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Os padrões de sono predizem doenças degenerativas

4 minutos
Um estudo sobre os nossos padrões de sono, especialmente sobre a fase REM, poderia nos dizer se estamos predispostos a sofrer de certas doenças degenerativas.
Os padrões de sono predizem doenças degenerativas
Escrito por Yamila Papa Pintor
Última atualização: 26 maio, 2022

As mudanças ou padrões de sono predizem doenças degenerativas, especialmente na fase de movimento rápido dos olhos (REM). Neste artigo explicamos quais são os sinais que a nossa forma de dormir nos envia, segundo diferentes estudos.

O que são as alterações nos padrões de sono?

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Os distúrbios do sono são todos problemas relacionados ao sono e não afetam apenas pessoas com doenças neurodegenerativas, como Parkinson, demência ou Alzheimer.

Em todos os casos, eles modificam o desenvolvimento normal do ciclo formado pelo sono e pela vigília, e em algumas pessoas interferem no funcionamento mental, emocional e físico do indivíduo. Os principais distúrbios do sono são:

  • Apneia do sono (pausa na respiração)
  • Enurese (molhar a cama, principalmente crianças)
  • Insônia (sono não reparador, insuficiente ou agitado)
  • Síndrome das pernas inquietas (os membros se movem continuamente à noite)
  • Paralisia do sono (acordar na fase REM, quando o cérebro está ativo mas o corpo não está, exceto os olhos)
  • Terrores noturnos (despertar abrupto e aterrorizado)
  • Sonambulismo (caminhar ou fazer outra atividade durante o sono)
  • Narcolepsia (adormecer a qualquer hora ou em qualquer lugar, sem querer)

Existem também outros distúrbios do sono menos recorrentes, como:

  • Hipersonia idiopática (alteração do curso normal do descanso e necessidade de dormir 4 horas adicionais durante o dia)
  • Hipersonia recorrente (episódios de sono de até 20 horas por dias)
  • Insônia idiopática (um distúrbio neurológico do ciclo vigília/sono que apresenta problemas para acordar ou regular o sono)

Veja também: Dormir bem: algo além de uma noite de sono

Fase REM e doenças neurodegenerativas

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De acordo com um estudo do Serviço de Neurologia do Hospital Clinic de Barcelona, os comportamentos que temos na nossa fase de sono REM podem explicar ou alertar sobre certas doenças, como o mal de Parkinson e a demência senil.

Aqueles pacientes que têm pesadelos nos quais são agredidos ou perseguidos e se expressam com socos, chutes, gritos e choro quando passam pela fase REM podem sofrer algumas doenças neurodegenerativas no futuro devido à falta de dopamina no cérebro.

Por meio de determinados exames de diagnóstico, as pessoas podem comparecer a essa clínica e analisar o tipo de transtorno que as afeta e o que isso pode significar para o futuro.

Essas análises são realizadas em regime ambulatorial no próprio hospital, e têm a função de comparar os comportamentos durante a fase REM com a possibilidade de adoecimento.

Os distúrbios do sono podem ser um sinal para evitar a narcolepsia, derrames ou até doenças degenerativas ou sonolência. Problemas respiratórios como apneia e ronco também podem ser detectados.

Padrões de sono e doenças neurológicas

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Segundo a neurologista María Gudín, é difícil diferenciar um episódio epiléptico de um problema de sono. Sua colega Mercedes Muñoz indicou que o mal de Parkinson (o segundo mais comum entre os neurodegenerativos) é mais comum em pessoas que sofrem de insônia, além de ansiedade e depressão.

  • A hipersonia aparece em 80% dos pacientes com Parkinson.
  • Distúrbios do comportamento do sono na fase REM ocorrem em 40% dos casos.
  • A síndrome das pernas inquietas ocorre em 20% dos casos.

Isso significa que vários padrões de sono são comuns nas doenças neurodegenerativas, e isso afeta a qualidade de vida das pessoas. Esses hábitos podem ser uma manifestação inicial da doença e, portanto, é importante abordá-los a partir de um ponto de vista terapêutico.

Por sua vez, a Dra. Estefanía Segura comparou os principais distúrbios do sono com o aparecimento de doenças mentais como esquizofrenia, depressão, ansiedade sazonal e bipolaridade. Todos eles estão relacionados a problemas de sono. O mesmo se aplica à ansiedade generalizada e ao estresse pós-traumático.

Recomendamos a leitura: Você tem risco de desenvolver Parkinson? Conheça 7 sinais que podem ajudá-lo a descobrir

Distúrbios do sono e Alzheimer

Um artigo publicado no portal Laboratorios Bagó, escrito pelos médicos M. Vitiello e S. Borson, afirma que o aumento da expectativa de vida está associado a um maior número de pessoas com demências em geral e com a doença de Alzheimer em particular.

Envelhecimento, Alzheimer e padrões de sono estão muito associados. Essas doenças primárias, aliadas a uma predisposição genética e fatores externos, podem comprometer a qualidade de vida das pessoas.

Em muitos pacientes, a interrupção do sono é decisiva para a sua internação. Nesses casos, as mudanças no comportamento do sono são maiores do que nas pessoas que não têm a doença. As características do sono em indivíduos com Alzheimer são:

  • Aumento dos movimentos de despertar
  • Redução do sono de ondas lentas e nos movimentos rápidos dos olhos
  • Sonolência durante o dia

Os danos aos neurônios que nos mantêm dormindo são a causa dessa aceleração na patologia do sono. O hipotálamo e o relógio interno são responsáveis pelo adormecer e pelo despertar, mas nessas pessoas eles não estão sincronizados.

As mudanças ou padrões de sono predizem doenças degenerativas, especialmente na fase de movimento rápido dos olhos (REM). Neste artigo explicamos quais são os sinais que a nossa forma de dormir nos envia, segundo diferentes estudos.

O que são as alterações nos padrões de sono?

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Os distúrbios do sono são todos problemas relacionados ao sono e não afetam apenas pessoas com doenças neurodegenerativas, como Parkinson, demência ou Alzheimer.

Em todos os casos, eles modificam o desenvolvimento normal do ciclo formado pelo sono e pela vigília, e em algumas pessoas interferem no funcionamento mental, emocional e físico do indivíduo. Os principais distúrbios do sono são:

  • Apneia do sono (pausa na respiração)
  • Enurese (molhar a cama, principalmente crianças)
  • Insônia (sono não reparador, insuficiente ou agitado)
  • Síndrome das pernas inquietas (os membros se movem continuamente à noite)
  • Paralisia do sono (acordar na fase REM, quando o cérebro está ativo mas o corpo não está, exceto os olhos)
  • Terrores noturnos (despertar abrupto e aterrorizado)
  • Sonambulismo (caminhar ou fazer outra atividade durante o sono)
  • Narcolepsia (adormecer a qualquer hora ou em qualquer lugar, sem querer)

Existem também outros distúrbios do sono menos recorrentes, como:

  • Hipersonia idiopática (alteração do curso normal do descanso e necessidade de dormir 4 horas adicionais durante o dia)
  • Hipersonia recorrente (episódios de sono de até 20 horas por dias)
  • Insônia idiopática (um distúrbio neurológico do ciclo vigília/sono que apresenta problemas para acordar ou regular o sono)

Veja também: Dormir bem: algo além de uma noite de sono

Fase REM e doenças neurodegenerativas

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De acordo com um estudo do Serviço de Neurologia do Hospital Clinic de Barcelona, os comportamentos que temos na nossa fase de sono REM podem explicar ou alertar sobre certas doenças, como o mal de Parkinson e a demência senil.

Aqueles pacientes que têm pesadelos nos quais são agredidos ou perseguidos e se expressam com socos, chutes, gritos e choro quando passam pela fase REM podem sofrer algumas doenças neurodegenerativas no futuro devido à falta de dopamina no cérebro.

Por meio de determinados exames de diagnóstico, as pessoas podem comparecer a essa clínica e analisar o tipo de transtorno que as afeta e o que isso pode significar para o futuro.

Essas análises são realizadas em regime ambulatorial no próprio hospital, e têm a função de comparar os comportamentos durante a fase REM com a possibilidade de adoecimento.

Os distúrbios do sono podem ser um sinal para evitar a narcolepsia, derrames ou até doenças degenerativas ou sonolência. Problemas respiratórios como apneia e ronco também podem ser detectados.

Padrões de sono e doenças neurológicas

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Segundo a neurologista María Gudín, é difícil diferenciar um episódio epiléptico de um problema de sono. Sua colega Mercedes Muñoz indicou que o mal de Parkinson (o segundo mais comum entre os neurodegenerativos) é mais comum em pessoas que sofrem de insônia, além de ansiedade e depressão.

  • A hipersonia aparece em 80% dos pacientes com Parkinson.
  • Distúrbios do comportamento do sono na fase REM ocorrem em 40% dos casos.
  • A síndrome das pernas inquietas ocorre em 20% dos casos.

Isso significa que vários padrões de sono são comuns nas doenças neurodegenerativas, e isso afeta a qualidade de vida das pessoas. Esses hábitos podem ser uma manifestação inicial da doença e, portanto, é importante abordá-los a partir de um ponto de vista terapêutico.

Por sua vez, a Dra. Estefanía Segura comparou os principais distúrbios do sono com o aparecimento de doenças mentais como esquizofrenia, depressão, ansiedade sazonal e bipolaridade. Todos eles estão relacionados a problemas de sono. O mesmo se aplica à ansiedade generalizada e ao estresse pós-traumático.

Recomendamos a leitura: Você tem risco de desenvolver Parkinson? Conheça 7 sinais que podem ajudá-lo a descobrir

Distúrbios do sono e Alzheimer

Um artigo publicado no portal Laboratorios Bagó, escrito pelos médicos M. Vitiello e S. Borson, afirma que o aumento da expectativa de vida está associado a um maior número de pessoas com demências em geral e com a doença de Alzheimer em particular.

Envelhecimento, Alzheimer e padrões de sono estão muito associados. Essas doenças primárias, aliadas a uma predisposição genética e fatores externos, podem comprometer a qualidade de vida das pessoas.

Em muitos pacientes, a interrupção do sono é decisiva para a sua internação. Nesses casos, as mudanças no comportamento do sono são maiores do que nas pessoas que não têm a doença. As características do sono em indivíduos com Alzheimer são:

  • Aumento dos movimentos de despertar
  • Redução do sono de ondas lentas e nos movimentos rápidos dos olhos
  • Sonolência durante o dia

Os danos aos neurônios que nos mantêm dormindo são a causa dessa aceleração na patologia do sono. O hipotálamo e o relógio interno são responsáveis pelo adormecer e pelo despertar, mas nessas pessoas eles não estão sincronizados.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Iranzo, A., Molinuevo, J. L., Santamaría, J., Serradell, M., Martí, M. J., Valldeoriola, F., & Tolosa, E. (2006). Rapid-eye-movement sleep behaviour disorder as an early marker for a neurodegenerative disorder: a descriptive study. Lancet Neurology. https://doi.org/10.1016/S1474-4422(06)70476-8
  • Iranzo, A., Tolosa, E., Gelpi, E., Molinuevo, J. L., Valldeoriola, F., Serradell, M., … Santamaria, J. (2013). Neurodegenerative disease status and post-mortem pathology in idiopathic rapid-eye-movement sleep behaviour disorder: An observational cohort study. The Lancet Neurology. https://doi.org/10.1016/S1474-4422(13)70056-5
  • Terzaghi, M., Sinforiani, E., Zucchella, C., Zambrelli, E., Pasotti, C., Rustioni, V., & Manni, R. (2008). Cognitive performance in REM sleep behaviour disorder: a possible early marker of neurodegenerative disease? Sleep Medicine. https://doi.org/10.1016/j.sleep.2007.06.013
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