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Exame de proteína total: resultados e seu significado

4 minutos
O exame de proteína total é útil como primeira abordagem para distúrbios do fígado, rim ou sistema imunológico. Além disso, permite avaliar o estado nutricional.
Exame de proteína total: resultados e seu significado
Mariel Mendoza

Escrito e verificado por a médica Mariel Mendoza

Escrito por Mariel Mendoza
Última atualização: 06 fevereiro, 2023

O exame de proteína total, também conhecido como relação albumina/globulina, é indicado pelo médico quando há suspeita de:

  • Distúrbios hepáticos ou renais.
  • Doenças autoimunes.
  • Desnutrição.

A análise também pode ser indicada como parte de um controle de rotina, incluído no painel metabólico básico. Além disso, complementa as avaliações em casos de fadiga inexplicável, edema ou quaisquer sintomas que sugiram problemas gastrointestinais ou distúrbios da medula óssea.

O exame de proteína total mede a quantidade de proteína no sangue. A maioria dos laboratórios costuma informar o valor total da mesma, as proteínas fracionadas (albumina e globulina) e a proporção (ou quociente) de albumina em relação às globulinas.

Quais são as proteínas que são medidas?

As proteínas são estruturas muito importantes para o funcionamento do organismo. Elas fazem parte da estrutura de todas as células, órgãos e tecidos.

Elas são encontrados em diferentes formas, como enzimas, transportadores de substâncias, complementos e anticorpos (ou imunoglobulinas). As proteínas plasmáticas são sintetizadas principalmente no fígado, enquanto as imunoglobulinas são sintetizadas pelas células linfáticas nos nódulos, medula óssea ou baço.

Duas classes de proteínas circulam no plasma: albumina e globulina. A albumina está presente em maior proporção, sendo aproximadamente 60% da proteína total e é produzida no fígado.

É responsável por manter a pressão coloidosmótica, evitando assim o vazamento de fluido dos vasos sanguíneos para o interstício. Além disso, é responsável pelo transporte de hormônios, vitaminas, minerais como cálcio e diversas substâncias.

As globulinas compõem os 40% restantes das proteínas totais do sangue. Elas representam um grupo diversificado. Algumas são produzidas pelo fígado e outras pelo sistema imunológico (linfonodos, baço e medula óssea). Suas funções visam transportar substâncias e combater infecções.

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Anticorpos são proteínas. Têm uma função específica ligada à defesa do organismo.

Como é realizado o exame de proteína total?

O exame de proteína total é feito com uma amostra de sangue venoso. A menos que outros exames de sangue sejam necessários, nenhuma preparação prévia especial é necessária (não é necessário jejum).

As proteínas também podem ser medidas em outros fluidos biológicos, como urina, líquido pleural ou líquido cefalorraquidiano.

Confira: Paquimetria: o que caracteriza este exame e como ele é feito?

O exame de proteína total mede albumina e globulinas. Se houver alguma alteração nos resultados, novos exames podem ser indicados, como eletroforese de proteínas séricas (exame de imunofixação) e imunoglobulinas quantitativas.

A eletroforese de proteínas séricas mede os diferentes grupos de globulinas. Estes são agrupados no campo de estudo, dependendo de como migram, classificando-os em alfa, gama e beta.

Análise de resultados

Os valores variam com a idade. Em crianças com mais de 3 anos de idade, o seguinte é considerado normal:

  • Proteína total: 6 a 8 gramas por decilitro.
  • Albumina: 3,5 a 5,2 gramas por decilitro.
  • Globulinas: 2 a 4 gramas por decilitro.

Os baixos valores de proteína total estão associados ao seguinte:

  • Desnutrição.
  • Imunossupressão.
  • Distúrbios hematológicos: como leucemia.
  • Má absorção intestinal: como na doença celíaca ou doença inflamatória intestinal.
  • Doença renal: na glomerulonefrite e na síndrome nefrótica há perda de proteína na urina.
  • Doença hepática grave: Não há produção de proteínas, como no caso de cirrose ou insuficiência hepática.
  • Insuficiência cardíaca congestiva: há aumento do volume plasmático, o que diminui a concentração de proteínas por diluição.

Valores elevados de proteína total podem ser encontrados nas seguintes tabelas:

  • Desidratação: neste caso, pode haver aumento da concentração de proteínas no plasma devido à ingestão inadequada ou devido a vômitos e diarreia.
  • Doenças inflamatórias crônicas: lúpus, artrite reumatóide, hepatite viral.
  • Amiloidose: acúmulo anormal de proteínas em diferentes órgãos e tecidos.
  • Distúrbios da medula óssea: mieloma múltiplo.
  • Doenças granulomatosas.

Além do valor proteico total, a razão albumina/globulina pode ser avaliada. Uma proporção baixa está associada ao aumento da produção de globulina (como no mieloma múltiplo). Por outro lado, uma proporção elevada está ligada à diminuição da produção de globulinas, como na leucemia.

Veja: Como é um exame de próstata?

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Este exame é indicativo de neoplasias quando está alterado. Por isso, exige muita atenção dos profissionais.

Algumas questões a considerar

Existem vários fatores na vida cotidiana que podem afetar os resultados do exame de proteína total:

  • Exercício intenso.
  • Estresse.
  • Gravidez.
  • Uso de medicamentos: esteróides, estrogênios e contraceptivos orais podem diminuir os níveis de proteína.

Embora os baixos níveis de proteína possam ser um sinal de desnutrição grave, uma dieta rica em proteínas não aumentará os níveis totais de proteína no sangue.

A coleta da amostra não representa nenhum risco e não requer mais de 5 minutos. No entanto, se o enfermeiro deixar apertado muito tempo o braço durante a coleta, isso pode resultar em níveis erroneamente altos de albumina.

O exame de proteína total, também conhecido como relação albumina/globulina, é indicado pelo médico quando há suspeita de:

  • Distúrbios hepáticos ou renais.
  • Doenças autoimunes.
  • Desnutrição.

A análise também pode ser indicada como parte de um controle de rotina, incluído no painel metabólico básico. Além disso, complementa as avaliações em casos de fadiga inexplicável, edema ou quaisquer sintomas que sugiram problemas gastrointestinais ou distúrbios da medula óssea.

O exame de proteína total mede a quantidade de proteína no sangue. A maioria dos laboratórios costuma informar o valor total da mesma, as proteínas fracionadas (albumina e globulina) e a proporção (ou quociente) de albumina em relação às globulinas.

Quais são as proteínas que são medidas?

As proteínas são estruturas muito importantes para o funcionamento do organismo. Elas fazem parte da estrutura de todas as células, órgãos e tecidos.

Elas são encontrados em diferentes formas, como enzimas, transportadores de substâncias, complementos e anticorpos (ou imunoglobulinas). As proteínas plasmáticas são sintetizadas principalmente no fígado, enquanto as imunoglobulinas são sintetizadas pelas células linfáticas nos nódulos, medula óssea ou baço.

Duas classes de proteínas circulam no plasma: albumina e globulina. A albumina está presente em maior proporção, sendo aproximadamente 60% da proteína total e é produzida no fígado.

É responsável por manter a pressão coloidosmótica, evitando assim o vazamento de fluido dos vasos sanguíneos para o interstício. Além disso, é responsável pelo transporte de hormônios, vitaminas, minerais como cálcio e diversas substâncias.

As globulinas compõem os 40% restantes das proteínas totais do sangue. Elas representam um grupo diversificado. Algumas são produzidas pelo fígado e outras pelo sistema imunológico (linfonodos, baço e medula óssea). Suas funções visam transportar substâncias e combater infecções.

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Anticorpos são proteínas. Têm uma função específica ligada à defesa do organismo.

Como é realizado o exame de proteína total?

O exame de proteína total é feito com uma amostra de sangue venoso. A menos que outros exames de sangue sejam necessários, nenhuma preparação prévia especial é necessária (não é necessário jejum).

As proteínas também podem ser medidas em outros fluidos biológicos, como urina, líquido pleural ou líquido cefalorraquidiano.

Confira: Paquimetria: o que caracteriza este exame e como ele é feito?

O exame de proteína total mede albumina e globulinas. Se houver alguma alteração nos resultados, novos exames podem ser indicados, como eletroforese de proteínas séricas (exame de imunofixação) e imunoglobulinas quantitativas.

A eletroforese de proteínas séricas mede os diferentes grupos de globulinas. Estes são agrupados no campo de estudo, dependendo de como migram, classificando-os em alfa, gama e beta.

Análise de resultados

Os valores variam com a idade. Em crianças com mais de 3 anos de idade, o seguinte é considerado normal:

  • Proteína total: 6 a 8 gramas por decilitro.
  • Albumina: 3,5 a 5,2 gramas por decilitro.
  • Globulinas: 2 a 4 gramas por decilitro.

Os baixos valores de proteína total estão associados ao seguinte:

  • Desnutrição.
  • Imunossupressão.
  • Distúrbios hematológicos: como leucemia.
  • Má absorção intestinal: como na doença celíaca ou doença inflamatória intestinal.
  • Doença renal: na glomerulonefrite e na síndrome nefrótica há perda de proteína na urina.
  • Doença hepática grave: Não há produção de proteínas, como no caso de cirrose ou insuficiência hepática.
  • Insuficiência cardíaca congestiva: há aumento do volume plasmático, o que diminui a concentração de proteínas por diluição.

Valores elevados de proteína total podem ser encontrados nas seguintes tabelas:

  • Desidratação: neste caso, pode haver aumento da concentração de proteínas no plasma devido à ingestão inadequada ou devido a vômitos e diarreia.
  • Doenças inflamatórias crônicas: lúpus, artrite reumatóide, hepatite viral.
  • Amiloidose: acúmulo anormal de proteínas em diferentes órgãos e tecidos.
  • Distúrbios da medula óssea: mieloma múltiplo.
  • Doenças granulomatosas.

Além do valor proteico total, a razão albumina/globulina pode ser avaliada. Uma proporção baixa está associada ao aumento da produção de globulina (como no mieloma múltiplo). Por outro lado, uma proporção elevada está ligada à diminuição da produção de globulinas, como na leucemia.

Veja: Como é um exame de próstata?

Some figure
Este exame é indicativo de neoplasias quando está alterado. Por isso, exige muita atenção dos profissionais.

Algumas questões a considerar

Existem vários fatores na vida cotidiana que podem afetar os resultados do exame de proteína total:

  • Exercício intenso.
  • Estresse.
  • Gravidez.
  • Uso de medicamentos: esteróides, estrogênios e contraceptivos orais podem diminuir os níveis de proteína.

Embora os baixos níveis de proteína possam ser um sinal de desnutrição grave, uma dieta rica em proteínas não aumentará os níveis totais de proteína no sangue.

A coleta da amostra não representa nenhum risco e não requer mais de 5 minutos. No entanto, se o enfermeiro deixar apertado muito tempo o braço durante a coleta, isso pode resultar em níveis erroneamente altos de albumina.


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  • Brandan N, Llanos C, Barrios M, Escalante A, Ruíz D. Proteínas Plasmáticas. Universidad Nacional de Nordeste 2008. Disponible en http://med.unne.edu.ar/sitio/multimedia/imagenes/ckfinder/files/files/Carrera-Medicina/BIOQUIMICA/proteinas.pdf.
  • García J, Caicedo M. Proteinograma sérico en personas de 23 – 42 años en la ciudad de Cuenca–Ecuador 2009-2010. Universidad de Cuenca Facultad de Ciencias Médicas. Escuela de tecnología médica. ECUADOR 2010. Disponible en http://dspace.ucuenca.edu.ec/bistream/123456789/3819/1/TECL13.pdf.
  • Haldeman C, Foley M, Tuley R. Total Protein and A/G Ratio. University of Rochester Medical Center. Disponible en https://www.urmc.rochester.edu/encyclopedia/content.aspx?contenttypeid=167&contentid=total_protein_ag_ratio.
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