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Prisão de ventre causada por opioides

4 minutos
A prisão de ventre é um problema comum que pode afetar a qualidade de vida de uma pessoa. Alguns medicamentos, como os opioides, geram efeitos colaterais que, na maioria dos casos, limitam o funcionamento normal do intestino.
Prisão de ventre causada por opioides
Escrito por Edith Sánchez
Última atualização: 09 agosto, 2022

O uso dos opioides e a prisão de ventre estão relacionados e é um problema comum entre aqueles que são forçados a usar esses medicamentos. Segundo os dados disponíveis, entre 41% e 81% dos pacientes que usam opioides sofrem com esse problema intestinal.

Os opioides analgésicos são muito eficazes no tratamento de pessoas que sofrem de dor intensa. Tanto que o consumo deste tipo de medicamento aumentou 83,59% nos últimos 10 anos. É claro que os casos de prisão de ventre induzida por opioides também aumentaram.

Em muitas ocasiões, não se dá muita importância a esse problema e se ignora o fato de que é uma condição que deteriora significativamente a qualidade de vida de uma pessoa. Você precisa de opioides para controlar sua dor, mas, ao mesmo tempo, a prisão de ventre começa a funcionar como uma grande limitação.

O que é prisão de ventre?

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Fala-se em prisão de ventre quando uma pessoa tem dificuldade em evacuar ou suas evacuações intestinais são pouco frequentes. De um modo geral, considera-se prisão de ventre quando não há mais de três evacuações por semana.

Entretanto, quando a prisão de ventre se torna crônica, geralmente é acompanhada de vários sintomas irritantes. Alguns deles são fezes ressecadas e duras com sensação de evacuação incompleta, dor no momento da defecação e, muitas vezes, grande produção de gases.

Existem muitos fatores que podem causar a constipação intestinal, incluindo medicamentos. Os opioides e a prisão de ventre estão relacionados, mas também pode ser causada por outros medicamentos, como antidepressivos, anti-histamínicos, antiepiléticos, antipsicóticos e diuréticos, entre outros.

Leia também: Fatores que causam prisão de ventre

Opioides e prisão de ventre

Existem muitos medicamentos com efeitos colaterais, mas o mais comum é que estes diminuam acentuadamente ao longo do tempo. No entanto, no caso dos opioides e prisão de ventre isso não ocorre. Os médicos acreditam que o intestino não se acostuma a esse tipo de medicamento.

O grau de constipação intestinal depende do tipo de opioide ingerido, da quantidade e do tempo em que esse tipo de medicamento é usado. Quanto maiores as quantidades e o tempo de uso, maiores as chances de gerar prisão de ventre crônica.

Os efeitos dos opioides e prisão de ventre são diferentes da constipação intestinal comum ou funcional. Essa condição também é conhecida com a sigla ICO e, em princípio, é um problema temporário que deve desaparecer quando você parar de tomar o medicamento que o origina.

O efeito dos opioides

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Esses medicamentos exercem seu efeito principalmente no sistema nervoso central, mas também desenvolvem uma ação periférica em outros órgãos. Entre eles, sobre o trato gastrointestinal. Geram algumas modificações que impedem, entre outras coisas, o funcionamento normal do intestino.

Geralmente, os opioides interferem no funcionamento do intestino de duas maneiras. Primeiramente, causam uma condição chamada “paralisia intestinal”. Para entender o que é, vamos pensar no movimento da pressão que é feito no tubo da pasta de dente, para que ela saia.

Algo semelhante ocorre no intestino no momento dos movimentos intestinais. O movimento que ocorre é involuntário e é chamado peristaltismo. Os opioides podem reduzir ou bloquear esse movimento, sendo assim, o resultado é a constipação.

Outro dos efeitos que os opioides podem causar é a produção de fezes extremamente ressecadas e duras. Sob condições normais, a parede do intestino absorve uma porcentagem de água das fezes, quando passam por ela. Entretanto, quando os opioides são ingeridos, essa absorção pode ser excessiva, resultando em fezes duras e prisão de ventre.

Isso também pode te interessar: Para que são usados os opioides?

Outros dados de interesse

É muito importante que, juntamente com a ingestão de opioides, seja mantida uma dieta muito saudável, que inclua muitos líquidos e fibras, além de alimentos suculentos e nutritivos. Como sempre, também é altamente recomendável incluir exercícios regulares na rotina diária, assim, será possível reduzir o risco de constipação intestinal grave.

Por outro lado, em muitos casos, será necessário tomar medicamentos para amaciar as fezes ou ajudar o intestino a desenvolver sua função normal. Geralmente, os laxantes são recomendados e, se não funcionarem, medicamentos mais especializados.

O melhor é que antes de recorrer a medicamentos, que geralmente não são realmente eficazes, tente resolver o problema com medidas como, por exemplo, massagem abdominal. Isso não causa efeitos adversos e, se aplicada adequadamente, pode ser muito eficaz.

E, como sempre recomendamos, o importante é a consulta com o médico, porque somente ele poderá indicar e receitar o tratamento mais adequado para cada caso.

O uso dos opioides e a prisão de ventre estão relacionados e é um problema comum entre aqueles que são forçados a usar esses medicamentos. Segundo os dados disponíveis, entre 41% e 81% dos pacientes que usam opioides sofrem com esse problema intestinal.

Os opioides analgésicos são muito eficazes no tratamento de pessoas que sofrem de dor intensa. Tanto que o consumo deste tipo de medicamento aumentou 83,59% nos últimos 10 anos. É claro que os casos de prisão de ventre induzida por opioides também aumentaram.

Em muitas ocasiões, não se dá muita importância a esse problema e se ignora o fato de que é uma condição que deteriora significativamente a qualidade de vida de uma pessoa. Você precisa de opioides para controlar sua dor, mas, ao mesmo tempo, a prisão de ventre começa a funcionar como uma grande limitação.

O que é prisão de ventre?

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Fala-se em prisão de ventre quando uma pessoa tem dificuldade em evacuar ou suas evacuações intestinais são pouco frequentes. De um modo geral, considera-se prisão de ventre quando não há mais de três evacuações por semana.

Entretanto, quando a prisão de ventre se torna crônica, geralmente é acompanhada de vários sintomas irritantes. Alguns deles são fezes ressecadas e duras com sensação de evacuação incompleta, dor no momento da defecação e, muitas vezes, grande produção de gases.

Existem muitos fatores que podem causar a constipação intestinal, incluindo medicamentos. Os opioides e a prisão de ventre estão relacionados, mas também pode ser causada por outros medicamentos, como antidepressivos, anti-histamínicos, antiepiléticos, antipsicóticos e diuréticos, entre outros.

Leia também: Fatores que causam prisão de ventre

Opioides e prisão de ventre

Existem muitos medicamentos com efeitos colaterais, mas o mais comum é que estes diminuam acentuadamente ao longo do tempo. No entanto, no caso dos opioides e prisão de ventre isso não ocorre. Os médicos acreditam que o intestino não se acostuma a esse tipo de medicamento.

O grau de constipação intestinal depende do tipo de opioide ingerido, da quantidade e do tempo em que esse tipo de medicamento é usado. Quanto maiores as quantidades e o tempo de uso, maiores as chances de gerar prisão de ventre crônica.

Os efeitos dos opioides e prisão de ventre são diferentes da constipação intestinal comum ou funcional. Essa condição também é conhecida com a sigla ICO e, em princípio, é um problema temporário que deve desaparecer quando você parar de tomar o medicamento que o origina.

O efeito dos opioides

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Esses medicamentos exercem seu efeito principalmente no sistema nervoso central, mas também desenvolvem uma ação periférica em outros órgãos. Entre eles, sobre o trato gastrointestinal. Geram algumas modificações que impedem, entre outras coisas, o funcionamento normal do intestino.

Geralmente, os opioides interferem no funcionamento do intestino de duas maneiras. Primeiramente, causam uma condição chamada “paralisia intestinal”. Para entender o que é, vamos pensar no movimento da pressão que é feito no tubo da pasta de dente, para que ela saia.

Algo semelhante ocorre no intestino no momento dos movimentos intestinais. O movimento que ocorre é involuntário e é chamado peristaltismo. Os opioides podem reduzir ou bloquear esse movimento, sendo assim, o resultado é a constipação.

Outro dos efeitos que os opioides podem causar é a produção de fezes extremamente ressecadas e duras. Sob condições normais, a parede do intestino absorve uma porcentagem de água das fezes, quando passam por ela. Entretanto, quando os opioides são ingeridos, essa absorção pode ser excessiva, resultando em fezes duras e prisão de ventre.

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Outros dados de interesse

É muito importante que, juntamente com a ingestão de opioides, seja mantida uma dieta muito saudável, que inclua muitos líquidos e fibras, além de alimentos suculentos e nutritivos. Como sempre, também é altamente recomendável incluir exercícios regulares na rotina diária, assim, será possível reduzir o risco de constipação intestinal grave.

Por outro lado, em muitos casos, será necessário tomar medicamentos para amaciar as fezes ou ajudar o intestino a desenvolver sua função normal. Geralmente, os laxantes são recomendados e, se não funcionarem, medicamentos mais especializados.

O melhor é que antes de recorrer a medicamentos, que geralmente não são realmente eficazes, tente resolver o problema com medidas como, por exemplo, massagem abdominal. Isso não causa efeitos adversos e, se aplicada adequadamente, pode ser muito eficaz.

E, como sempre recomendamos, o importante é a consulta com o médico, porque somente ele poderá indicar e receitar o tratamento mais adequado para cada caso.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


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  • Exp Clin Psychopharmacol. Author manuscript; available in PMC 2009 Jul 16.
    Published in final edited form as:
    Exp Clin Psychopharmacol. 2008 Oct; 16(5): 405–416. Opioids and the Treatment of Chronic Pain: Controversies, Current Status, and Future Directions. doi: 10.1037/a0013628

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