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Lúpus e gravidez: tudo que você precisa saber

4 minutos
As mulheres com lúpus que estão passando por uma gravidez ou que desejam engravidar devem considerar alguns problemas. Nesses casos, o monitoramento médico deve ser rigoroso.
Lúpus e gravidez: tudo que você precisa saber
Leonardo Biolatto

Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto

Escrito por Leonardo Biolatto
Última atualização: 27 maio, 2022

A combinação entre lúpus e gravidez é possível, especialmente na atualidade, devido à melhora significativa do tratamento da doença e à redução dos efeitos adversos dos medicamentos usados para mantê-la sob controle.

Lembre-se de que grande parte dos problemas da combinação entre lúpus e gravidez vem da farmacologia. Os medicamentos para reduzir os surtos de lúpus geralmente causam infertilidade ou malformações no feto.

Por esse motivo, as mulheres com lúpus são sempre instruídas a planejar sua gravidez com antecedência, para que o médico possa adaptar o tratamento à situação. Hoje, isso é possível graças ao desenvolvimento de princípios ativos que superam os anteriores.

Como veremos neste artigo, com o planejamento adequado, as mulheres que sofrem desta doença podem engravidar com relativa segurança. Elas terão que fazer um monitoramento mais frequente do que uma mulher grávida sem patologias associadas, mas é algo viável.

O que é o lúpus?

O lúpus é uma doença autoimune. Isso significa que o próprio sistema imunológico ataca suas células. Ele identifica alguns tecidos como externos ou ameaçadores e os inflama, com uma reação semelhante à que ocorre no combate a doenças virais ou bacterianas.

A patologia é crônica e evolui na forma de surtos. Períodos de inatividade podem ocorrer, nos quais não há sintomas, mas os episódios agudos são graves e incapacitantes.

Os tecidos mais afetados pelo lúpus são o articular, o dérmico e o renal. Também há afetação dos pulmões e do cérebro, mas seus sintomas característicos decorrem das articulações e da pele.

Quando falamos de lúpus e gravidez, estamos nos referindo a uma mulher com diagnóstico prévio de lúpus que engravida em algum momento de sua vida. Depois de grávida, os alertas continuam porque existem registros que se referem a um aumento na incidência de problemas de gestação nessas mulheres.

Além disso, há um distúrbio pontual, que nem sempre acontece, chamado de lúpus neonatal. Ele surge quando o bebê recebe os anticorpos que a mãe possui e que causam lúpus nela. A criança terá problemas de pele e sangue e, em casos graves, pode ter problemas cardíacos.

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O lúpus tem um sintoma característico na pele do rosto, se apresentando em forma de asas de borboleta.

Continue lendo: Tudo que você deveria saber sobre o lúpus

Medicamentos para o lúpus e a infertilidade

Para falar sobre lúpus e gravidez, deve-se primeiro falar sobre lúpus e fertilidade. A verdade é que as mulheres com a doença não teriam mais dificuldades do que as outras para engravidar, mas os medicamentos desempenham um papel fundamental.

Pessoas com lúpus recebem medicamentos que podem alterar a capacidade de gestação. A ciclofosfamida é um medicamento comum nos planos de abordagem da doença, que altera a viabilidade dos ovários a longo prazo.

Por isso, é importante que as mulheres que desejam engravidar e tenham diagnóstico de lúpus consultem um médico com bastante antecedência. Os planos terapêuticos podem ser modificados para promover a fertilidade. O que alguns médicos fazem é adicionar outro medicamento à ciclofosfamida, chamado leuprolide, que reduz a infertilidade.

Da mesma forma, vários medicamentos contra o lúpus são teratogênicos, o que significa que podem causar defeitos congênitos no feto, especialmente durante o primeiro trimestre. Esta é outra questão a ser planejada com antecedência junto ao médico.

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A medicação para tratar o lúpus é um dos grandes problemas quando uma mulher engravida.

Saiba mais: As doenças autoimunes mais comuns

Complicações do lúpus na gravidez

Durante a gestação, o lúpus de uma mulher pode complicar a gravidez em comparação com alguém que não tem o diagnóstico. Entre os problemas mais frequentes, temos:

  • Hipercoagulação: a mulher grávida pode ser mais propensa a coágulos, que interrompem o fluxo sanguíneo para a placenta.
  • Aborto: mulheres com lúpus têm uma chance 10% maior de ter um aborto espontâneo do que o resto das mulheres grávidas.
  • Pré-eclâmpsia: esta síndrome consiste em um aumento da pressão arterial da mulher, com edema nos membros inferiores e perda de proteínas na urina. É um tipo de pressão alta que, embora geralmente seja induzida pela gravidez, nesses casos é atribuída ao lúpus.
  • Trabalho de parto prematuro: as condições  anteriores podem acelerar o trabalho de parto e adiantar o nascimento do bebê.

Lúpus e gravidez são compatíveis

Apesar das complicações, lúpus e gravidez são compatíveis. As mulheres que são diagnosticadas com a doença e querem ter filhos devem consultar seus médicos responsáveis ​​para planejar essa fase da melhor maneira possível. O bom desenvolvimento dependerá desse planejamento.

A combinação entre lúpus e gravidez é possível, especialmente na atualidade, devido à melhora significativa do tratamento da doença e à redução dos efeitos adversos dos medicamentos usados para mantê-la sob controle.

Lembre-se de que grande parte dos problemas da combinação entre lúpus e gravidez vem da farmacologia. Os medicamentos para reduzir os surtos de lúpus geralmente causam infertilidade ou malformações no feto.

Por esse motivo, as mulheres com lúpus são sempre instruídas a planejar sua gravidez com antecedência, para que o médico possa adaptar o tratamento à situação. Hoje, isso é possível graças ao desenvolvimento de princípios ativos que superam os anteriores.

Como veremos neste artigo, com o planejamento adequado, as mulheres que sofrem desta doença podem engravidar com relativa segurança. Elas terão que fazer um monitoramento mais frequente do que uma mulher grávida sem patologias associadas, mas é algo viável.

O que é o lúpus?

O lúpus é uma doença autoimune. Isso significa que o próprio sistema imunológico ataca suas células. Ele identifica alguns tecidos como externos ou ameaçadores e os inflama, com uma reação semelhante à que ocorre no combate a doenças virais ou bacterianas.

A patologia é crônica e evolui na forma de surtos. Períodos de inatividade podem ocorrer, nos quais não há sintomas, mas os episódios agudos são graves e incapacitantes.

Os tecidos mais afetados pelo lúpus são o articular, o dérmico e o renal. Também há afetação dos pulmões e do cérebro, mas seus sintomas característicos decorrem das articulações e da pele.

Quando falamos de lúpus e gravidez, estamos nos referindo a uma mulher com diagnóstico prévio de lúpus que engravida em algum momento de sua vida. Depois de grávida, os alertas continuam porque existem registros que se referem a um aumento na incidência de problemas de gestação nessas mulheres.

Além disso, há um distúrbio pontual, que nem sempre acontece, chamado de lúpus neonatal. Ele surge quando o bebê recebe os anticorpos que a mãe possui e que causam lúpus nela. A criança terá problemas de pele e sangue e, em casos graves, pode ter problemas cardíacos.

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O lúpus tem um sintoma característico na pele do rosto, se apresentando em forma de asas de borboleta.

Continue lendo: Tudo que você deveria saber sobre o lúpus

Medicamentos para o lúpus e a infertilidade

Para falar sobre lúpus e gravidez, deve-se primeiro falar sobre lúpus e fertilidade. A verdade é que as mulheres com a doença não teriam mais dificuldades do que as outras para engravidar, mas os medicamentos desempenham um papel fundamental.

Pessoas com lúpus recebem medicamentos que podem alterar a capacidade de gestação. A ciclofosfamida é um medicamento comum nos planos de abordagem da doença, que altera a viabilidade dos ovários a longo prazo.

Por isso, é importante que as mulheres que desejam engravidar e tenham diagnóstico de lúpus consultem um médico com bastante antecedência. Os planos terapêuticos podem ser modificados para promover a fertilidade. O que alguns médicos fazem é adicionar outro medicamento à ciclofosfamida, chamado leuprolide, que reduz a infertilidade.

Da mesma forma, vários medicamentos contra o lúpus são teratogênicos, o que significa que podem causar defeitos congênitos no feto, especialmente durante o primeiro trimestre. Esta é outra questão a ser planejada com antecedência junto ao médico.

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A medicação para tratar o lúpus é um dos grandes problemas quando uma mulher engravida.

Saiba mais: As doenças autoimunes mais comuns

Complicações do lúpus na gravidez

Durante a gestação, o lúpus de uma mulher pode complicar a gravidez em comparação com alguém que não tem o diagnóstico. Entre os problemas mais frequentes, temos:

  • Hipercoagulação: a mulher grávida pode ser mais propensa a coágulos, que interrompem o fluxo sanguíneo para a placenta.
  • Aborto: mulheres com lúpus têm uma chance 10% maior de ter um aborto espontâneo do que o resto das mulheres grávidas.
  • Pré-eclâmpsia: esta síndrome consiste em um aumento da pressão arterial da mulher, com edema nos membros inferiores e perda de proteínas na urina. É um tipo de pressão alta que, embora geralmente seja induzida pela gravidez, nesses casos é atribuída ao lúpus.
  • Trabalho de parto prematuro: as condições  anteriores podem acelerar o trabalho de parto e adiantar o nascimento do bebê.

Lúpus e gravidez são compatíveis

Apesar das complicações, lúpus e gravidez são compatíveis. As mulheres que são diagnosticadas com a doença e querem ter filhos devem consultar seus médicos responsáveis ​​para planejar essa fase da melhor maneira possível. O bom desenvolvimento dependerá desse planejamento.


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  • Rivera Chavez, Lizet Lorena, et al. “Brote severo de lupus de difícil control.” Nefrología 39.3 (2019): 321.
  • Ucar, E., et al. “Manejo del lupus eritematoso sistémico durante el embarazo.” Revista Española de Reumatología 32.3 (2005): 91-98.
  • Martínez, Alonzo, et al. “Detección y manejo del brote lúpico en el embarazo.” Progresos de Obstetricia y Ginecología 61.4 (2018): 365-369.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.