Mulher é sequestrada e passa 8 meses sob poder de namorado virtual
Aplicativos e páginas de namoro têm como objetivo aproximar pessoas que compartilham as mesmas afinidades, mas que possivelmente não se conheceriam em outras condições. Infelizmente, essas mesmas páginas podem atrair pessoas que não têm a intenção procurar um novo relacionamento, e sim aplicar golpes. Conheça a história de Ruth.
A internet mostra apenas o que a pessoa escolhe compartilhar. Por esse motivo, muitas vezes o que vemos não reflete de forma verdadeira o caráter e os desejos dos outros. É cada vez maior a preocupação em saber se podemos confiar nas pessoas com quem conversamos on-line.
Como saber se essa pessoa está falando a verdade? Essa dúvida se torna cada vez mais complicada com o avanço da tecnologia, que permite fazer montagens em fotos e modificar informações facilmente. Sempre existe o risco de nos surpreendermos negativamente.
Isso foi o que aconteceu com Ruth Tunnicliffe, uma escritora de 61 anos moradora de Leeds, na Inglaterra. No final de 2010, ela estava em processo de separação quando acabou se envolvendo com um novo homem e recebendo a promessa de uma nova vida e um novo relacionamento.
O começo de tudo
Em entrevista concedida ao Daily Star, Ruth explicou que Peter McMahon começou a tentar contato através do Facebook, mandando dezenas de mensagens que ela simplesmente não respondia.
Em um certo momento a escritora decidiu dar a ele uma chance, e as conversas se transformaram em promessas, pois essa era a técnica de Peter para convencer e se conectar com suas vítimas.
Ele começou prometendo um contrato de modelo para uma das filhas de Ruth, e depois de muitas mensagens ela acabou sendo convencida a visitar Peter em Nashville, nos Estados Unidos. As passagens foram compradas para fevereiro de 2011. O primeiro encontro do casal foi no aeroporto, e os primeiros dias foram maravilhosos e cheios de romance.
Contrariando a crença popular, a maioria dos relacionamentos tóxicos não começam de forma violenta, e sim com carinho cuidado. A relação começa de forma tão maravilhosa que quando a violência tem início, a vítima está tão envolvida que se surpreende e muitas vezes continua no relacionamento por acreditar que a outra pessoa voltará a ser como era no começo.
O caso de Peter não era diferente, ele parecia até mesmo ser bastante conhecido na cidade, pois cumprimentava a todos e apresentava Ruth como sua noiva. Enquanto isso, ele a convencia a abrir um negócio em conjunto e usava de todo o seu charme para conquistar a confiança de Ruth.
A escritora começou a desconfiar quando, após viagens a várias partes dos Estados Unidos, ela nunca foi convidada para ir à casa de Peter. No dia anterior ao seu retorno para a Inglaterra, o passaporte dela simplesmente sumiu, o que a deixava presa no país.
Como os dois ainda estavam vivendo o período de “lua de mel”, passaram os meses seguintes se divertindo, utilizando para isso o cartão de crédito de Ruth. Ao mesmo tempo em que ela começou a ficar sem dinheiro, percebeu que Peter se tornava cada vez mais violento.
Rapidamente a situação se tornou muito parecida a um caso de sequestro e cárcere, pois, além do sumiço do passaporte, Ruth sofria violências constantes. Se ela fizesse qualquer pergunta, Peter a enforcava, mostrando seu verdadeiro caráter.
Devido às ameaças e à ausência do passaporte, Ruth foi ficando cada vez mais dependente do parceiro, e a situação se tornava mais terrível.
Eles começaram a trabalhar em um bar, mas sem salário, pois Peter fez um acordo com o dono do local para pagar as despesas do casal. Como não tinham dinheiro, eles dormiam quase sempre no carro.
O fim do pesadelo de Ruth
Felizmente Ruth encontrou seu passaporte, que estava escondido, e começou a planejar sua fuga. Ela estacionou o carro próximo ao bar onde ambos trabalhavam, e disse que tinha esquecido algo lá. Ela foi até o carro, pegou uma caixa com seus pertences mais importantes que já estava preparada, e correu até a delegacia mais próxima.
Ruth relata que ao entrar pelas portas da delegacia ela simplesmente desabou no chão, pois sabia que finalmente tudo ia acabar.
O oficial que ouviu o relato de Ruth afirmou que, se não tivesse fugido ela provavelmente iria terminar em um “saco para cadáveres”. Felizmente isso não aconteceu e ela conseguiu voltar para casa. Pouco depois de chegar à Inglaterra, Peter tentou entrar em contato com ela novamente e chegou a dizer que jamais devolveria o dinheiro gasto no cartão de crédito de Ruth.
Ela ficou com uma dívida de mais de R$200 mil e chegou a comentar que Peter a escolheu justamente porque sabia que ela era vulnerável, pois estava recém-divorciada e se sentia sozinha, de forma que provavelmente estaria fragilizada. Mesmo que seja difícil, Ruth acredita que a sua história precisa ser contada.
Por esse motivo, ela escreveu uma trilogia com suas memórias, cuja primeira edição estará disponível em breve, intitulada “To love, honor & betray” (Amar, honrar e trair, em tradução livre). Os títulos dos próximos livros ainda estão sendo avaliados. Atualmente Ruth está casada e feliz, e o paradeiro de Peter é desconhecido.
Aplicativos e páginas de namoro têm como objetivo aproximar pessoas que compartilham as mesmas afinidades, mas que possivelmente não se conheceriam em outras condições. Infelizmente, essas mesmas páginas podem atrair pessoas que não têm a intenção procurar um novo relacionamento, e sim aplicar golpes. Conheça a história de Ruth.
A internet mostra apenas o que a pessoa escolhe compartilhar. Por esse motivo, muitas vezes o que vemos não reflete de forma verdadeira o caráter e os desejos dos outros. É cada vez maior a preocupação em saber se podemos confiar nas pessoas com quem conversamos on-line.
Como saber se essa pessoa está falando a verdade? Essa dúvida se torna cada vez mais complicada com o avanço da tecnologia, que permite fazer montagens em fotos e modificar informações facilmente. Sempre existe o risco de nos surpreendermos negativamente.
Isso foi o que aconteceu com Ruth Tunnicliffe, uma escritora de 61 anos moradora de Leeds, na Inglaterra. No final de 2010, ela estava em processo de separação quando acabou se envolvendo com um novo homem e recebendo a promessa de uma nova vida e um novo relacionamento.
O começo de tudo
Em entrevista concedida ao Daily Star, Ruth explicou que Peter McMahon começou a tentar contato através do Facebook, mandando dezenas de mensagens que ela simplesmente não respondia.
Em um certo momento a escritora decidiu dar a ele uma chance, e as conversas se transformaram em promessas, pois essa era a técnica de Peter para convencer e se conectar com suas vítimas.
Ele começou prometendo um contrato de modelo para uma das filhas de Ruth, e depois de muitas mensagens ela acabou sendo convencida a visitar Peter em Nashville, nos Estados Unidos. As passagens foram compradas para fevereiro de 2011. O primeiro encontro do casal foi no aeroporto, e os primeiros dias foram maravilhosos e cheios de romance.
Contrariando a crença popular, a maioria dos relacionamentos tóxicos não começam de forma violenta, e sim com carinho cuidado. A relação começa de forma tão maravilhosa que quando a violência tem início, a vítima está tão envolvida que se surpreende e muitas vezes continua no relacionamento por acreditar que a outra pessoa voltará a ser como era no começo.
O caso de Peter não era diferente, ele parecia até mesmo ser bastante conhecido na cidade, pois cumprimentava a todos e apresentava Ruth como sua noiva. Enquanto isso, ele a convencia a abrir um negócio em conjunto e usava de todo o seu charme para conquistar a confiança de Ruth.
A escritora começou a desconfiar quando, após viagens a várias partes dos Estados Unidos, ela nunca foi convidada para ir à casa de Peter. No dia anterior ao seu retorno para a Inglaterra, o passaporte dela simplesmente sumiu, o que a deixava presa no país.
Como os dois ainda estavam vivendo o período de “lua de mel”, passaram os meses seguintes se divertindo, utilizando para isso o cartão de crédito de Ruth. Ao mesmo tempo em que ela começou a ficar sem dinheiro, percebeu que Peter se tornava cada vez mais violento.
Rapidamente a situação se tornou muito parecida a um caso de sequestro e cárcere, pois, além do sumiço do passaporte, Ruth sofria violências constantes. Se ela fizesse qualquer pergunta, Peter a enforcava, mostrando seu verdadeiro caráter.
Devido às ameaças e à ausência do passaporte, Ruth foi ficando cada vez mais dependente do parceiro, e a situação se tornava mais terrível.
Eles começaram a trabalhar em um bar, mas sem salário, pois Peter fez um acordo com o dono do local para pagar as despesas do casal. Como não tinham dinheiro, eles dormiam quase sempre no carro.
O fim do pesadelo de Ruth
Felizmente Ruth encontrou seu passaporte, que estava escondido, e começou a planejar sua fuga. Ela estacionou o carro próximo ao bar onde ambos trabalhavam, e disse que tinha esquecido algo lá. Ela foi até o carro, pegou uma caixa com seus pertences mais importantes que já estava preparada, e correu até a delegacia mais próxima.
Ruth relata que ao entrar pelas portas da delegacia ela simplesmente desabou no chão, pois sabia que finalmente tudo ia acabar.
O oficial que ouviu o relato de Ruth afirmou que, se não tivesse fugido ela provavelmente iria terminar em um “saco para cadáveres”. Felizmente isso não aconteceu e ela conseguiu voltar para casa. Pouco depois de chegar à Inglaterra, Peter tentou entrar em contato com ela novamente e chegou a dizer que jamais devolveria o dinheiro gasto no cartão de crédito de Ruth.
Ela ficou com uma dívida de mais de R$200 mil e chegou a comentar que Peter a escolheu justamente porque sabia que ela era vulnerável, pois estava recém-divorciada e se sentia sozinha, de forma que provavelmente estaria fragilizada. Mesmo que seja difícil, Ruth acredita que a sua história precisa ser contada.
Por esse motivo, ela escreveu uma trilogia com suas memórias, cuja primeira edição estará disponível em breve, intitulada “To love, honor & betray” (Amar, honrar e trair, em tradução livre). Os títulos dos próximos livros ainda estão sendo avaliados. Atualmente Ruth está casada e feliz, e o paradeiro de Peter é desconhecido.
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