Criação com apego: o que é e quais são os seus benefícios?
Escrito e verificado por a psicóloga Elena Sanz
Há quem pense que criar um filho é algo intuitivo que não exige muita análise. Porém, educar é muito mais do que alimentar e higienizar o bebê: é uma contribuição positiva para o seu desenvolvimento integral como indivíduo. Nem todos os estilos parentais alcançam esse objetivo. Por isso, hoje nós queremos convidá-lo a descobrir os benefícios da criação com apego.
É possível distinguir os diferentes estilos parentais com base no nível de afeto e exigência que cada um deles apresenta. Assim, a educação permissiva é caracterizada por oferecer uma grande quantidade de afeto sem exigência, e a autoritária por expressar apenas as características opostas.
Num ponto intermediário, surgem propostas como o estilo democrático e a criação com apego, que preconizam encontrar um equilíbrio saudável em todos os aspectos.
Se você nunca ouviu falar desse termo, aqui está tudo que você precisa saber sobre ele. Você verá que é uma alternativa eficaz e benéfica tanto para as crianças quanto para os pais.
O que é a criação com apego?
A criação com apego é um estilo educacional centrado na criança e nas suas necessidades. Principalmente, na necessidade de estabelecer um vínculo de apego seguro com seus cuidadores principais.
Baseia-se na teoria do apego de John Bowlby, segundo a qual a capacidade dos pais de responder às demandas do bebê é decisiva no desenvolvimento psicológico subsequente dos filhos.
Aqueles adultos que ouvem a criança, sabem como se sintonizar com ela, entendem o que ela precisa e respondem a estas demandas consistentemente estabelecem um apego seguro. Por outro lado, pais que respondem de forma inconsistente ou insuficiente geram um apego inseguro no bebê que terá repercussões na sua personalidade.
O apego aos pais é baseado no amor, respeito e dedicação. Busca que os pais possam proporcionar carinho, segurança e estímulo ao filho para que ele alcance um ótimo desenvolvimento.
Leia também: Os estilos de criação: que tipo de pai ou mãe eu sou?
Quais são os seus benefícios?
Os benefícios da criação com apego são múltiplos e terão repercussões até mesmo na vida adulta da criança. Os pais, por sua vez, também terão várias vantagens com a implementação desse estilo educacional. Mostramos os aspectos mais relevantes a seguir.
Autoestima
Essas crianças crescem se sentindo amadas, respeitadas e validadas. Por isso, desenvolvem uma autoestima forte e saudável e se sentem mais autoconfiantes.
Segurança
Os bebês sabem que seus cuidadores principais são uma fonte de segurança incondicional e isso permite que sejam incentivados a explorar o ambiente. Assim, eles são mais capazes de se relacionar com pessoas diferentes e novos ambientes sem medo ou ansiedade.
Felicidade e calma
Os bebês que são alimentados com apego tendem a ser mais felizes e calmos, pois os pais oferecem apoio e contenção para regular as suas emoções. A dinâmica que se estabelece entre pais e filhos é muito mais positiva e satisfatória para ambas as partes e, assim, o cuidado da criança fica mais fácil.
Autonomia
A partir dessa abordagem educacional, amor e limites são combinados, de modo que não há espaço para a superproteção. Essas crianças crescem autônomas, responsáveis e decididas, evitando muitos conflitos em casa e facilitando sua inserção no mundo fora da família.
Não deixe de ler: O que é a parentificação e quais consequências ela pode ter?
Relações pessoais positivas
Por tudo isso, as crianças que crescem com uma criação positiva são muito mais capazes de estabelecer relacionamentos sociais saudáveis e gratificantes. Tendo recebido amor, respeito e empatia desde os primeiros momentos, também estão em melhores condições de oferecê-los.
Além disso, esse tipo de educação ajuda os filhos a reconhecer a importância de buscar essas qualidades em seus relacionamentos. Isso também se traduzirá na escolha do parceiro mais tarde.
Como implementar a criação com apego?
Como você pode ver, a criação com apego tem vários benefícios. Facilita o trabalho dos pais, favorece o desenvolvimento emocional dos filhos e permite que tenham relacionamentos familiares satisfatórios. Agora, como aplicá-la? Existem alguns princípios e diretrizes que você pode implementar:
- Comece a formar o vínculo emocional com o seu bebê desde a gravidez
- Atenda às demandas do seu bebê de forma consistente. Não o deixe chorar, mostre que ele pode contar com você incondicionalmente.
- Reserve um tempo para descobrir o que ele está sentindo, por que está chorando e do que precisa. Isso promove uma harmonia entre os dois.
- Ajude o bebê a regular as suas emoções, oferecendo-lhe calma, carinho e paciência.
- Amamente seu bebê durante os primeiros meses ou anos de vida. Este não é apenas um alimento perfeito, mas também uma excelente forma de fortalecer o vínculo e proporcionar conforto e segurança.
- Mantenha contato físico frequente com o bebê: use sling, canguru e faça cama compartilhada. Sua presença e proximidade são extremamente benéficas para o seu filho.
- À medida que a criança cresce, favoreça a autonomia oferecendo tarefas e responsabilidades adequadas à idade.
- Estabeleça normas e limites claros ajustados ao nível de maturidade da criança.
- Trabalhe em equipe com seu parceiro para gerar um relacionamento próximo pai-mãe-bebê.
- Respeite os gostos, interesses e opiniões do seu filho. Valide seus sentimentos e sempre o trate com amor, respeito e compreensão.
Adapte a criação com apego às necessidades da sua família
Como você pode ver, há muitos pontos que sustentam a criação com apego, mas nem todos são adequados para todas as famílias e suas diferentes circunstâncias. Existem alguns pilares básicos como respeito, carinho e atenção que são fundamentais e inevitáveis.
No entanto, outras práticas mais específicas, como dormir junto ou amamentar, podem não ser a melhor opção para você. Portanto, não tenha medo de seguir seus instintos e adaptar essas instruções às suas necessidades.
Há quem pense que criar um filho é algo intuitivo que não exige muita análise. Porém, educar é muito mais do que alimentar e higienizar o bebê: é uma contribuição positiva para o seu desenvolvimento integral como indivíduo. Nem todos os estilos parentais alcançam esse objetivo. Por isso, hoje nós queremos convidá-lo a descobrir os benefícios da criação com apego.
É possível distinguir os diferentes estilos parentais com base no nível de afeto e exigência que cada um deles apresenta. Assim, a educação permissiva é caracterizada por oferecer uma grande quantidade de afeto sem exigência, e a autoritária por expressar apenas as características opostas.
Num ponto intermediário, surgem propostas como o estilo democrático e a criação com apego, que preconizam encontrar um equilíbrio saudável em todos os aspectos.
Se você nunca ouviu falar desse termo, aqui está tudo que você precisa saber sobre ele. Você verá que é uma alternativa eficaz e benéfica tanto para as crianças quanto para os pais.
O que é a criação com apego?
A criação com apego é um estilo educacional centrado na criança e nas suas necessidades. Principalmente, na necessidade de estabelecer um vínculo de apego seguro com seus cuidadores principais.
Baseia-se na teoria do apego de John Bowlby, segundo a qual a capacidade dos pais de responder às demandas do bebê é decisiva no desenvolvimento psicológico subsequente dos filhos.
Aqueles adultos que ouvem a criança, sabem como se sintonizar com ela, entendem o que ela precisa e respondem a estas demandas consistentemente estabelecem um apego seguro. Por outro lado, pais que respondem de forma inconsistente ou insuficiente geram um apego inseguro no bebê que terá repercussões na sua personalidade.
O apego aos pais é baseado no amor, respeito e dedicação. Busca que os pais possam proporcionar carinho, segurança e estímulo ao filho para que ele alcance um ótimo desenvolvimento.
Leia também: Os estilos de criação: que tipo de pai ou mãe eu sou?
Quais são os seus benefícios?
Os benefícios da criação com apego são múltiplos e terão repercussões até mesmo na vida adulta da criança. Os pais, por sua vez, também terão várias vantagens com a implementação desse estilo educacional. Mostramos os aspectos mais relevantes a seguir.
Autoestima
Essas crianças crescem se sentindo amadas, respeitadas e validadas. Por isso, desenvolvem uma autoestima forte e saudável e se sentem mais autoconfiantes.
Segurança
Os bebês sabem que seus cuidadores principais são uma fonte de segurança incondicional e isso permite que sejam incentivados a explorar o ambiente. Assim, eles são mais capazes de se relacionar com pessoas diferentes e novos ambientes sem medo ou ansiedade.
Felicidade e calma
Os bebês que são alimentados com apego tendem a ser mais felizes e calmos, pois os pais oferecem apoio e contenção para regular as suas emoções. A dinâmica que se estabelece entre pais e filhos é muito mais positiva e satisfatória para ambas as partes e, assim, o cuidado da criança fica mais fácil.
Autonomia
A partir dessa abordagem educacional, amor e limites são combinados, de modo que não há espaço para a superproteção. Essas crianças crescem autônomas, responsáveis e decididas, evitando muitos conflitos em casa e facilitando sua inserção no mundo fora da família.
Não deixe de ler: O que é a parentificação e quais consequências ela pode ter?
Relações pessoais positivas
Por tudo isso, as crianças que crescem com uma criação positiva são muito mais capazes de estabelecer relacionamentos sociais saudáveis e gratificantes. Tendo recebido amor, respeito e empatia desde os primeiros momentos, também estão em melhores condições de oferecê-los.
Além disso, esse tipo de educação ajuda os filhos a reconhecer a importância de buscar essas qualidades em seus relacionamentos. Isso também se traduzirá na escolha do parceiro mais tarde.
Como implementar a criação com apego?
Como você pode ver, a criação com apego tem vários benefícios. Facilita o trabalho dos pais, favorece o desenvolvimento emocional dos filhos e permite que tenham relacionamentos familiares satisfatórios. Agora, como aplicá-la? Existem alguns princípios e diretrizes que você pode implementar:
- Comece a formar o vínculo emocional com o seu bebê desde a gravidez
- Atenda às demandas do seu bebê de forma consistente. Não o deixe chorar, mostre que ele pode contar com você incondicionalmente.
- Reserve um tempo para descobrir o que ele está sentindo, por que está chorando e do que precisa. Isso promove uma harmonia entre os dois.
- Ajude o bebê a regular as suas emoções, oferecendo-lhe calma, carinho e paciência.
- Amamente seu bebê durante os primeiros meses ou anos de vida. Este não é apenas um alimento perfeito, mas também uma excelente forma de fortalecer o vínculo e proporcionar conforto e segurança.
- Mantenha contato físico frequente com o bebê: use sling, canguru e faça cama compartilhada. Sua presença e proximidade são extremamente benéficas para o seu filho.
- À medida que a criança cresce, favoreça a autonomia oferecendo tarefas e responsabilidades adequadas à idade.
- Estabeleça normas e limites claros ajustados ao nível de maturidade da criança.
- Trabalhe em equipe com seu parceiro para gerar um relacionamento próximo pai-mãe-bebê.
- Respeite os gostos, interesses e opiniões do seu filho. Valide seus sentimentos e sempre o trate com amor, respeito e compreensão.
Adapte a criação com apego às necessidades da sua família
Como você pode ver, há muitos pontos que sustentam a criação com apego, mas nem todos são adequados para todas as famílias e suas diferentes circunstâncias. Existem alguns pilares básicos como respeito, carinho e atenção que são fundamentais e inevitáveis.
No entanto, outras práticas mais específicas, como dormir junto ou amamentar, podem não ser a melhor opção para você. Portanto, não tenha medo de seguir seus instintos e adaptar essas instruções às suas necessidades.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Bowlby, J., & Ainsworth, M. (2013). The origins of attachment theory. Attachment theory: Social, developmental, and clinical perspectives, 45, 759-775.
- Miller, P. M., & Commons, M. L. (2010). The benefits of attachment parenting for infants and children: A behavioral developmental view. Behavioral Development Bulletin, 16(1), 1.
- Sears, W. (1995). Attachment Parenting: A Style That Works. NAMTA Journal, 20(2), 41-49.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.