O que é heterocromia e quais são seus tipos?
Por mais surpreendente que pareça, a presença de uma íris de cada cor nos olhos de um mesmo indivíduo nem sempre se deve ao uso de lentes de contato. Quando isso acontece naturalmente, estamos diante de um fenômeno chamado heterocromia (em oftalmologia, heterocromia iridis).
Embora essa seja uma doença associada aos olhos, de acordo com os estudos científicos, a heterocromia também pode ser capilar ou dérmica. A chave para o conceito é a diferença de coloração em algum lugar do corpo. Se você quiser saber mais sobre essa anomalia, continue lendo!
Sobre a prevalência de heterocromia
Essa patologia, que gera uma íris de cada cor no aparelho ocular do indivíduo, tem uma baixa prevalência (número de pessoas acometidas). Estudos sobre a epidemiologia do transtorno fornecem os seguintes dados:
- Pesquisas com mais de 25.000 pessoas em áreas geográficas específicas relatam que a heterocromia é sofrida por apenas 0,25% da população. Ou seja, menos de uma em cada 100 pessoas.
- Cinco em cada seis casos foram acompanhados em indivíduos entre os 2 e os 19 anos, pelo que se verifica que existe uma maior prevalência entre os jovens.
- Verificou-se também um acentuado dimorfismo sexual, uma vez que esta patologia é muito mais comum nas mulheres (0,37%) do que nos homens (0,16%).
Como podemos ver, a heterocromia é uma anomalia muito rara. A seguir explicaremos por que ela ocorre e quais são seus tipos.
Para saber mais: Manchas vermelhas nos olhos: tudo que você precisa saber
O que é heterocromia e o que a causa?
De acordo com o Centro de Doenças Genéticas e Raras (GARD), a heterocromia iridis é definida como a presença de diferenças de cor na íris (diafragma circular e pigmentado do olho). Isso pode acontecer entre os olhos ou dentro de um deles.
Ela se deve a uma distribuição anormal de melanina, um pigmento de coloração preto-marrom derivado do aminoácido tirosina.
A maioria dos casos ocorre esporadicamente, mas outros podem responder a síndromes congênitas. Estas podem ser as seguintes:
- Síndrome de Waardenburg: uma patologia genética que causa surdez e pequenos defeitos na estrutura da crista neural (parte do desenvolvimento fetal), resultando em anormalidades pigmentares nos olhos, cabelos e pele.
- Síndrome de Sturge-Weber: uma doença neurocutânea congênita muito rara. Produz anormalidades oculares e neurológicas de vários tipos.
- Atrofia hemifacial progressiva (síndrome de Parry-Romberg): atrofia progressiva unilateral da pele e tecidos moles de metade da face, resultando em uma aparência afundada.
- Síndrome de Horner: causada pela interrupção de uma via nervosa do cérebro para o rosto e olhos em um lado do corpo.
Todas essas patologias, consideradas doenças raras pelo portal especializado Orphanet (site que reúne informações de doenças raras e medicamentos órfãos), podem causar assimetria na coloração dos olhos, cabelos e pele.
Outras causas dessa notável anormalidade em sua variação oftálmica podem ser lesões oculares, melanomas (câncer de pele) no olho, glaucoma e neuroblastoma (câncer do tecido nervoso).
Tipos de heterocromia
De acordo com a Academia Americana de Oftalmologia (AAO) e outras fontes citadas acima, a heterocromia da íris pode ser classificada em diferentes tipos. Nós os discutimos a seguir:
Total e parcial
É muito comum em gatos, que podem apresentar a íris de um olho azul e a outra marrom. Também ocorre em outros mamíferos, como cães ou humanos, embora não seja muito comuns nestes.
Central
Ocorre quando a parte central da íris é de cor diferente da localizada na periferia; isso em um olho. É um dos tipos mais comuns, pois representa a falta de melanina no diafragma ocular. A cor real do olho é a do anel externo.
Congênita
É o tipo mais raro, pois não é esporádico e ocorre desde o nascimento. As causas dessa heterocromia geralmente são as síndromes hereditárias que discutimos anteriormente. Também pode ser causada por neurofibromatose, um distúrbio genético no qual tumores (geralmente não cancerosos) se formam em várias partes do tecido nervoso.
Adquirida
Neste caso, não se trata de uma patologia com a qual o paciente nasce, mas sim uma que ocorre ao longo de sua vida. Essa forma é bastante comum, pois algo tão simples como um trauma ou inflamação ocular pode gerar um desequilíbrio na cor da íris.
Segundo a Academia Americana de Oftalmologia, já citada acima, outras das causas mais comuns de heterocromia adquirida são as seguintes:
- Diabetes.
- Glaucoma.
- Uveíte: inflamação da camada média do olho.
- Sangramento ocular.
- Cirurgia em um dos dois olhos.
Também pode te: O que é a uveíte e quais são seus sintomas
O que ter em mente sobre a heterocromia?
Como pudemos observar nestas linhas, por mais exótica e atraente que a heterocromia possa parecer, esta é uma patologia com a qual ninguém quer sofrer. Principalmente sua variação congênita (ou seja, presente desde o nascimento), pois esse é um indicativo de uma doença de origem genética com efeitos em outros sistemas fisiológicos.
Embora geralmente ocorra de forma espontânea, ela pode estar associada a outras doenças graves, como melanomas ou neuroblastomas; portanto, quando a heterocromia aparece, é necessário um diagnóstico exaustivo do paciente.
Por mais surpreendente que pareça, a presença de uma íris de cada cor nos olhos de um mesmo indivíduo nem sempre se deve ao uso de lentes de contato. Quando isso acontece naturalmente, estamos diante de um fenômeno chamado heterocromia (em oftalmologia, heterocromia iridis).
Embora essa seja uma doença associada aos olhos, de acordo com os estudos científicos, a heterocromia também pode ser capilar ou dérmica. A chave para o conceito é a diferença de coloração em algum lugar do corpo. Se você quiser saber mais sobre essa anomalia, continue lendo!
Sobre a prevalência de heterocromia
Essa patologia, que gera uma íris de cada cor no aparelho ocular do indivíduo, tem uma baixa prevalência (número de pessoas acometidas). Estudos sobre a epidemiologia do transtorno fornecem os seguintes dados:
- Pesquisas com mais de 25.000 pessoas em áreas geográficas específicas relatam que a heterocromia é sofrida por apenas 0,25% da população. Ou seja, menos de uma em cada 100 pessoas.
- Cinco em cada seis casos foram acompanhados em indivíduos entre os 2 e os 19 anos, pelo que se verifica que existe uma maior prevalência entre os jovens.
- Verificou-se também um acentuado dimorfismo sexual, uma vez que esta patologia é muito mais comum nas mulheres (0,37%) do que nos homens (0,16%).
Como podemos ver, a heterocromia é uma anomalia muito rara. A seguir explicaremos por que ela ocorre e quais são seus tipos.
Para saber mais: Manchas vermelhas nos olhos: tudo que você precisa saber
O que é heterocromia e o que a causa?
De acordo com o Centro de Doenças Genéticas e Raras (GARD), a heterocromia iridis é definida como a presença de diferenças de cor na íris (diafragma circular e pigmentado do olho). Isso pode acontecer entre os olhos ou dentro de um deles.
Ela se deve a uma distribuição anormal de melanina, um pigmento de coloração preto-marrom derivado do aminoácido tirosina.
A maioria dos casos ocorre esporadicamente, mas outros podem responder a síndromes congênitas. Estas podem ser as seguintes:
- Síndrome de Waardenburg: uma patologia genética que causa surdez e pequenos defeitos na estrutura da crista neural (parte do desenvolvimento fetal), resultando em anormalidades pigmentares nos olhos, cabelos e pele.
- Síndrome de Sturge-Weber: uma doença neurocutânea congênita muito rara. Produz anormalidades oculares e neurológicas de vários tipos.
- Atrofia hemifacial progressiva (síndrome de Parry-Romberg): atrofia progressiva unilateral da pele e tecidos moles de metade da face, resultando em uma aparência afundada.
- Síndrome de Horner: causada pela interrupção de uma via nervosa do cérebro para o rosto e olhos em um lado do corpo.
Todas essas patologias, consideradas doenças raras pelo portal especializado Orphanet (site que reúne informações de doenças raras e medicamentos órfãos), podem causar assimetria na coloração dos olhos, cabelos e pele.
Outras causas dessa notável anormalidade em sua variação oftálmica podem ser lesões oculares, melanomas (câncer de pele) no olho, glaucoma e neuroblastoma (câncer do tecido nervoso).
Tipos de heterocromia
De acordo com a Academia Americana de Oftalmologia (AAO) e outras fontes citadas acima, a heterocromia da íris pode ser classificada em diferentes tipos. Nós os discutimos a seguir:
Total e parcial
É muito comum em gatos, que podem apresentar a íris de um olho azul e a outra marrom. Também ocorre em outros mamíferos, como cães ou humanos, embora não seja muito comuns nestes.
Central
Ocorre quando a parte central da íris é de cor diferente da localizada na periferia; isso em um olho. É um dos tipos mais comuns, pois representa a falta de melanina no diafragma ocular. A cor real do olho é a do anel externo.
Congênita
É o tipo mais raro, pois não é esporádico e ocorre desde o nascimento. As causas dessa heterocromia geralmente são as síndromes hereditárias que discutimos anteriormente. Também pode ser causada por neurofibromatose, um distúrbio genético no qual tumores (geralmente não cancerosos) se formam em várias partes do tecido nervoso.
Adquirida
Neste caso, não se trata de uma patologia com a qual o paciente nasce, mas sim uma que ocorre ao longo de sua vida. Essa forma é bastante comum, pois algo tão simples como um trauma ou inflamação ocular pode gerar um desequilíbrio na cor da íris.
Segundo a Academia Americana de Oftalmologia, já citada acima, outras das causas mais comuns de heterocromia adquirida são as seguintes:
- Diabetes.
- Glaucoma.
- Uveíte: inflamação da camada média do olho.
- Sangramento ocular.
- Cirurgia em um dos dois olhos.
Também pode te: O que é a uveíte e quais são seus sintomas
O que ter em mente sobre a heterocromia?
Como pudemos observar nestas linhas, por mais exótica e atraente que a heterocromia possa parecer, esta é uma patologia com a qual ninguém quer sofrer. Principalmente sua variação congênita (ou seja, presente desde o nascimento), pois esse é um indicativo de uma doença de origem genética com efeitos em outros sistemas fisiológicos.
Embora geralmente ocorra de forma espontânea, ela pode estar associada a outras doenças graves, como melanomas ou neuroblastomas; portanto, quando a heterocromia aparece, é necessário um diagnóstico exaustivo do paciente.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
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- Enfermedades raras, Orphanet. Recogido a 6 de agosto en https://www.orpha.net/consor4.01/www/cgi-bin/?lng=ES#:~:text=La%20Ontolog%C3%ADa%20Orphanet%20de%20Enfermedades,genes%20y%20otras%20caracter%C3%ADsticas%20relevantes.
- Heterochromia, American Academy of Ophthalmology. Recogido a 6 de agosto en https://www.aao.org/eye-health/diseases/what-is-heterochromia
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- Manrique-Gonzalez, Luis Miguel. “Heterochromia Iridium Congénita: De clínica al diagnóstico.” Revista del Cuerpo Médico del HNAAA 12.2 (2019): 177-177.
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