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Excesso de exposição a telas em crianças

4 minutos
A exposição excessiva a telas na infância pode ter consequências negativas no processo de desenvolvimento. Isso não afeta apenas o aprendizado, mas também a capacidade de estabelecer relacionamentos.
Excesso de exposição a telas em crianças
Última atualização: 13 julho, 2021

Existem estudos científicos que concluem que o excesso de exposição a telas em crianças está associado a um pior desenvolvimento cognitivo e socioemocional. Quando nos referimos a telas, nos referimos a celulares, tablets, televisão, computadores, etc.

Em muitas ocasiões, os pais não estão cientes das repercussões que o uso excessivo desses dispositivos pode ter para os pequenos. Para este artigo em particular, nos basearemos no recente estudo de Madigan, S., Browne, D., Racine, N., Mori, C., & Tough, S. (2019), publicado na JAMA Pediatrics, da Associação de Pediatras Norte-Americanos.

A pesquisa, intitulada Associação entre o tempo de tela e o desempenho das crianças em um teste de triagem no desenvolvimento, expõe várias consequências que os pequenos podem sofrer ao usar excessivamente os dispositivos mencionados.

Estudo científico sobre o excesso de exposição a telas em crianças

Vamos dividir o conteúdo do estudo e as suas implicações em seções, para facilitar a leitura e o entendimento.

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Estudos recentes alertam para os riscos que as crianças podem sofrer devido à exposição excessiva a telas ou dispositivos móveis.

O estudo

Este estudo acompanhou de perto o desenvolvimento de 2400 crianças canadenses e mostrou, experimentalmente, que quanto mais tempo a criança passava na frente das telas aos 2 e 3 anos de idade, pior era o seu desempenho aos 4 e 5 anos anos.

A pesquisa explorou o progresso da criança em 5 domínios, mencionados abaixo:

  • Comunicação.
  • Habilidades motoras brutas.
  • Habilidades motoras finas.
  • Resolução de problemas.
  • Habilidades sociais.

Por exemplo, para avaliar o domínio da comunicação, foi perguntado à criança se ela poderia formar sentenças de quatro palavras ou identificar partes comuns do corpo.

Enquanto isso, para as habilidades motoras, elas foram convidadas a ficar de pé sobre uma perna ou separar fios. Foi então determinado que, quanto mais tempo essas crianças passavam em frente às telas, piores eram os resultados nesses exercícios.

Os cientistas afirmam que, durante os primeiros 5 anos de vida, o cérebro é muito sensível a estímulos. Este é conhecido como um período crítico, que é muito importante para o crescimento e amadurecimento do indivíduo.

Não deixe de ler: Como as telas afetam a saúde ocular?

Consequências do excesso de exposição a telas em crianças

Tudo parece indicar que o excesso de exposição a telas em crianças faz com que elas percam oportunidades importantes. Em geral, pode interferir no seguinte:

  • Desenvolvimento social e comunicativo (interagir com outras pessoas).
  • Habilidades motoras, promovendo um estilo de vida sedentário.
  • Desenvolvimento de laços com pessoas próximas.
  • Regulação emocional e aprendizado.

Quando as crianças estão diante das telas, elas podem perder a capacidade de dominar as habilidades interpessoais, motoras e de comunicação, conforme citado no estudo mencionado.

Isso nos permite concluir algo bastante sério: o excesso de exposição às telas em crianças afeta seu desenvolvimento em todos os níveis. Ou seja, pode deixá-las menos inteligentes, menos hábeis e menos competentes do que aquelas crianças que fazem um uso racional e responsável destes dispositivos.

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A exposição excessiva às telas pode interferir nas habilidades sociais das crianças e comprometer seus processos de aprendizado.

Leia também: Os limites na infância: um ato de amor

Variáveis ​​socioeconômicas e de gênero

Segundo o estudo, as meninas tendem a passar menos tempo na frente das telas e a obter melhores pontuações do que os meninos nos 5 domínios expostos anteriormente.

Por outro lado, a diminuição drástica nas brincadeiras em grupo é preocupante, o que até recentemente era a principal fonte de reforço e aprendizado socioemocional das crianças. A exposição excessiva às telas está acabando com as brincadeiras individuais e em grupo.

Outra descoberta significativa do estudo é que as crianças em idade pré-escolar que realizavam mais leituras, se exercitavam mais, dormiam mais e tinham pais com níveis mais baixos de depressão tiveram um desempenho muito melhor.

Além disso, observou-se que pessoas de menor nível socioeconômico eram as que mais ofereciam tempo de exposição às telas para as crianças. Consequentemente, as crianças dessas populações foram as mais afetadas.

As crianças sofrem consequências devido à exposição a telas

Embora na última década muitos pesquisadores tenham encontrado evidências científicas das consequências prejudiciais da exposição excessiva a telas para as crianças, este estudo mostrou resultados significativos. Pela primeira vez, um grande estudo com 2.400 indivíduos demonstrou uma relação direta entre as telas e um pior desenvolvimento.

Existem estudos científicos que concluem que o excesso de exposição a telas em crianças está associado a um pior desenvolvimento cognitivo e socioemocional. Quando nos referimos a telas, nos referimos a celulares, tablets, televisão, computadores, etc.

Em muitas ocasiões, os pais não estão cientes das repercussões que o uso excessivo desses dispositivos pode ter para os pequenos. Para este artigo em particular, nos basearemos no recente estudo de Madigan, S., Browne, D., Racine, N., Mori, C., & Tough, S. (2019), publicado na JAMA Pediatrics, da Associação de Pediatras Norte-Americanos.

A pesquisa, intitulada Associação entre o tempo de tela e o desempenho das crianças em um teste de triagem no desenvolvimento, expõe várias consequências que os pequenos podem sofrer ao usar excessivamente os dispositivos mencionados.

Estudo científico sobre o excesso de exposição a telas em crianças

Vamos dividir o conteúdo do estudo e as suas implicações em seções, para facilitar a leitura e o entendimento.

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Estudos recentes alertam para os riscos que as crianças podem sofrer devido à exposição excessiva a telas ou dispositivos móveis.

O estudo

Este estudo acompanhou de perto o desenvolvimento de 2400 crianças canadenses e mostrou, experimentalmente, que quanto mais tempo a criança passava na frente das telas aos 2 e 3 anos de idade, pior era o seu desempenho aos 4 e 5 anos anos.

A pesquisa explorou o progresso da criança em 5 domínios, mencionados abaixo:

  • Comunicação.
  • Habilidades motoras brutas.
  • Habilidades motoras finas.
  • Resolução de problemas.
  • Habilidades sociais.

Por exemplo, para avaliar o domínio da comunicação, foi perguntado à criança se ela poderia formar sentenças de quatro palavras ou identificar partes comuns do corpo.

Enquanto isso, para as habilidades motoras, elas foram convidadas a ficar de pé sobre uma perna ou separar fios. Foi então determinado que, quanto mais tempo essas crianças passavam em frente às telas, piores eram os resultados nesses exercícios.

Os cientistas afirmam que, durante os primeiros 5 anos de vida, o cérebro é muito sensível a estímulos. Este é conhecido como um período crítico, que é muito importante para o crescimento e amadurecimento do indivíduo.

Não deixe de ler: Como as telas afetam a saúde ocular?

Consequências do excesso de exposição a telas em crianças

Tudo parece indicar que o excesso de exposição a telas em crianças faz com que elas percam oportunidades importantes. Em geral, pode interferir no seguinte:

  • Desenvolvimento social e comunicativo (interagir com outras pessoas).
  • Habilidades motoras, promovendo um estilo de vida sedentário.
  • Desenvolvimento de laços com pessoas próximas.
  • Regulação emocional e aprendizado.

Quando as crianças estão diante das telas, elas podem perder a capacidade de dominar as habilidades interpessoais, motoras e de comunicação, conforme citado no estudo mencionado.

Isso nos permite concluir algo bastante sério: o excesso de exposição às telas em crianças afeta seu desenvolvimento em todos os níveis. Ou seja, pode deixá-las menos inteligentes, menos hábeis e menos competentes do que aquelas crianças que fazem um uso racional e responsável destes dispositivos.

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A exposição excessiva às telas pode interferir nas habilidades sociais das crianças e comprometer seus processos de aprendizado.

Leia também: Os limites na infância: um ato de amor

Variáveis ​​socioeconômicas e de gênero

Segundo o estudo, as meninas tendem a passar menos tempo na frente das telas e a obter melhores pontuações do que os meninos nos 5 domínios expostos anteriormente.

Por outro lado, a diminuição drástica nas brincadeiras em grupo é preocupante, o que até recentemente era a principal fonte de reforço e aprendizado socioemocional das crianças. A exposição excessiva às telas está acabando com as brincadeiras individuais e em grupo.

Outra descoberta significativa do estudo é que as crianças em idade pré-escolar que realizavam mais leituras, se exercitavam mais, dormiam mais e tinham pais com níveis mais baixos de depressão tiveram um desempenho muito melhor.

Além disso, observou-se que pessoas de menor nível socioeconômico eram as que mais ofereciam tempo de exposição às telas para as crianças. Consequentemente, as crianças dessas populações foram as mais afetadas.

As crianças sofrem consequências devido à exposição a telas

Embora na última década muitos pesquisadores tenham encontrado evidências científicas das consequências prejudiciais da exposição excessiva a telas para as crianças, este estudo mostrou resultados significativos. Pela primeira vez, um grande estudo com 2.400 indivíduos demonstrou uma relação direta entre as telas e um pior desenvolvimento.


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  • Hale, L., & Guan, S. (2015). Screen time and sleep among school-aged children and adolescents: a systematic literature review. Sleep medicine reviews21, 50-58.
  • Madigan, S., Browne, D., Racine, N., Mori, C., & Tough, S. (2019). Association between screen time and children’s performance on a developmental screening test. JAMA pediatrics173(3), 244-250.
  • Tandon, P. S., Zhou, C., Sallis, J. F., Cain, K. L., Frank, L. D., & Saelens, B. E. (2012). Home environment relationships with children’s physical activity, sedentary time, and screen time by socioeconomic status. International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity9(1), 88.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.