O que é sugestão e quais tipos existem?
Escrito e verificado por a psicóloga Maria Fatima Seppi Vinuales
O termo ‘sugestão’ refere-se à aceitação involuntária das ideias dos outros. Envolve um processo de comunicação no qual o receptor é convencido de algo sem primeiro raciocinar. Além disso, quem dá a ideia pode – ou não – fazê-lo deliberadamente. Um exemplo claro é a publicidade voltada para o consumidor.
No entanto, também podem ser as palavras de um profissional. De fato, esse processo é fundamental no ramo da psicologia, pois é a maneira pela qual os psicólogos ajudam o paciente a modificar seus comportamentos.
Se um especialista em saúde mental ou outra pessoa antecipar que uma determinada resposta será dada a uma situação, é mais provável que a pessoa se convença de que tal resposta realmente será dada. Desta forma, seu comportamento será adaptado para obter o resultado esperado.
Vamos pensar em um exemplo; o médico que diz a seu paciente de 70 anos “você tem a saúde de um homem de 25 anos”. Isso não é sugestão? Essas palavras não têm um efeito sugestivo e placebo? Como podemos ver, o cotidiano é repleto de exemplos em que a sugestão está presente. Leia para saber mais sobre esse efeito.
O que é sugestão?
A palavra sugestão vem do latim suggestio, que é o substantivo abstrato de suggumum, particípio de suggere. Significa ‘colocar sob’ ou ‘insinuar’ . É um processo psicológico pelo qual uma pessoa é influenciada por outra a pensar e agir de determinada maneira.
Hoje, seu uso se estendeu à mídia, a pessoas famosas como influenciadores e também à publicidade. E também está associada à manipulação mental, pois é uma forma de induzir certos comportamentos em uma pessoa.
Desse ponto de vista, quando utilizada para fins próprios, é muito questionada como técnica, pois vai contra a ética profissional. Porém, em contrapartida, é utilizada em psicoterapia, em processos de cura e como estratégia de ensino-aprendizagem, pois é muito útil para promover mudanças.
Sua chave está no uso da palavra, um dos principais veículos para comunicar a ideia influente. No entanto, como também é utilizada no campo da psicologia publicitária, uma imagem também pode condensar muitos significados e impactar.
- De Paz Leyva (2019) refere que a sugestão opera desde o nível afetivo, falando em direção à subjetividade, deixando de lado a argumentação lógica e racional.
- Na mesma linha, Stokvis e Pflanz (2008) definem a sugestão como “uma influência que se exerce sobre o pensamento, o sentimento, a vontade ou as ações de outra pessoa, sem passar pela esfera racional desta última, baseada numa relação inter-humana de realização em outra pessoa de seus próprios atos de vontade que criam uma ressonância afetiva».
Por fim, a sugestão parece ser útil em abordagens particulares, como tratamento da dor crônica, terapias para parar de fumar, entre outras.
Veja: Tipos de amnésia
Tipos de sugestão
Existem diferentes tipos de sugestão. Podemos distinguir as seguintes.
Sugestão direta
É aquela em que se indica à pessoa —de forma clara e concreta— o que deve fazer. Por exemplo; “Estique os braços ao lado do corpo, feche os olhos e respire fundo.”
Sugestão indireta
De forma menos clara e focada, está associada a certas mensagens subliminares que levam a pessoa a seguir um determinado comportamento ou a tomar uma determinada decisão como se ela mesma o tivesse feito. Nesse tipo de sugestão ressalta-se que há maior margem de ação para o sugerido.
Sugestão hipnótica
É aquela que se consegue depois de uma sessão de hipnose, e na qual a pessoa segue as instruções que recebe durante esse estado de menor consciência. Para vários autores, a sugestionabilidade é uma característica definitiva da hipnose.
Outros tipos de sugestão
Outra classificação de sugestão tem a ver com as reações esperadas da instrução. Por exemplo, as sugestões motoras, que são aquelas que visam a realização de um determinado movimento da pessoa.
Dentro deste tipo também estão as sugestões sensório-fisiológicas, destinadas a induzir respostas ligadas à capacidade proprioceptiva de uma pessoa. Assim, uma de suas utilizações é para o alívio de dores crônicas.
Por seu lado, as sugestões cognitivo-perceptivas procuram intervir nas funções superiores, como a memória e os processos auditivos e visuais, envolvidos na percepção dos estímulos.
Veja: Psicólogo alerta sobre os riscos da automedicação com ansiolíticos e antidepressivos
A sugestão não deve entrar em conflito com as ideias da pessoa
Muito se fala sobre a utilidade da sugestão como técnica. No entanto, a sua aplicação requer um certo domínio e arte. Paz Leyva aponta que a sugestão só será eficaz se não entrar em conflito com a pessoa, nem se suas instruções colocarem em tensão o que ela valoriza ou pensa.
Além disso, destaca-se que seus efeitos estão associados ao prestígio, legitimidade ou validade que concedemos à pessoa que sugere. Por fim, a autora reconhece que a técnica emocional positiva existe como forma de sugestão, que funciona a partir de uma emoção desejada para alcançar a mudança.
O termo ‘sugestão’ refere-se à aceitação involuntária das ideias dos outros. Envolve um processo de comunicação no qual o receptor é convencido de algo sem primeiro raciocinar. Além disso, quem dá a ideia pode – ou não – fazê-lo deliberadamente. Um exemplo claro é a publicidade voltada para o consumidor.
No entanto, também podem ser as palavras de um profissional. De fato, esse processo é fundamental no ramo da psicologia, pois é a maneira pela qual os psicólogos ajudam o paciente a modificar seus comportamentos.
Se um especialista em saúde mental ou outra pessoa antecipar que uma determinada resposta será dada a uma situação, é mais provável que a pessoa se convença de que tal resposta realmente será dada. Desta forma, seu comportamento será adaptado para obter o resultado esperado.
Vamos pensar em um exemplo; o médico que diz a seu paciente de 70 anos “você tem a saúde de um homem de 25 anos”. Isso não é sugestão? Essas palavras não têm um efeito sugestivo e placebo? Como podemos ver, o cotidiano é repleto de exemplos em que a sugestão está presente. Leia para saber mais sobre esse efeito.
O que é sugestão?
A palavra sugestão vem do latim suggestio, que é o substantivo abstrato de suggumum, particípio de suggere. Significa ‘colocar sob’ ou ‘insinuar’ . É um processo psicológico pelo qual uma pessoa é influenciada por outra a pensar e agir de determinada maneira.
Hoje, seu uso se estendeu à mídia, a pessoas famosas como influenciadores e também à publicidade. E também está associada à manipulação mental, pois é uma forma de induzir certos comportamentos em uma pessoa.
Desse ponto de vista, quando utilizada para fins próprios, é muito questionada como técnica, pois vai contra a ética profissional. Porém, em contrapartida, é utilizada em psicoterapia, em processos de cura e como estratégia de ensino-aprendizagem, pois é muito útil para promover mudanças.
Sua chave está no uso da palavra, um dos principais veículos para comunicar a ideia influente. No entanto, como também é utilizada no campo da psicologia publicitária, uma imagem também pode condensar muitos significados e impactar.
- De Paz Leyva (2019) refere que a sugestão opera desde o nível afetivo, falando em direção à subjetividade, deixando de lado a argumentação lógica e racional.
- Na mesma linha, Stokvis e Pflanz (2008) definem a sugestão como “uma influência que se exerce sobre o pensamento, o sentimento, a vontade ou as ações de outra pessoa, sem passar pela esfera racional desta última, baseada numa relação inter-humana de realização em outra pessoa de seus próprios atos de vontade que criam uma ressonância afetiva».
Por fim, a sugestão parece ser útil em abordagens particulares, como tratamento da dor crônica, terapias para parar de fumar, entre outras.
Veja: Tipos de amnésia
Tipos de sugestão
Existem diferentes tipos de sugestão. Podemos distinguir as seguintes.
Sugestão direta
É aquela em que se indica à pessoa —de forma clara e concreta— o que deve fazer. Por exemplo; “Estique os braços ao lado do corpo, feche os olhos e respire fundo.”
Sugestão indireta
De forma menos clara e focada, está associada a certas mensagens subliminares que levam a pessoa a seguir um determinado comportamento ou a tomar uma determinada decisão como se ela mesma o tivesse feito. Nesse tipo de sugestão ressalta-se que há maior margem de ação para o sugerido.
Sugestão hipnótica
É aquela que se consegue depois de uma sessão de hipnose, e na qual a pessoa segue as instruções que recebe durante esse estado de menor consciência. Para vários autores, a sugestionabilidade é uma característica definitiva da hipnose.
Outros tipos de sugestão
Outra classificação de sugestão tem a ver com as reações esperadas da instrução. Por exemplo, as sugestões motoras, que são aquelas que visam a realização de um determinado movimento da pessoa.
Dentro deste tipo também estão as sugestões sensório-fisiológicas, destinadas a induzir respostas ligadas à capacidade proprioceptiva de uma pessoa. Assim, uma de suas utilizações é para o alívio de dores crônicas.
Por seu lado, as sugestões cognitivo-perceptivas procuram intervir nas funções superiores, como a memória e os processos auditivos e visuais, envolvidos na percepção dos estímulos.
Veja: Psicólogo alerta sobre os riscos da automedicação com ansiolíticos e antidepressivos
A sugestão não deve entrar em conflito com as ideias da pessoa
Muito se fala sobre a utilidade da sugestão como técnica. No entanto, a sua aplicação requer um certo domínio e arte. Paz Leyva aponta que a sugestão só será eficaz se não entrar em conflito com a pessoa, nem se suas instruções colocarem em tensão o que ela valoriza ou pensa.
Além disso, destaca-se que seus efeitos estão associados ao prestígio, legitimidade ou validade que concedemos à pessoa que sugere. Por fim, a autora reconhece que a técnica emocional positiva existe como forma de sugestão, que funciona a partir de uma emoção desejada para alcançar a mudança.
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- Cabrera, Y., López, E., Ramos, Y., González, M., Valladares, A., & López, L. (2013). La hipnosis: una técnica al servicio de la Psicología. MediSur, 11(5), 534-541. http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1727-897X2013000500008&lng=es&tlng=es.
- DePaz-Leyva, Y., & Ortiz-Torres, Emilio. (2019). Exploratory Research on the Use of Persuasion in Communication between Professors and Students in Classrooms. Revista Cubana de Educación Superior, 38(3), e10. http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0257-43142019000300010&lng=es&tlng=en.
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