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Dia Nacional de Combate ao Câncer Colorretal: faça o exame!

5 minutos
27 de março é o Dia Mundial do Câncer Colorretal. É a oportunidade de divulgar essa patologia e sensibilizar para a importância da realização de exames que permitam a sua detecção precoce.
Dia Nacional de Combate ao Câncer Colorretal: faça o exame!
Leonardo Biolatto

Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto

Escrito por Leonardo Biolatto
Última atualização: 23 fevereiro, 2023

O Dia Nacional de Combate ao Câncer Colorretal é lembrado todo 27 de março de cada ano. O principal objetivo do dia é contribuir para a prevenção dessa neoplasia que causa um grande número de mortes todos os anos.

De acordo com os dados disponíveis, os cânceres mais comuns são o câncer de pulmão entre os homens e o câncer de mama entre as mulheres. Mas a segunda causa oncológica em ambos os sexos é o câncer colorretal, que causa mais de 700.000 mortes por ano.

A detecção precoce dessa patologia melhora significativamente a chance de sobrevivência, ou seja, o tempo que a pessoa pode viver após o diagnóstico. Para todos os pacientes, a sobrevida em 5 anos é em torno de 60%, porém, se detectado precocemente, esse valor aumenta para 90%.

As pessoas muitas vezes relutam em se submeter ao rastreamento porque envolve um procedimento invasivo, como uma colonoscopia. Daí a importância do Dia Mundial do Câncer Colorretal para conscientizar.

Por se tratar de uma patologia que pode permanecer silenciosa até muito avançada, as diretrizes médicas propõem o rastreamento para maiores de 50 anos para que o crescimento tumoral não passe despercebido. Muitas pessoas não estão cientes da existência desses planos de rastreamento e, portanto, a comunicação desempenha um papel fundamental na prevenção.

Por que o câncer colorretal aparece?

O Dia Mundial do Câncer Colorretal se refere à doença oncológica que se desenvolve no intestino grosso e no reto. O termo câncer colorretal também é uma forma de se referir a esse local.

O intestino grosso e o reto são a última parte do sistema digestivo, depois do intestino delgado. Lá são formadas as fezes que serão expelidas do corpo carregando resíduos. O bolo alimentar é desidratado no intestino grosso e armazenado no reto para sua expulsão.

Dessa forma, alguns dos fatores de risco para o câncer colorretal estão ligados ao processo digestivo. A dieta e o tipo de alimentação, assim como os hábitos alimentares, aparecem como questões modificáveis sobre as quais podemos atuar para prevenir.

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O câncer colorretal é uma doença de origem multifatorial. Alguns fatores de risco têm a ver com o processo digestivo.

Fatores de risco

  • Idade: o câncer colorretal é muito mais frequente em pessoas com mais de 50 anos do que no restante da população. Por isso os exames são indicados a partir dessa idade.
  • Histórico familiar: há associação familiar nessa patologia. Se um pai ou avô teve câncer colorretal, seus filhos e netos são mais propensos a tê-lo.
  • Dieta pobre em fibras: a falta de frutas e vegetais na dieta retarda o peristaltismo – movimentos intestinais. Quando o intestino não se move o suficiente, as fezes permanecem mais tempo dentro do trato digestivo, associando-o à exposição a toxinas e resíduos de alimentos.
  • Constipação: de mãos dadas com o fator anterior, menos movimento peristáltico se traduz em mais risco.
  • Consumo de embutidos: as carnes processadas na forma de embutidos sofrem alterações químicas durante sua fabricação. Isso expõe as células intestinais a produtos químicos tóxicos, capazes de iniciar um processo de replicação celular descontrolada.

Veja: A carne vermelha faz mal à saúde?

Sintomas que alertam sobre o câncer colorretal

Como dissemos, o Dia Mundial do Câncer Colorretal visa incentivar os exames de rastreamento porque a doença pode ser silenciosa. Os sintomas às vezes não aparecem até que o tumor esteja avançado. Isso diminui as chances de cura e sobrevivência.

Um sinal clássico é geralmente a presença de sangue nas fezes. Nem todo sangramento nas fezes é indicativo de neoplasia – pelo contrário, são a minoria –, mas vale ficar atento.

Também pode haver uma mudança no ritmo evacuatório. Pessoas constipadas passam a ter diarreia frequente, e vice-versa, aquelas que sempre tiveram um bom ritmo diário para evacuar ficam constipadas.

A perda de peso pode ser um sinal indireto. O câncer consome os recursos do corpo forçando a perda de energia, mesmo mantendo a dieta habitual.

Finalmente, a dor abdominal inespecífica deve ser considerada. Geralmente é um desconforto que é forte, mas que não pode ser totalmente localizado em um ponto do abdômen. Além de ser intermitente e variável, às vezes não está relacionado à ingestão de alimentos.

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A parte final do sistema digestivo é o intestino grosso, onde está localizado o câncer colorretal.

Veja: Aumente a quantidade de bactérias benéficas no seu intestino

Os exames para detectá-lo

Como a idade é um fator de risco importante para o câncer colorretal, os exames são solicitados com base nessa informação. Da mesma forma, o histórico familiar é outro ponto-chave para indicar o rastreamento.

Quase todos os países e seus órgãos de saúde concordam que os maiores de 50 anos devem fazer o rastreamento, principalmente por meio de dois exames: sangue oculto nas fezes e colonoscopia. Se a pessoa tem histórico familiar direto ou sofre de doença inflamatória intestinal, a idade de início deve ser mais precoce.

O sangue oculto nas fezes é um teste bioquímico. Procura-se a presença de sangue microscópico em amostras de fezes, para que seja detectado sangramento imperceptível ao olho humano.

O outro exame, e o principal recomendado durante o Dia Mundial do Câncer, é a colonoscopia. Neste estudo, sob sedação, um endoscópio – tubo flexível com câmera – é inserido no reto e no intestino grosso. A mucosa que pode ser afetada é observada ao vivo, amostras podem ser coletadas para biópsia e até mesmo um pólipo pode ser removido se for detectado durante o estudo.

No Dia Mundial do Câncer Colorretal lembre-se de fazer o exame

O Dia Mundial do Câncer Colorretal é uma iniciativa preventiva. Aqueles com mais de 50 anos de idade devem fazer uma colonoscopia e consultar seus médicos com que frequência devem repeti-la. A detecção precoce melhora as chances de sobrevivência a longo prazo.

E é que, graças ao diagnóstico rápido, é possível estabelecer um tratamento com poucos efeitos adversos antes que outras complicações sejam geradas. O conselho é simples: faça o exame!

O Dia Nacional de Combate ao Câncer Colorretal é lembrado todo 27 de março de cada ano. O principal objetivo do dia é contribuir para a prevenção dessa neoplasia que causa um grande número de mortes todos os anos.

De acordo com os dados disponíveis, os cânceres mais comuns são o câncer de pulmão entre os homens e o câncer de mama entre as mulheres. Mas a segunda causa oncológica em ambos os sexos é o câncer colorretal, que causa mais de 700.000 mortes por ano.

A detecção precoce dessa patologia melhora significativamente a chance de sobrevivência, ou seja, o tempo que a pessoa pode viver após o diagnóstico. Para todos os pacientes, a sobrevida em 5 anos é em torno de 60%, porém, se detectado precocemente, esse valor aumenta para 90%.

As pessoas muitas vezes relutam em se submeter ao rastreamento porque envolve um procedimento invasivo, como uma colonoscopia. Daí a importância do Dia Mundial do Câncer Colorretal para conscientizar.

Por se tratar de uma patologia que pode permanecer silenciosa até muito avançada, as diretrizes médicas propõem o rastreamento para maiores de 50 anos para que o crescimento tumoral não passe despercebido. Muitas pessoas não estão cientes da existência desses planos de rastreamento e, portanto, a comunicação desempenha um papel fundamental na prevenção.

Por que o câncer colorretal aparece?

O Dia Mundial do Câncer Colorretal se refere à doença oncológica que se desenvolve no intestino grosso e no reto. O termo câncer colorretal também é uma forma de se referir a esse local.

O intestino grosso e o reto são a última parte do sistema digestivo, depois do intestino delgado. Lá são formadas as fezes que serão expelidas do corpo carregando resíduos. O bolo alimentar é desidratado no intestino grosso e armazenado no reto para sua expulsão.

Dessa forma, alguns dos fatores de risco para o câncer colorretal estão ligados ao processo digestivo. A dieta e o tipo de alimentação, assim como os hábitos alimentares, aparecem como questões modificáveis sobre as quais podemos atuar para prevenir.

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O câncer colorretal é uma doença de origem multifatorial. Alguns fatores de risco têm a ver com o processo digestivo.

Fatores de risco

  • Idade: o câncer colorretal é muito mais frequente em pessoas com mais de 50 anos do que no restante da população. Por isso os exames são indicados a partir dessa idade.
  • Histórico familiar: há associação familiar nessa patologia. Se um pai ou avô teve câncer colorretal, seus filhos e netos são mais propensos a tê-lo.
  • Dieta pobre em fibras: a falta de frutas e vegetais na dieta retarda o peristaltismo – movimentos intestinais. Quando o intestino não se move o suficiente, as fezes permanecem mais tempo dentro do trato digestivo, associando-o à exposição a toxinas e resíduos de alimentos.
  • Constipação: de mãos dadas com o fator anterior, menos movimento peristáltico se traduz em mais risco.
  • Consumo de embutidos: as carnes processadas na forma de embutidos sofrem alterações químicas durante sua fabricação. Isso expõe as células intestinais a produtos químicos tóxicos, capazes de iniciar um processo de replicação celular descontrolada.

Veja: A carne vermelha faz mal à saúde?

Sintomas que alertam sobre o câncer colorretal

Como dissemos, o Dia Mundial do Câncer Colorretal visa incentivar os exames de rastreamento porque a doença pode ser silenciosa. Os sintomas às vezes não aparecem até que o tumor esteja avançado. Isso diminui as chances de cura e sobrevivência.

Um sinal clássico é geralmente a presença de sangue nas fezes. Nem todo sangramento nas fezes é indicativo de neoplasia – pelo contrário, são a minoria –, mas vale ficar atento.

Também pode haver uma mudança no ritmo evacuatório. Pessoas constipadas passam a ter diarreia frequente, e vice-versa, aquelas que sempre tiveram um bom ritmo diário para evacuar ficam constipadas.

A perda de peso pode ser um sinal indireto. O câncer consome os recursos do corpo forçando a perda de energia, mesmo mantendo a dieta habitual.

Finalmente, a dor abdominal inespecífica deve ser considerada. Geralmente é um desconforto que é forte, mas que não pode ser totalmente localizado em um ponto do abdômen. Além de ser intermitente e variável, às vezes não está relacionado à ingestão de alimentos.

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A parte final do sistema digestivo é o intestino grosso, onde está localizado o câncer colorretal.

Veja: Aumente a quantidade de bactérias benéficas no seu intestino

Os exames para detectá-lo

Como a idade é um fator de risco importante para o câncer colorretal, os exames são solicitados com base nessa informação. Da mesma forma, o histórico familiar é outro ponto-chave para indicar o rastreamento.

Quase todos os países e seus órgãos de saúde concordam que os maiores de 50 anos devem fazer o rastreamento, principalmente por meio de dois exames: sangue oculto nas fezes e colonoscopia. Se a pessoa tem histórico familiar direto ou sofre de doença inflamatória intestinal, a idade de início deve ser mais precoce.

O sangue oculto nas fezes é um teste bioquímico. Procura-se a presença de sangue microscópico em amostras de fezes, para que seja detectado sangramento imperceptível ao olho humano.

O outro exame, e o principal recomendado durante o Dia Mundial do Câncer, é a colonoscopia. Neste estudo, sob sedação, um endoscópio – tubo flexível com câmera – é inserido no reto e no intestino grosso. A mucosa que pode ser afetada é observada ao vivo, amostras podem ser coletadas para biópsia e até mesmo um pólipo pode ser removido se for detectado durante o estudo.

No Dia Mundial do Câncer Colorretal lembre-se de fazer o exame

O Dia Mundial do Câncer Colorretal é uma iniciativa preventiva. Aqueles com mais de 50 anos de idade devem fazer uma colonoscopia e consultar seus médicos com que frequência devem repeti-la. A detecção precoce melhora as chances de sobrevivência a longo prazo.

E é que, graças ao diagnóstico rápido, é possível estabelecer um tratamento com poucos efeitos adversos antes que outras complicações sejam geradas. O conselho é simples: faça o exame!


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  • Tirado-Gómez, L., and A. Mohar-Betancourt. “Epidemiología del cáncer de colon y recto.” Gaceta Sociedad Española de Oncología Médica 7.S4 (2008): 3-11.
  • Morillas, Juan Diego, et al. “Alianza para la Prevención del Cáncer de Colon en España: un compromiso cívico con la sociedad.” Gastroenterología y Hepatología 35.3 (2012): 109-128.
  • Pierart, Camila, and Jaime Rozowsky. “Papel de la nutrición en la prevención del cáncer gastrointestinal.” Revista chilena de nutrición 33.1 (2006): 8-13.
  • Sernicharo, Gabriela Ponce, and Irma del Rosario Kánter Coronel. “Día mundial contra el cáncer.” (2016).

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