Úlceras gástricas e duodenais
Escrito e verificado por a farmacêutica Fabiola Marín Aguilar
As úlceras gástricas são erosões ou feridas que aparecem no revestimento do estômago. Quando a erosão ocorre na parte superior do intestino delgado, é chamada de úlcera duodenal. Você sabe quais são as causas associadas às úlceras gástricas e duodenais? Descubra-as a seguir.
Fatores que causam úlceras gástricas e duodenais
- Hipersecreção ácida: a perda do equilíbrio ácido do estômago devido à produção excessiva de ácido clorídrico (ácido necessário para ajudar na digestão) pode causar o aparecimento de úlceras pépticas.
- Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs): o uso prolongado e excessivo de anti-inflamatórios para aliviar dores, inflamações e febre, como o ibuprofeno, por exemplo, aumenta o risco de sangramento gastrointestinal e doenças ulcerativas.
- Estresse, cigarro e álcool: favorecem o aparecimento de úlceras pépticas.
Atualmente, sabe-se que existe uma relação direta entre úlceras gástricas e duodenais e infecções pela bactéria Helicobacter pylori. A morfologia em espiral desta bactéria facilita sua penetração na mucosa gástrica, aderindo-se a ela e produzindo toxinas que causarão inflamação e o aparecimento de lesões.
Estima-se que aproximadamente 50% da população mundial possa estar infectada com H. pylori, embora apenas 15% das pessoas infectadas com esse microrganismo desenvolvam úlceras gástricas ou duodenais ao longo da vida.
Você sofre de azia? Então leia: 7 hábitos para despedir-nos da azia estomacal
Quais são os sintomas?
Os sintomas mais comuns relacionados às úlceras gástricas e duodenais são, principalmente:
- Dor abdominal: o sintoma referido é, principalmente, o de ardor ou sensação de queimação na boca do estômago. Geralmente se acalma depois da ingestão de alimentos ou após a administração de antiácidos. Entretanto, nos casos de úlcera gástrica, a dor é mais característica imediatamente após as refeições.
- Azia ou sensação de queimação no esôfago.
- Náuseas e vômitos.
- Alterações no trânsito intestinal e inchaço abdominal.
Por outro lado, pode haver uma úlcera assintomática, na qual o desconforto não é tão característico. Seu diagnóstico ocorre quando aparecem complicações mais graves, como:
- Hemorragia digestiva: ocorre hematêmese (o paciente vomita sangue) e melena (fezes pretas devido à presença de sangue).
- Perfuração: a úlcera se torna cada vez mais profunda, chegando a perfurar a mucosa gastroduodenal.
- Estenose pilórica: ocorre quando a área que une o estômago e o duodeno é estreitada e o paciente tem uma sensação de saciedade mesmo sem ter ingerido qualquer alimento.
Como são diagnosticadas as úlceras gástricas e duodenais?
O diagnóstico de úlcera gástrica e duodenal é feito com base no histórico médico do paciente, nos sintomas característicos que apresenta, no exame físico e nos exames complementares considerados adequados.
Os métodos de diagnóstico geralmente são focados na visualização da úlcera e na detecção de bactérias Helicobacter pylori.
Métodos focados na visualização da úlcera
- Endoscopia digestiva oral: é realizada através da inserção de um tubo com uma pequena câmera na boca e no esôfago. Esta técnica permite a visualização de todo o trato digestivo e a detecção de qualquer anomalia. Se houver detecção de lesão ulcerativa, será coletada uma amostra do tecido (biópsia) para análise.
Métodos focados na detecção de Helicobacter pylori
- Testes sorológicos para a detecção de anticorpos contra esse microrganismo.
- Detecção de helicobacter em amostras de fezes.
- Teste respiratório: consiste na ingestão de um líquido com ureia marcada com carbono. Logo depois, o paciente sopra através de um tubo para determinar se o CO2 exalado contém carbono marcado, o que indicaria se a bactéria o metabolizou e, portanto, confirmaria a sua presença.
Descubra: Úlcera péptica: 10 sintomas de alerta
Em que consiste o tratamento?
O tratamento é focado no alívio dos sintomas e na redução da dor com a administração de medicamentos.
Medicamentos antiácidos e protetores gástricos
- Inibidores da bomba de prótons: como o conhecido omeprazol, responsável por bloquear a secreção ácida do estômago.
- Antagonistas do receptor H2: um exemplo é a ranitidina.
Medicamentos indicados no tratamento de Helicobacter pylori
O tratamento para erradicar esse microrganismo consiste no uso de um inibidor da bomba de prótons para reduzir a secreção ácida, em combinação com antibióticos para eliminar as bactérias.
É administrado por alguns dias. Após o tratamento, o teste respiratório é repetido, o que confirmará que a infecção desapareceu.
Tratamento das complicações da úlcera péptica, como sangramento ou perfuração, exigem a localização da úlcera hemorrágica por endoscopia e cauterização da hemorragia. No caso de perfuração, é necessária uma intervenção cirúrgica urgente.
Prevenir úlceras gástricas e duodenais
A prevenção de doenças ulcerativas está em nossas mãos. Para isso, é importante evitar o abuso de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides, de bebidas ricas em cafeína, e não fumar. Manter uma dieta saudável também é fundamental.
Com esses cuidados, podemos reduzir o risco de desenvolvimento de úlcera gastroduodenal. Além disso, como sempre indicamos, a consulta com o médico é fundamental, pois somente ele poderá indicar o tratamento adequado.
As úlceras gástricas são erosões ou feridas que aparecem no revestimento do estômago. Quando a erosão ocorre na parte superior do intestino delgado, é chamada de úlcera duodenal. Você sabe quais são as causas associadas às úlceras gástricas e duodenais? Descubra-as a seguir.
Fatores que causam úlceras gástricas e duodenais
- Hipersecreção ácida: a perda do equilíbrio ácido do estômago devido à produção excessiva de ácido clorídrico (ácido necessário para ajudar na digestão) pode causar o aparecimento de úlceras pépticas.
- Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs): o uso prolongado e excessivo de anti-inflamatórios para aliviar dores, inflamações e febre, como o ibuprofeno, por exemplo, aumenta o risco de sangramento gastrointestinal e doenças ulcerativas.
- Estresse, cigarro e álcool: favorecem o aparecimento de úlceras pépticas.
Atualmente, sabe-se que existe uma relação direta entre úlceras gástricas e duodenais e infecções pela bactéria Helicobacter pylori. A morfologia em espiral desta bactéria facilita sua penetração na mucosa gástrica, aderindo-se a ela e produzindo toxinas que causarão inflamação e o aparecimento de lesões.
Estima-se que aproximadamente 50% da população mundial possa estar infectada com H. pylori, embora apenas 15% das pessoas infectadas com esse microrganismo desenvolvam úlceras gástricas ou duodenais ao longo da vida.
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Quais são os sintomas?
Os sintomas mais comuns relacionados às úlceras gástricas e duodenais são, principalmente:
- Dor abdominal: o sintoma referido é, principalmente, o de ardor ou sensação de queimação na boca do estômago. Geralmente se acalma depois da ingestão de alimentos ou após a administração de antiácidos. Entretanto, nos casos de úlcera gástrica, a dor é mais característica imediatamente após as refeições.
- Azia ou sensação de queimação no esôfago.
- Náuseas e vômitos.
- Alterações no trânsito intestinal e inchaço abdominal.
Por outro lado, pode haver uma úlcera assintomática, na qual o desconforto não é tão característico. Seu diagnóstico ocorre quando aparecem complicações mais graves, como:
- Hemorragia digestiva: ocorre hematêmese (o paciente vomita sangue) e melena (fezes pretas devido à presença de sangue).
- Perfuração: a úlcera se torna cada vez mais profunda, chegando a perfurar a mucosa gastroduodenal.
- Estenose pilórica: ocorre quando a área que une o estômago e o duodeno é estreitada e o paciente tem uma sensação de saciedade mesmo sem ter ingerido qualquer alimento.
Como são diagnosticadas as úlceras gástricas e duodenais?
O diagnóstico de úlcera gástrica e duodenal é feito com base no histórico médico do paciente, nos sintomas característicos que apresenta, no exame físico e nos exames complementares considerados adequados.
Os métodos de diagnóstico geralmente são focados na visualização da úlcera e na detecção de bactérias Helicobacter pylori.
Métodos focados na visualização da úlcera
- Endoscopia digestiva oral: é realizada através da inserção de um tubo com uma pequena câmera na boca e no esôfago. Esta técnica permite a visualização de todo o trato digestivo e a detecção de qualquer anomalia. Se houver detecção de lesão ulcerativa, será coletada uma amostra do tecido (biópsia) para análise.
Métodos focados na detecção de Helicobacter pylori
- Testes sorológicos para a detecção de anticorpos contra esse microrganismo.
- Detecção de helicobacter em amostras de fezes.
- Teste respiratório: consiste na ingestão de um líquido com ureia marcada com carbono. Logo depois, o paciente sopra através de um tubo para determinar se o CO2 exalado contém carbono marcado, o que indicaria se a bactéria o metabolizou e, portanto, confirmaria a sua presença.
Descubra: Úlcera péptica: 10 sintomas de alerta
Em que consiste o tratamento?
O tratamento é focado no alívio dos sintomas e na redução da dor com a administração de medicamentos.
Medicamentos antiácidos e protetores gástricos
- Inibidores da bomba de prótons: como o conhecido omeprazol, responsável por bloquear a secreção ácida do estômago.
- Antagonistas do receptor H2: um exemplo é a ranitidina.
Medicamentos indicados no tratamento de Helicobacter pylori
O tratamento para erradicar esse microrganismo consiste no uso de um inibidor da bomba de prótons para reduzir a secreção ácida, em combinação com antibióticos para eliminar as bactérias.
É administrado por alguns dias. Após o tratamento, o teste respiratório é repetido, o que confirmará que a infecção desapareceu.
Tratamento das complicações da úlcera péptica, como sangramento ou perfuração, exigem a localização da úlcera hemorrágica por endoscopia e cauterização da hemorragia. No caso de perfuração, é necessária uma intervenção cirúrgica urgente.
Prevenir úlceras gástricas e duodenais
A prevenção de doenças ulcerativas está em nossas mãos. Para isso, é importante evitar o abuso de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides, de bebidas ricas em cafeína, e não fumar. Manter uma dieta saudável também é fundamental.
Com esses cuidados, podemos reduzir o risco de desenvolvimento de úlcera gastroduodenal. Além disso, como sempre indicamos, a consulta com o médico é fundamental, pois somente ele poderá indicar o tratamento adequado.
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- Fundación Española del Aparato Digestivo (FEAD). Inicio. Enfermedades y síntomas. Úlcera péptica: https://www.saludigestivo.es/enfermedades-digestivas-y-sintomas/ulcera-peptica/#tratamien
- Shiotani A, Graham DY. Pathogenesis and therapy of gastric and duodenal ulcer disease. Med Clin North Am. 2002; 86: 1447-1466
- Agencia Española de Medicamentos y Productos Sanitarios. CIMA. Nexium mups 20 mg. Ficha técnica: https://cima.aemps.es/cima/dochtml/ft/63436/FT_63436.html
- Agencia Española de Medicamentos y Productos Sanitarios. CIMA. Alquen 150 mg. Ficha técnica: https://cima.aemps.es/cima/dochtml/ft/60298/FT_60298.html
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