Psicólogo alerta sobre os riscos da automedicação com ansiolíticos e antidepressivos
A automedicação é um hábito muito comum entre os brasileiros. Apesar de serem proibidas as vendas de ansiolíticos e antidepressivos sem receita, muitos adquirem esses medicamentos sem qualquer controle e o consomem de forma abusiva.
Com a pandemia e o aumento dos casos de ansiedade e depressão, a automedicação com ansiolíticos e antidepressivos aumentou exponencialmente. Muitas vezes, a recomendação sobre o uso de determinados remédios vem de colegas, familiares ou mesmo de buscas na internet.
O uso de medicamentos controlados sem receita médica pode causar riscos à saúde do paciente.
“É uma cultura que precisa mudar. A população precisa adquirir a consciência de que remédios não são inofensivos e trazem riscos à saúde”, diz Filipe Colombini, psicólogo e CEO da Equipe AT.
Avaliação minuciosa
“Antes de receitar medicamentos, o médico psiquiatra faz uma avaliação minuciosa, justamente para atender as necessidades e particularidades de cada paciente”, diz Filipe. “O uso indiscriminado de remédios, além de não tratar efetivamente os transtornos mentais, já que cada tratamento deve ser individualizado, ainda pode levar à dependência e crises de abstinência”, completa.
Fique atento às possíveis complicações. Outra situação perigosa é quando a pessoa acha que a medicação não está sendo suficiente e passa a aumentar a dose e fazer uso de outros remédios em conjunto. “As interações medicamentosas podem levar a vômitos, perda da consciência e convulsões e, em alguns casos, até mesmo a óbito”, diz o especialista.
Existe ainda o processo de “desmame” do medicamento, que acontece, por exemplo, quando o psiquiatra avalia que o remédio prescrito não está sendo eficaz, na presença de efeitos colaterais significativos ou, ainda, quando o profissional considera que já não há mais necessidade no uso da medicação.
Efeito rebote
“Nestes casos, o psiquiatra faz recomendações importantes sobre a redução gradual do remédio, para evitar diversos efeitos adversos e prevenir o chamado ‘efeito rebote’”, quando os sintomas do transtorno mental podem voltar de forma ampliada e mais agressiva”, alerta Colombini.
“É muito importante que as pessoas entendam o risco a que estão se expondo com a automedicação. Em qualquer situação, é necessário procurar um médico para receber as orientações necessárias”, frisou.
Segundo pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), quase metade dos brasileiros se automedica pelo menos uma vez por mês e 25% faz isso todo dia ou pelo menos uma vez por semana. Ainda de acordo com o estudo, a automedicação é um hábito comum a 77% dos brasileiros.
Imagens de danilo.alvesd on Unsplash
A automedicação é um hábito muito comum entre os brasileiros. Apesar de serem proibidas as vendas de ansiolíticos e antidepressivos sem receita, muitos adquirem esses medicamentos sem qualquer controle e o consomem de forma abusiva.
Com a pandemia e o aumento dos casos de ansiedade e depressão, a automedicação com ansiolíticos e antidepressivos aumentou exponencialmente. Muitas vezes, a recomendação sobre o uso de determinados remédios vem de colegas, familiares ou mesmo de buscas na internet.
O uso de medicamentos controlados sem receita médica pode causar riscos à saúde do paciente.
“É uma cultura que precisa mudar. A população precisa adquirir a consciência de que remédios não são inofensivos e trazem riscos à saúde”, diz Filipe Colombini, psicólogo e CEO da Equipe AT.
Avaliação minuciosa
“Antes de receitar medicamentos, o médico psiquiatra faz uma avaliação minuciosa, justamente para atender as necessidades e particularidades de cada paciente”, diz Filipe. “O uso indiscriminado de remédios, além de não tratar efetivamente os transtornos mentais, já que cada tratamento deve ser individualizado, ainda pode levar à dependência e crises de abstinência”, completa.
Fique atento às possíveis complicações. Outra situação perigosa é quando a pessoa acha que a medicação não está sendo suficiente e passa a aumentar a dose e fazer uso de outros remédios em conjunto. “As interações medicamentosas podem levar a vômitos, perda da consciência e convulsões e, em alguns casos, até mesmo a óbito”, diz o especialista.
Existe ainda o processo de “desmame” do medicamento, que acontece, por exemplo, quando o psiquiatra avalia que o remédio prescrito não está sendo eficaz, na presença de efeitos colaterais significativos ou, ainda, quando o profissional considera que já não há mais necessidade no uso da medicação.
Efeito rebote
“Nestes casos, o psiquiatra faz recomendações importantes sobre a redução gradual do remédio, para evitar diversos efeitos adversos e prevenir o chamado ‘efeito rebote’”, quando os sintomas do transtorno mental podem voltar de forma ampliada e mais agressiva”, alerta Colombini.
“É muito importante que as pessoas entendam o risco a que estão se expondo com a automedicação. Em qualquer situação, é necessário procurar um médico para receber as orientações necessárias”, frisou.
Segundo pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), quase metade dos brasileiros se automedica pelo menos uma vez por mês e 25% faz isso todo dia ou pelo menos uma vez por semana. Ainda de acordo com o estudo, a automedicação é um hábito comum a 77% dos brasileiros.
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Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.