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7 passos para interpretar um eletrocardiograma

4 minutos
Um eletrocardiograma sozinho nada mais é do que um gráfico sem sentido. Para interpretá-lo é necessário avaliar vários aspectos e contrastá-los com os dados clínicos disponíveis.
7 passos para interpretar um eletrocardiograma
Escrito por Edith Sánchez
Última atualização: 09 agosto, 2022

O eletrocardiograma é um dos estudos mais utilizados, principalmente nos serviços de emergência e clínica médica. Interpretá-lo corretamente é decisivo em muitas circunstâncias. Embora seja um teste comum, sua interpretação não é tão simples quanto parece à primeira vista.

Assim, o eletrocardiograma registra os sinais elétricos das células miocárdicas. Cada batimento cardíaco emite um sinal elétrico que é registrado pelo eletrocardiógrafo. Na verdade, o teste permite visualizar a atividade do coração e detectar possíveis alterações.

De forma isolada o eletrocardiograma não é mais que uma figura linear. Simplesmente lança um caminho que o profissional encarregado deve interpretar. Para isso, uma série de etapas é seguida, como as descritas abaixo.

Aspectos para interpretar um eletrocardiograma

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1. Verificar a idoneidade do eletrocardiograma

A primeira coisa a fazer é verificar se o eletrocardiograma foi realizado corretamente. O eletrocardiógrafo deve ter uma velocidade de 25 mm/s e uma amplitude de 1 mV por 10 mm. Se houver suspeita de erro, o exame deve ser repetido.

Caso tudo esteja em ordem, os dados e valores a serem interpretados nesta analise do coração são os seguintes:

2. Cálculo da frequência cardíaca do paciente

A frequência cardíaca é o primeiro dado relevante que deve ser extraído de um eletrocardiograma. Existem eletrocardiógrafos que calculam de forma automática. Caso contrário, existem métodos manuais que permitem fazer isso. Entre eles, o método 300, o método 1500, e o método dos 6 segundos.

A frequência cardíaca é o número de vezes que o coração se contrai para bombear sangue para o resto do corpo. Isso permite estabelecer se há taquicardia ou bradicardia, aspectos que são fundamentais para identificar possíveis anomalias ou problemas.

Descubra ademais: Conheça os sintomas de uma parada cardíaca, é melhor estar prevenido

3. Avaliação da frequência cardíaca

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A frequência cardíaca é a sequência de sístoles e diástoles na musculatura do coração. Se este órgão estiver saudável, terá contrações entre 70 e 75 vezes por minuto. Em um eletrocardiograma está representado nos complexos QRS.

Este é um dos dados mais fáceis de observar. Permite determinar se a frequência cardíaca é regular ou irregular. Além disso, se é do tipo sinusal normal, ou representa uma taquicardia ou bradicardia sinusal.

4. Estabelecimento do eixo elétrico do coração

Este é um dos passos mais difíceis na interpretação de um eletrocardiograma. O eixo elétrico cardíaco corresponde à direção que o estímulo elétrico segue, ao passar pelos ventrículos. Os dados fornecem informações sobre possíveis defeitos de condução intraventricular.

5. Avaliação do segmento ST

O complexo QRS é a soma das descargas elétricas de todas as células dos ventrículos. Por outro lado, existe a onda T, que representa a repolarização ou recuperação elétrica dos ventrículos. A distância que existe entre o complexo QRS e a onda T é o que se chama de segmento ST.

Às vezes, o segmento ST apresenta elevação ou descida, mas se os valores não forem significativos, a situação pode ser considerada normal. Por outro lado, se os valores excederem o intervalo mínimo, é muito provável que exista uma doença cardíaca isquêmica.

Talvez você esteja interessado em ler também: 5 Fatos importantes que você não sabia sobre “Síndrome do coração partido”

6. Avaliação de ondas e intervalos

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É importante realizar uma análise de cada uma das ondas e intervalos que não foram avaliados. O intervalo PR e o intervalo QT têm particular importância. Quando o intervalo PR é curto significa que há uma condução atrioventricular acelerada. Quando é longo, significa que a condução está lenta.

O intervalo QT representa o tempo de duração da sístole elétrica ventricular. Inclui o intervalo QRS, o segmento ST, e a onda T,  conforme mostrado pela Sociedade Espanhola de Imagem Cardíaca neste gráfico. Está estreitamente relacionado com a frequência cardíaca. Quando esta é rápida o intervalo diminui, e vice-versa.

7. Síntese esquemática

Em resumo, os passos a seguir para interpretar um eletrocardiograma de forma esquemática são:

  • Determinar a frequência cardíaca.
  • Estabelecer ritmo cardíaco.
  • Definição do eixo.
  • Identificar o ritmo sinusal (presença de ondas Q antes de cada complexo QRS).
  • Examinar o intervalo PR.
  • Avaliar o intervalo QT.
  • Determinar os complexos QSR.
  • Analisar o segmento ST.
  • Avaliar as ondas T.

Depois que todas essas etapas tiverem sido executadas, o que segue é nomear a anomalia detectada. A partir disso, pode-se estabelecer quais são as ações a serem seguidas. É claro que é o médico quem deve interpretar um eletrocardiograma para tomar as decisões adequadas para cada paciente.

 

O eletrocardiograma é um dos estudos mais utilizados, principalmente nos serviços de emergência e clínica médica. Interpretá-lo corretamente é decisivo em muitas circunstâncias. Embora seja um teste comum, sua interpretação não é tão simples quanto parece à primeira vista.

Assim, o eletrocardiograma registra os sinais elétricos das células miocárdicas. Cada batimento cardíaco emite um sinal elétrico que é registrado pelo eletrocardiógrafo. Na verdade, o teste permite visualizar a atividade do coração e detectar possíveis alterações.

De forma isolada o eletrocardiograma não é mais que uma figura linear. Simplesmente lança um caminho que o profissional encarregado deve interpretar. Para isso, uma série de etapas é seguida, como as descritas abaixo.

Aspectos para interpretar um eletrocardiograma

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1. Verificar a idoneidade do eletrocardiograma

A primeira coisa a fazer é verificar se o eletrocardiograma foi realizado corretamente. O eletrocardiógrafo deve ter uma velocidade de 25 mm/s e uma amplitude de 1 mV por 10 mm. Se houver suspeita de erro, o exame deve ser repetido.

Caso tudo esteja em ordem, os dados e valores a serem interpretados nesta analise do coração são os seguintes:

2. Cálculo da frequência cardíaca do paciente

A frequência cardíaca é o primeiro dado relevante que deve ser extraído de um eletrocardiograma. Existem eletrocardiógrafos que calculam de forma automática. Caso contrário, existem métodos manuais que permitem fazer isso. Entre eles, o método 300, o método 1500, e o método dos 6 segundos.

A frequência cardíaca é o número de vezes que o coração se contrai para bombear sangue para o resto do corpo. Isso permite estabelecer se há taquicardia ou bradicardia, aspectos que são fundamentais para identificar possíveis anomalias ou problemas.

Descubra ademais: Conheça os sintomas de uma parada cardíaca, é melhor estar prevenido

3. Avaliação da frequência cardíaca

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A frequência cardíaca é a sequência de sístoles e diástoles na musculatura do coração. Se este órgão estiver saudável, terá contrações entre 70 e 75 vezes por minuto. Em um eletrocardiograma está representado nos complexos QRS.

Este é um dos dados mais fáceis de observar. Permite determinar se a frequência cardíaca é regular ou irregular. Além disso, se é do tipo sinusal normal, ou representa uma taquicardia ou bradicardia sinusal.

4. Estabelecimento do eixo elétrico do coração

Este é um dos passos mais difíceis na interpretação de um eletrocardiograma. O eixo elétrico cardíaco corresponde à direção que o estímulo elétrico segue, ao passar pelos ventrículos. Os dados fornecem informações sobre possíveis defeitos de condução intraventricular.

5. Avaliação do segmento ST

O complexo QRS é a soma das descargas elétricas de todas as células dos ventrículos. Por outro lado, existe a onda T, que representa a repolarização ou recuperação elétrica dos ventrículos. A distância que existe entre o complexo QRS e a onda T é o que se chama de segmento ST.

Às vezes, o segmento ST apresenta elevação ou descida, mas se os valores não forem significativos, a situação pode ser considerada normal. Por outro lado, se os valores excederem o intervalo mínimo, é muito provável que exista uma doença cardíaca isquêmica.

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6. Avaliação de ondas e intervalos

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É importante realizar uma análise de cada uma das ondas e intervalos que não foram avaliados. O intervalo PR e o intervalo QT têm particular importância. Quando o intervalo PR é curto significa que há uma condução atrioventricular acelerada. Quando é longo, significa que a condução está lenta.

O intervalo QT representa o tempo de duração da sístole elétrica ventricular. Inclui o intervalo QRS, o segmento ST, e a onda T,  conforme mostrado pela Sociedade Espanhola de Imagem Cardíaca neste gráfico. Está estreitamente relacionado com a frequência cardíaca. Quando esta é rápida o intervalo diminui, e vice-versa.

7. Síntese esquemática

Em resumo, os passos a seguir para interpretar um eletrocardiograma de forma esquemática são:

  • Determinar a frequência cardíaca.
  • Estabelecer ritmo cardíaco.
  • Definição do eixo.
  • Identificar o ritmo sinusal (presença de ondas Q antes de cada complexo QRS).
  • Examinar o intervalo PR.
  • Avaliar o intervalo QT.
  • Determinar os complexos QSR.
  • Analisar o segmento ST.
  • Avaliar as ondas T.

Depois que todas essas etapas tiverem sido executadas, o que segue é nomear a anomalia detectada. A partir disso, pode-se estabelecer quais são as ações a serem seguidas. É claro que é o médico quem deve interpretar um eletrocardiograma para tomar as decisões adequadas para cada paciente.

 


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Hamm, C. W., & Willems, S. (2010). El electrocardiograma: su interpretación práctica; 32 cuadros. Ed. Médica Panamericana.
  • Picarzo, J. P. L. (2011). Taller de lectura sistemática del electrocardiograma pediátrico o “cómo interpretar un electrocardiograma y no perecer en el intento.” Pediatria de Atencion Primaria13(SUPPL.20), 225–233.
  • Sociedad Española de Imagen Cardíaca. Complejo QRS.
  • ZÚÑIGA, A. K., GUARDIOLA, G. T., POSADA, M. R., & DEL MAR CASTRO, M. (2018). EL ELECTROCARDIOGRAMA NORMAL. In Electrocardiografía clínica. Modelo de aprendizaje. (pp. 31–47). Editorial Unimagdalena.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.