ao cultivo para bacilo de Koch na urina. Por exemplo, no homem é frequente que se associe a uma epididimite e, menos frequentemente, a uma prostatite.
Diagnóstico de tuberculose renal
O diagnóstico da tuberculose renal é microbiológico. Portanto requer do isolamento e do cultivo de Mycobacterium tuberculosis em amostras biológicas.
O diagnóstico microbiológico
O diagnóstico microbiológico é estabelecido em três etapas sucessivas:
- Demonstração de bacilos ácido-álcool resistentes.
- Isolamento de M. tuberculosis em cultivo puro.
- Em determinados casos, estudo de sensibilidade in vitro a fármacos antituberculosos.
Por outro lado, em relação às micobactérias, é preciso considerar que exigem técnicas de coloração específicas para sua identificação devido à alta quantidade de lipídios que a parede celular possui. Além disso, são de crescimento lento e os cultivos em meios sólidos devem ser incubados durante 8 semanas.
Certamente, a coloração e o exame microscópico direto é o procedimento mais fácil e rápido, e pode dar uma confirmação preliminar do diagnóstico.
Leia também: Antibióticos de amplo espectro: funções e resistência
Cultivo e identificação de micobactérias
Existem distintos meios de cultivo: sólidos, líquidos radiométricos, líquidos não radiométricos e bifásicos. Atualmente, o emprego da combinação de um meio sólido e um meio líquido é considerado um dos de maior sensibilidade e rapidez.
As técnicas mais eficazes são a de lise-centrifugação e técnicas radiométricas. Seu uso é indicado para pacientes com HIV gravemente imunodeprimidos e nos casos de febre de origem desconhecida.
Novas técnicas de diagnóstico: amplificação gênica do DNA ou RNA.
Essas técnicas, que geram milhões de cópias de ácido nucleico específico do complexo M. tuberculosis, permitem estabelecer diagnósticos rápidos.
Estudos de sensibilidade in vitro (antibiograma)
Além disso, dispõe-se de distintos métodos radiométricos e não radiométricos para o estudo da sensibilidade in vitro.
Diagnóstico anatomopatológico
O diagnóstico anatomopatológico consiste no estudo histológico de amostras obtidas por punção e aspiração com agulha fina e biopsia.
Tratamento da tuberculose renal
Primeiramente, para o tratamento da tuberculose renal, é preciso associar vários fármacos a fim de prevenir o aparecimento de resistências. Sem dúvida alguma, a má administração ou o abandono do tratamento também favorecem o aparecimento de resistências.
Além disso, o tratamento tem que ser prolongado para evitar a recidiva. Certamente, o melhor método para o acompanhamento da resposta ao tratamento é a avaliação bacteriológica.
Os fármacos para o tratamento da tuberculose são classificados em dois grupos em função de sua eficácia, potência e efeitos tóxicos:
- Fármacos de escolha para o tratamento de casos iniciais:
- Bactericidas: isoniazida, rifampicina , pirazinamida e estreptomicina.
- Bacteriostáticos: etambutol.
- Fármacos de segunda escolha: são menos ativos e com mais efeitos secundários. São usados para as formas resistentes ou em situações clínicas especiais. Alguns são difíceis de conseguir e apenas devem ser manuseados por pessoas especialistas. Entre esses fármacos estão:
- Canamicina.
- Amicacina.
- Claritromicina.
- Ciprofloxacino.
Também pode te interessar: Os riscos inerentes aos antibióticos
Efeitos adversos do tratamento da tuberculose renal
Sem dúvida alguma, o efeito adverso mais frequente é a hepatotoxicidade que pode ser produzida tanto pela isoniazida como pela rifampicina.
Por outro lado, os efeitos secundários leves são relativamente frequentes e não requerem a retirada da medicação. As formas graves obrigam a retirar fármacos ou modificar o esquema de tratamento, mas ocorrem apenas em 3-5% dos pacientes com tratamento de curta duração.
Finalmente, queremos destacar que a situação real da tuberculose renal no mundo todo não é bem conhecida. As diferenças entre os pacientes dos países desenvolvidos e em desenvolvimento não estão bem estabelecidas. Essa relação, portanto, tem que ser estudada com mais profundidade.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
-
Highsmith, H. Y., Starke, J. R., & Mandalakas, A. M. (2018). Tuberculosis. In Kendig’s Disorders of the Respiratory Tract in Children. https://doi.org/10.1016/B978-0-323-44887-1.00029-8
-
Koch, A., & Mizrahi, V. (2018). Mycobacterium tuberculosis. Trends in Microbiology. https://doi.org/10.1016/j.tim.2018.02.012
-
Daniel, T. M. (2006). The history of tuberculosis. Respiratory Medicine. https://doi.org/10.1016/j.rmed.2006.08.006
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.