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Existe uma relação entre a bactéria Helicobacter pylori e o câncer?

4 minutos
As infecções gástricas causam sintomas como vômito e dor abdominal. No entanto, há uma bactéria intestinal que parece estar relacionada ao câncer. Saiba tudo sobre a Helicobacter pylori.
Existe uma relação entre a bactéria Helicobacter pylori e o câncer?
Última atualização: 25 janeiro, 2021

A relação entre a Helicobacter pylori e o câncer de estômago é motivo de pesquisa na ciência médica, já que a prevalência dessa bactéria em humanos é alta. E se este microrganismo for um fator de risco para o desenvolvimento do câncer?

Sintomas como dor de estômago, náusea e vômito podem ser indicativos de gastrite, e têm diferentes causas. Uma delas é a presença da bactéria Helicobacter pylori no trato digestivo. Estudos de prevalência estimam que mais de 70% das infecções por esse microrganismo sejam assintomáticas.

Esta bactéria é uma dor de cabeça para os pesquisadores, pois além de gastrite e úlceras pépticas, parece estar relacionada a alguma forma de câncer. Será que ela é tão perigosa assim? Descubra a seguir.

A bactéria Helicobacter pylori

Helicobacter pylori é uma bactéria gram-negativa na forma de bacilo helicoide. Habita o epitélio gástrico humano, ou seja, dentro do estômago.

Ela mede cerca de três mícrons e possui quatro a seis flagelos, que permitem que se mova pelo ambiente com grande liberdade. É microaerofílica, por isso requer oxigênio para a sua sobrevivência, embora em baixas concentrações.

Cada população humana tem cepas características de H. pylori. Isso permitiu que os cientistas estimassem os padrões migratórios dos seres humanos nos tempos antigos, que explicam a relevância do microrganismo e sua presença desde tempos imemoriais.

Como ela é transmitida e espalhada?

Esta bactéria foi isolada em amostras fecais e orais de pacientes infectados, por isso sugere-se que o método mais comum de transmissão seja por beijos ou contatos orais. É um microrganismo que adquirimos desde a infância devido à sua grande distribuição geográfica.

Em certas partes do mundo, a rota fecal-oral é a escolha da bactéria para se espalhar. O consumo de água infectada ou contaminada com resíduos é uma rota simples de entrada.

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Este microrganismo tem flagelos, então ele pode se mover para entrar no corpo e infectá-lo.

Para saber mais: 4 maus hábitos que você deve evitar em caso de gastrite

Qual é a relação da Helicobacter Pylori com o câncer?

Além de causar gastrite e úlceras, este microrganismo parece estar relacionado ao linfoma de tecido linfoide associado à mucosa (MALT), um tipo de adenocarcinoma gástrico. Seus sintomas são gerais, como perda de peso, anemia, desconforto e dor abdominal.

Estudos reveladores

Uma infecção a longo prazo desta bactéria parece estar positivamente relacionada com a presença de adenocarcinomas gástricos. Um estudo que analisou 17 populações em 13 países mostrou que havia seis vezes mais risco de câncer gástrico em pessoas com essa bactéria do que em pessoas que não a tinham.

Além desta variação espacial, há um importante componente temporal. O acompanhamento de 1225 pacientes taiwaneses constatou que, após 8 anos de monitoramento, 2,9% dos que tinham a Helicobacter pylori desenvolveram câncer gástrico, enquanto nenhum caso foi observado entre os não infectados.

Ainda assim, essas tendências não estão tão claras em outras áreas do mundo. Por exemplo, na África, não foi demonstrada uma correlação clara entre o câncer e a presença do microrganismo.

Como essa relação ocorre?

Várias hipóteses foram propostas para explicar a correlação exata entre a H. pylori e o câncer gástrico, mas seu mecanismo de ação ainda não foi totalmente compreendido. As interações possíveis incluem:

  • Esta bactéria causa danos à mucosa gástrica, o que resulta em danos à superfície epitelial do estômago. O DNA é danificado e fatores protetores, como a vitamina C, são reduzidos.
  • O dano promove a proliferação celular, pois as células danificadas devem ser substituídas.
  • Células derivadas da medula óssea que se diferenciam em células gástricas na presença de H. plyori seriam as mais propensas a se tornarem cancerígenas. Essa hipótese é chamada de teoria da migração de células de medula óssea.

O mecanismo apresentado é uma possível explicação, uma hipótese, mas não a definitiva. As interações entre essas bactérias e vários problemas de saúde ainda estão sendo estudadas.

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Várias teorias tentam explicar por que as bactérias seriam capazes de causar um câncer gástrico.

Você pode estar interessado: Remédios fitoterápicos para combater a infecção por H. Pylori

Conclusão entre a relação da Helicobacter pylori com o câncer

Estima-se que dois terços da população mundial já tenha sido infectada por essa bactéria, por isso podemos dimensionar o problema e a preocupação com o tema nos estudos. Mais de 70% das infecções são assintomáticas, então o risco de câncer a partir desse microrganismo pode passar despercebido.

Nos casos em que úlceras e outras doenças se desenvolvem, a H. pylori pode ser eliminada usando antibióticos como a amoxicilina. Por isso, é importante ir ao médico em caso de suspeita, já que uma boa prevenção é sempre a melhor opção.

A relação entre a Helicobacter pylori e o câncer de estômago é motivo de pesquisa na ciência médica, já que a prevalência dessa bactéria em humanos é alta. E se este microrganismo for um fator de risco para o desenvolvimento do câncer?

Sintomas como dor de estômago, náusea e vômito podem ser indicativos de gastrite, e têm diferentes causas. Uma delas é a presença da bactéria Helicobacter pylori no trato digestivo. Estudos de prevalência estimam que mais de 70% das infecções por esse microrganismo sejam assintomáticas.

Esta bactéria é uma dor de cabeça para os pesquisadores, pois além de gastrite e úlceras pépticas, parece estar relacionada a alguma forma de câncer. Será que ela é tão perigosa assim? Descubra a seguir.

A bactéria Helicobacter pylori

Helicobacter pylori é uma bactéria gram-negativa na forma de bacilo helicoide. Habita o epitélio gástrico humano, ou seja, dentro do estômago.

Ela mede cerca de três mícrons e possui quatro a seis flagelos, que permitem que se mova pelo ambiente com grande liberdade. É microaerofílica, por isso requer oxigênio para a sua sobrevivência, embora em baixas concentrações.

Cada população humana tem cepas características de H. pylori. Isso permitiu que os cientistas estimassem os padrões migratórios dos seres humanos nos tempos antigos, que explicam a relevância do microrganismo e sua presença desde tempos imemoriais.

Como ela é transmitida e espalhada?

Esta bactéria foi isolada em amostras fecais e orais de pacientes infectados, por isso sugere-se que o método mais comum de transmissão seja por beijos ou contatos orais. É um microrganismo que adquirimos desde a infância devido à sua grande distribuição geográfica.

Em certas partes do mundo, a rota fecal-oral é a escolha da bactéria para se espalhar. O consumo de água infectada ou contaminada com resíduos é uma rota simples de entrada.

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Este microrganismo tem flagelos, então ele pode se mover para entrar no corpo e infectá-lo.

Para saber mais: 4 maus hábitos que você deve evitar em caso de gastrite

Qual é a relação da Helicobacter Pylori com o câncer?

Além de causar gastrite e úlceras, este microrganismo parece estar relacionado ao linfoma de tecido linfoide associado à mucosa (MALT), um tipo de adenocarcinoma gástrico. Seus sintomas são gerais, como perda de peso, anemia, desconforto e dor abdominal.

Estudos reveladores

Uma infecção a longo prazo desta bactéria parece estar positivamente relacionada com a presença de adenocarcinomas gástricos. Um estudo que analisou 17 populações em 13 países mostrou que havia seis vezes mais risco de câncer gástrico em pessoas com essa bactéria do que em pessoas que não a tinham.

Além desta variação espacial, há um importante componente temporal. O acompanhamento de 1225 pacientes taiwaneses constatou que, após 8 anos de monitoramento, 2,9% dos que tinham a Helicobacter pylori desenvolveram câncer gástrico, enquanto nenhum caso foi observado entre os não infectados.

Ainda assim, essas tendências não estão tão claras em outras áreas do mundo. Por exemplo, na África, não foi demonstrada uma correlação clara entre o câncer e a presença do microrganismo.

Como essa relação ocorre?

Várias hipóteses foram propostas para explicar a correlação exata entre a H. pylori e o câncer gástrico, mas seu mecanismo de ação ainda não foi totalmente compreendido. As interações possíveis incluem:

  • Esta bactéria causa danos à mucosa gástrica, o que resulta em danos à superfície epitelial do estômago. O DNA é danificado e fatores protetores, como a vitamina C, são reduzidos.
  • O dano promove a proliferação celular, pois as células danificadas devem ser substituídas.
  • Células derivadas da medula óssea que se diferenciam em células gástricas na presença de H. plyori seriam as mais propensas a se tornarem cancerígenas. Essa hipótese é chamada de teoria da migração de células de medula óssea.

O mecanismo apresentado é uma possível explicação, uma hipótese, mas não a definitiva. As interações entre essas bactérias e vários problemas de saúde ainda estão sendo estudadas.

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Várias teorias tentam explicar por que as bactérias seriam capazes de causar um câncer gástrico.

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Conclusão entre a relação da Helicobacter pylori com o câncer

Estima-se que dois terços da população mundial já tenha sido infectada por essa bactéria, por isso podemos dimensionar o problema e a preocupação com o tema nos estudos. Mais de 70% das infecções são assintomáticas, então o risco de câncer a partir desse microrganismo pode passar despercebido.

Nos casos em que úlceras e outras doenças se desenvolvem, a H. pylori pode ser eliminada usando antibióticos como a amoxicilina. Por isso, é importante ir ao médico em caso de suspeita, já que uma boa prevenção é sempre a melhor opção.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


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