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Overdose de melatonina: efeitos e recomendações

5 minutos
Embora a melatonina seja produzida naturalmente no organismo, existem compostos sintéticos que contêm essa substância. Por que a overdose deve ser evitada?
Overdose de melatonina: efeitos e recomendações
Maryel Alvarado Nieto

Escrito e verificado por a médica Maryel Alvarado Nieto

Última atualização: 15 dezembro, 2022

A overdose de melatonina pode levar a efeitos colaterais na saúde. Naturalmente, esse hormônio é produzido na glândula pineal e está envolvido no ritmo circadiano sono-vigília. Ou seja, sua secreção afeta os padrões de sono.

Por esse motivo, também está disponível como medicamento, pois é um adjuvante para dificuldades de sono. E embora seja considerado um medicamento com relativa segurança, existem efeitos adversos que devem ser considerados antes de tomá-lo.

Como a melatonina é produzida?

O hormônio é sintetizado a partir de uma molécula precursora, a serotonina. Esta é modificada pela ação de enzimas. Em termos gerais, sua secreção é regulada por neurônios localizados no hipotálamo, que indicam quando e em que quantidade é produzida.

Por sua vez, esses neurônios são estimulados por células encontradas na retina que são ativadas na ausência de luz. Portanto, a secreção máxima ocorre na escuridão completa.

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A forma sintética da melatonina é usada para tratar distúrbios do sono.

Para que se usa?

Embora em teoria a utilidade da substância seja ampla, os estudos que justificam seu uso costumam ser de pequena abrangência. Isso levou a que a melatonina não tivesse aprovação consensual suficiente para o manejo de vários distúrbios do sono.

Além disso, nenhum acordo foi alcançado sobre a idade em que pode ser usado. Mesmo assim, geralmente é prescrito em certas condições, como as seguintes:

  • Insônia de conciliação.
  • Alterações da fase do sono.
  • Ritmo sono-vigília irregular.
  • Ressincronização do sono no trabalho por turnos.
  • Jet-lag.
  • Algumas demências, como a doença de Alzheimer.
  • Sincronizações do ritmo circadiano em pacientes cegos.

Além da escassa documentação sobre seu uso, também são descritos erros na prescrição da melatonina. Em primeiro lugar, devido à pouca capacitação da equipe de atenção primária sobre distúrbios do sono.

Por outro lado, porque a substância pode ser encontrada em duas formas diferentes de apresentação; de ação rápida e de liberação prolongada. Cada uma tem indicações específicas, que podem ser ignoradas.

Descubra: 8 alimentos para aumentar a melatonina e melhorar a qualidade do sono

Overdose de melatonina e seus efeitos

A overdose de melatonina é um dos erros mais comuns cometidos ao usar essa substância. Na busca por melhores efeitos, alguns tendem a exagerar.

Da mesma forma, sendo classificado como suplemento nutricional, muitas vezes é usado por recomendação de pessoas que não estão aptas a fazê-lo. Por ser uma molécula com efeitos no sistema nervoso central, sua indicação deve estar sob acompanhamento profissional.

Entre outras coisas, há pouca documentação acerca da overdose com melatonina. Em geral, é considerada uma molécula bastante segura, pois são descritos poucos efeitos adversos, que geralmente não são graves.

Da mesma forma, não foi estabelecida uma dose diária máxima recomendada, mas na prática habitual são prescritos entre 1 e 10 mg por dia, sempre levando em consideração a idade do paciente e a alteração a ser tratada.

Efeitos secundários

Embora haja pouca literatura sobre o assunto, alguns efeitos adversos devido à overdose de melatonina foram descritos. Em geral, são sintomas transitórios, sem gravidade e que melhoram com a suspensão da medicação.

De qualquer forma, a documentação de algumas entidades clínicas consideradas mais graves tende a preocupar pacientes e familiares, por isso é importante esclarecer a frequência dos referidos sintomas.

A melatonina tem um risco aumentado de produzir convulsões?

Há um medo de que a melatonina possa causar convulsões, especialmente em crianças. Esse medo tem origem em um estudo em que seis pacientes pediátricos —com comprometimento neurológico significativo— receberam tratamento com melatonina e quatro deles relataram convulsões.

A principal desvantagem desse resultado é que as lesões cerebrais subjacentes podem ter sido a causa da convulsão e não a medicação. Além disso, a população estudada foi pequena, portanto não representa uma amostra significativa. Mais pesquisas são necessárias sobre isso.

Outros autores dificultam a conclusão dessa teoria, pois há relatos com resultados contrários. Neles se descrevem melhorias na atividade epileptogênica em pacientes que usam melatonina. Portanto, a discrição sobre seu uso deve estar sempre nas mãos de um especialista.

Aumento da sonolência

Em contrapartida, altas doses têm causado maior sonolência nos pacientes, mas essas quantidades não costumam ser utilizadas na população em geral. Ao contrário, as doses usuais geram uma sincronização do ciclo sono-vigília, o que melhora os padrões de sono e o nível de alerta durante o dia.

Para obter esses resultados, é necessário estabelecer um diagnóstico preciso que possibilite um tratamento eficaz.

Outras reações adversas que podem aparecer com a melatonina

Além disso, outros efeitos colaterais são descritos com o uso do “hormônio da escuridão”, que geralmente são pouco frequentes e que se revertem com o tempo sem grande importância. Esses sintomas são considerados triviais, pois não representam ameaça ao paciente.

Mesmo assim, se causarem desconforto suficiente, a suspensão do medicamento melhora tais efeitos. Essas reações adversas incluem as seguintes:

  • Cefaleia.
  • Desorientação.
  • Dor abdominal.
  • Erupção cutânea.
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A overdose de melatonina pode desencadear dores de cabeça, desconforto digestivo, tonturas e desorientação.

Recomendações

A regulação dos padrões de sono é a principal razão pela qual a melatonina é usada. Existem várias situações que interferem no descanso noturno e nas quais você pode trabalhar para evitar o excesso de medicação.

No entanto, a avaliação por pessoal capacitado é —em última instância— a ação mais importante para decidir se o tratamento com melatonina é o mais adequado. Muitas vezes, melhorias específicas na higiene do sono permitem regular a qualidade do descanso, uma vez que os distúrbios são secundários aos maus hábitos.

Dentre essas recomendações, merecem destaque:

  • Estar disposto a ir para a cama no mesmo horário todos os dias.
  • Dormir na escuridão total.
  • Evitar fontes de distração, como dispositivos eletrônicos dentro do quarto.

Por outro lado, o momento ideal para tomar a melatonina depende da finalidade para a qual é utilizada. Nesse sentido, sugere-se seguir as orientações de um médico com experiência no manuseio desse suplemento.

De fato, existem condições em que a indicação é diurna, enquanto em outros casos a ingestão é feita à noite. Quanto à dose, podem ser de até 300 mg sem observar efeitos adversos graves. Apesar disso, geralmente são manipuladas doses baixas.

Leia também: Os padrões de sono predizem doenças degenerativas

Precauções com o uso da melatonina

Para concluir, é importante que o consumo de melatonina esteja sob supervisão médica. Idealmente, a indicação deve partir de um especialista da área, devido à sua baixa utilização na atenção primária.

Cuidado especial deve ser tomado em pacientes com doenças subjacentes, como aqueles com distúrbios autoimunes, distúrbios hematológicos, asma, diabetes e epilepsia.

A overdose de melatonina pode levar a efeitos colaterais na saúde. Naturalmente, esse hormônio é produzido na glândula pineal e está envolvido no ritmo circadiano sono-vigília. Ou seja, sua secreção afeta os padrões de sono.

Por esse motivo, também está disponível como medicamento, pois é um adjuvante para dificuldades de sono. E embora seja considerado um medicamento com relativa segurança, existem efeitos adversos que devem ser considerados antes de tomá-lo.

Como a melatonina é produzida?

O hormônio é sintetizado a partir de uma molécula precursora, a serotonina. Esta é modificada pela ação de enzimas. Em termos gerais, sua secreção é regulada por neurônios localizados no hipotálamo, que indicam quando e em que quantidade é produzida.

Por sua vez, esses neurônios são estimulados por células encontradas na retina que são ativadas na ausência de luz. Portanto, a secreção máxima ocorre na escuridão completa.

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A forma sintética da melatonina é usada para tratar distúrbios do sono.

Para que se usa?

Embora em teoria a utilidade da substância seja ampla, os estudos que justificam seu uso costumam ser de pequena abrangência. Isso levou a que a melatonina não tivesse aprovação consensual suficiente para o manejo de vários distúrbios do sono.

Além disso, nenhum acordo foi alcançado sobre a idade em que pode ser usado. Mesmo assim, geralmente é prescrito em certas condições, como as seguintes:

  • Insônia de conciliação.
  • Alterações da fase do sono.
  • Ritmo sono-vigília irregular.
  • Ressincronização do sono no trabalho por turnos.
  • Jet-lag.
  • Algumas demências, como a doença de Alzheimer.
  • Sincronizações do ritmo circadiano em pacientes cegos.

Além da escassa documentação sobre seu uso, também são descritos erros na prescrição da melatonina. Em primeiro lugar, devido à pouca capacitação da equipe de atenção primária sobre distúrbios do sono.

Por outro lado, porque a substância pode ser encontrada em duas formas diferentes de apresentação; de ação rápida e de liberação prolongada. Cada uma tem indicações específicas, que podem ser ignoradas.

Descubra: 8 alimentos para aumentar a melatonina e melhorar a qualidade do sono

Overdose de melatonina e seus efeitos

A overdose de melatonina é um dos erros mais comuns cometidos ao usar essa substância. Na busca por melhores efeitos, alguns tendem a exagerar.

Da mesma forma, sendo classificado como suplemento nutricional, muitas vezes é usado por recomendação de pessoas que não estão aptas a fazê-lo. Por ser uma molécula com efeitos no sistema nervoso central, sua indicação deve estar sob acompanhamento profissional.

Entre outras coisas, há pouca documentação acerca da overdose com melatonina. Em geral, é considerada uma molécula bastante segura, pois são descritos poucos efeitos adversos, que geralmente não são graves.

Da mesma forma, não foi estabelecida uma dose diária máxima recomendada, mas na prática habitual são prescritos entre 1 e 10 mg por dia, sempre levando em consideração a idade do paciente e a alteração a ser tratada.

Efeitos secundários

Embora haja pouca literatura sobre o assunto, alguns efeitos adversos devido à overdose de melatonina foram descritos. Em geral, são sintomas transitórios, sem gravidade e que melhoram com a suspensão da medicação.

De qualquer forma, a documentação de algumas entidades clínicas consideradas mais graves tende a preocupar pacientes e familiares, por isso é importante esclarecer a frequência dos referidos sintomas.

A melatonina tem um risco aumentado de produzir convulsões?

Há um medo de que a melatonina possa causar convulsões, especialmente em crianças. Esse medo tem origem em um estudo em que seis pacientes pediátricos —com comprometimento neurológico significativo— receberam tratamento com melatonina e quatro deles relataram convulsões.

A principal desvantagem desse resultado é que as lesões cerebrais subjacentes podem ter sido a causa da convulsão e não a medicação. Além disso, a população estudada foi pequena, portanto não representa uma amostra significativa. Mais pesquisas são necessárias sobre isso.

Outros autores dificultam a conclusão dessa teoria, pois há relatos com resultados contrários. Neles se descrevem melhorias na atividade epileptogênica em pacientes que usam melatonina. Portanto, a discrição sobre seu uso deve estar sempre nas mãos de um especialista.

Aumento da sonolência

Em contrapartida, altas doses têm causado maior sonolência nos pacientes, mas essas quantidades não costumam ser utilizadas na população em geral. Ao contrário, as doses usuais geram uma sincronização do ciclo sono-vigília, o que melhora os padrões de sono e o nível de alerta durante o dia.

Para obter esses resultados, é necessário estabelecer um diagnóstico preciso que possibilite um tratamento eficaz.

Outras reações adversas que podem aparecer com a melatonina

Além disso, outros efeitos colaterais são descritos com o uso do “hormônio da escuridão”, que geralmente são pouco frequentes e que se revertem com o tempo sem grande importância. Esses sintomas são considerados triviais, pois não representam ameaça ao paciente.

Mesmo assim, se causarem desconforto suficiente, a suspensão do medicamento melhora tais efeitos. Essas reações adversas incluem as seguintes:

  • Cefaleia.
  • Desorientação.
  • Dor abdominal.
  • Erupção cutânea.
Some figure
A overdose de melatonina pode desencadear dores de cabeça, desconforto digestivo, tonturas e desorientação.

Recomendações

A regulação dos padrões de sono é a principal razão pela qual a melatonina é usada. Existem várias situações que interferem no descanso noturno e nas quais você pode trabalhar para evitar o excesso de medicação.

No entanto, a avaliação por pessoal capacitado é —em última instância— a ação mais importante para decidir se o tratamento com melatonina é o mais adequado. Muitas vezes, melhorias específicas na higiene do sono permitem regular a qualidade do descanso, uma vez que os distúrbios são secundários aos maus hábitos.

Dentre essas recomendações, merecem destaque:

  • Estar disposto a ir para a cama no mesmo horário todos os dias.
  • Dormir na escuridão total.
  • Evitar fontes de distração, como dispositivos eletrônicos dentro do quarto.

Por outro lado, o momento ideal para tomar a melatonina depende da finalidade para a qual é utilizada. Nesse sentido, sugere-se seguir as orientações de um médico com experiência no manuseio desse suplemento.

De fato, existem condições em que a indicação é diurna, enquanto em outros casos a ingestão é feita à noite. Quanto à dose, podem ser de até 300 mg sem observar efeitos adversos graves. Apesar disso, geralmente são manipuladas doses baixas.

Leia também: Os padrões de sono predizem doenças degenerativas

Precauções com o uso da melatonina

Para concluir, é importante que o consumo de melatonina esteja sob supervisão médica. Idealmente, a indicação deve partir de um especialista da área, devido à sua baixa utilização na atenção primária.

Cuidado especial deve ser tomado em pacientes com doenças subjacentes, como aqueles com distúrbios autoimunes, distúrbios hematológicos, asma, diabetes e epilepsia.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


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