Como ajudar uma mulher que foi vítima de violência?
Escrito e verificado por a filósofa Isbelia Esther Farías López
Se você está se perguntando como ajudar uma mulher que foi vítima de violência, é porque você pode estar vendo isso acontecer com alguém próximo. A realidade indica que as formas de maus-tratos às mulheres, especialmente as perpetradas pelo parceiro, são bastante comuns.
A violência pode ir muito longe quando nenhuma ajuda é procurada a tempo; as lesões podem ser repetidas e ocorrem muitas formas de abuso diferentes. Este assunto não deve ser descartado, porque implica uma gravidade que pode até colocar a vida em risco.
O fenômeno dos maus-tratos às mulheres independe da realidade social, cultural ou financeira. Pelo contrário, este está se tornando um problema de saúde pública, pois as agressões não só deixam consequências psicológicas importantes, mas também se tornam um fator de risco para a saúde da mulher que sofreu abusos.
Como ocorrem os maus-tratos?
Muitas vezes, os maus-tratos direcionados às mulheres começam gradualmente. Por exemplo, ela pode primeiro receber insultos, então é proibida de se aproximar de certos amigos – e até mesmo de membros da família – até ocorrerem discussões que levam a empurrões, humilhações e socos.
A forma como esses abusos ocorrem pode ser repetida de tal forma que eles se transformam em uma “forma normal de comunicação”. Após esses episódios, o homem pode manifestar um aparente “arrependimento”, seguido de um “perdão” e momentos de ternura, com o objetivo de reparar a terrível situação que ocorreu.
O pior de tudo: é comum que a mulher, ou seja, a vítima, justifique os comportamentos de seu agressor desenvolvendo a conhecida “síndrome doméstica de Estocolmo”, ou síndrome de adaptação paradoxal à violência doméstica.
Leia também: Abuso emocional: efeitos a curto e longo prazo
O que acontece quando uma mulher sofre violência?
Quando uma mulher sofre violência, ela experimenta vários sintomas. Segundo autores como Matud, Gutierrez e Padilla, estes incluem:
- Uma resposta de estresse.
- Sintomas crônicos, como depressão e estresse pós-traumático.
- Diminuição da autoestima.
- Diminuição da sensação de autoconfiança.
- Pode até pensar que merece ser punida.
- Sente-se incapaz de cuidar de si mesma, ou dos seus filhos.
- Experimenta sentimentos de incapacidade.
- Isolamento social.
- Sentimentos de culpa.
- Dependência emocional do abusador.
- Ansiedade, entre outros.
Que tipos de abuso podem ocorrer?
Como diz o texto: “Intervenção psicológica com mulheres abusadas pelo parceiro”, dos autores citados acima, o abuso no relacionamento pode incluir:
- Agressões físicas, como socos e chutes.
- Abuso psicológico, como desprezo, intimidação ou humilhação.
- Sexo forçado.
- Controle de comportamentos.
- Isolamento.
- Controle das atividades.
- Restrições, especialmente quando a vítima tenta procurar ajuda.
Não deixe de ler: 5 formas de abuso emocional que nem sempre reconhecemos a tempo
Como ajudar uma mulher que foi vítima de violência?
A boa notícia para as mulheres que já sofreram abusos em suas vidas, seja física ou psicologicamente, é que a psicologia, assim como muitas outras disciplinas, tem uma série de técnicas eficazes para elas se recuperarem.
Uma das abordagens mais recomendadas é a cognitivo-comportamental. Quando uma pessoa agredida chega a uma consulta, o profissional lhe ensinará várias estratégias para aprender a controlar episódios ansiosos.
Isso permite que a pessoa trabalhe em um relaxamento muscular progressivo ou respiração profunda. Também é possível aprender sobre técnicas cognitivas para identificar certos pensamentos que não são os mais apropriados ou alinhados com a realidade.
Portanto, é uma técnica muito eficaz de reestruturação cognitiva, parando de pensar, treinando habilidades sociais, entre outras. As sessões podem ser individuais ou em grupo, conforme o profissional julgar apropriado.
O manual de atendimento psicológico às vítimas de abuso também se refere à intervenção terapêutica que inclui alívio no consultório, escuta ativa, empatia, capacidade do psicólogo transmitir esperança, além de promover a tomada de decisão e, acima de tudo, avaliar os riscos que podem estar presentes.
Uma análise dos vínculos amorosos
Medidas de segurança para a vítima também são cruciais, especialmente se ela estiver vivendo com o agressor. O profissional que acompanha a vítima pode explicar onde ela pode buscar ajuda, ou quais ações podem ser tomadas para se proteger diante de um ataque.
Como aponta Fina Sanz, professora de psicologia e autora do livro Los vínculos amorosos: Amar desde la identidad en la Terapia de Reencuentro, os ideais que foram construídos sobre o romantismo giram em torno de fatores psicológicos e sociais.
No entanto, o problema surge porque associamos o estado de estar apaixonado com elementos como amor à primeira vista, sacrifício pelo outro, fusão com o outro, provas de amor, expectativas mágicas, a ideia de “metade da laranja” ou, pior, “o esquecimento da própria vida”.
Esse fato requer uma análise mais aprofundada do modelo de amor, fazendo abordagens mais realistas e considerando que os afetos são diversos.
Além disso, esse amor não pode ser baseado em sacrifícios ou renúncias que envolvem o abandono de projetos pessoais, já que todos nós precisamos de um espaço que deve ser indissolúvel: o espaço para o amor próprio.
Se você está se perguntando como ajudar uma mulher que foi vítima de violência, é porque você pode estar vendo isso acontecer com alguém próximo. A realidade indica que as formas de maus-tratos às mulheres, especialmente as perpetradas pelo parceiro, são bastante comuns.
A violência pode ir muito longe quando nenhuma ajuda é procurada a tempo; as lesões podem ser repetidas e ocorrem muitas formas de abuso diferentes. Este assunto não deve ser descartado, porque implica uma gravidade que pode até colocar a vida em risco.
O fenômeno dos maus-tratos às mulheres independe da realidade social, cultural ou financeira. Pelo contrário, este está se tornando um problema de saúde pública, pois as agressões não só deixam consequências psicológicas importantes, mas também se tornam um fator de risco para a saúde da mulher que sofreu abusos.
Como ocorrem os maus-tratos?
Muitas vezes, os maus-tratos direcionados às mulheres começam gradualmente. Por exemplo, ela pode primeiro receber insultos, então é proibida de se aproximar de certos amigos – e até mesmo de membros da família – até ocorrerem discussões que levam a empurrões, humilhações e socos.
A forma como esses abusos ocorrem pode ser repetida de tal forma que eles se transformam em uma “forma normal de comunicação”. Após esses episódios, o homem pode manifestar um aparente “arrependimento”, seguido de um “perdão” e momentos de ternura, com o objetivo de reparar a terrível situação que ocorreu.
O pior de tudo: é comum que a mulher, ou seja, a vítima, justifique os comportamentos de seu agressor desenvolvendo a conhecida “síndrome doméstica de Estocolmo”, ou síndrome de adaptação paradoxal à violência doméstica.
Leia também: Abuso emocional: efeitos a curto e longo prazo
O que acontece quando uma mulher sofre violência?
Quando uma mulher sofre violência, ela experimenta vários sintomas. Segundo autores como Matud, Gutierrez e Padilla, estes incluem:
- Uma resposta de estresse.
- Sintomas crônicos, como depressão e estresse pós-traumático.
- Diminuição da autoestima.
- Diminuição da sensação de autoconfiança.
- Pode até pensar que merece ser punida.
- Sente-se incapaz de cuidar de si mesma, ou dos seus filhos.
- Experimenta sentimentos de incapacidade.
- Isolamento social.
- Sentimentos de culpa.
- Dependência emocional do abusador.
- Ansiedade, entre outros.
Que tipos de abuso podem ocorrer?
Como diz o texto: “Intervenção psicológica com mulheres abusadas pelo parceiro”, dos autores citados acima, o abuso no relacionamento pode incluir:
- Agressões físicas, como socos e chutes.
- Abuso psicológico, como desprezo, intimidação ou humilhação.
- Sexo forçado.
- Controle de comportamentos.
- Isolamento.
- Controle das atividades.
- Restrições, especialmente quando a vítima tenta procurar ajuda.
Não deixe de ler: 5 formas de abuso emocional que nem sempre reconhecemos a tempo
Como ajudar uma mulher que foi vítima de violência?
A boa notícia para as mulheres que já sofreram abusos em suas vidas, seja física ou psicologicamente, é que a psicologia, assim como muitas outras disciplinas, tem uma série de técnicas eficazes para elas se recuperarem.
Uma das abordagens mais recomendadas é a cognitivo-comportamental. Quando uma pessoa agredida chega a uma consulta, o profissional lhe ensinará várias estratégias para aprender a controlar episódios ansiosos.
Isso permite que a pessoa trabalhe em um relaxamento muscular progressivo ou respiração profunda. Também é possível aprender sobre técnicas cognitivas para identificar certos pensamentos que não são os mais apropriados ou alinhados com a realidade.
Portanto, é uma técnica muito eficaz de reestruturação cognitiva, parando de pensar, treinando habilidades sociais, entre outras. As sessões podem ser individuais ou em grupo, conforme o profissional julgar apropriado.
O manual de atendimento psicológico às vítimas de abuso também se refere à intervenção terapêutica que inclui alívio no consultório, escuta ativa, empatia, capacidade do psicólogo transmitir esperança, além de promover a tomada de decisão e, acima de tudo, avaliar os riscos que podem estar presentes.
Uma análise dos vínculos amorosos
Medidas de segurança para a vítima também são cruciais, especialmente se ela estiver vivendo com o agressor. O profissional que acompanha a vítima pode explicar onde ela pode buscar ajuda, ou quais ações podem ser tomadas para se proteger diante de um ataque.
Como aponta Fina Sanz, professora de psicologia e autora do livro Los vínculos amorosos: Amar desde la identidad en la Terapia de Reencuentro, os ideais que foram construídos sobre o romantismo giram em torno de fatores psicológicos e sociais.
No entanto, o problema surge porque associamos o estado de estar apaixonado com elementos como amor à primeira vista, sacrifício pelo outro, fusão com o outro, provas de amor, expectativas mágicas, a ideia de “metade da laranja” ou, pior, “o esquecimento da própria vida”.
Esse fato requer uma análise mais aprofundada do modelo de amor, fazendo abordagens mais realistas e considerando que os afetos são diversos.
Além disso, esse amor não pode ser baseado em sacrifícios ou renúncias que envolvem o abandono de projetos pessoais, já que todos nós precisamos de um espaço que deve ser indissolúvel: o espaço para o amor próprio.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Alencar-Rodrígues, R., & Cantera, L. (2012). Violencia de Género en la Pareja: Una Revisión Teórica. Psico.
- Carrasco Serrano, A. (2004). Violencia doméstica. FMC – Formación Médica Continuada En Atención Primaria. https://doi.org/10.1016/s1134-2072(04)76126-5
- Corral Gargallo, P. (2000). Violencia contra la mujer. Debats.
- Perela Larrosa, M. (2010). Violencia de género: violencia psicológica. Foro: Revista de Ciencias Jurídicas y Sociales. https://doi.org/10.5209/FORO.37248
- Rolniak, S., & Burke, E. (2007). Violencia de género. In Sheehy. Manual de urgencia de enfermería. https://doi.org/10.1016/b978-84-8174-942-7.50050-7
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.