Por que ficamos mais doentes no inverno? Estudo revela novos detalhes
Revisado e aprovado por médico Leonardo Biolatto
É fato que as pessoas ficam mais doentes no inverno do que nas outras estações. E um estudo recente revela detalhes sem precedentes sobre isso.
Sempre se acreditou que, quando as temperaturas caem, vírus como a gripe têm um impacto maior porque nos reunimos em ambientes fechados. Isso significa que, se alguém já adquiriu a doença, ela é transmitida mais facilmente entre outras pessoas.
No entanto, o que os pesquisadores do Massachusetts Eye and Ear Hospital e da equipe da Northeastern University sugerem é que existem razões biológicas por trás do fenômeno. Você quer saber mais? Continue lendo!
As estações frias afetam a resposta imune do nariz
As conclusões do estudo que citamos sugerem que ficamos mais doentes no inverno porque as baixas temperaturas afetam significativamente a resposta imune do nariz. Quando há um vírus, como o da gripe, no ambiente, suas partículas podem entrar por esse órgão de duas formas diferentes:
- Por inalação.
- Por contato direto.
O nariz é um dos primeiros pontos de contato entre o mundo exterior e o interior do corpo.
Já em 2018, o próprio Dr. Bleier e uma equipe de cientistas desvendaram que, quando as células na frente do nariz detectam bactérias, elas liberam bilhões de minúsculos sacos cheios de líquido. Conhecidas como vesículas extracelulares (EVs), elas se movem rapidamente para o muco para cercar e atacar as bactérias antes que elas tenham a chance de infectar.
Basicamente, seu trabalho é matar as bactérias antes que elas possam infectá-lo e deixá-lo doente. Foi essa descoberta que levou o grupo de cientistas a investigar mais.
Isso levou nossa equipe a verificar se essa mesma resposta ocorreu com alguns dos vírus que causam infecções comuns do trato respiratório superior, como o resfriado comum.
Leia também: Tosse com catarro verde: o que significa?
A qualidade EV diminui com o frio
Levantando a hipótese de que a resposta imune nasal é comprometida pelo frio, Bleier e sua equipe iniciaram uma nova pesquisa.
Para testar sua afirmação, eles expuseram tecidos nasais a temperaturas de 39,9 graus Fahrenheit (4,4 graus Celsius). Eles descobriram que isso levou a uma queda de cerca de 9 graus Fahrenheit (5 graus Celsius) na temperatura do tecido, afetando o sistema imunológico. A gota reduziu significativamente sua resposta imune inata.
O número de EVs que se lançaram nessas condições diminuiu em mais de 40% e sua qualidade foi prejudicada. A resposta reduzida tornaria o vírus mais capaz de aderir às células nasais.
Este é o primeiro estudo a considerar uma explicação biológica
Por muitos anos, considerou-se um fato que ficamos mais doentes durante o inverno. No entanto, este estudo é o primeiro a abordar fatores biológicos para explicar o porquê.
Bleier e sua equipe consideram suas descobertas altamente significativas. Pelo que sabem, este estudo é o primeiro a oferecer uma explicação biológica para o fenômeno e serve de base para entender e prevenir infecções do trato respiratório superior, como resfriados, gripes e COVID-19.
É importante observar que as células nasais utilizadas foram doadas por voluntários e cultivadas em laboratório.
Ou seja, as pessoas não precisavam ser expostas diretamente aos vírus. As condições naturais dentro do nariz foram simuladas. Além disso, houve variações de temperatura para melhor observar as mudanças na resposta imune.
Por enquanto, esperam-se avanços na experimentação com voluntários para confirmar mais fortemente a hipótese proposta, caso a resposta venha a ser a mesma da simulada. Porém, já é um grande avanço no controle das doenças respiratórias comuns no inverno.
Apesar dos avanços, as medidas preventivas contra a gripe continuam em vigor
De acordo com a Cleveland Clinic, a gripe ou influenza é uma infecção do sistema respiratório superior que afeta o nariz, a boca, a garganta e os pulmões. Os sintomas variam em cada pessoa, mas existem alguns que são recorrentes:
- Febre.
- Espirros.
- Olhos lacrimejantes.
- Secreção nasal.
- Dor de cabeça.
- Dor corporal.
- Fadiga e exaustão.
- Tosse e dor de garganta.
- Calafrios e sudorese.
- Náuseas e perda de apetite.
Não há cura específica para a gripe, mas vários medicamentos estão disponíveis para aliviar os sintomas.
Existe uma vacina preventiva contra a gripe, que vem na forma de injeção ou spray nasal. Seu método é expor o corpo ao vírus atenuado para que o corpo desenvolva anticorpos.
Além de aplicar a vacina e seguir o esquema médico proposto, é fundamental lavar as mãos com frequência para prevenção. Também é relevante ter uma alimentação saudável, praticar exercícios e se hidratar adequadamente.
É fato que as pessoas ficam mais doentes no inverno do que nas outras estações. E um estudo recente revela detalhes sem precedentes sobre isso.
Sempre se acreditou que, quando as temperaturas caem, vírus como a gripe têm um impacto maior porque nos reunimos em ambientes fechados. Isso significa que, se alguém já adquiriu a doença, ela é transmitida mais facilmente entre outras pessoas.
No entanto, o que os pesquisadores do Massachusetts Eye and Ear Hospital e da equipe da Northeastern University sugerem é que existem razões biológicas por trás do fenômeno. Você quer saber mais? Continue lendo!
As estações frias afetam a resposta imune do nariz
As conclusões do estudo que citamos sugerem que ficamos mais doentes no inverno porque as baixas temperaturas afetam significativamente a resposta imune do nariz. Quando há um vírus, como o da gripe, no ambiente, suas partículas podem entrar por esse órgão de duas formas diferentes:
- Por inalação.
- Por contato direto.
O nariz é um dos primeiros pontos de contato entre o mundo exterior e o interior do corpo.
Já em 2018, o próprio Dr. Bleier e uma equipe de cientistas desvendaram que, quando as células na frente do nariz detectam bactérias, elas liberam bilhões de minúsculos sacos cheios de líquido. Conhecidas como vesículas extracelulares (EVs), elas se movem rapidamente para o muco para cercar e atacar as bactérias antes que elas tenham a chance de infectar.
Basicamente, seu trabalho é matar as bactérias antes que elas possam infectá-lo e deixá-lo doente. Foi essa descoberta que levou o grupo de cientistas a investigar mais.
Isso levou nossa equipe a verificar se essa mesma resposta ocorreu com alguns dos vírus que causam infecções comuns do trato respiratório superior, como o resfriado comum.
Leia também: Tosse com catarro verde: o que significa?
A qualidade EV diminui com o frio
Levantando a hipótese de que a resposta imune nasal é comprometida pelo frio, Bleier e sua equipe iniciaram uma nova pesquisa.
Para testar sua afirmação, eles expuseram tecidos nasais a temperaturas de 39,9 graus Fahrenheit (4,4 graus Celsius). Eles descobriram que isso levou a uma queda de cerca de 9 graus Fahrenheit (5 graus Celsius) na temperatura do tecido, afetando o sistema imunológico. A gota reduziu significativamente sua resposta imune inata.
O número de EVs que se lançaram nessas condições diminuiu em mais de 40% e sua qualidade foi prejudicada. A resposta reduzida tornaria o vírus mais capaz de aderir às células nasais.
Este é o primeiro estudo a considerar uma explicação biológica
Por muitos anos, considerou-se um fato que ficamos mais doentes durante o inverno. No entanto, este estudo é o primeiro a abordar fatores biológicos para explicar o porquê.
Bleier e sua equipe consideram suas descobertas altamente significativas. Pelo que sabem, este estudo é o primeiro a oferecer uma explicação biológica para o fenômeno e serve de base para entender e prevenir infecções do trato respiratório superior, como resfriados, gripes e COVID-19.
É importante observar que as células nasais utilizadas foram doadas por voluntários e cultivadas em laboratório.
Ou seja, as pessoas não precisavam ser expostas diretamente aos vírus. As condições naturais dentro do nariz foram simuladas. Além disso, houve variações de temperatura para melhor observar as mudanças na resposta imune.
Por enquanto, esperam-se avanços na experimentação com voluntários para confirmar mais fortemente a hipótese proposta, caso a resposta venha a ser a mesma da simulada. Porém, já é um grande avanço no controle das doenças respiratórias comuns no inverno.
Apesar dos avanços, as medidas preventivas contra a gripe continuam em vigor
De acordo com a Cleveland Clinic, a gripe ou influenza é uma infecção do sistema respiratório superior que afeta o nariz, a boca, a garganta e os pulmões. Os sintomas variam em cada pessoa, mas existem alguns que são recorrentes:
- Febre.
- Espirros.
- Olhos lacrimejantes.
- Secreção nasal.
- Dor de cabeça.
- Dor corporal.
- Fadiga e exaustão.
- Tosse e dor de garganta.
- Calafrios e sudorese.
- Náuseas e perda de apetite.
Não há cura específica para a gripe, mas vários medicamentos estão disponíveis para aliviar os sintomas.
Existe uma vacina preventiva contra a gripe, que vem na forma de injeção ou spray nasal. Seu método é expor o corpo ao vírus atenuado para que o corpo desenvolva anticorpos.
Além de aplicar a vacina e seguir o esquema médico proposto, é fundamental lavar as mãos com frequência para prevenção. Também é relevante ter uma alimentação saudável, praticar exercícios e se hidratar adequadamente.
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- Benjamin S. Bleier; Di Huang; Maie S. Taha; Ángela L. Nocera; Anan D. Workman; Mansoor M. Amiji. Cold exposure impairs extracellular vesicle swarm–mediated nasal antiviral immunity. The Journal of Allergy and Clinical Immunology. 2022. DOI:https://doi.org/10.1016/j.jaci.2022.09.037
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