A depressão e a ansiedade são sinais de luta, não de fraqueza
Escrito e verificado por o psicólogo Raquel Aldana
Existe uma falsa crença de que a depressão e a ansiedade são sinais de fraqueza e de incapacidade diante da vida. Mas não, uma pessoa com ansiedade, depressão ou sintomas mistos NÃO está louca e nem tem uma personalidade fraca ou inferior aos outros.
É triste e esgotador lutar contra isso, mas é uma realidade social que não podemos ignorar. Assim, apesar dos avanços da ciência, o inconsciente moderno que envolve a nossa sociedade ainda pensa que os problemas emocionais e psicológicos são sinônimos de fragilidade e vulnerabilidade.
Por isso, visto que a depressão e a ansiedade não são contempladas como feridas que precisam de atenção, é comum ouvir discursos circulares com argumentos do tipo “relaxe”, “não é para tanto”, “comece a se mexer, a vida não é isso”, “você não tem razões para chorar”, “comece a amadurecer”, etc.
São comuns, não é verdade? De fato, é provável que em algum momento tenhamos sido vítimas ou até proferido este tipo de discurso. Por isso é fundamental realizar um exercício de conscientização e dar à dor emocional a importância que ela tem e merece.
A depressão e a ansiedade são problemas reais
Assim, da mesma forma que não iríamos ignorar a dor causada por fortes pontadas no estômago ou uma enxaqueca terrível, não deveríamos ignorar a dor emocional.
Não podemos esperar que estas feridas emocionais se curem sozinhas, devemos trabalhar para extrair delas o significado presente em seus sintomas. Ou seja, devemos consultar um psicólogo que nos ajude e nos proporcione estratégias para fazer frente aos problemas emocionais que geram ansiedade e depressão.
Seguindo com nosso exemplo, assim como deixamos de consumir a lactose quando descobrimos que somos intolerantes a ela, devemos “deixar de consumir” aqueles pensamentos e circunstâncias que infeccionam nossa ferida emocional. Não valem curativos temporários: devemos limpá-las e curá-las de verdade.
Por isso, neste artigo pretendemos normalizar aquelas sensações das pessoas que possuem problemas emocionais deste tipo. Vejamos mais sobre eles para podermos compreender e nos conscientizar…
Leia também: Como curar o mal-estar e a tristeza dia a dia?
A ansiedade, uma viagem nefasta em uma montanha-russa
As sensações que nos invadem com a ansiedade são muito similares às que surgem em um passeio de montanha-russa em que começamos a nos sentir mal.
Coloquemo-nos nesta situação. Fomos passar o dia em um parque de diversões no qual encontramos uma montanha-russa incrível e decidimos andar nela. Para isso, temos que esperar em uma longa fila até que chegue a nossa vez.
O dia é quente e o sol está batendo forte em nossa cabeça, o que nos causa uma grande dor e mal-estar físico. Sentimo-nos cansados e não temos vontade de subir no vagão, mas vamos assim mesmo, porque afinal estamos ali para aproveitar.
Uma vez sentados, nosso coração começa a bater forte, tudo dá voltas ao nosso redor, os vagões giram 360 graus várias vezes, nos submergimos em túneis escuros e tudo parece nos atacar.
O ataque de ansiedade
A nossa respiração acelera e o coração bate forte. Sentimos que de um momento para o outro pode acontecer alguma coisa conosco. As nossas sensações estão bagunçadas, algo nos aprisiona o peito, ficamos imóveis e sem capacidade de reação.
Não podemos evitar pensar em coisas negativas. Gritamos, choramos e nos queixamos, mas ninguém nos ouve, nem sequer nós mesmos. Pedimos desesperadamente que tudo aquilo pare, e sentimos que estamos morrendo na tentativa. No entanto, não conseguimos fazer com que o nosso vagão freie, pois ele só vai parar quando acabarem os minutos programados para a viagem.
Neste sentido, um ataque de ansiedade é igual a uma viagem que nos faz mal em uma montanha-russa. Em um dado momento tudo vai acabar, mas não sabemos quando nem como, por isso manter o controle diante desta incerteza é algo tão difícil.
A depressão, a escuridão da alma
Quem sofre de depressão sente que o mundo está envolto em névoa. Pouco a pouco vai perdendo a ilusão por tudo o que o rodeia, não há nada que anime ou motive, é difícil estudar ou ir ao trabalho, e a pessoa se sente imensamente triste ou irritável.
A depressão é a gota que faz transbordar o copo; um copo que está cheio de situações e circunstâncias complicadas que nos fizeram mal e mexeram conosco negativamente.
Por isso é importante que, quando nos dermos conta de que algo mão vai bem, consultemos um profissional que nos ajude e dê coerência emocional ao que está acontecendo conosco.
Ter problemas emocionais não é uma escolha. Uma pessoa com depressão não diz: ‘Quero me sentir mal e me coloco em um poço de tristeza para ver se me afogo com ela’. Isso não funciona assim. Na verdade, isso pode acontecer com qualquer um de nós.
Leia também: 4 tipos de depressão comuns
Ninguém está livre das garras da depressão e da ansiedade
A depressão e a ansiedade não são sinais de fraqueza, mas sim de força. Estes problemas emocionais não aparecem da noite para o dia, mas surgem pouco a pouco por causa das dificuldades e do esgotamento emocional.
Elas também não são consequência de uma escolha pessoal. Não podemos dizer se queremos ou não que nos acompanhem. Ambos os problemas emocionais são derivados da luta contra as dificuldades da vida que nos acompanham e, portanto, por termos tentados permanecer fortes por tempo demais.
Não podemos nos esquecer disso, pois ninguém está livre de se relacionar com a ansiedade e a depressão em algum momento da sua vida, seja de maneira direta ou indireta. Prestemos atenção, compreendamos estes problemas e, sobretudo, não julguemos nem a nós e nem aos outros…
Nota: para mais informações sobre ansiedade ou depressão, você pode consultar a bibliografia. E se achar que precisa de ajuda, lembre-se que pode consultar um profissional.
Existe uma falsa crença de que a depressão e a ansiedade são sinais de fraqueza e de incapacidade diante da vida. Mas não, uma pessoa com ansiedade, depressão ou sintomas mistos NÃO está louca e nem tem uma personalidade fraca ou inferior aos outros.
É triste e esgotador lutar contra isso, mas é uma realidade social que não podemos ignorar. Assim, apesar dos avanços da ciência, o inconsciente moderno que envolve a nossa sociedade ainda pensa que os problemas emocionais e psicológicos são sinônimos de fragilidade e vulnerabilidade.
Por isso, visto que a depressão e a ansiedade não são contempladas como feridas que precisam de atenção, é comum ouvir discursos circulares com argumentos do tipo “relaxe”, “não é para tanto”, “comece a se mexer, a vida não é isso”, “você não tem razões para chorar”, “comece a amadurecer”, etc.
São comuns, não é verdade? De fato, é provável que em algum momento tenhamos sido vítimas ou até proferido este tipo de discurso. Por isso é fundamental realizar um exercício de conscientização e dar à dor emocional a importância que ela tem e merece.
A depressão e a ansiedade são problemas reais
Assim, da mesma forma que não iríamos ignorar a dor causada por fortes pontadas no estômago ou uma enxaqueca terrível, não deveríamos ignorar a dor emocional.
Não podemos esperar que estas feridas emocionais se curem sozinhas, devemos trabalhar para extrair delas o significado presente em seus sintomas. Ou seja, devemos consultar um psicólogo que nos ajude e nos proporcione estratégias para fazer frente aos problemas emocionais que geram ansiedade e depressão.
Seguindo com nosso exemplo, assim como deixamos de consumir a lactose quando descobrimos que somos intolerantes a ela, devemos “deixar de consumir” aqueles pensamentos e circunstâncias que infeccionam nossa ferida emocional. Não valem curativos temporários: devemos limpá-las e curá-las de verdade.
Por isso, neste artigo pretendemos normalizar aquelas sensações das pessoas que possuem problemas emocionais deste tipo. Vejamos mais sobre eles para podermos compreender e nos conscientizar…
Leia também: Como curar o mal-estar e a tristeza dia a dia?
A ansiedade, uma viagem nefasta em uma montanha-russa
As sensações que nos invadem com a ansiedade são muito similares às que surgem em um passeio de montanha-russa em que começamos a nos sentir mal.
Coloquemo-nos nesta situação. Fomos passar o dia em um parque de diversões no qual encontramos uma montanha-russa incrível e decidimos andar nela. Para isso, temos que esperar em uma longa fila até que chegue a nossa vez.
O dia é quente e o sol está batendo forte em nossa cabeça, o que nos causa uma grande dor e mal-estar físico. Sentimo-nos cansados e não temos vontade de subir no vagão, mas vamos assim mesmo, porque afinal estamos ali para aproveitar.
Uma vez sentados, nosso coração começa a bater forte, tudo dá voltas ao nosso redor, os vagões giram 360 graus várias vezes, nos submergimos em túneis escuros e tudo parece nos atacar.
O ataque de ansiedade
A nossa respiração acelera e o coração bate forte. Sentimos que de um momento para o outro pode acontecer alguma coisa conosco. As nossas sensações estão bagunçadas, algo nos aprisiona o peito, ficamos imóveis e sem capacidade de reação.
Não podemos evitar pensar em coisas negativas. Gritamos, choramos e nos queixamos, mas ninguém nos ouve, nem sequer nós mesmos. Pedimos desesperadamente que tudo aquilo pare, e sentimos que estamos morrendo na tentativa. No entanto, não conseguimos fazer com que o nosso vagão freie, pois ele só vai parar quando acabarem os minutos programados para a viagem.
Neste sentido, um ataque de ansiedade é igual a uma viagem que nos faz mal em uma montanha-russa. Em um dado momento tudo vai acabar, mas não sabemos quando nem como, por isso manter o controle diante desta incerteza é algo tão difícil.
A depressão, a escuridão da alma
Quem sofre de depressão sente que o mundo está envolto em névoa. Pouco a pouco vai perdendo a ilusão por tudo o que o rodeia, não há nada que anime ou motive, é difícil estudar ou ir ao trabalho, e a pessoa se sente imensamente triste ou irritável.
A depressão é a gota que faz transbordar o copo; um copo que está cheio de situações e circunstâncias complicadas que nos fizeram mal e mexeram conosco negativamente.
Por isso é importante que, quando nos dermos conta de que algo mão vai bem, consultemos um profissional que nos ajude e dê coerência emocional ao que está acontecendo conosco.
Ter problemas emocionais não é uma escolha. Uma pessoa com depressão não diz: ‘Quero me sentir mal e me coloco em um poço de tristeza para ver se me afogo com ela’. Isso não funciona assim. Na verdade, isso pode acontecer com qualquer um de nós.
Leia também: 4 tipos de depressão comuns
Ninguém está livre das garras da depressão e da ansiedade
A depressão e a ansiedade não são sinais de fraqueza, mas sim de força. Estes problemas emocionais não aparecem da noite para o dia, mas surgem pouco a pouco por causa das dificuldades e do esgotamento emocional.
Elas também não são consequência de uma escolha pessoal. Não podemos dizer se queremos ou não que nos acompanhem. Ambos os problemas emocionais são derivados da luta contra as dificuldades da vida que nos acompanham e, portanto, por termos tentados permanecer fortes por tempo demais.
Não podemos nos esquecer disso, pois ninguém está livre de se relacionar com a ansiedade e a depressão em algum momento da sua vida, seja de maneira direta ou indireta. Prestemos atenção, compreendamos estes problemas e, sobretudo, não julguemos nem a nós e nem aos outros…
Nota: para mais informações sobre ansiedade ou depressão, você pode consultar a bibliografia. E se achar que precisa de ajuda, lembre-se que pode consultar um profissional.
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- Maina, G., Mauri, M., & Rossi, A. (2016). Anxiety and depression. Journal of Psychopathology. https://doi.org/10.1007/978-88-470-2676-6_11
- Paulus, M. P., & Stein, M. B. (2010). Interoception in anxiety and depression. Brain Structure & Function. https://doi.org/10.1007/s00429-010-0258-9
- Friedman, M. J., Resick, P. A., Bryant, R. A., & Brewin, C. R. (2011). Considering PTSD for DSM-5. Depression and Anxiety. https://doi.org/10.1002/da.20767
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