O que é a midríase e por que ocorre?
Revisado e aprovado por a enfermeira Leidy Mora Molina
Quando estamos em locais com pouca luz, o olho reage involuntariamente provocando uma distensão dos músculos radiais da íris. Isso é conhecido como midríase, que também é chamada de dilatação da pupila.
Com essa resposta, o corpo ativa uma forma de visão noturna, graduando ou ajustando a quantidade de luz que entra, embora em humanos a acuidade visual não se intensifique tanto quanto em alguns animais, como o gato e a coruja.
Esta não é a única razão pela qual esse fenômeno ocorre. A midríase pode ser desencadeada por uma variedade de causas, incluindo humor (medo), lesões, doenças e reações a medicamentos, entre outras.
O que é a midríase?
A pupila é aquele círculo preto no centro do olho, mais especificamente, da íris. Sua função é regular a quantidade de luz que entra na retina. Dependendo disso, a pupila pode se expandir ou contrair. O seu tamanho é estimado em uma variação entre 2 e 8 milímetros.
Estando mais exposta à luz, ocorre uma contração, ou miose. Pelo contrário, quando ela se expande, ocorre o fenômeno oposto, que se chama midríase. Esta última permite algum grau de visão noturna, embora em humanos ela seja bastante limitada.
Sua etimologia não é totalmente clara. Em latim, o termo “midríase” já era usado para se referir à dilatação pupilar. Pensa-se, por outro lado, que pode estar relacionado com a palavra bigorna, no grego antigo.
O que se sabe é que dois grupos de músculos intervêm nesse processo, que são os que controlam o tamanho da pupila. Estes são o esfíncter circunferencial e o músculo dilatador da íris.
O motivo mais comum para a dilatação pupilar é estar em um ambiente com pouca luz. O mesmo costuma acontecer ao acordar de manhã, pois depois de passar um tempo com os olhos fechados ou no escuro, pode demorar um pouco para se adaptar novamente à luz do dia.
Excitação, entusiasmo e até desejo sexual são evidenciados na dilatação pupilar. Este é um bom sinal para saber se alguém gosta de você.
Não deixe de ler: Pupilas puntiformes ou miose: por que isso ocorre?
Causas da midríase
Nas situações mencionadas (pouca luz, medo, excitação), a dilatação pupilar está presente por um tempo relativamente curto. No entanto, existem várias razões pelas quais a midríase pode se manter, constituindo um possível sinal de que algo diferente está acontecendo.
Teste de visão
Às vezes, a pupila deve ser dilatada para examinar o que está dentro do olho, incluindo a condição da retina e do nervo óptico. Isso é importante para diagnosticar, prevenir ou mesmo tratar certas doenças oculares.
Nesse caso, substâncias como a atropina são utilizadas. O efeito pode durar algumas horas; em algumas pessoas, até um dia inteiro. Depois, ele vai embora naturalmente.
Feridas e lesões nos olhos
Algumas lesões oculares podem danificar músculos ou nervos relacionados ao controle da íris e da pupila, causando a conhecida midríase traumática, que vem acompanhada por outros sintomas, como dor, fotofobia, desconforto ao ler ou focar por muito tempo.
Geralmente ocorre em apenas um olho, que é aquele que foi ferido. Enquanto isso, o outro dilata e se contrai normalmente.
Traumatismo craniano ou cerebral
A midríase também ocorre em pessoas que tiveram lesões cerebrais traumáticas que exercem pressão, afetando o funcionamento do sistema ocular. Pode ser unilateral ou bilateral.
De acordo com as pesquisas, uma midríase bilateral de longa duração, sem reflexo de luz na pupila após grave traumatismo cranioencefálico, é considerada um sinal de dano irreversível.
Medicamentos
Vários medicamentos podem alterar o funcionamento das pupilas, desencadeando a midríase. Eles incluem os seguintes:
- Atropina.
- Anticolinérgicos derivados da atropina, como o ipratrópio.
- Antidepressivos com efeitos serotoninérgicos.
- Escopolamina.
- Anfetaminas.
- Relaxantes musculares.
- Anti-histamínicos.
Consumo de drogas
Segundo estudos sobre o assunto, drogas como cocaína, metanfetaminas, ecstasy e LSD têm um efeito sobre os receptores de serotonina. Elas também afetam o funcionamento dos músculos do olho.
Outras causas
Altos níveis de oxitocina, bem como a exposição a algumas espécies de plantas que contêm escopolamina e atropina (beladona ou erva de Jimson), podem desencadear midríase leve a moderada.
Leia também: 4 tratamentos naturais para a dor nos olhos
Doenças associadas à midríase
A midríase em um olho, que se torna permanente ou ocorre com frequência e é acompanhada por outros sintomas, como cefaléia, visão turva ou dupla, perda de visão ou sensibilidade, é um possível sinal de algumas patologias. As mais relevantes são as seguintes:
- Enxaqueca: de acordo com pesquisas, a enxaqueca pode causar midríase unilateral temporária devido à hiperatividade do sistema simpático ou hipoatividade do parassimpático.
- Neuropatia: quando o terceiro nervo craniano (nervo motor ocular comum) é afetado, a pupila pode permanecer fixa em um estado dilatado devido à paralisia do esfíncter da íris.
- Lesão do trigêmeo: este nervo está ligado ao controle de certas partes da face. Quando acometido, por exemplo, por trauma, além de paralisia, dor e outros sintomas, surge a midríase.
- Síndrome de Claude-Bernard-Horner: nesta síndrome, uma pupila fica contraída ou há uma diferença no tamanho das duas pupilas (anisocoria).
- Patologias oculares: se a condição não for neurológica, a midríase pode ser causada por uma lesão no olho, por glaucoma ou por isquemia da íris.
- Um tumor cerebral ou edema: como um derrame.
Diferentes tipos de midríase
A maioria dos casos de dilatação pupilar não é grave, embora ela possa estar associada a algumas doenças. Em geral, existem diferentes tipos de midríase:
- Fisiológica: é a resposta pupilar normal à pouca luz.
- Bilateral: como o próprio nome indica, ocorre em ambos os olhos. Pode ser uma reação pupilar ao uso de drogas ou álcool, intoxicação alimentar ou doenças como meningite.
- Benigna unilateral: caracterizada por uma assimetria em que apenas uma pupila fica dilatada e a outra não. Se seu aparecimento for ocasional, pode estar associada a enxaquecas ou a um problema do sistema parassimpático.
- Unilateral fixa: também ocorre em apenas um olho. Se se tornar fixa ou permanente, é um sinal de possível dano cerebral.
- Arreativa: refere-se ao fato de as pupilas se dilatarem, mas não se contraírem ao receberem luz intensa. Ocorre quando há dano cerebral, parada cardiorrespiratória ou coma.
Tratamento da midríase
Na maioria dos casos, a dilatação pupilar desaparece por conta própria após um curto período de tempo. Se necessário, o tratamento da midríase dependerá da causa e será estabelecido após a correspondente avaliação do especialista.
A intervenção cirúrgica geralmente não é necessária, exceto quando há paralisia do terceiro nervo craniano. Isso só é recomendado se não houver evidência de melhora em 6 meses.
O mesmo se aplica ao glaucoma de ângulo fechado. Nessa situação, a intervenção consiste na iridotomia a laser, considerada um procedimento cirúrgico rápido, simples e de menor risco que a iridectomia.
Na dúvida, consulte seu médico para ver se a midríase persiste
A midríase não é uma condição muito comum e raramente é perigosa. Pessoas com tendência à enxaqueca têm um maior risco de dilatação pupilar, embora os episódios sejam raros (duas ou três vezes por mês) e durem algumas horas.
Agora, se além da dilatação houver outros sinais, como visão turva, dor nos olhos ou dor de cabeça, você deve ir ao médico para descartar uma lesão no olho ou uma patologia que afete o cérebro. O especialista realizará os testes correspondentes.
A abertura pode ser medida com um pupilômetro automático. Desta forma, é possível avaliar como a pupila responde à luz. Se for necessário iniciar algum tratamento, o médico irá indicá-lo.
Quando estamos em locais com pouca luz, o olho reage involuntariamente provocando uma distensão dos músculos radiais da íris. Isso é conhecido como midríase, que também é chamada de dilatação da pupila.
Com essa resposta, o corpo ativa uma forma de visão noturna, graduando ou ajustando a quantidade de luz que entra, embora em humanos a acuidade visual não se intensifique tanto quanto em alguns animais, como o gato e a coruja.
Esta não é a única razão pela qual esse fenômeno ocorre. A midríase pode ser desencadeada por uma variedade de causas, incluindo humor (medo), lesões, doenças e reações a medicamentos, entre outras.
O que é a midríase?
A pupila é aquele círculo preto no centro do olho, mais especificamente, da íris. Sua função é regular a quantidade de luz que entra na retina. Dependendo disso, a pupila pode se expandir ou contrair. O seu tamanho é estimado em uma variação entre 2 e 8 milímetros.
Estando mais exposta à luz, ocorre uma contração, ou miose. Pelo contrário, quando ela se expande, ocorre o fenômeno oposto, que se chama midríase. Esta última permite algum grau de visão noturna, embora em humanos ela seja bastante limitada.
Sua etimologia não é totalmente clara. Em latim, o termo “midríase” já era usado para se referir à dilatação pupilar. Pensa-se, por outro lado, que pode estar relacionado com a palavra bigorna, no grego antigo.
O que se sabe é que dois grupos de músculos intervêm nesse processo, que são os que controlam o tamanho da pupila. Estes são o esfíncter circunferencial e o músculo dilatador da íris.
O motivo mais comum para a dilatação pupilar é estar em um ambiente com pouca luz. O mesmo costuma acontecer ao acordar de manhã, pois depois de passar um tempo com os olhos fechados ou no escuro, pode demorar um pouco para se adaptar novamente à luz do dia.
Excitação, entusiasmo e até desejo sexual são evidenciados na dilatação pupilar. Este é um bom sinal para saber se alguém gosta de você.
Não deixe de ler: Pupilas puntiformes ou miose: por que isso ocorre?
Causas da midríase
Nas situações mencionadas (pouca luz, medo, excitação), a dilatação pupilar está presente por um tempo relativamente curto. No entanto, existem várias razões pelas quais a midríase pode se manter, constituindo um possível sinal de que algo diferente está acontecendo.
Teste de visão
Às vezes, a pupila deve ser dilatada para examinar o que está dentro do olho, incluindo a condição da retina e do nervo óptico. Isso é importante para diagnosticar, prevenir ou mesmo tratar certas doenças oculares.
Nesse caso, substâncias como a atropina são utilizadas. O efeito pode durar algumas horas; em algumas pessoas, até um dia inteiro. Depois, ele vai embora naturalmente.
Feridas e lesões nos olhos
Algumas lesões oculares podem danificar músculos ou nervos relacionados ao controle da íris e da pupila, causando a conhecida midríase traumática, que vem acompanhada por outros sintomas, como dor, fotofobia, desconforto ao ler ou focar por muito tempo.
Geralmente ocorre em apenas um olho, que é aquele que foi ferido. Enquanto isso, o outro dilata e se contrai normalmente.
Traumatismo craniano ou cerebral
A midríase também ocorre em pessoas que tiveram lesões cerebrais traumáticas que exercem pressão, afetando o funcionamento do sistema ocular. Pode ser unilateral ou bilateral.
De acordo com as pesquisas, uma midríase bilateral de longa duração, sem reflexo de luz na pupila após grave traumatismo cranioencefálico, é considerada um sinal de dano irreversível.
Medicamentos
Vários medicamentos podem alterar o funcionamento das pupilas, desencadeando a midríase. Eles incluem os seguintes:
- Atropina.
- Anticolinérgicos derivados da atropina, como o ipratrópio.
- Antidepressivos com efeitos serotoninérgicos.
- Escopolamina.
- Anfetaminas.
- Relaxantes musculares.
- Anti-histamínicos.
Consumo de drogas
Segundo estudos sobre o assunto, drogas como cocaína, metanfetaminas, ecstasy e LSD têm um efeito sobre os receptores de serotonina. Elas também afetam o funcionamento dos músculos do olho.
Outras causas
Altos níveis de oxitocina, bem como a exposição a algumas espécies de plantas que contêm escopolamina e atropina (beladona ou erva de Jimson), podem desencadear midríase leve a moderada.
Leia também: 4 tratamentos naturais para a dor nos olhos
Doenças associadas à midríase
A midríase em um olho, que se torna permanente ou ocorre com frequência e é acompanhada por outros sintomas, como cefaléia, visão turva ou dupla, perda de visão ou sensibilidade, é um possível sinal de algumas patologias. As mais relevantes são as seguintes:
- Enxaqueca: de acordo com pesquisas, a enxaqueca pode causar midríase unilateral temporária devido à hiperatividade do sistema simpático ou hipoatividade do parassimpático.
- Neuropatia: quando o terceiro nervo craniano (nervo motor ocular comum) é afetado, a pupila pode permanecer fixa em um estado dilatado devido à paralisia do esfíncter da íris.
- Lesão do trigêmeo: este nervo está ligado ao controle de certas partes da face. Quando acometido, por exemplo, por trauma, além de paralisia, dor e outros sintomas, surge a midríase.
- Síndrome de Claude-Bernard-Horner: nesta síndrome, uma pupila fica contraída ou há uma diferença no tamanho das duas pupilas (anisocoria).
- Patologias oculares: se a condição não for neurológica, a midríase pode ser causada por uma lesão no olho, por glaucoma ou por isquemia da íris.
- Um tumor cerebral ou edema: como um derrame.
Diferentes tipos de midríase
A maioria dos casos de dilatação pupilar não é grave, embora ela possa estar associada a algumas doenças. Em geral, existem diferentes tipos de midríase:
- Fisiológica: é a resposta pupilar normal à pouca luz.
- Bilateral: como o próprio nome indica, ocorre em ambos os olhos. Pode ser uma reação pupilar ao uso de drogas ou álcool, intoxicação alimentar ou doenças como meningite.
- Benigna unilateral: caracterizada por uma assimetria em que apenas uma pupila fica dilatada e a outra não. Se seu aparecimento for ocasional, pode estar associada a enxaquecas ou a um problema do sistema parassimpático.
- Unilateral fixa: também ocorre em apenas um olho. Se se tornar fixa ou permanente, é um sinal de possível dano cerebral.
- Arreativa: refere-se ao fato de as pupilas se dilatarem, mas não se contraírem ao receberem luz intensa. Ocorre quando há dano cerebral, parada cardiorrespiratória ou coma.
Tratamento da midríase
Na maioria dos casos, a dilatação pupilar desaparece por conta própria após um curto período de tempo. Se necessário, o tratamento da midríase dependerá da causa e será estabelecido após a correspondente avaliação do especialista.
A intervenção cirúrgica geralmente não é necessária, exceto quando há paralisia do terceiro nervo craniano. Isso só é recomendado se não houver evidência de melhora em 6 meses.
O mesmo se aplica ao glaucoma de ângulo fechado. Nessa situação, a intervenção consiste na iridotomia a laser, considerada um procedimento cirúrgico rápido, simples e de menor risco que a iridectomia.
Na dúvida, consulte seu médico para ver se a midríase persiste
A midríase não é uma condição muito comum e raramente é perigosa. Pessoas com tendência à enxaqueca têm um maior risco de dilatação pupilar, embora os episódios sejam raros (duas ou três vezes por mês) e durem algumas horas.
Agora, se além da dilatação houver outros sinais, como visão turva, dor nos olhos ou dor de cabeça, você deve ir ao médico para descartar uma lesão no olho ou uma patologia que afete o cérebro. O especialista realizará os testes correspondentes.
A abertura pode ser medida com um pupilômetro automático. Desta forma, é possível avaliar como a pupila responde à luz. Se for necessário iniciar algum tratamento, o médico irá indicá-lo.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Castañeda-Díez R, Mayorquín-Ruiz M, Jiménez-Román J. Glaucoma de ángulo cerrado. Perspectiva actual. Rev Mex Oftalmol. 2007; 81(5):272-282.
- Maas RP, Verrips A. Episodic unilateral mydriasis and recurrent headache: Not necessarily an ominous combination. Cephalalgia Reports. doi: 10.1177/2515816318772305.
- Martínez-Fresneda M. Historia de un término médico: midriasis. Epos: Revista de filología. 1989; 5: 11-18.
- Mathôt S, Fabius J, Van Heusden E, Van der Stigchel S. Safe and sensible preprocessing and baseline correction of pupil-size data. Behav Res Methods. 2018 Feb;50(1):94-106. doi:10.3758/s13428-017-1007-2
- Modi P, Arsiwalla T. Cranial nerve iii palsy. In: StatPearls. StatPearls Publishing; 2021. P.MID: 30252368
- Pérez-González H, Garcia-Concha Y, Gómez-Martínez N. Cierre angular primario: opciones quirúrgicas. Revista Mexicana de Oftalmología. 2014; 88(4): 182-185.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.