Como diagnosticar doenças cardíacas?
Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto
Ao diagnosticar doenças cardíacas, o médico oferecerá ao paciente informações que ele deverá processar e que implicam mudanças no estilo de vida. Além dos medicamentos que existem para a arritmia, por exemplo, tanto a dieta quanto os exercícios físicos são ferramentas para controlar esse problema.
Uma patologia cardíaca é aquela localizada no coração, ao contrário das doenças cardiovasculares, que também incluem as artérias e veias. Exemplos, além das arritmias, incluem a dilatação do músculo cardíaco, ataques cardíacos e insuficiência cardíaca. Quanto às válvulas internas, podemos citar estenoses e prolapsos.
Os mesmos métodos complementares são usados para identificar a maioria desses transtornos. Diagnosticar doenças cardíacas, em geral, consiste em seguir algumas etapas do protocolo que envolvem a realização de estudos de menor a maior complexidade. A seguir, explicamos todos os detalhes.
Exames para diagnosticar doenças cardíacas
Como já mencionamos, existem métodos complementares para o diagnóstico de doenças cardíacas que são comuns a diversas patologias. Com o eletrocardiograma, por exemplo, é possível detectar uma arritmia e um infarto, sem que as patologias sejam as mesmas.
Continue lendo: 7 dicas para manter uma dieta saudável para o coração
Eletrocardiograma
Um eletrocardiograma (ECG) é um registro elétrico da atividade do músculo cardíaco. Por meio de eletrodos localizados na parte externa do corpo, registram-se as variações de eletricidade típicas do batimento cardíaco. Isso se origina do sistema interno que o tecido cardíaco possui para controlar as palpitações.
O teste não requer anestesia ou preparações prévias. Além disso, é realizado em ambulatório e não dura mais de meia hora. Às vezes, mesmo que o paciente não apresente sintomas, este exame é pedido para controlar e rastrear alterações que poderiam estar ocultas, e outras vezes, eles envolvem solicitações de controles subsequentes de patologias já estabelecidas, como ataque cardíaco ou hipertensão arterial.
Um aparelho, o eletrocardiógrafo, registra a atividade elétrica do coração, que é expressa por um traçado e suas variações. A interpretação do estudo depende da formação do médico. Já existem protocolos de leitura estabelecidos que indicam o significado de cada linha registrada.
Ecocardiograma
O médico pode pedir um ecocardiograma para diagnosticar doenças cardíacas. O exame consiste em uma ultrassonografia semelhante à usada para monitorar a gravidez, mas direcionada ao coração.
Um dispositivo chamado transdutor envia sinais, como ecos, que refletem no músculo cardíaco e voltam para ser interpretados como uma imagem em um monitor. É possível ver, ao vivo, o movimento, os batimentos cardíacos, a forma e a dinâmica cardiovascular.
Uma variante é o doppler, com a adição de cores à imagem para distinguir entre sangue venoso e sangue arterial. Atualmente, quase sempre pede-se esta modalidade porque a informação é maior.
Prova de esforço para diagnosticar doenças cardíacas
O nome técnico da prova de esforço para diagnosticar doenças cardíacas é “ergometria“. Basicamente, estimula-se o coração por meio de exercícios físicos para registrar o que acontece em condições de esforço. Ao mesmo tempo, realizam-se eletrocardiogramas e ecocardiogramas, enquanto o paciente estiver correndo em uma esteira ou pedalando em uma bicicleta ergométrica.
Existem parâmetros que são considerados em uma prova de esforço para não ultrapassar as capacidades que poderiam pôr em risco a vida das pessoas que o realizam. Há limites que se estabelecem para monitorar a frequência cardíaca, a inclinação da esteira e sinais aos quais se deverá prestar atenção para controlar ou deter o teste.
É um método complementar muito útil porque simula situações da vida real que forçam os pacientes a correr ou trotar contra uma resistência, bem como subir escadas. Em um ambiente controlado, estuda-se o coração ao reproduzir situações próximas à realidade.
Monitoramento Holter
O exame que os médicos chamam de Holter é, na verdade, um eletrocardiograma de longa duração. Um dispositivo, que os pacientes usam por um ou dois dias, registra a atividade elétrica do coração.
Depois disso, com programas de computação, são calculadas as variáveis como o número de arritmias, acelerações, taquicardias e bradicardias. A vantagem deste teste é que existem situações que escapam ao ECG do consultório e que acontecem, por exemplo, enquanto o paciente dorme. Portanto, através deste monitoramento é possível diagnosticar doenças cardíacas ocultas.
Cateterismo cardíaco
O cateterismo cardíaco é um procedimento cirúrgico, pois envolve a inserção de um cateter no sistema circulatório. O acesso geralmente se dá pelas extremidades superiores ou inferiores, até chegar ao coração com o dispositivo, que pode realizar medições ou injetar corante de contraste radiográfico.
Em geral, o procedimento é apoiado por imagens externas que acompanharão o aparecimento do corante radiográfico. Desta forma, é possível visualizar as cavidades cardíacas de maneira bem detalhada e, assim, detectar falhas funcionais e anatômicas.
Não se pode submeter todos os pacientes a um cateterismo, mas aqueles que têm uma indicação podem se beneficiar com um tratamento realizado ao mesmo tempo. Com o cateter já inserido, é possível fazer reparos ou remover bloqueios de coágulos nas artérias coronárias, por exemplo.
Ressonância magnética para diagnosticar doenças cardíacas
Os avanços nos métodos de imagem levaram a uma imagem de ressonância (MRI) específica para o coração. Da mesma forma que as ressonâncias magnéticas do resto do corpo, neste caso, usa-se uma força não radiante para visualizar o músculo cardíaco. As suas indicações podem complementar os registros do ecocardiograma.
Tomografia computadorizada do coração
A tomografia axial computadorizada (TC) também responde aos fundamentos da TC corporal, aplicada apenas ao tecido cardíaco. Utiliza a mesma radiação dos raios-X para gerar imagens do tórax que fornecem mais informações. É realizada com o paciente deitado em uma maca, que é inserida em um tubo pelo qual serão emitidos os raios X.
Saiba mais: O que comer depois de sofrer um ataque cardíaco?
Como reduzir o risco de doenças cardíacas
É importante diagnosticar as doenças cardíacas, mas melhor ainda é preveni-las. Os métodos atuais permitem detectar precocemente alterações com risco de vida, mas uma dieta adequada, exercícios, redução do estresse e controles periódicos são as melhores ferramentas.
- Em relação à dieta alimentar, é conveniente lembrar que o consumo de vegetais em vez de carnes e a inclusão de alimentos naturais, não ultraprocessados, ricos em ômega 3, têm demonstrado ser eficientes para proteger a saúde cardiovascular.
- Em relação ao exercício físico, estudos científicos concordam que o exercício aeróbio praticado em dias intermediários, com duração de 30 a 60 minutos, é suficiente para diminuir o risco de cardiopatias.
- Para reduzir o estresse, há uma variedade de técnicas que vão desde a respiração profunda até a ioga, bem como meditação e mindfulness. Cada pessoa tem afinidade com uma ou outra de acordo com a sua personalidade e contexto cultural.
- Finalmente, os check-ups anuais são fundamentais. Além disso, recomenda-se fazer um eletrocardiograma anual para os adultos, embora os diabéticos e os atletas de maior exigência devam realizá-lo com mais frequência.
Se tudo isso falhar, então será necessário realizar um método complementar aos que listamos para chegar ao diagnóstico adequado. Em caso de dúvida, é melhor consultar um médico, especialmente se houver sintomas de alerta.
Ao diagnosticar doenças cardíacas, o médico oferecerá ao paciente informações que ele deverá processar e que implicam mudanças no estilo de vida. Além dos medicamentos que existem para a arritmia, por exemplo, tanto a dieta quanto os exercícios físicos são ferramentas para controlar esse problema.
Uma patologia cardíaca é aquela localizada no coração, ao contrário das doenças cardiovasculares, que também incluem as artérias e veias. Exemplos, além das arritmias, incluem a dilatação do músculo cardíaco, ataques cardíacos e insuficiência cardíaca. Quanto às válvulas internas, podemos citar estenoses e prolapsos.
Os mesmos métodos complementares são usados para identificar a maioria desses transtornos. Diagnosticar doenças cardíacas, em geral, consiste em seguir algumas etapas do protocolo que envolvem a realização de estudos de menor a maior complexidade. A seguir, explicamos todos os detalhes.
Exames para diagnosticar doenças cardíacas
Como já mencionamos, existem métodos complementares para o diagnóstico de doenças cardíacas que são comuns a diversas patologias. Com o eletrocardiograma, por exemplo, é possível detectar uma arritmia e um infarto, sem que as patologias sejam as mesmas.
Continue lendo: 7 dicas para manter uma dieta saudável para o coração
Eletrocardiograma
Um eletrocardiograma (ECG) é um registro elétrico da atividade do músculo cardíaco. Por meio de eletrodos localizados na parte externa do corpo, registram-se as variações de eletricidade típicas do batimento cardíaco. Isso se origina do sistema interno que o tecido cardíaco possui para controlar as palpitações.
O teste não requer anestesia ou preparações prévias. Além disso, é realizado em ambulatório e não dura mais de meia hora. Às vezes, mesmo que o paciente não apresente sintomas, este exame é pedido para controlar e rastrear alterações que poderiam estar ocultas, e outras vezes, eles envolvem solicitações de controles subsequentes de patologias já estabelecidas, como ataque cardíaco ou hipertensão arterial.
Um aparelho, o eletrocardiógrafo, registra a atividade elétrica do coração, que é expressa por um traçado e suas variações. A interpretação do estudo depende da formação do médico. Já existem protocolos de leitura estabelecidos que indicam o significado de cada linha registrada.
Ecocardiograma
O médico pode pedir um ecocardiograma para diagnosticar doenças cardíacas. O exame consiste em uma ultrassonografia semelhante à usada para monitorar a gravidez, mas direcionada ao coração.
Um dispositivo chamado transdutor envia sinais, como ecos, que refletem no músculo cardíaco e voltam para ser interpretados como uma imagem em um monitor. É possível ver, ao vivo, o movimento, os batimentos cardíacos, a forma e a dinâmica cardiovascular.
Uma variante é o doppler, com a adição de cores à imagem para distinguir entre sangue venoso e sangue arterial. Atualmente, quase sempre pede-se esta modalidade porque a informação é maior.
Prova de esforço para diagnosticar doenças cardíacas
O nome técnico da prova de esforço para diagnosticar doenças cardíacas é “ergometria“. Basicamente, estimula-se o coração por meio de exercícios físicos para registrar o que acontece em condições de esforço. Ao mesmo tempo, realizam-se eletrocardiogramas e ecocardiogramas, enquanto o paciente estiver correndo em uma esteira ou pedalando em uma bicicleta ergométrica.
Existem parâmetros que são considerados em uma prova de esforço para não ultrapassar as capacidades que poderiam pôr em risco a vida das pessoas que o realizam. Há limites que se estabelecem para monitorar a frequência cardíaca, a inclinação da esteira e sinais aos quais se deverá prestar atenção para controlar ou deter o teste.
É um método complementar muito útil porque simula situações da vida real que forçam os pacientes a correr ou trotar contra uma resistência, bem como subir escadas. Em um ambiente controlado, estuda-se o coração ao reproduzir situações próximas à realidade.
Monitoramento Holter
O exame que os médicos chamam de Holter é, na verdade, um eletrocardiograma de longa duração. Um dispositivo, que os pacientes usam por um ou dois dias, registra a atividade elétrica do coração.
Depois disso, com programas de computação, são calculadas as variáveis como o número de arritmias, acelerações, taquicardias e bradicardias. A vantagem deste teste é que existem situações que escapam ao ECG do consultório e que acontecem, por exemplo, enquanto o paciente dorme. Portanto, através deste monitoramento é possível diagnosticar doenças cardíacas ocultas.
Cateterismo cardíaco
O cateterismo cardíaco é um procedimento cirúrgico, pois envolve a inserção de um cateter no sistema circulatório. O acesso geralmente se dá pelas extremidades superiores ou inferiores, até chegar ao coração com o dispositivo, que pode realizar medições ou injetar corante de contraste radiográfico.
Em geral, o procedimento é apoiado por imagens externas que acompanharão o aparecimento do corante radiográfico. Desta forma, é possível visualizar as cavidades cardíacas de maneira bem detalhada e, assim, detectar falhas funcionais e anatômicas.
Não se pode submeter todos os pacientes a um cateterismo, mas aqueles que têm uma indicação podem se beneficiar com um tratamento realizado ao mesmo tempo. Com o cateter já inserido, é possível fazer reparos ou remover bloqueios de coágulos nas artérias coronárias, por exemplo.
Ressonância magnética para diagnosticar doenças cardíacas
Os avanços nos métodos de imagem levaram a uma imagem de ressonância (MRI) específica para o coração. Da mesma forma que as ressonâncias magnéticas do resto do corpo, neste caso, usa-se uma força não radiante para visualizar o músculo cardíaco. As suas indicações podem complementar os registros do ecocardiograma.
Tomografia computadorizada do coração
A tomografia axial computadorizada (TC) também responde aos fundamentos da TC corporal, aplicada apenas ao tecido cardíaco. Utiliza a mesma radiação dos raios-X para gerar imagens do tórax que fornecem mais informações. É realizada com o paciente deitado em uma maca, que é inserida em um tubo pelo qual serão emitidos os raios X.
Saiba mais: O que comer depois de sofrer um ataque cardíaco?
Como reduzir o risco de doenças cardíacas
É importante diagnosticar as doenças cardíacas, mas melhor ainda é preveni-las. Os métodos atuais permitem detectar precocemente alterações com risco de vida, mas uma dieta adequada, exercícios, redução do estresse e controles periódicos são as melhores ferramentas.
- Em relação à dieta alimentar, é conveniente lembrar que o consumo de vegetais em vez de carnes e a inclusão de alimentos naturais, não ultraprocessados, ricos em ômega 3, têm demonstrado ser eficientes para proteger a saúde cardiovascular.
- Em relação ao exercício físico, estudos científicos concordam que o exercício aeróbio praticado em dias intermediários, com duração de 30 a 60 minutos, é suficiente para diminuir o risco de cardiopatias.
- Para reduzir o estresse, há uma variedade de técnicas que vão desde a respiração profunda até a ioga, bem como meditação e mindfulness. Cada pessoa tem afinidade com uma ou outra de acordo com a sua personalidade e contexto cultural.
- Finalmente, os check-ups anuais são fundamentais. Além disso, recomenda-se fazer um eletrocardiograma anual para os adultos, embora os diabéticos e os atletas de maior exigência devam realizá-lo com mais frequência.
Se tudo isso falhar, então será necessário realizar um método complementar aos que listamos para chegar ao diagnóstico adequado. Em caso de dúvida, é melhor consultar um médico, especialmente se houver sintomas de alerta.
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